A Oficina de Avaliação do Ensino: a perspectiva do caminho da qualidade nas escolas não universitárias do campo da saúde, que ocorreu em Brasília nos dias 3 e 4 de dezembro, foi uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS).
O objetivo da oficina foi revisitar e debater o tema da Avaliação das Escolas não universitárias da Saúde, construindo consensos em torno de subtemas eleitos como estratégicos da gestão da qualidade nessa área, visando contribuir para o enriquecimento da gestão escolar e para o desenvolvimento de processos de auto avaliação das escolas não universitárias da área de saúde.
No âmbito da Gestão da Educação, a SGTES/MS tem apoiado projetos que buscam a construção do caminho da qualidade da oferta educativa para o SUS, entre os quais, o Projeto de Avaliação do Ensino Lato Sensu em Instituições Formadoras da Saúde: o caso da Fiocruz, elaborado a partir do credenciamento da Fiocruz como Escola de Governo. A construção desse projeto tornou oportuno ampliar a discussão da Fiocruz e da SGTES/MS com os parceiros das Redes de Escolas de Pós-Graduação em Saúde Pública e de Escolas Técnicas da Saúde do SUS, sendo esta oficina um dos espaços para esse compartilhamento.
“Essa reunião faz parte da estratégia da SGTES de construir a qualidade na educação em saúde”, afirmou a secretária substituta da SGTES, Cláudia Brandão. Já a presidente da CPA-Fiocruz e uma das organizadoras do evento, Isabella Delgado ponderou que desde o credenciamento da Fiocruz como Escola de Governo já se discute internamente as bases da autoavaliação. “Essa oficina é parte dessa estratégia de pensar um modelo de autoavaliação para uma instituição muito complexa e que pode servir de referência a outras instituições não universitárias”, comparou Isabella. De acordo com uma das coordenadoras da oficina e pesquisadora da Fiocruz, Tânia Celeste, esse encontro é uma grande reunião de pesquisa e de contribuição a um projeto. "A principal finalidade dela é produzir sínteses que contribuirão com esse novo modelo de autoavaliação que está sendo construído”.
O evento reuniu uma média de 77 pessoas por dia e quatro redes: Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola); Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS); Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF); e Sistema de Escolas de Governo da União (SEGU).
Por Alex Bicca (VPEIC/Fiocruz)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está lançando o primeiro microcurso de Formação em Ciência Aberta, que será oferecido através do Campus Virtual Fiocruz. A iniciativa integra as estratégias da Fundação para apresentar à comunidade o movimento da Ciência Aberta, suas diversas práticas, expectativas e controvérsias, especialmente para os alunos da pós-graduação. Os cursos são gratuitos e podem ser feitos por outras pessoas interessadas na temática, mesmo que não façam parte da comunidade Fiocruz.
A nova formação está estruturada em quatro séries, totalizando oito cursos, que são oferecidos na modalidade à distância. Os interessados já podem se inscrever no primeiro curso O que é ciência aberta?.
A cada curso realizado, os alunos passam por uma avaliação online e recebem certificados de conclusão de acordo com critérios de aprovação.
A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), através do Campus Virtual Fiocruz — plataforma educacional que integra os cursos, recursos educacionais, vídeos e ambientes de aprendizagem da instituição. Os novos microcursos são resultados de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação (VPEIC), a Escola Corporativa Fiocruz e a Universidade do Minho (Portugal).
CURSO 1: O que é Ciência Aberta?
A Série 1 trata dos Fundamentos da Ciência Aberta, e é composta por três cursos. O primeiro, O que é Ciência Aberta?, apresenta conceitos e práticas da área. Os participantes vão aprender sobre pesquisa, dados abertos, marcos legais, educação aberta e recursos educacionais abertos. O conteúdo deste curso introdutório foi elaborado por especialistas da Universidade do Minho (Portugal), responsáveis pelo desenvolvimento do Programa Foster - Fostering the practical implementation of Open Science in Horizon 2020 and beyond, da União Europeia, e da Fiocruz.
Estrutura: Aula 1: Introdução à Ciência Aberta | Aula 2: Acesso aberto | Aula 3: Dados de pesquisa abertos | Aula 4: Workflows abertos | Aula 5: Ciência cidadã | Aula 6: Inovação aberta | Aula 7: Educação aberta | Aula 8: Boas práticas e ferramentas de ciência aberta
Conteudistas: Eloy Rodrigues (Universidade do Minho) | José Manuel Carona Carvalho (Universidade do Minho) | Maria Antónia Pebre Madeira Correia Sousa (Universidade do Minho) | Pedro Miguel Oliveira Bento Príncipe (Universidade do Minho) | Ana Cristina da Matta Furniel (Campus Virtual Fiocruz) | Ana Paula Bernardo Mendonça (Campus Virtual Fiocruz) | Rosane Mendes (Campus Virtual Fiocruz)
Carga horária: 10h
CURSO 2: Panorama histórico da Ciência Aberta
Apresenta o contexto internacional do movimento da Ciência Aberta, sua relação com iniciativas do Governo Aberto e a perspectiva do uso de dados administrativos para a produção de novos conhecimentos e políticas públicas em saúde. Os participantes também vão poder contrastar as principais expectativas depositadas na Ciência Aberta por diversos atores e antigas problemáticas (como as assimetrias do fazer científico entre países), refletindo criticamente sobre as oportunidades e riscos para a sociedade brasileira. Este curso foi elaborado por membros do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz (GTCA) com pesquisas relevantes na área.
Estrutura: Aula 1: Cenário internacional | Aula 2: Cenário brasileiro | Aula 3: Ciência aberta e saúde: abertura dos dados governamentais | Aula 4: Os obstáculos que a Ciência Aberta pretende mitigar | Aula 5: Uma ciência aberta, várias expectativas | Aula 6: Visões críticas da Ciência Aberta | Aula 7: Qual Ciência Aberta precisamos?
Conteudistas: Anne Clinio (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Paula Xavier (Coordenação de Informação e Comunicação/Fiocruz) | Flavia Tavares Silva Elias (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Gabriela Oliveira (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Marcia Luz da Motta (Gerência Regional de Brasília/Fiocruz) | Bethania Almeida (Cidacs/Fiocruz Bahia)
Carga horária: 10h
Inscrições: Janeiro/2019
Entre abril e outubro de 2019 está previsto o lançamento de três novas séries sobre Ciência Aberta, que podem ser cursadas por todos os interessados e não precisam ser cursadas linearmente. A Série 2, Marcos Legais, aborda temas como propriedade intelectual e proteção de dados. Já a Série 3, Educação Aberta, trata de acesso aberto e dados abertos. Por fim, a Série 4, Educação Aberta, traça um panorama histórico sobre a temática, apresentando debates relevantes sobre os recursos educacionais abertos (REA).
*Atualizada em 29/4/2019.
A Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) divulgou o resultado dos selecionados na segunda chamada para os cursos de curta duração com abrangência internacional (2018-2019). O edital, que é uma das ações do Programa de Integração da Fiocruz, seleciona cursos que podem oferecer créditos em programas Stricto sensu e prioriza programas que resultam da parceria entre unidades.
São selecionadas até dez propostas para cada chamada, considerando critérios como: o caráter internacional do curso, a relevância do tema e as propostas apresentadas por parcerias entre programas de pós-graduação ou que contemplem alunos de programas diversos.
O projeto será executado por meio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). Para a segunda chamada, os cursos devem ser executados no período de 2 de janeiro a 28 de junho de 2019. Para saber mais, acesse o edital completo.
Confira a lista do resultado. Parabéns aos selecionados!
E fique atento, que ano que vem tem mais: a terceira chamada será em março de 2019.
Uma ótima notícia para a pós-graduação no Brasil. Foram aprovadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) duas propostas da Fiocruz para formação profissional a nível de doutorado. As propostas aceitas pela Capes foram o Doutorado Profissional em Gestão em Saúde, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco), e o Doutorado Profissional em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica, que será ofertado pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos). Ambos planejam a abertura de turmas em 2019.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é pioneira na oferta de cursos de formação profissional na PG brasileira. Já existem, na fundação, diferentes programas de mestrado profissional que abrangem uma série de áreas da saúde. No entanto, não há ofertas para doutorado profissional. De acordo com Eduarda Cesse, coordenadora-geral adjunta da Coordenação-Geral de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), ainda há certa resistência no meio acadêmico com a formação profissional.
“Parte da comunidade científica ainda tem certas questões com a pertinência do doutorado profissional”, disse Eduarda. “No entanto, observamos uma demanda muito grande de estudantes que finalizam o mestrado profissional e querem dar seguimento à sua formação. Aí está a importância destas novas propostas”, completou.
Segundo a coordenadora geral adjunta, o papel da VPEIC vem sendo de apoiar as unidades da Fiocruz neste sentido. “Apoiamos o lançamento das propostas porque acreditamos no potencial que as unidades têm, justamente pelo ótimo trabalho que realizam com suas turmas de mestrado”, comentou Eduarda. Ela afirmou que o resultado é uma grande felicidade e também um desafio – é preciso, agora, dar seguimento à implementação dos cursos.
O curso de Doutorado Profissional em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco (Fiocruz PE) está estruturado na área de concentração Gestão em Saúde já existente para o Mestrado Profissional, com disciplinas distribuídas em quatro eixos temáticos: Gestão e Avaliação de Serviços de Saúde; Gestão da Vigilância em Saúde; Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde; e Gestão de Ciência e Tecnologia em Saúde.
A vice-diretora de Ensino e Informação Científica da Fiocruz PE, Ana Paula do Nascimento, destacou o apoio e o incentivo da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fundação Oswaldo Cruz ao longo de todo o processo. “Seremos pioneiros da oferta de cursos dessa natureza”, destacou.
Será exigência do programa que os trabalhos dos doutorandos estejam relacionados às suas práticas profissionais, o que reforça o papel institucional na formação de recursos humanos para a gestão pública e de C&T em saúde. Esse doutorado tem o objetivo geral de preparar profissionais para atuarem como formadores e indutores de processos de mudança em seus espaços de trabalho mediante a adoção de novos conceitos e práticas, desenvolvendo produtos de alta aplicabilidade ao desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto pedagógico do curso foi elaborado pela coordenadora do Mestrado Profissional em Saúde Pública Idê Gurgel e por Ana Paula do Nascimento, com a colaboração dos docentes Constância Ayres; Eduarda Cesse; Garibaldi Gurgel; Kátia Medeiros e Pedro Miguel Neto. O documento foi analisado e homologado pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Saúde Pública.
Com a aprovação, Farmanguinhos passa a contar com um Programa de Pós-graduação em Gestão, Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutico que inclui o Mestrado Profissional e dois Doutorados nesse segmento (Profissional e Acadêmico). Trata-se do primeiro curso desta modalidade no Brasil voltado para a área farmacêutica.
A previsão é de que a primeira turma comece no segundo semestre de 2019. A unidade aguarda a publicação da portaria da Capes, prevista para o próximo dia 28, para providenciar a efetivação da proposta enviada à entidade, que incluem detalhes como regulamento interno, novos professores, grades das disciplinas para, enfim, elaborar o edital de chamada pública. “Agora somos um Programa de Pós-graduação, o único no Brasil na área de Farmácia. Temos Mestrado e Doutorados com as mesmas linhas de outrora: Gestão Tecnológica da Pesquisa e Desenvolvimento na Indústria Farmacêutica; Pesquisa e Desenvolvimento para Prospecção de Produtos Farmacêuticos”, explica o coordenador do curso Jorge Magalhães.
“Mais do que um curso, Farmanguinhos ganha um Programa de Pós-graduação, que inclui Mestrado e Doutorados Acadêmico e Profissional. Temos de valorizar essa conquista, porque estamos há muitos anos lutando por isso”, salienta a vice-diretora de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto, Núbia Boechat. Ela argumenta que os cursos a serem oferecidos partem de uma abordagem translacional. “Significa que a estrutura do nosso Programa de Pós-graduação contempla toda a cadeia produtiva de um medicamento, desde a pesquisa básica até o produto final”, enfatiza.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, que tem uma relação íntima com a área de conhecimento (já atuou como professora e foi vice-presidente da Fundação na área de Educação), ressalta que o Doutorado Profissional vai ao encontro da missão institucional. Ela destaca que o curso é uma iniciativa inédita que se traduz na integração da gestão, pesquisa e desenvolvimento na indústria farmacêutica. “Com caráter interdisciplinar e multiprofissional, seu objetivo é a formação de profissionais com um conjunto de habilidades que permitirá o desenvolvimento de competências que permeiam a cadeia da indústria farmacêutica e respectivas instituições de pesquisa”, observa.
Mariana Conceição, a coordenadora de Educação de Farmanguinhos, complementa: “Esse programa estava sendo preparado e esperado há muitos anos pelos pesquisadores de Farmanguinhos. Temos características únicas e estávamos formando nossos alunos em cursos do IOC (Instituto Oswaldo cruz) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Agora podemos formar um profissional completo, com o perfil único, que não será só especialista em sua área de atuação, mas que fará a integração entre as diversas áreas que compõem as etapas de descoberta e desenvolvimento de fármacos e medicamentos”.
Por Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz), com informações da Fiocruz Pernambuco e de Farmanguinhos
Gerar laços e fazer com que todos se sintam acolhidos na Fiocruz: estes foram os principais objetivos da 1ª Gincana de Integração e Confraternização do GT de Acolhimento, que aconteceu no último dia 5/12. O encontro reuniu estudantes de toda a instituição, que participaram de atividades, jogos e brincadeiras durante a manhã. Além do apoio da Asfoc-SN, também houve parceria com a Editora Fiocruz - a editora premiou vários participantes com livros.
“A gente aceita o outro na medida em que o conhecemos”, foi o que explicou Márcia Silveira, coordenadora do GT de Acolhimento. Ela contou o relato de um estudante estrangeiro que, durante a gincana, comentou que dezembro pode ser um mês muito solitário para quem é de fora do Rio de Janeiro. “Criamos a gincana justamente para amparar esses alunos”.
Patrícia Cuervo, pesquisadora colombiana e membro do GT, lembrou a importância do evento no atual cenário. “Estamos vivendo um momento sensível, tanto para os estudantes quanto para nossa instituição. É bom poder renovar os votos da solidariedade, da esperança e da resistência, principalmente se queremos encarar um futuro de tantas incertezas no Brasil”, pontuou Patrícia.
O Grupo de Trabalho (GT) de Acolhimento está vinculado à Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC). Rita Duarte, assessora de eventos da VPEIC, mostrou satisfação com o resultado. “Foi incrível. Os estudantes foram muito participativos e as atividades fluíram com uma energia positiva”, comentou Rita. Também esteve presente na gincana a coordenadora geral adjunta Eduarda Cesse.
Durante a gincana, alunos da pós-graduação estiveram integrados com alunos do ensino profissionalizante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Júlio Cesar Sanches, membro da Associação de Pós-graduandos da Fiocruz (APG/Fiocruz), disse ter participado com muito entusiasmo da manhã de atividades. “Foi uma construção coletiva que estimulou reflexões sobre a importância do acolhimento, da humanização, da confraternização e, sobretudo, da saúde física, mental e social dos discentes”, afirmou.
Brincadeiras com bola, corrida do saco, boliche, corda bamba e dança fizeram parte do encontro. Houve jogos típicos do Brasil e de outros países, como a Colômbia, com o objetivo de resgatar a multiculturalidade que circula no campus da Fiocruz. Os alunos foram divididos em times, com camisetas de diferentes cores, e estimulados a trabalhar em equipe. No decorrer do evento, ocorreu um concurso online: o participante que postasse uma foto da gincana em suas redes sociais e obtivesse o maior número de curtidas, venceria. A grande ganhadora foi Camila Brecht, doutoranda em Epidemiologia.
“A Fiocruz é muito grande e quase não temos a oportunidade de entrosamento com outros alunos”, comentou Camila. “Muitas vezes ficamos tão focados em ir bem nas disciplinas ou terminar um artigo e acabamos esquecendo o mais importante, que é o porquê de estarmos aqui: a ciência é feita por pessoas e para pessoas. Foi muito gostoso participar”. Ela disse que espera que a gincana ocorra todos os anos, tanto no início quanto no fim do ano letivo.
O estudante Rafi Rahman, do Paquistão, está realizando doutorado em Biologia Parasitária e também esteve presente. “As atividades aconteceram em um único dia, porém os efeitos serão duradouros em nossas vidas, principalmente enquanto estivermos aqui na Fiocruz”, pontuou. Rafi falou estar grato à instituição por lhe dar a chance de fazer novos amigos, aprender mais sobre diferentes culturas e se divertir.
Por Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)
Amanhã, dia 28/11, acontece a Cerimônia de Premiação Nacional da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além da condecoração dos premiados, vamos conhecer os seis trabalhos que receberão o título de Destaque Nacional. Na ocasião, o prêmio especial Ano Oswaldo Cruz, destinado a trabalhos que utilizaram recursos educacionais da Fiocruz, também será entregue a três escolas. O evento é aberto ao público e será no no Auditório do Museu da Vida (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro).
Recordes, momentos olímpicos e alcance de objetivos
Destacando a importância dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pelas Nações Unidas, a 9ª Obsma estimulou que os trabalhos abordassem de forma crítica e criativa temas da Agenda 2030 e obteve números recordes: entre 2017 e 2018, foram 1.228 trabalhos inscritos representando todos os estados brasileiros, contando com o envolvimento de 4.270 professores e 67.179 estudantes do ensino fundamental e médio. Nos últimos dois anos, a equipe do projeto também percorreu o país oferecendo 20 Oficinas Pedagógicas a professores de 13 estados com foco nas modalidades Projeto de Ciências, Produção de Texto e Produção Audiovisual.
No dia 26 de novembro, 70 professores e estudantes representantes de escolas de todas as regiões do país desembarcaram no Rio de Janeiro para participar da Semana de Premiação da Obsma. A Olimpíada promove um roteiro especial na cidade: os participantes que tiveram seus trabalhos sobre saúde e meio ambiente selecionados nesta edição, visitam a Fiocruz e seu belo Castelo Mourisco, além de espaços culturais como Museu de Arte do Rio (MAR) e o Centro Histórico.
Para a coordenadora nacional da Obsma, Cristina Araripe, os objetivos da 9ª edição foram plenamente alcançados. "Estamos felizes neste encerramento, porque conseguimos estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares em escolas públicas e privadas de todo o país, reconhecendo o trabalho de professores e alunos", diz. "Outro aspecto importante é fortalecer a cooperação entre diversas instituições ampliando a divulgação de ações governamentais em educação, saúde e meio ambiente", avalia.
E os vencedores são...
Saiba mais sobre as iniciativas no Portal Fiocruz.
Confira aqui a lista completa de trabalhos premiados na 9ª Obsma.
Programação cultural da Semana de Premiação da 9ª Obsma
26/11
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Atividade cultural na Praia Vermelha
27/11
Parque Nacional da Tijuca (ICMBio - Corcovado)
Museu de Arte do Rio
Rio de Janeiro Histórico - Cais do Valongo e Praça Mauá
28/11
Cerimônia de Premiação Nacional na Fiocruz
Conhecendo a Fiocruz com o Museu da Vida
Por Ascom/Obsma
“Luz, câmera, ação!”. O edital 2018 do selo Fiocruz Vídeo, que seleciona projetos audiovisuais originais e inéditos sobre temas de interesse de saúde pública, divulgou no dia 13 de novembro os seis filmes que foram escolhidos. São cinco documentários e uma animação, que receberão apoio financeiro que vai de R$ 85 mil a R$ 220 mil. Para o coordenador do Fiocruz Vídeo, Wagner Oliveira, os filmes enfocarão temas excluídos da mídia tradicional e deverão ter um olhar para a comunicação pública, marca da Fundação. O apoio à produção de obras audiovisuais é promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação e pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), por meio da VideoSaúde Distribuidora, da qual faz parte o selo Fiocruz Vídeo.
“Os projetos escolhidos foram selecionados pela relevância dos temas apresentados e acreditamos que poderão fazer a diferença para aqueles que os assistirem, seja em festivais, em escolas, em universidades ou em cineclubes. Na próxima semana as equipes já estarão em campo, para começar a produzir as primeiras imagens. Temos atualmente 31 filmes em catálogo e pretendemos chegar a 40 no final do primeiro semestre de 2019”, afirmou Oliveira. Os filmes deverão estar prontos em 240 dias (oito meses). As obras selecionadas posteriormente estarão presentes em repositórios institucionais de acesso aberto e ganharão distribuição em formato físico, pela Editora Fiocruz.
Durante a produção dos filmes as equipes contarão com o apoio de especialistas da Fiocruz, para fornecer subsídios e assegurar a correção das informações científicas, médicas e de saúde pública, de descrições de doenças, de ações preventivas de saúde, de tratamentos médicos, de direitos dos pacientes e usuários dos serviços de saúde, de boas práticas de laboratório, de biossegurança ou quaisquer outras informações relevantes ao público. “Tudo isso, evidentemente, sem ferir a liberdade autoral de cada diretor”, observou Oliveira.
O vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral Neto, disse que “as temáticas propostas têm grande qualidade, o que dificultou a escolha. Elas nos trarão novos enfoques sobre os assuntos conhecidos, o que é característica da Fiocruz: nunca esgotar os temas e jogar sobre eles múltiplos olhares”. Para o diretor do Icict/Fiocruz, Rodrigo Murtinho, “o selo Fiocruz Vídeo é estratégico e um projeto vitorioso, que queremos expandir, com mais recursos. Esses outros olhares que nos chegarão com os filmes vão ajudar a ampliar o debate na saúde pública, trazendo ainda aspectos regionais, distantes dos grandes centros, que em geral são ignorados”. O diretor-executivo da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), Hayne Felipe, comentou que os seis projetos escolhidos ajudarão a missão da Fiocruz e também servirão para reforçar o debate do que será a saúde no século 21.
Em reunião com representantes dos seis projetos escolhidos pelo edital 2018, Oliveira explicou a importância da comunicação em saúde para a Fiocruz e lembrou os antecedentes na instituição, que começaram ainda na época do patrono Oswaldo Cruz, tornando-se pioneira na criação de revistas científicas e na utilização das técnicas da fotografia, do desenho e da cinematografia para o registro e divulgação da ciência e da saúde coletiva. Ele citou a Política de Comunicação da Fiocruz, para a qual “a comunicação é um bem público e uma das determinações sociais da saúde. Tal compreensão orienta a política institucional, que busca a efetivação do direito social, coletivo e individual à informação, à expressão e ao diálogo”.
Oliveira também lembrou da importância de as produções fugirem da abordagem “chapa branca”, oficialesca e formal. Ele citou a obrigatoriedade da acessibilidade, outra marca das produções da Fiocruz, já que os filmes precisam ter audiodescrição. “Nós valorizamos, muito, a narrativa cinematográfica. Os filmes precisam contar boas histórias”, ressaltou. Todas as produções devem ter legendas em inglês e espanhol.
Os seis projetos escolhidos pelo edital 2018 são os documentários Homens invisíveis (20-26 minutos), da Couro de Rato Edição e Produção (RJ); A peleja do índio cor de rosa contra a fera invisível (50-52minutos), da MFA Brasil Audiovisual (RJ); Territórios marginais: cartas que vêm da rua (20-26 minutos), do Laboratório Cisco Educação e Imagem (SP); Doença falciforme – Uma doença invisibilizada pelo racismo (10-15 minutos), da Haver Filmes Produções Artísticas (PR); e Evitável (20-26 minutos), da Bebinho Salgado 45 (PE). Também foi selecionada a animação Todos juntos contra as doenças negligenciadas (17-22 minutos), da Caranguejeira Comunicação e Produção Audiovisual (BA).
Territórios marginais: cartas que vêm da rua, com direção de Julio Matos, vai apresentar vídeocartas de moradores de rua e profissionais de saúde de Campinas. Nessas mensagens as pessoas falarão de si próprias, fabulando suas vidas e se reinventarão diante da câmera. Em um segundo momento serão selecionados cinco personagens que enviarão uma carta para um indivíduo correlato de Niterói (de morador de rua para morador de rua, de profissional da saúde para profissional da saúde). Depois de gravadas, as vídeocartas serão levadas a Niterói, onde serão respondidas.
Doença falciforme – Uma doença invisibilizada pelo racismo, dirigido por Denise Kelm Soares, vai abordar o racismo que impede um melhor tratamento de saúde da população negra. A doença falciforme, ligada predominantemente aos negros, será o mote do documentário, que por meio de entrevistas e animações explicará o que é a enfermidade e como os pacientes podem ser melhor atendidos e também conhecer o problema que enfrentam.
A peleja do índio cor de rosa contra a fera invisível, com direção de Tiago Carvalho, reconstituirá a história do pesquisador Noel Nutels, considerado uma inspiração para os dias de hoje pela paixão com que se dedicou à saúde coletiva, ao combate à tuberculose e aos direitos dos indígenas. Criador do Serviço de Unidades Sanitárias Aéreas, iniciativa inédita que levou saúde a populações isoladas das regiões Norte e Centro Oeste, Nutels também era documentarista e registrou as viagens em filmes, com imagens pouco exploradas.
Homens invisíveis, que terá direção de Luis Carlos Fontes de Alencar Filho, vai abordar a situação da população transgênera masculina nas prisões, a partir dos problemas gerados pelo preconceito e discriminação do sistema penal. São homens que não se reconhecem como homens e são tratados nas prisões como mulheres. A produção garante que pelo menos 30% da equipe será formado por pessoas transgêneras.
Evitável, documentário que será dirigido por Júlia Morim de Melo, vai tratar das mortes maternas por partos mal-assistidos. Segundo a produção, a morte materna revela questões de gênero, desigualdade de condições socioeconômicas e de acesso a direitos, além do racismo, já que a maior parte das vítimas é de mulheres negras. O foco do filme é a ausência. A ausência das mães que morreram por mortes evitáveis. E como as pessoas se organizam diante do nascimento de uma criança que vem ao mundo junto com a morte de sua mãe.
A única animação da lista é Todos juntos contra as doenças negligenciadas, com direção de José Carlos de Castro Júnior. Serão sete episódios de três minutos cada. O objetivo é usar a literatura de cordel para se comunicar com o público-alvo das seguintes doenças: tuberculose, mal de Chagas, esquistossomose, malária, leishmaniose visceral, dengue e filariose linfática. Utilizando o cordel, a produção vai abordar sintomas, prevenção, forma de contaminação, tratamento e o nome do causador de cada uma das enfermidades.
O selo Fiocruz Vídeo é uma marca de difusão e fomento de audiovisuais em saúde, que populariza e democratiza o acesso ao conhecimento em saúde pública por meio da comercialização de DVDs a baixo custo e na internet, em acesso aberto. Os produtos podem ser adquiridos por meio da Editora Fiocruz e também em eventos científicos e feiras audiovisuais. A iniciativa fomenta e incentiva a produção independente de audiovisuais em saúde, com o lançamento de editais de financiamento à produção e à finalização.
Um dos objetivos do selo é ampliar parcerias com canais públicos e independentes públicos atingidos com a disponibilização dos vídeos na internet e nas redes sociais, em consonância com a Política de Acesso Aberto da Fiocruz. Entre esses parceiros estão as TVs Brasil, Câmara, Senado, Justiça e TVT, entre outros.
Por Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está sempre de prontidão contra as doenças tropicais. A febre amarela é um dos agravos que tem exigido atenção redobrada quanto à prevenção e vigilância epidemiológica. Para manter profissionais e outros agentes da área da saúde sempre atualizados, a Fiocruz lançou dois microcursos sobre febre amarela.
Os cursos, que são online e gratuitos, foram produzidos pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e o Campus Virtual Fiocruz, com apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas). O conteúdo foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini. Os interessados já podem se matricular nos dois microcursos: Transmissão, vigilância e controle e Vacinação.
Saiba mais sobre os microcursos
A estrutura de um microcurso é baseada em microlearning (microaprendizagem), trazendo conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento. Os participantes aprendem de uma forma rápida e objetiva. Exemplo disso é o próprio material de divulgação do curso, que traz cartões ilustrados com questões e fatos relacionados ao conhecimento da doença (veja alguns na galeria de fotos). Há também um miniquiz com perguntas rápidas para testar conhecimentos (clique aqui para responder).
Saiba mais sobre os cursos abaixo e clique nos links para acessar a área de inscrições.
1. Transmissão, vigilância e controle
Apresenta os conceitos gerais sobre febre amarela, sendo indicado para os profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas é aberto para qualquer pessoa interessada. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:
2. Vacinação
Em forma de perguntas e respostas, o minicurso apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:
As matrículas para os microcursos ficarão abertas até junho de 2019. Caso tenha alguma dificuldade em se inscrever, envie uma mensagem para: suporte.campus@fiocruz.br
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus que é transmitido pela picada dos mosquitos infectados. O período de maior transmissão é no verão, entre dezembro e maio, quando há maior proliferação de mosquitos. Vale lembrar que não há transmissão direta, ou seja, de pessoa a pessoa.
Por sua gravidade clínica e potencial de disseminação, as ações preventivas, de vigilância e controle epidemiológico são consideradas muito importantes para evitar que a doença se propague.
O vírus – após décadas sem ser registrado na costa leste do Brasil – voltou a atingir a região no ano passado. Entre julho de 2017 e junho de 2018, foram confirmados 1.376 casos humanos de febre amarela. Destes, 483 pessoas morreram. Além disso, houve a confirmação de 864 macacos com o vírus (dados do Boletim Epidemiológico n 27/2018).
Por Campus Virtual Fiocruz e Universidade Aberta do SUS
*Atualizada em 14/02/2019.