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Nos últimos tempos temos assistido a uma escalada da crise da ideia de civilização, criando novos desafios para o entendimento sobre os destinos coletivos. As ciências são parte constitutiva das diferentes ideias de civilização, e ao longo do período moderno, fundamentaram a formação de uma história global, a partir de negociações, apropriações e diferentes “mestiçagens” com os saberes locais. A civilização ocidental se constituiu com e sobre outros povos a partir das ciências, produzindo com elas imagens, narrativas, projeções e definições do mundo, denominando e criando os seus “males” e ameaças, neles incorporando as doenças, as guerras, os desastres ambientais, as populações “perigosas”. Este curso pretende explorar como as ideias de “civilização” se repercutiram nas conformações das ciências e da saúde, relacionando o “meio” e os “saberes” – tanto locais como individuais – na formulação de diferentes respostas e projetos de futuro.