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Publicado em 01/07/2022

Com lambe lambe, Sextas de Poesia traz a resistência da mulher

Autor(a): 
Ana Furniel

As últimas semanas foram de luto, meninas e mulheres violentadas, espancadas e assassinadas. O Sextas de Poesia trás o trabalho de um coletivo de mulheres, o Papel Mulher (@papel.mulher), que através do lambe-lambe - pôster artístico de tamanho variado que é colado em espaços públicos -, distribui nas cidades do Brasil palavras de poesia e beleza que reforçam nossa resistência. A poesia trazida hoje é de Aline Miranda, que integra o coletivo e também desenvolve o projeto Correio do Amor de Outrora. Sigamos resistindo! 

Segundo o Papel Mulher, "Aline Miranda é poeta, zineira, escritora, editora, oficineira, e revisora de texto. Nascida em Brasília, mas atualmente mora no meio do mato no Rio de Janeiro. Autora de muitas zines e livretos artesanais, tem textos, poemas e resenhas publicados em plataformas digitais e impressas. É uma das editoras da zine "Que o dedo atravesse a cidade, que o dedo perfure os matadouros" e da @filipaedicoes.

Há três anos, ela vem desenvolvendo o projeto “Correio do Amor de Outrora”, em que escreve, datilografa e entrega cartas de amor por encomenda. Desenvolve oficinas de experimentação poética na máquina de escrever em centros culturais, escolas e espaços públicos. Também faz parte da coletiva de performance poética, sonora e sensorial “Conjuração 44”, com artistas lésbicas e bissexuais. Defensora da sensibilidade como força. Não só espera, mas realiza acontecimentos.

Publicado em 24/06/2022

Sextas traz a religiosidade de José Régio

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas desta semana apresenta Cântico Negro, de José Régio, pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira. Nele o autor reforça que a individualidade reside nas escolhas: não seguir o caminho de todos, procurar um caminho diferente, mesmo que seja mais difícil e obscuro.
 
Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

Cântico Negro é considerado um poema-manifesto, pois dentro dele há elementos comuns da poética de José Régio. Esta poesia, cujo tema central é a religiosidade, foi publicada em seu primeiro livro, chamado Poemas de Deus e do Diabo, publicado em 1926.

Com informações de https://www.culturagenial.com/poema-cantico-negro-de-jose-regio/

 

Publicado em 20/05/2022

Sextas traz as palavras fortes de Alejandra Pizarnik

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem a grande escritora Alejandra Pizarnik, com o poema "Festa". Nos últimos cinquenta anos, Alejandra Pizarnik foi a poetisa argentina mais lida na América Latina e no mundo. Seu estilo único e incomparável transcendeu no tempo, além de sua morte trágica. A autora criou um discurso poético muito original, caracterizado por uma linguagem rica e pela abordagem de temas complexos para a sua época.

Mesmo que sua vida tenha sido extremamente curta — tendo se suicidado com apenas 36 anos —, conseguiu construir uma carreira robusta e deixou um legado de obras muito importantes. Com sua primeira postagem, "A terra mais estranha" (1955), Alejandra conquistou milhares de leitores, que permaneceram fiéis o até seu último livro na vida: "As musiquinhas" (1978). Ela estudou filosofia e letras na Universidade de Buenos Aires e posteriormente pintura con Juan Batlle Planas. 

Alejandra era uma poetisa das fortes palavras, da solidão e do esquecimento. "Não sei nada sobre pássaros/não conheço a história do fogo. Mas acho que a minha solidão deve ter asas”.

Em "Festa", sua busca caminha pelo vento: "Os que chegam não me encontram. Os que espero não existem."

Publicado em 29/04/2022

Sextas homenageia trabalhadores com João Cabral de Melo Neto

Autor(a): 
Ana Furniel

Morte e Vida Severina é um poema do escritor brasileiro João Cabral de Melo Neto, homenageado desta edição Sextas de Poesia. A obra, escrita entre 1954 e 1955, conta a história de Severino, um retirante entre tantos outros, e o poema escolhido nesta semana, que mesmo sendo um auto de Natal, fala sobre o povo brasileiro, sua sina e a luta por uma vida melhor. Com ele, homenageamos também todas as trabalhadoras e trabalhadores, esse povo que trabalha e segura o rojão. 

Morte e Vida Severina retrata a trajetória de um homem que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca de melhores condições de vida. Severino encontra no caminho outros nordestinos que, como ele, passam pelas privações impostas ao sertão.

Ele assiste a muitas mortes e, de tanto vagar, termina por descobrir que é justamente ela, a morte, a maior empregadora do sertão. É a ela que devem os empregos, do médico ao coveiro, da rezadeira ao farmacêutico. Mas retrata, contudo, que a persistência da vida é a única maneira de vencer a morte.

Publicado em 01/04/2022

Sextas traz jovem poeta Patrícia Pinheiro

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia dessa semana volta a dar espaço para jovens poetas, o poema "Ar" de Patricia Pinheiro, faz parte do seu livro Quadripartida. Nas palavras de outra poeta, Mar Becker, Patrícia Pinheiro é luz e sombra, é temor de que “faltem raízes para nutrir as asas”, mas também “inato desejo de voar”. É a certeza de que o essencial da palavra se acessa pelo interdito, pelo que se apaga na letra, cala-se na boca. Assim ela nasce e renasce centenas de vezes, feita de ar, água, fogo, terra. Quadripartida – e reunida.

Patrícia Pinheiro tem 28 anos e é natural de Santa Maria, Rio Grande do Sul, morando em Florianópolis, Santa Catarina. É formada em Psicologia e amante das palavras. Poeta e escritora, compartilha seu trabalho em suas redes sociais. É colunista do site CONTI outra. Seu livro Quadripartida foi lançado pela Editora Laranja Original.

Publicado em 04/03/2022

Sextas homenageia mulheres com Conceição Evaristo

Autor(a): 
Ana Furniel*

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem às mulheres, que diariamente lutam por seu espaço, memória, escolhas e contra uma série de desigualdades, violências e submissões. 

Um dos nomes mais relevantes e necessários da literatura brasileira contemporânea, a escritora e educadora mineira, Conceição Evaristo, foi a escolhida para ilustrar o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. 

No poema "Eu-Mulher", lançando mão de uma complexa estratégia de resistência e reinscrição no mundo – “em baixa voz/violento os tímpanos do mundo” – e usando imagens como a do sangue e a da semente, a autora anuncia a magnitude do poder feminino de gerar a vida, além de denunciar a perversidade a qual, numa sociedade machista, as mulheres são submetidas.

 

*com informações de Projeto Ocupação - Conceição Evaristo

Publicado em 25/02/2022

Carnaval e Rio: Sextas celebra as belezas da cidade maravilhosa

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma dupla homenagem: ao carnaval e ao Rio de Janeiro, cidade que completa 457 anos no dia 1°/3. Com a pandemia, este é o segundo ano sem carnaval na cidade que vive o samba, as rodas e a alegria em cada personagem e fantasia. Um Rio que, entre a favela e o asfalto, a beleza e o caos, encanta com os enredos da passarela ou seus cartões postais.

Em 1934, o jovem compositor Antônio André de Sá Filho - nascido na Rua da Carioca em 21 de março de 1906 -, com várias músicas gravadas, criou uma marcha em homenagem ao Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, que acabaria virando um hino para a cidade. 

Essa marchinha abre e fecha os bailes e o carnaval. Desejamos que no ano que vem o Rei Momo esteja a postos para abrir a folia e os cariocas possam festejar novamente nas ruas. Parabéns para esta cidade, berço do samba e das lindas canções. Que ela continue sempre sendo um rio desaguando no mar...

Publicado em 04/02/2022

Sextas de Poesia homenageia Moïse Kabagambe

Autor(a): 
Ana Furniel

A edição do Sextas de Poesia desta semana faz uma  homenagem a Moïse Mugenyi Kabagambe, da República Democrática do Congo, de 24 anos, que veio para o Brasil com sua família, como refugiado político, fugindo da violência, guerra e fome de seu país, e foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro, na Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro.

O poema que homenageia o jovem congolês é de Márcio Barbosa e integra a publicação Cadernos Negros - Poemas Afro-brasileiros, Volume 31, de 2008. 

"Não há povo sem história, sem memória coletiva. E é na pele que essa memória continua viva"

 

#somostodosafrica #somostodoscongo #somostodosmoise

Publicado em 28/01/2022

Sextas fala sobre a longevidade do amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O poema escolhido para esta semana no Sextas é de Mar Becker, e nos lembra que a vida é breve e "O amor é longo".

Mar Becker, pseudônimo de Marceli Andresa Becker, nasceu em Passo Fundo (RS) e tem formação em filosofia. Ela já publicou poemas pelo Centro Cultural São Paulo, Coleção Poesia Viva (2013), e pela Editora Quelônio, Coleção Vozes Versos (2017). A mulher submersa (Urutau, 2020, edições no Brasil e em Portugal) é seu livro de estreia. Nele, a poeta trata de temas e imagens ligadas ao feminino, ao espaço doméstico e à história das mulheres na literatura e no mundo.
Mar Becker faz parte de um geração de poetas que usa as redes sociais como caixa de ressonância do seu trabalho.

Publicado em 10/12/2021

Sextas de Poesia traz a intensidade do amor de Clarice Lispector

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Com o poema "Mas há a vida", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector. Nele, Clarice nos convida a viver, com toda sua intensidade. O amor sem medo é o coração selvagem como o dela. Viva Clarice!

A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país. 

A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
 

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