Ciclo de encontros com vistas a construir estratégias de comunicação em saúde no contexto de pandemia e pós pandemia articulado ao fortalecimento das relações comunitárias com o SUS no território dialogando com os aspectos conjunturais e locais sobre a segurança alimentar, o manejo das águas e a promoção da saúde.
JUSTIFICATIVA
Considerando-se a vulnerabilidade social no meio rural brasileiro, especialmente das populações do campo, florestas e águas agravados pelo contexto de crise sanitária do COVID-19 busca-se com o presente processo de formação a reflexão e geração de conhecimento e construção de estratégias de enfretamento da pandemia por meio da formação de agentes sociais em comunicação para ação de vigilância em saúde de base territorial integrada e participativa. Metodológicamente o contexto exige a construção de conhecimento contextualizado a realidade de cada território para produção de soluções integradas, de modo colaborativo e participativo envolvendo governo, comunidade científica e setores da sociedade civil, sobretudo os movimentos e redes sociais, para planejar ações de segurança sanitária considerando-se a perenidade das atividades econômicas, sociais e culturais.
A formação insere-se no acúmulo do constructo de ações estratégicas em desenvolvolvimento pelo PSAT em parceria com movimentos sociais e governos no desenvolvimento de uma vigilância em saúde de base territorial participativa para promoção de territórios saudáveis e sustentáveis. Neste esforço o processo de formação para ação pretende evidenciar a interdependência entre ambiente, saúde e trabalho e suas interfaces com as relações sociais de gênero e geração a partir da análise da dinâmica epidemiológica e socioespacial definidores do acompanhamento dinâmico dos dados, relatos e situações em movimento de pessoas, águas e alimentos, os quais devem compor o manejo da informação e da comunicação para ação sanitária integrada.
A vigilância popular em saúde é entendida aqui como um caminho de organização do território sinalizando novas possibilidades de deslocamentos estruturantes para uma ação segura e contextualizada, mediado pela centralidade da saúde na organização do modo de produção e reprodução social territorializado e popular. A integração dos campos disciplinares entre a epidemiologia e educação popular e contextualizada fundamenta a organização das ações de vigilância popular em saúde, a ser especialmente operada pela conexão entre a vigilância epidemiológica com a comunidade no âmbito da atenção primária. O território numa perspectiva saudável e sustentável deve ser pleno de direitos à saúde e a um ambiente digno com estruturas e políticas públicas sociais e econômicas produzidas e direcionadas a partir da leitura e expressão das necessidades das comunidades em face aos seus direitos de saúde e dignidade.
Nesse contexto, as práticas populares de auto cuidado e da organização da vigilância em saúde que emergem em singularidades de expressão e em espaços artefatos de transcodificação das lógicas sanitárias com as falas e perpcepções das necessidades populares. Em síntese nesse processo de constituição de estruturas e ações de cuidado e prevenção que se configura a vigilância popular em saúde.
Objetivo Geral:
Construir estratégias de enfretamento da pandemia por meio da formação de agentes sociais em comunicação para ação de vigilância em saúde de base territorial integrada e participativa no contexto de pandemia e pós pandemia
Objetivos Educacionais/Aprendizagem:
