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Publicado em 28/10/2021

"Envelhecimento chegará mais rápido no Brasil", aponta pesquisadora. CVF destaca formações sobre a temática

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

A partir de análises e explorações feitas em celebração ao mês do Idoso,comemorado em outubro, a socióloga e pesquisadora do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde (Icict/Fiocruz), Dalia Romero, apontou que envelhecer em nosso país é perigoso. Segundo ela, o envelhecimento vai chegar mais cedo no Brasil em virtude da grande perda de qualidade de vida que temos, fato que já era realidade desde antes da pandemia. Nesse âmbito, o Campus Virtual Fiocruz lembra de dois cursos lançados neste ano de 2021 voltados aos cuidados com essa população: "Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio" e "Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19", ambos online, gratuitos e com inscrições abertas! Leia sobre as reflexões feitas por Dalia Romero e inscreva-se nos cursos do Campus Virtual Fiocruz!

+ curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19 - Inscreva-se já!

A formação foi desenvolvida em parceria entre o Campus Virtual Fiocruz, o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) e o Comitê de Saúde da Pessoa Idosa, ambos ligados ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Ela é composta de seis aulas, com um total de 12h de carga horária. Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; entre outros.

+curso Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio - Inscreva-se já!

A formação também foi desenvolvida pelo Campus Virtual Fiocruz em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e busca atualizar as pessoas envolvidas no cuidado de pessoas idosas em ambiente domiciliar e demais interessados nessa temática. O curso, online e gratuito, tem carga horária de 20h e está organizada em sete aulas. A ideia é que, ao final do curso, os participantes sejam capazes de compreender e realizar as medidas sanitárias preconizadas para a prevenção e controle da infecção por Covid-19 no contato com pessoas idosas que necessitam de apoio ou auxílio para a realização de suas atividades cotidianas. Também é objetivo do curso que os alunos conheçam os serviços de saúde no território que prestam atendimento em casos de suspeita e/ou confirmação de infecção por Covid-19. Além do conteúdo programático, os alunos terão acesso à bibliografia utilizada no curso, a materiais complementares e a um conjunto de Perguntas e Respostas sobre o tema (FAQ).

Leia a matéria na íntegra: Mês do idoso: pesquisadora analisa o envelhecimento no Brasil

Os apontamentos da pesquisadora, que é chefe do Laboratório de Informação em Saúde (LIS/Icict/Fiocruz) foram desenvolvidos a partir de décadas de pesquisas e seminários com foco no envelhecimento e saúde do idoso. 

“Cada vez mais, o envelhecimento vai chegar mais cedo no Brasil, devido à grande perda que temos em qualidade de vida em geral, que já vem de antes da pandemia”, comentou Dalia, lembrando que há dois anos, em 2019 – bem antes da chegada da Covid-19, portanto – já eram sentidos os indicadores de uma perda da qualidade de vida para as pessoas idosas. 

“Em 2019, perto do Dia Mundial do Idoso, já falávamos inclusive em gerontocídio, ocasionado pelo abandono das políticas públicas e serviços de saúde como foi o corte do investimento em saúde e a recente reforma da previdência que, na prática, acabou com a possibilidade de aposentadoria, reduziu as pensões e feriu de morte o sistema previdenciário. A volta do Brasil ao mapa da fome também anunciava o gerontocidio. Passar fome para uma pessoa idosa que sofre com a diversas doenças e limitações é reduzir acentuadamente sua capacidade de sobrevivência", comentou. 

Dalia reforçou ainda que o principal obstáculo para garantir a saúde do idoso é a falta de um suporte social. A pandemia mostrou que ser rico ou de classe média não garante à pessoa idosa ter ajuda e cuidados adequados, que é preciso um pacto social para defender a Estratégia de Saúde da Família e o SUS para todas e todos façam prevenção, com visitação em casa para evitar doenças crônicas que afetam a qualidade de vida. A tecnologia médica do século 21 teve avanços para que a gente sobreviva a muitas doenças que antes matavam, mas são as políticas de estado que irão garantir uma sociedade inclusiva, que permita envelhecer sem medo. A pandemia para as pessoas idosas poderia ter sido menos ameaçadora se a atenção básica estivesse fortalecida, se tivesse mapeamento dos endereços e contatos das pessoas idosas e tivéssemos feito, como em alguns países, redes de atenção telefônica, visitas domiciliares para atenção, promoção e prevenção. No Brasil, nem ricos nem pobres tiveram essa atenção.

Familiares que cuidam de pessoas idosas também sofrem muito, sentem-se isolados, tristes, como verificamos com a Pesquisa ConVid – Pesquisa de Comportamento, realizada em 2020 durante a pandemia e coordenada pelo Icict. “No Rio, em algumas favelas, como Maré e Manguinhos, por conta da iniciativa de instituições como a Fiocruz, vimos capacidade de organicidade de solidariedade – com grupos de mulheres negras, de jovens já acostumados a resistir, que tentaram proteger à população idosa. Não conheço iniciativa similar em bairros nobres e de classe média”, afirma. Segundo Dalia, a pandemia trouxe um elemento novo, e ruim, para idosos e idosas: o isolamento na hora da morte.

“A maioria das pessoas tem a fantasia de que irá morrer bem, dormindo e de infarto. Mas, essa não é a realidade. A pandemia nos ensinou um novo medo de morrer, que não é exatamente o medo da morte, mas, sim, do tipo de morte que se aproxima. Hoje, temos muito medo de morrer mal – que é terminar a vida sozinho e isolado num quarto de hospital. A pandemia ilustrou bem isso. No futuro, quando virmos as fotos do que foi a pandemia, a imagem mais forte será a de pessoas morrendo sozinhas num quarto, muitas vezes intubadas, mas principalmente sozinhas, isoladas, porque todos em volta tinham medo do contato, da proximidade.”

A pesquisadora, que trabalha com questões do envelhecimento há quase duas décadas, acredita que a pandemia aumentou a ignorância sobre o processo de envelhecimento e a saúde do idoso. 

A chefe do LIS critica também a falta de atenção da comunidade científica em relação à saúde dos idosos e idosas. “Acho que as instituições de fomento de pesquisa têm que incorporar o envelhecimento e a saúde do idoso em suas iniciativas. Entre os editais de pesquisas realizadas em 2020 e 2021, são muito poucas, poucas mesmo, que têm alguma frase relativa ao envelhecimento. Vejo uma resistência cultural por parte dos grupos organizados que definem as pautas das pesquisas e dos investimentos em Saúde.”
Dalia enfatiza a necessidade de se envolver, por força de lei, o Estado e a sociedade na proteção das pessoas idosas, defesa da dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida, como promulga o artigo 230 de nossa Constituição. 

E chama a atenção para a desigualdade do envelhecimento: “Não é qualquer um que chega a idoso no Brasil. Alta proporção de população pobre, indígenas e negras, morrem antes de fazer sessenta anos”. Então, quem tem direito a envelhecer no Brasil?

Finalizando, Dalia lembra a adesão, do Brasil, em 2020, ao plano “Década do Envelhecimento Saudável 2020-2030”, lançado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem quatro áreas de atuação: 1) Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos com relação à idade e ao envelhecimento; 2) Garantir que as comunidades promovam as capacidades das pessoas idosas; 3) Entregar serviços de cuidados integrados e de atenção primária à saúde centrados na pessoa e adequados à pessoa idosa; e 4) Propiciar o acesso a cuidados de longo prazo às pessoas idosas que necessitem.  

Dalia Romero participou no lançamento dos resultados do mais recente trabalho – a Pesquisa Nacional sobre as Condições de Trabalho e Saúde das Pessoas Cuidadoras de Idosos na Pandemia, no qual é coordenadora adjunta com o professor e pesquisador Daniel Groisman, da EPSJV-Fiocruz, enfatizando que numa sociedade digna deve-se cuidar de quem cuida.

 

*com informações de PH de Noronha (Icict/Fiocruz)

Publicado em 27/10/2021

Casa de Oswaldo Cruz divulga editais acessíveis e amplia política de inclusão

Autor(a): 
Comunicação COC/Fiocruz

A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) está divulgando, pela primeira vez, versões acessíveis das chamadas públicas dos processos seletivos de seus programas de pós-graduação. Além da versão básica em PDF, também estão sendo disponibilizadas a versão acessível, a versão em linguagem simples e a versão em libras de cada edital de seleção para 2022.

A versão acessível facilita a navegação por pessoas com deficiência visual (cegas ou com baixa visão), que utilizam tecnologia que transforma em áudio as informações apresentadas em tela durante a interação em ambiente digital.  A versão em texto simplificado foi desenvolvida para facilitar a leitura e compreensão de todos, considerando a diversidade das pessoas e seus diferentes níveis de entendimento. A versão em libras facilita o acesso das pessoas surdas, especialmente aquelas que perderam o sentido auditivo antes da obtenção da linguagem, os ditos surdos pré-linguísticos.

De acordo com a vice-diretora de Pesquisa e Educação da COC, Magali Romero Sá, a iniciativa almeja viabilizar mais inclusão e acessibilidade nos cursos oferecidos pela instituição, em atendimento às metas estabelecidas pelo seu Planejamento Estratégico da Educação (2021-2025). “Entre as diretrizes para os próximos anos destacam-se a incorporação de recursos de tecnologia assistiva, a formação e capacitação dos profissionais, a adaptação dos sites de pós-graduação aos padrões de acessibilidade web e o desenvolvimento de material didático acessível”, afirma a vice-diretora.

Confira as novidades nos sites dos programas de pós-graduação da COC:

- Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde (PPGDC)
- Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS)
- Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde (PPGPAT)

Publicado em 26/10/2021

Seleção para residência em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica - inscrições somente esta semana

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertas as inscrições para mais um curso de residência em saúde da Fiocruz. Desta vez, é a Residência Multiprofissional em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica (ResidTaif), oferecida pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e as inscrição são por um curto período: até 29 de outubro, próxima sexta-feira. Lembramos que mais três unidades da Fiocruz  - Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - também estão com processos seletivos abertos para residências em saúde. Confira as chamadas e inscreva-se! 

Residência Multiprofissional em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica (ResidTaif)

O curso de residência multiprofissional em Tecnologias Aplicadas à Indústria Farmacêutica (ResidTaif) oferece cinco vagas e visa à capacitar profissionais recém-graduados, com até dois anos de formação até a data de matrícula (de 22 de fevereiro de 2020 a 22 de fevereiro de 2022), nos cursos de Farmácia, Ciências Biológicas (exceto modalidade médica) ou Medicina Veterinária, para planejarem e executarem, no seu âmbito de atuação, ações na Indústria Farmacêutica pertinentes à qualidade de vida da população. 

Durante o curso, os profissionais vão interagir com as diversas áreas que envolvem a cadeia farmacêutica e seu papel fundamental na saúde pública brasileira e global. Além de atuar na promoção da saúde de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o programa pretende, também, desenvolver o pensamento crítico e a capacidade inovadora de profissionais da área da saúde com vistas ao desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (CIS), de acordo com o Decreto nº9245/2017 que institui a Política Nacional de Inovação Tecnológica na Saúde.

Acesse a chamada e confira todos os detalhes

+Leia mais: Residência em Saúde da Fiocruz: confira programas com inscrições abertas

Também estão com inscrições abertas outros diferentes programas de residência em saúde para 2022. As oportunidades são voltadas a médicos, enfermeiros, além de profissionais de Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social, Odontologia, Educação Física e Terapia Ocupacional. Os cursos visam desenvolver habilidades técnicas por meio de prática intensa e formação em serviço. 

Os programas são oferecidos pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), com inscrições até 5 de novembro, e pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, com inscrições até 3 de novembro. 

Programas de Residência Médica - Inscrições até 5/11:

O edital único de convocação para os programas de Residência Médica visam o preenchimento de 29 vagas de R1 e 19 vagas de R4, de acordo com as Normas e Resoluções emanadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Programa de Residência de Enfermagem - inscrições até 5/11

O edital único de convocação para os programas de Residência em Enfermagem visam ao preenchimento de 20 vagas distribuídas entre cinco programas, que estão
de acordo com as Normas e Resoluções emanadas pela Comissão Nacional de Residência
Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde (CNRMS).

Programas de Residência Multiprofissional em Saúde - inscrições até 5/11

O edital de convocação para o programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Criança e do Adolescente Cronicamente Adoecidos visa ao preenchimento de 14 vagas distribuídas em sete áreas: Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Esse programa está de acordo com as Normas e Resoluções emanadas pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde (CNRMS).

Programas de Residência Multiprofissional em Saúde - inscrições até 3/11

O edital de convocação para o programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família visa ao preenchimento de 14 vagas, distribuidas em sete categorias profissionais: enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social, farmácia e educação física. 

Publicado em 25/10/2021

Especialização na Fiocruz: cursos com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertos os processos de seleção para dois cursos de especialização oferecidos pela Fiocruz: Controle da qualidade de produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária, com 10 vagas e inscrições até 12/11; e Inovação em Medicamentos da Biodiversidade, com 30 vagas e inscrições até 18/11. Acesse os editais e confira todos os detalhes da chamada. 

Controle da qualidade de produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária - Inscreva-se já!

Inovação em Medicamentos da Biodiversidade - Inscreva-se já!
Especialização em Controle da qualidade de produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária - 10 vagas

O curso de especialização em Controle da qualidade de produtos, ambientes e serviços vinculados à vigilância sanitária é oferecido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Vigilância Sanitária, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). Seu objetivo é capacitar e aprimorar recursos humanos atuantes em áreas relacionadas ao controle da qualidade, no escopo da Vigilância Sanitária. Ele é voltado a profissionais que desenvolvam atividades profissionais relacionadas à Vigilância Sanitária, nos campos laboratorial, fiscal ou administrativo, e que estejam vinculados a instituições públicas municipais, estaduais ou federais.

Especialização em Inovação em Medicamentos da Biodiversidade - 30 vagas

O curso de especialização em Inovação em Medicamentos da Biodiversidade é oferecido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e seu objetivo é qualificar profissionais de nível superior interessados em atuar em projetos, programas e políticas relacionados à inovação em medicamentos da biodiversidade, especialmente aqueles de origem vegetal. A formação é de 360h e está estruturada em nove Unidades Programáticas. As aulas serão realizadas nos campi Centro Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos e/ou Manguinhos/Fiocruz, com duração de 12 meses para aulas e mais seis meses para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso. A princípio, devido a pandemia da Covid-19, o curso acontecerá de forma remota.

Publicado em 21/10/2021

Fiocruz lança curso online e gratuito sobre Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A pandemia de coronavírus mexeu com o mundo, alterando processos e rotinas em diferentes instâncias. No entanto, apesar de ainda matar centenas de pessoas por dia no Brasil, outras doenças, como a dengue, a Zika e a Chikungunya, continuam circulando entre a população e não podem ser negligenciadas, pois apresentam alto potencial epidêmico em nosso país. Buscando disseminar conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, assim como instrumentalizar profissionais para a tomada de decisão em salas de situação dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), a Fiocruz acaba de lançar o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis em parceria com o Ministério da Saúde. A formação, online, gratuita e autoinstrucional, está com inscrições abertas.

Inscreva-se já!

Esta é a décima iniciativa do Campus Virtual Fiocruz – sempre em articulação com unidades da Fundação e outras instituições de ensino e pesquisa – lançada no âmbito da pandemia de Covid-19 e insere-se num esforço ímpar de formação voltada aos profissionais de saúde. Segundo a coordenadora do CVF, Ana Furniel, “estamos todos vivendo um período muito difícil. Mas os profissionais de saúde trabalharam no limite. A Fiocruz, a cada novo curso, fortalece sua missão de capacitar esses profissionais para o SUS, e a equipe do Campus tem feito a sua parte para ajudar, disseminando conhecimento em todas as partes do Brasil, e até para além dele, sempre estabelecendo parcerias e estimulando o trabalho em rede”. O curso tem foco na atualização de profissionais da vigilância em saúde das secretarias municipais e estaduais de Saúde, mas é aberto a todos os interessados na temática. A coordenação acadêmica da formação está a cargo da pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), Cláudia Torres Codeço, e integra uma iniciativa do Ministério da Saúde para a capacitação de profissionais da saúde que trabalham em vigilância de arboviroses e síndromes gripais.

Cláudia ressaltou que a pandemia ainda está em curso e precisa de atenção. No entanto, muitas doenças de importância em saúde pública foram de certo modo negligenciadas em 2020 e 2021 por razões óbvias, destacou ela, afirmando que “não há mais trégua, precisam voltar à pauta da saúde. Arboviroses urbanas e outras síndromes respiratórias como a Influenza são agravos com potencial epidêmico em nosso país. Em particular, a chegada do verão dá início também à estação da dengue em quase todo o país, com a incidência de dias quentes e chuvosos. Alguns sistemas de alerta, como o Infodengue e o Infogripe, têm contribuído para o monitoramento desses agravos, porém, é possível explorar muito mais deles para a vigilância epidemiológica dos municípios e estados brasileiros",alertou.

A pesquisadora destacou ainda que a pandemia nos mostrou a importância da informação rápida e qualificada para a tomada de decisão em diferentes instâncias da gestão em saúde. “A integração de dados e modelos, que por um tempo ficou em segundo plano no setor da saúde, tornou-se o presente e o futuro da vigilância de doenças transmissíveis. Termos como “nowcasting”, “forecasting”, “número reprodutivo” e “modelo matemático” entraram definitivamente no vocabulário do epidemiologista em ação”, comentou ela.

Ao final do curso, espera-se que os profissionais sejam capazes de compreender conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, pois tais conhecimentos os permitirão identificar cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins dos sistemas Infodengue e Infogripe em diferentes contextos.

Conheça a formação:

Módulo 1: Epidemiologia e vigilância

  • Unidade 1: Introdução aos determinantes ambientais, sociais e imunológicos de doenças transmissíveis
  • Aula 1: Pessoa, tempo e lugar
  • Aula 2: Breve história das arboviroses urbanas no Brasil
  • Aula 3: Determinantes da saúde
  • Unidade 2: Vigilância epidemiológica de arboviroses e doenças respiratórias agudas  
  • Aula 1: Tipos de vigilância em saúde
  • Aula 2: A importância da definição de caso
  • Unidade 3: Indicadores de performances
  • Aula 1: Indicadores de performance da vigilância em saúde
  • Aula 2: Infogripe e Infodengue - plataformas para aumentar performance da vigilância de arboviroses urbanas e síndromes gripais

Módulo 2: Vigilância e sistemas de informação

  • Unidade 1: Infogripe
  • Unidade 2: Infodengue
  • Unidade 3: Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe (formato e-book)

Os módulos desenvolvidos compreendem textos, vídeos e áudios, organizados com bastante dinamismo e interação. Por meio de todos esses recursos, aliado ao fórum permanente de interação entre alunos, a ideia da formação é proporcionar um ambiente agradável e rico para o estudo e a compreensão de conceitos teóricos e práticos aplicados ao monitoramento de doenças transmissíveis, incluindo número reprodutivo, receptividade ambiental, limiares epidêmicos, e nowcasting, novo conceito que busca identificar cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins dos sistemas InfoDengue e Infogripe em diferentes contextos.

O curso é dividido entre as bases da epidemiologia e vigilância, e as práticas específicas dos sistemas de Vigilância e de Informação. Aos participantes, ainda é possível se aprofundar nos aspectos mais técnicos das metodologias analíticas desenvolvidas e adaptadas para a geração de alertas epidemiológicos para arboviroses e SRAG implementadas no Infodengue e Infogripe pelo e-book “Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe”.

Para melhor aproveitamento do curso, é recomendado que o aluno tenha tido experiência prévia com a vigilância dos agravos citados, participando da coleta, registro ou análise dos dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificações (Sinan) ou do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep/MS).

Publicado em 20/10/2021

Biociências e Biotecnologia em Saúde: Fiocruz Pernambuco está com inscrições abertas para mestrado e doutorado

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Estão abertas as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde 2022, oferecidos pelo Instituto Aggeu Magalhaes (IAM/Fiocruz Pernambuco). Em razão da pandemia de Covid-19, todas as etapas da seleção acontecerão de maneira remota. Ao todo, estão disponíveis 35 vagas, sendo 20 para o mestrado e 15 para o doutorado. As inscrições vão até o dia 1° de novembro. Acesse os editais (edital e errata) e confira todos os detalhes.

Doutorado em Biociências e Biotecnologia em Saúde 2022 – inscreva-se já!

Mestrado em Biociências e Biotecnologia em Saúde 2022 - inscreva-se já!

O Programa de Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia em Saúde (PPGBBS) tem como objetivo o desenvolvimento de competências para conduzir pesquisas nos campos da vigilância ambiental em doenças transmitidas por vetores, novas ferramentas no diagnóstico, terapia celular, imunoprofilaxia e campos que fazem uso de ferramentas de biologia celular e molecular com ou sem aplicações biotecnológicas.

O PPGBBS insere-se como parte da missão do IAM/Fiocruz Pernambuco, que é formar recursos humanos com atenção especial voltada às necessidades regionais e nacionais na área de produção de conhecimentos científicos e atuação em inovação tecnológica na saúde. O Programa foi criado em 2012, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e homologado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Em 2022, o mestrado disponibiliza 20 vagas, das quais 7 são destinadas a ações afirmativas. Já o doutorado, oferece 15 vagas, sendo 6 destinadas às cotas.

Publicado em 20/10/2021

Divulgado o resultado final da chamada interna para seleção de doutorandos para o Teste de Proficiência TOEFL® ITP

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Publicado o resultado final da chamada interna para seleção de doutorandos para o Teste de Proficiência de língua inglesa TOEFL® ITP. Acesse a lista nominal dos inscritos. Os testes serão aplicados remotamente pela empresa Mastertest.  

Dúvidas e solicitações de informação sobre a chamada devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br

Acesse aqui o resultado.

Publicado em 19/10/2021

Fiocruz homenageia seus docentes e estudantes

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Um grande mosaico de conhecimento, partilha, aprendizado, orgulho e gratidão. Assim foi desenhado o encontro da Fiocruz em homenagem aos contemplados na edição 2021 dos Prêmios Capes de Teses, Oswaldo Cruz de Teses e Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional. A cerimônia, marcada pela emoção, aconteceu no Dia do Mestre, 15 de outubro, e foi também uma homenagem a todos que diariamente dedicam-se à educação brasileira, especialmente ao desenvolvimento e fortalecimento da saúde, ciência e tecnologia, áreas que tanto sofrem restrições neste país. A íntegra do evento, que contou com abertura e encerramento feitos pela Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí, está disponível no canal da Fiocruz no Youtube.

“Hoje deveria ser um dia apenas de congraçamento, mas que ele seja também parte da mobilização em defesa da Ciência”, conclamou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, evidenciando que a mobilização sem o efetivo reconhecimento por meio de recursos que garantam essas atividades é apenas discurso vazio.

Além da presidente, integraram a mesa de abertura, a Coordenadora-Geral de Educação, Cristina Guilam, o coordenador de Articulação Política da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-RJ), Emanuel Rodolpho Moura Batista de Oliveira; a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Mychelle Alves Monteiro e a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, que falou sobre o quanto as premiações e também esse momento de celebração com os estudantes e docentes são especiais para a Fiocruz.

Professor, pesquisador e referência na saúde coletiva brasileira

O contemplado na edição 2021 com a Medalha Virgínia Schall de Mérito Educacional foi o docente e pesquisador aposentado do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) e professor associado aposentado da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Eduardo Maia Freese de Carvalho. A sua homenagem foi conduzida pela coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, amiga, aluna e grande admiradora de Freese, Eduarda Cesse, que na ocasião, trouxe também diversos depoimentos de ex-alunos e colegas de trabalho que tem em Freese uma grande referência.   

O ganhador da Medalha Virginia Schall nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1950. Formou-se em Medicina pela UFPE, especialista em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), mestre em Medicina Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro  (UERJ) e doutor em Ciências Sociossanitárias pela Universidad Complutense de Madrid, Espanha. Eduardo é pai de cinco filhos e avô de oito netos.

Em sua trajetória acadêmico-científica e na gestão, Eduardo empregou sua capacidade de articulação junto a lideranças nacionais, participou de projetos e se engajou no movimento sanitário nas décadas de 1970 e 1980, que foram determinantes para o desenvolvimento da área da Saúde Coletiva e da Saúde Pública no país. Foi o principal articulador da fundação do Departamento de Saúde Coletiva (Nesc) do Instituto Aggeu Magalhaes, liderando-o de 1987 a 1989 e de 1995 a 2000. Ele também fundou o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da instituição em 1996, foi vice-diretor de Ensino de 1999 a 2007 e dirigiu do IAM de 2007 a 2013. Produziu conhecimentos ao realizar e coordenar pesquisas no Laboratório de Avaliação, Monitoramento e Vigilância em Saúde (LAM-Saúde), em áreas como epidemiologia das doenças crônicas não transmissíveis, avaliação de programas e serviços de saúde e transição epidemiológica, demográfica e nutricional em parceria com instituições nacionais e internacionais.

Freese orientou ainda 33 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado, contribuindo para a formação de profissionais para o Sistema de Saúde do Nordeste, especialmente para Pernambuco. Publicou 90 artigos, organizou e publicou cinco livros e teve 35 capítulos divulgados em obras da área da Saúde Pública. Em 2002, recebeu a Medalha Hortênsia Hurpia de Hollanda como reconhecimento ao seu pioneirismo e inovação do ensino no IAM. E neste ano de 2021, recebeu a Medalha Virginia Schall de Mérito Educacional ao professor Eduardo Freese.

“Eduardo, você é um grande professor e nenhuma medalha seria tão adequada. Você tem nosso respeito, carinho e enorme gratidão por tudo que realizou e continuará a realizar”, disse a presidente da Fiocruz ao amigo Eduardo Freese, que agradeceu a Nísia e toda equipe gestora, docentes e pesquisadores que vem trabalhando de forma unida neste difícil momento de enfrentamento da pandemia. "Agradeço especialmente aos gestores dos vários centros regionais, que são fundamentais para garantir a dimensão nacional da Fiocruz, em particular o IAM/Fiocruz Pernambuco pela formação de recursos humanos na região para a área biológica e da saúde pública", disse ele.  

Em consonância às falas apresentadas na mesa de abertura, Eduardo destacou também a importância de mais investimentos para o Sistema Único de Saúde nos diferentes níveis de atenção para, assim, garantir o atendimento adequado às necessidades da população de forma descentralizada. Ele finalizou agradecendo a todos os responsáveis por sua formação em saúde pública, à coordenação de pós-graduação e a todos os alunos "com os quais também aprendi muito durante as aulas e orientações dos vários estudos e pesquisas".

Prêmio Capes de Teses e Prêmio Oswaldo Crus de Teses

Em uníssono, alunos premiados e seus respectivos orientadores e coorientadores nos Prêmios Capes de Teses e Oswaldo Crus de Teses falaram sobre dedicação, empenho e gratidão. Muitos lembraram as trajetórias percorridas, contaram histórias de vida que se entrelaçavam com a Fundação desde crianças e alguns rememoraram a entrada na Fiocruz ainda antes da graduação, por meio de programas institucionais de iniciação e vocação cientifica, como Pibic, Pibiti e Provoc.

Prêmio Capes de Tese – Menções Honrosas:

  • Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami – Área Medicina I – trabalho: Desfechos de Tratamento e regimes terapêuticos usados para TB – HIV. Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Orientadora Valéria Cavalcanti Rolla e coorientador Bruno de Bezerril Andrade.
  • Anelise Andrade de Souza – Área Saúde Coletiva – trabalho: Efeito da interação entre saneamento e o Programa Bolsa Família na morbidade e mortalidade por desnutrição e diarreia em crianças menores de cinco anos de idade: um estudo ecológico de municípios brasileiros. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas). Orientador Léo Heller e coorientadores Sueli Aparecida Mingoti e Rômulo Paes de Sousa.
  • Roberta Falcão Tanabe – Área Saúde Coletiva – trabalho: Corpos híbridos - a tecnologia incorporada na vida: explorando as relações de cuidado de crianças com condições crônicas complexas em Terapia Intensiva. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Orientadora Martha Cristina Nunes Moreira.  

Prêmio Oswaldo Cruz de Teses

Área Ciências Biológicas Aplicadas e Biomedicina

Premiada:

  • Jéssica Bodolato Corrêa da Silva – Avaliação da resposta imune efetora e de memória de pacientes infectados ou com histórico de infecção por DENV e ZIKV. Orientadora Luzia Maria de Oliveira Pinto. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

Menção honrosa:

  • João Ramalho Ortigão Farias – O papel da integrina VLA-4 em linfócitos T: possível ação reguladora sobre os processos de ativação e diferenciação. Orientador Vinícius Cotta de Almeida e coorientador Wilson Savino. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)
  • Sabrina Alves dos Reis – O papel do tecido adiposo para a imunopatologia da hanseníase. Orientador Flavio Alves Lara. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Ciências Humanas e Sociais

Premiada:

  • Giulia Engel Accorsi – Sífilis, loucura e civilização: a paralisia geral progressiva e institucionalização do campo neuropsiquiátrico no Rio de Janeiro (1868-1924). Orientadora Cristiana Facchinetti e coorientador André Felipe Cândido da Silva. Programa de Pós-Graduação em História das Ciências, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

Menção honrosa:

  • Allan de Gouvêa Pereira – Tecnologias do cuidado de si: o uso de aplicativos de saúde para o gerenciamento do câncer. Orientadora Kátia Lerner. Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

Medicina

Premiada:

  • Natana Chaves Rabelo – Sequenciamento de nova geração aplicado às síndromes com heterogeneidade clínica e genética: um modelo para o SUS a partir das RASopatias. Orientador Juan Clinton Llerena Junior e coorientadora Sayonara Maria do Carvalho Gonzalez. Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Saúde Coletiva

Premiada:

  • Juliana Mara Andrade – Efeito da síndrome da fragilidade na qualidade de vida relacionada à saúde e o papel desta condição na expectativa de vida de idosos não institucionalizados. Orientadora Fabíola Bof de Andrade e coorientadora Flávia Cristina Drumond Andrade. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).

Menção honrosa:

  • Maíra Domingues Bernardes Silva – Aleitamento materno na atenção neonatal e infantil de alta complexidade: estudo de coorte. Orientadora Enirtes Caetano Prates Melo e coorientadores Raquel de Vasconcellos Carvalhaes de Oliveira e João Aprígio Guerra de Almeida. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
  • Patricia de Oliveira da Silva Scaranni – Consumo de alimentos ultraprocessados e seus efeitos sobre os lipídios plasmáticos e a pressão arterial. Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil). Orientadora Maria de Jesus Mendes da Fonseca e coorientadora Letícia de Oliveira Cardoso. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Publicado em 18/10/2021

Campus Virtual celebra datas e reforça importância da qualificação de profissionais de saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Hoje, 18/10, é Dia do Médico e ontem, 17/10, foi celebrado o Dia Nacional da Vacinação. Além da valorização dos profissionais de saúde, as datas também são uma ótima oportunidade para lembrarmos a importância da qualificação dos mesmos para o enfrentamento das doenças. Nos últimos 19 meses de pandemia, o Campus Virtual Fiocruz elaborou e publicou nove cursos, online e gratuitos, específicos sobre a Covid-19. Assim, a Fundação, que tem a educação como um dos pilares de enfrentamento à pandemia, ratifica seu compromisso com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS e o Sistema de CT&I do país. Confira os diversos cursos disponíveis e inscreva-se!

Inscreva-se já! 

Atualmente, o imunizante contra a Covid-19 está sob os holofotes, mas o Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, disponibiliza inúmeras outras vacinas gratuitamente a toda população. No Brasil, segundo dados do painel da Fiocruz MonitoraCovid-19, mais de 70% da população já tomou a primeira dose do imunizante contra o coronavírus e quase 50% da população já recebeu a segunda dose. 

Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19

A formação, online, gratuita e autoinstrucional, tem o objetivo de contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta e ir além, produzindo uma mudança qualitativa na forma de enfrentar as emergências em saúde pública, trazendo uma visão prospectiva, tendo como base e apoio o programa Vigiar SUS – lançado pelo Ministério da Saúde para estimular as capacidades de vigilância e respostas às emergências em saúde pública – e a participação do Observatório Covid-19 da Fiocruz, que durante toda a pandemia vem realizando análises e proposições para o enfrentamento da mesma. Ele é dirigido aos interessados na temática da gestão de risco de emergências em saúde pública para Covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), mas é aberto a todos os  interessados. 

Covid-19 e a atenção à gestante em comunidades indígenas e tradicionais

A formação nasceu de uma junção de esforços da Fiocruz, de especialistas de diferentes regiões do país, que participaram da elaboração do Manual de Recomendações para a Assistência à Gestante e Puérpera frente à Pandemia de Covid-19, do Ministério da Saúde – que é a diretriz brasileira no cuidado à gestante durante a pandemia – e ainda de especialistas em saúde indígena e populações e comunidades tradicionais. A pandemia causou impacto indireto na saúde das mulheres gestantes, devido à significativa desarticulação e reformulação, que foi necessária neste momento de pandemia, no cuidado e atenção ao pré-natal, considerando ainda as diferentes questões ligadas aos desafios socioeconômicos. Por isso o curso é voltado a profissionais de saúde, gestores, pessoas da área clínica da atenção e da organização da rede, tanto na saúde indígena como nas redes de atenção urbanas. O curso, online, gratuito e autoinstrucional, é de 15h é composto de 3 módulos, em um total de 7 aulas.

Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos

O curso Vacinação: protocolos e procedimentos técnicos é composto de 19 aulas, distribuídas em 5 módulos, com 50h de carga horária. Além das aulas, o aluno tem acesso à bibliografia utilizada no curso, materiais complementares e a um conjunto de perguntas e respostas frequentes (FAQ). Seu objetivo é contextualizar a importância das vacinas; apresentar a cadeia de desenvolvimento, produção e distribuição e seus conceitos básicos; as necessidades específicas de cadeia de frio para transporte, armazenamento e conservação; as especificidades da organização e dos procedimentos da sala de vacinação para Covid-19; e ainda orientar a implantação de uma sala de vacina para Covid-19 no contexto dos povos indígenas, população privada de liberdade, residentes em Instituições de Longa Permanência e população de rua.

Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio

Com a formação, a ideia é que os participantes sejam capazes de compreender e realizar as medidas sanitárias preconizadas para a prevenção e controle da infecção por Covid-19 no contato com pessoas idosas que necessitam de apoio ou auxílio para a realização de suas atividades cotidianas. Também é objetivo do curso que os alunos conheçam os serviços de saúde no território que prestam atendimento em casos de suspeita e/ou confirmação de infecção por Covid-19. Além do conteúdo programático, os alunos terão acesso à bibliografia utilizada no curso, a materiais complementares e a um conjunto de Perguntas e Respostas sobre o tema (FAQ).

Cuidado de saúde e segurança nas Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) no contexto da Covid-19

O curso Cuidado de Saúde e Segurança nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) no contexto da Covid-19 é voltado a cuidadores, familiares e profissionais que atuam com a saúde da pessoa idosa e segurança do paciente. Entre os temas abordados nas aulas estão: medidas de prevenção e controle da disseminação de doenças; cuidados em áreas comuns; fragilidade e violência; vacinação para proteção da Covid-19 nas ILPIs; contatos sociais em tempos de isolamento; estratégias de comunicação para garantir o contato da pessoa idosa com a sua família ou comunidade; recomendações para a comunicação de notícias difíceis; e outros.

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas

O curso Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas, que já conta com mais de três mil participantes, visa capacitar, técnica e operacionalmente, gestores e equipes multidisciplinares de saúde indígena para a prevenção, vigilância e assistência à Covid-19, respeitando os aspectos socioculturais dessa população.

Enfrentamento da Covid-19 no sistema prisional

Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o Campus Virtual Fiocruz e a Fiocruz Mato Grosso do Sul lançaram o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional. A formação, que tem mais de quatro mil inscritos, é oferecida na modalidade à distância e voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área.

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Para responder à demanda dos profissionais que estão na linha de frente do atendimento, a Fiocruz lançou o curso Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus. Ele é aberto, gratuito, autoinstrucional e oferecido à distância (EAD), permitindo que qualquer pessoa interessada se inscreva. Já são 60 mil participantes! A qualificação é dirigida especialmente a trabalhadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS), redes hospitalares, clínicas e consultórios, mas pode ser cursado por todos os interessados. Ele é composto de três módulos, que são independentes e podem ser cursados conforme necessidade do aluno, conferindo autonomia ao processo de formação.

Educação remota para docentes e profissionais da educação

"Caminhos e conexões no ensino remoto" é o tema de um novo curso da Fiocruz voltado a docentes e profissionais da área de educação. O objetivo do curso é compartilhar um conjunto de orientações básicas, ferramentas tecnológicas e atividades que subsidiem professores e outros profissionais da área na realização de disciplinas ou ações educacionais na modalidade de educação remota emergencial. A formação, que é autoinstrucional, online e gratuita, está aberta a todos os interessados. Ela é uma iniciativa da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação e está alinhada às ações de apoio aos professores para a continuidade do ensino frente à necessidade de isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.

 

Imagem: Vacina Covid-19 - autor Sergio Melo - Banco Fiocruz Imagens

Publicado em 14/10/2021

Inscrições abertas para projetos sobre impactos da pandemia

Autor(a): 
CCS/Capes

Lançado o edital nº 12/2021 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) no âmbito dos impactos da pandemia. A Coordenação investirá até R$25,1 milhões em estudos com vigência de até 48 meses e que tratem das consequências e reflexos culturais, econômicos, históricos e sociais decorrentes da Covid-19. Os projetos devem ser apresentados pelo Sistema de Inscrições da Capes (Sicapes) até 22 de novembro. A implementação está prevista para março de 2022. 

A Capes apoiará projetos voltados à formação de profissionais qualificados e ao desenvolvimento de pesquisas acadêmico-científicas sobre questões emergenciais de abrangência nacional. Os trabalhos deverão considerar fatores surgidos ou agravados no contexto pandêmico, como violência, saúde e adoecimento social, reestruturação da arquitetura urbana, novas ou adaptadas estruturas de trabalho e de ensino, e agravamento de diferenças entre os estados.

Serão até R$21,1 milhões para a concessão de bolsas e o restante para recursos de custeio. Cada projeto contará com até quatro bolsas de mestrado, três de doutorado e três de pós-doutorado. Todas serão pagas diretamente aos beneficiários pelo Sistema de Controle de Bolsas e Auxílios (SCBA).

O proponente deve ser professor ou pesquisador vinculado a um programa de pós-graduação (PPG) recomendado pela Capes, estar cadastrado na Plataforma Sucupira, possuir título de doutor e ter currículo cadastrado e atualizado na Plataforma Lattes. Este coordenará o projeto, e o PPG ao qual estiver vinculado será considerado o principal, sendo vedada a submissão de outra iniciativa pelo mesmo programa de pós-graduação.

O Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Impactos da Pandemia é o quarto edital do Programa de Combate a Epidemias, que tem a finalidade de incentivar estudos sobre a prevenção e o enfrentamento à Covid-19 e outras doenças. Sua estruturação baseia-se em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. Nos três editais anteriores, 109 projetos de pesquisa e formação de pessoal foram selecionados e contam com a participação de 1.248 pesquisadores.

Para mais informações:  impactos.pandemia@capes.gov.br ou (61) 2022-6310.

Acesse aqui o edital Nº 12/2021 - "Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) - Impactos da Pandemia", no âmbito do Edital de seleção emergencial IV - Programa Estratégico Emergencial de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias

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