No dia 31 de outubro, às 10 horas, a Fiocruz fará o webinário chamado “Preparação para a temporada de dengue 2025: perspectivas de modelos preditivos”, no formato online, por meio da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), via Programa de Computação Científica da Fiocruz (PROCC), em parceria com o consórcio The Global Health Network América Latina e Caribe (TGHN LAC).
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo Zoom.
No webinário, haverá tradução simultânea para inglês, português e espanhol, com apresentações da pesquisadora do PROCC e coordenadora do Infodengue, Claudia Codeço, a professora na Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados (ICREA), Rachel Lowe, (Centro de Supercomputação de Barcelona/Espanha), o professor da Universidade de Los Andes na Colômbia, Mauricio Vegas, o professor da Fundação Getúlio Vargas e coordenador do Infodengue, Flávio Coelho e a consultora técnica da coordenação geral de vigilância de arboviroses do Ministério da Saúde do Brasil, Marcela Santos.
Crescente preocupação com a dengue em todo o mundo
O evento será sobre predições referentes ao aumento de casos de dengue e de outras doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, as chamadas arboviroses.
Pesquisadores que participam do Infodengue falarão sobre as predições de surtos no Brasil e como é possível aplicar a metodologia a outros locais. "O Infodengue é um sistema de alerta precoce de transmissão de arboviroses, que tem contribuído continuamente no planejamento de respostas para redução do impacto dessas doenças na população brasileira. O webinário vai discutir o que são modelos preditivos de epidemias e seu uso para planejamento de ações de enfrentamento", comenta Claudia Codeço.
O evento também lançará uma campanha de previsão para 2025 com o intuito de padronizar modelos preditivos, utilizando a plataforma de código aberto, Mosqlimate.
O coordenador do PROCC, Ernesto Caffarena, explica que o webinário faz parte de uma série de eventos feitos em parceria com o TGHN LAC. “A ideia desse webinário é que outros pesquisadores possam usar e adaptar o conteúdo. É parte do legado do TGHN LAC. Queremos que esses eventos sejam mais que simples encontros, mas sim espaços para trocar ideias inovadoras, como o Infodengue no Brasil, e aplicá-las em outras latitudes também afetadas pela dengue. Esperamos que a parceria da Fiocruz com a The Global Health Network ultrapasse fronteiras e áreas de estudo, melhorando assim nossas pesquisas e promovendo o avanço da ciência em geral", diz Ernesto.
Rachel Lowe (mediadora): líder do grupo de resiliência em saúde global e professora pesquisadora na Instituição Catalã de Pesquisa e Estudos Avançados (ICREA), na Espanha. Rachel também é da Royal Society da London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Claudia Codeço: pesquisadora da Fiocruz pelo PROCC no Brasil. Claudia é cofundadora do projeto Infodengue e especialista em doenças sensíveis ao clima desde 2002.
Mauricio Vegas: professor da Universidade de Los Andes na Colômbia e assessor técnico em saúde e clima. Com mais de uma década de experiência em epidemiologia quantitativa e preparação para epidemias, Mauricio tem doutorado em ecologia e evolução de doenças infecciosas.
Flavio Coelho: professor da FGV, no Brasil, e investigador principal do projeto Mosqlimate. Flavio é especialista em epidemiologia de doenças infecciosas através da aplicação de matemática, estatística e ciência de dados.
Marcela Lopes Santos: consultora técnica da coordenação geral de vigilância de arboviroses do Ministério da Saúde do Brasil. Marcela é professora e doutora em Saúde Pública com ênfase em Epidemiologia.
Saiba mais sobre o evento aqui (página em espanhol).
O que você está esperando para participar?
Inscreva-se agora no webinário “Preparação para a temporada de dengue 2025: perspectivas de modelos preditivos.”
Nesta quarta-feira, 30 de outubro, será realizado o webinário "Mudanças climáticas, desastres e perspectivas para o futuro". O evento integra as atividades do SIS Brasil-Moçambique e organizado em uma colaboração entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Nacional de Saúde (INS). As palestras vão ocorrer remotamente pelo Zoom, das 9 às 11h (horário do Brasil) | 14 h às 16h (horário de Moçambique)
Palestras:
“Repercussões para a saúde e para o ambiente decorrentes das mudanças climáticas” - Tatiana Marrufo (Médica, INS Moçambique)
“Inserção da agenda climática nas políticas públicas” - Renato Roseno (advogado com atuação na área de direitos humanos, deputado estadual no Brasil)
“Desastres, integração da saúde e do ambiente na agenda climática e perspectivas para o futuro” - Christovam Barcellos (pesquisador da Fiocruz/ICICT)
Moderação: Aline Gurgel (pesquisadora da Fiocruz PE/IAM)
Para participar, acesse o Zoom com os dados abaixo:
ID da reunião: 883 5046 5963
Senha: 340844
Participe da sessão científica que acontece no dia 25 de outubro, às 9 horas, na Fiocruz Bahia. Assista ao vivo pelo Zoom.
Sobre o palestrante:
Rúbens Alves tem mestrado em virologia, biotecnologia e biologia molecular, que lançou as bases para seu trabalho no desenvolvimento de vacinas, particularmente contra o vírus da dengue. Durante o Ph.D. desenvolveu modelos de camundongos e vacinas de DNA visando os vírus da dengue e do Zika, incluindo um ano colaborativo no laboratório de Shresta no Instituto de Imunologia de La Jolla (EUA) para estudar células T CD4 no contexto da imunidade cruzada entre o zika e a dengue.
Como bolsista de pós-doutorado, seu foco se expandiu para incluir coronavírus e outros arbovírus, e está ativamente envolvido na pesquisa de variantes do SARS-CoV-2 usando modelos animais relevantes para humanos (transgênicos e humanizados), para investigar a dinâmica da infecção e as respostas imunológicas.
Atualmente, lidera os projetos de desenvolvimento de vacinas empregando tecnologia de mRNA autoamplificadora para criar vacinas de amplo espectro contra flavivírus e coronavírus. Este trabalho é fundamental para o avanço da tecnologia de vacinas para abordar doenças infecciosas emergentes e proteger a saúde global.
A Fiocruz adota os princípios e promove as práticas da ciência aberta para democratizar o acesso ao conhecimento produzido na instituição. Para isso, vem investindo em políticas, infraestruturas e iniciativas de educação para garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de obras intelectuais produzidas pela instituição. A Fundação lançou sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, em 2014, reforçando seu compromisso com o acesso à informação científica. A Política faz dez anos e esse marco é celebrado agora na Semana Internacional de Acesso Aberto de 2024, que ocorre de 21 a 27 de outubro.
Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado assegura que esse é o caminho para democratizar o conhecimento. Ela entende que a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento é importante para disseminar e fazer avançar as práticas que demandam uma mudança de cultura na forma de produzir ciência. “Sem a institucionalização, há o risco elevado de descontinuidade, ou o risco de a política ficar insulada em nichos. A institucionalização não se dá só pela publicação do documento. Ela se dá pela existência de fóruns permanentes participativos, que estão construindo coletivamente, atualizando, debatendo, avançando, se dá pela disseminação das informações de diferentes formas”, observou em entrevista.
Cristiani lembrou que a Fiocruz foi uma das instituições pioneiras a ter a sua Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, mas já atuava com essa perspectiva antes de sua publicação. “A política é fruto de amadurecimento de iniciativas anteriores”, salientou. Por isso, a Fundação é uma referência entre instituições públicas que acreditam e lutam por essa nova forma de produzir ciência. A vice-presidente diz que é necessário manter um debate contínuo e estabelecer a adoção de políticas que reforcem o conhecimento científico como bem público, elemento fundamental para a concretização do direito à ciência e à saúde. Esse entendimento, segundo ela, se opõe à ideia de que o conhecimento científico pode ser comercializado.
Para o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Rodrigo Murtinho, a Fiocruz tem a missão de, em 2024, atualizar a política, ampliando seu escopo e incorporando novos desafios. Ele compreende que “o fortalecimento da 'cultura de acesso aberto' é estratégico para ampliar as ações de Ciência Aberta na fundação”. Diante da ausência de uma legislação nacional, Rodrigo disse acreditar ser “essencial o fortalecimento das políticas nas instituições e dos elos de articulação entre os órgãos comprometidos com a ciência aberta”.
Segundo ele, a Política de Acesso Aberto da Fiocruz criou um regramento importante – tornando mandatórios os depósitos de teses, dissertações e artigos científicos no repositório Arca –, ampliando e consolidando práticas já existentes, e impulsionou a construção de uma 'cultura de acesso aberto' na instituição. Com isso, outros acervos, não mandatórios – como vídeos e demais produtos audiovisuais –, passaram a ser disponibilizados de forma mais intensiva, incorporando os fundamentos da Política.
Já Vanessa de Arruda Jorge, coordenadora de Informação e Comunicação (Cinco) da Vpeic/Fiocruz, avaliou que a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento é fruto de muito debate e de trabalho de pessoas que se envolvem com o tema há anos. Para ela, esse ano é de celebração e um momento de reflexão. “É um ano para se olhar tanto para trás, para os princípios que nos levaram a essa política, mas também para refletir sobre o que aconteceu no cenário nacional e internacional nesses 10 anos em relação ao acesso aberto. E pensar também quais são os nossos desafios e obstáculos e como nós avançamos nessa discussão, sempre olhando para os princípios norteadores que construíram essa política", observou no 1º Encontro de Tecnologias e Acesso Aberto, em junho, na Biblioteca de Manguinhos.
Nestes dez anos, a Fiocruz criou um ecossistema para promover e fortalecer a disseminação, garantir o acesso e dar visibilidade ao conhecimento gerado na instituição. Todo esse trabalho foi consolidado por iniciativas importantes como os Arca repositórios Arca Arca Dados e, o Portal de Periódicos, o Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (Observatório CT&I), a Editora Fiocruz, e a Porto Livre, e muito mais, como mostrado a seguir.
Iniciativas de Acesso Aberto
Portal de Periódicos
Os avanços da ciência e o acesso à informação andam sempre juntos. Na Fiocruz, o acesso foi facilitado pela atualização do Portal de Periódicos, em 2023. O Portal agrega nove revistas científicas publicadas, em formato eletrônico, por unidades da instituição. Não há pagamento de taxas de publicação pelos autores e nem de assinaturas pelos leitores, o que democratiza o acesso ao conhecimento científico.
Arca
O Repositório Institucional tem a função de reunir, preservar e dar visibilidade à produção intelectual da Fiocruz. A plataforma reúne teses, dissertações, artigos científicos, capítulos de livros e demais produções de pesquisadores da instituição, além de manuais, relatórios, projetos e diversos outros tipos de documentos da instituição e reúne mais de 61 mil documentos. Em 2023 foram registradas cerca de dois milhões de consultas ao seu acervo.
Acesse:
Arca Dados
Plataforma oficial para arquivar, publicar, disseminar, preservar e compartilhar os dados digitais para pesquisa produzido pela comunidade científica Fiocruz e/ou em parceria com outros institutos ou órgãos de pesquisa, o Arca Dados apoia o Acesso Aberto na medida em que pode ser utilizado para armazenar os dados de pesquisa que subsidiam os resultados publicados em artigos científicos, teses e dissertações. A plataforma seguindo os princípios FAIR (Findable/Localizável, Accessible/Acessível, Interoperable/ Interoperável e Reusable/Reutilizável). É o primeiro repositório da América Latina a receber o selo CoreTrustSeal, uma das mais importantes certificações internacionais.
Observatório em Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (Observatório CT&I)
Por meio da ciência dos dados, disponibiliza informações sobre a produção científica em dashboards dinâmicos de forma a facilitar consultas, gerar indicadores e evidências que apoiam a tomada de decisão dos gestores da Fiocruz. Ao mesmo tempo em que promove a transparência, o ambiente virtual contribui para a gestão da pesquisa e formulação de políticas em ciência, tecnologia, inovação e educação, apoiando a missão institucional da Fiocruz e a consolidação do SUS.
Editora Fiocruz
Com mais de 20 anos de atuação, a editora produz e difunde livros em saúde pública, ciências biológicas e biomédicas, pesquisa clínica, e ciências sociais e humanas em saúde. Disponibiliza conteúdos no formato digital e impresso e chega em 2024 como a única editora especializada em saúde no Brasil. Entre 1998 e junho de 2024, a Editora Fiocruz depositou 412 títulos no Scielo Livros, sendo 243 em acesso aberto. Os livros têm mais de 54 milhões de downloads e ela é a primeira colocada em número de acessos desta rede.
Porto Livre
A Porto Livre é uma plataforma que reúne livros em acesso aberto editados por diferentes instituições. A plataforma disponibiliza, de forma gratuita, obras relevantes para a ciência e para o pensamento social criando uma coleção on-line que apoia as atividades de ensino e pesquisa da Fiocruz e de outros centros de produção de conhecimento. Todos os livros sugeridos por autores, instituições e leitores são aprovados por um Conselho Curador e licenciados para livre circulação na internet.
Portinho Livre
Plataforma on-line da Fiocruz que reúne livros, em Acesso Aberto, para crianças e adolescentes com obras que atiçam a imaginação, a curiosidade e o interesse pelo mundo. É também um selo editorial que publica livros inéditos que apresentem temas relacionados ao universo científico e à construção do pensamento crítico.
Educare
Educare é um espaço de colaboração, criação e diálogo, que integra as diferentes etapas do ciclo de vida dos Recursos Educacionais Abertos (produção, gestão, compartilhamento, recuperação, rastreabilidade e avaliação). A plataforma permite o acesso de todos os REAs produzidos pela Fiocruz, como aulas, cursos completos, vídeos, áudios, apresentações, jogos e é de grande utilidade a professores e estudantes em suas pesquisas e aulas.
Fiocruz Imagens
Fiocruz Imagens é o banco de imagens digitais da Fundação Oswaldo Cruz. É formado por um acervo diversificado de fotografias, desenhos e ilustrações em acesso aberto, organizados em diferentes galerias que contemplam a área da comunicação e saúde. É um importante acervo histórico e fonte de pesquisa de imagens para imprensa, pesquisadores e sociedade em geral.
O próximo Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) terá como tema 'Indústria do Tabaco e Indústria das Fakenews: estratégias de enfrentamento e lições aprendidas'. O objetivo do debate é traçar paralelos entre a atuação de epidemiologistas no combate à indústria do tabaco e a regulação do uso de dispositivos digitais. O Ceensp está marcado para o dia 23 de outubro, às 14h, na sala 410, com transmissão ao vivo pelo Youtube. A atividade será coordenada pelo pesquisador da Ensp, Marcelo Fornazin.
A indústria do tabaco utiliza diversas estratégias para influenciar processos políticos e legislativos, incluindo táticas de responsabilidade social corporativa, marketing e mídia, além de intimidar governos com litígios e descreditar pesquisas científicas que comprovam os malefícios do tabagismo.
"Atualmente, o uso excessivo de celulares tem sido comparado ao vício em cigarro, com plataformas digitais utilizando estratégias de engajamento que ativam o sistema de recompensa do cérebro. Essas plataformas, frequentemente, adotam táticas para evitar responsabilidades, alegando que os usuários têm controle sobre o uso, enquanto maximizam a dependência e evitam regulamentações.", explicou o coordenação do Centro de Estudos.
O Ceensp contará com a participação de Silvana Rubano Turci, do Cetab/Ensp; e Juliano Cappi, da Assessoria CGI.br, como palestrantes, e Valeska Carvalho Figueiredo, do Departamento de Epidemiologia da ENSP, como debatedora.
Um dia de muita alegria, encontros e grandes celebrações. Assim aconteceu a cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall e o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses em 2024. Esse é o momento em que a Fiocruz enaltece o compromisso com a qualidade e a excelência acadêmica com as quais atua diariamente. A entrega anual das honrarias não somente valoriza o talento e a dedicação dos estudantes, mas também reafirma as competências do corpo docente da Fundação, bem como das áreas estratégicas em que desempenham suas pesquisas. Além dos 15 premiados especiais do dia, toda a comunidade educacional da Fiocruz também foi homenageada durante o evento que aconteceu em 15 de outubro, dia dos professores e professoras.
Durante a mesa de abertura do evento, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, ressaltou que a Fiocruz é uma casa de ciência, mas que tem na educação um de seus principais pilares. Segundo ele, nossa pós-graduação forma cerca de 5 mil alunos por ano, somando os cursos lato e stricto sensu, mesmo não sendo uma universidade. "Todos os nossos 17 institutos espalhados pelo Brasil, têm programas de pós-graduação, mesmo os mais técnicos ou mais tecnológicos, como nossas plantas de desenvolvimento e produção de fármacos e vacinas, têm seus programas de pós-graduação. A Fiocruz imputa uma importância muito grande à formação de cientistas e de cidadãos preparados para o desafio que é o desenvolvimento de um país mais inclusivo, um desenvolvimento que gere não somente o desenvolvimento econômico, mas, sobretudo, o desenvolvimento social, num campo onde se manifesta uma das maiores desigualdades do país, que é o acesso à saúde, o acesso digno para toda a população", disse ele.
Também compuseram a mesa a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Cristiani Vieira Machado – que na oportunidade ressaltou que poucos são os professores têm formação específica para a docência. Segundo ela, “não nos formamos professores, nos tornamos professores aos poucos. Descobrimos isso no contato com os estudantes, na sala de aula, na bancada, e alguns se apaixonam e passam a dedicar boa parte da sua vida à formação de outras pessoas. Isso não é trivial, é uma descoberta, e uma escolha também –; a coordenadora-geral de Educação (CGE/VPEIC), Eduarda Cesse; a Coordenadora de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), Hilda Gomes; a coordenadora-geral da Associação de Pós-Graduando da Fiocruz (APG/Fiocruz-Rio), Susana Pacheco Liberal; e o diretor secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Luis Claudio Muniz Pereira. A mesa contou ainda com a presença de dois convidados especiais: o presidente da Academia de Medicina do Rio de Janeiro, Luiz Augusto de Freitas Pinheiro, e a presidente da Academia Nacional de Medicina, Eliete Bouskela, que, cabe salientar, é a primeira mulher eleita para esse cargo em 194 anos.
Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall
Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro foi agraciado com a Medalha de Mérito Educacional Virgínia Schall, após candidatura indicada por meio do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A honraria está em sua sétima edição e reconhece os esforços educacionais de seus contemplados, distinguindo trajetórias acadêmicas de elevado mérito na educação no campo da saúde. Maria de Fátima Ferreira-da-Cruz, pesquisadora do IOC/Fiocruz e amiga pessoal de Cláudio foi a responsável por conduzir sua homenagem.
Em seu emocionado discurso, Daniel-Ribeiro optou por não falar detalhadamente de seus feitos, pois, segundo ele, esses podem ser amplamente conferidos em seu currículo Lattes. Ele preferiu, então, fazer um discurso de “homenagem e gratidão”, destacando primeiramente as realizações e atuação de Virgínia Schall, que dá nome à medalha que recebeu, mas evidenciando especialmente que “ninguém recebe um reconhecimento dessa magnitude e importância por fazer uma trajetória solo”. Ele agradeceu aos diversos parceiros que teve ao longo da vida dentro da Fiocruz e nas diversas outras instituições de ensino e pesquisa pelas quais passou, bem como aos seus familiares, com especial carinho às filhas, as quais descreve como “eternas princesas doces e determinadas, que iluminam a minha vida”.
Em sua fala, discorreu ainda sobre a importância da prática cotidiana da pesquisa, da permanente disponibilidade e interesse em aprender e outras escolhas que permeiam o exercício da carreira científica. Em diversos momento de seu discurso, Daniel-Ribeiro ressaltou a importância do compartilhamento do saber: “Passem adiante os ensinamentos que receberem”, “Dados de experimentos e rascunhos de artigos nas gavetas não são conhecimento. Publiquem-os.”, “Não espere que seus professores lhe ensinem tudo. Eles provavelmente não o farão. Aprenda algo por você e ensine a um deles. Ele vai gostar...”, “Se mostrar para seus alunos e se deixar julgar por eles é um dos melhores exercícios que podemos fazer para provocar os iniciantes da vida acadêmica”.
Por fim, ele lembrou o filósofo Nietzsche, dizendo que “a primeira tarefa da educação é ensinar a ver”, citando também Rubem Alves quando ele diz que gostaria de sugerir que “seja criado um novo tipo de professor. Um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Esse “desvão da banalidade” pode ser aquele resultado negativo ou positivo que nos assombra e às vezes incomoda. É preciso lhe dar atenção”, disse. Cláudio aconselhou ainda que os estudantes somente optem por fazer um curso de doutorado se escolherem a carreira de pesquisa e ensino e quiserem produzir conhecimento. Ele explicou que o doutorado não é atestado de competência ou de alta especialização, “mas, sim, uma declaração de vocação pela carreira acadêmico-científica”.
+Saiba mais: Acesse aqui o discurso de Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro na íntegra
Prêmio Oswaldo Cruz de Teses e Prêmio Capes de Teses 2024
Ao todo, entre premiados e menções honrosas, 12 estudantes de doutorado tiveram seus trabalhos reconhecidos na oitava edição do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2024. Foram premiadas 4 teses, uma para cada área do Prêmio – Ciências Biológicas aplicadas e Biomedicina; Medicina; Saúde Coletiva; Ciências Humanas e Sociais – , e 8 menções honrosas provenientes de 11 diferentes unidades da Fundação. Além disso, os dois estudantes contemplados com menção honrosa no Prêmio Capes de Teses, que é anualmente oferecido pela Capes, também foram homenageados nesse dia de celebração. Durante o evento, os estudantes fizeram uma breve apresentação de seus trabalhos e receberam seus certificados de participação. O certificado dos estudantes contemplados no Prêmio Capes de Teses receberão seus prêmios em cerimônia organizada pela Capes em dezembro de 2024.
Confira todos os detalhes dos Prêmios, temas das teses contempladas, programas de pós-graduação aos quais estão ligados, bem como seus orientadores:
Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2024 divulga relação de premiados
Fiocruz é contemplada em Prêmio Capes de Teses 2024
A celebração terminou com uma surpreendente e emocionante apresentação do coral Fiocruz com a participação especial de um grupo de surdos trabalhadores da Fundação, que acompanhou o coral e interpretou as músicas em língua de modalidade gestual-visual, a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O Coral é regido pelo maestro Paulo Malaguti Pauleira, com direção de Maria Clara Barbosa e com a regente de Libras Walkiria Bernardo Pontes. As músicas apresentadas foram Bola de meia, bola de gude, de Milton Nascimento; Milagres, de Breno Ruiz e Paulo César Pinheiro; Estrela, de Gilberto Gil e Agora Só Falta Você, de Rita Lee.
Integrando as celebrações pelo Dia da Educação na Fiocruz, a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, por meio de sua Coordenação-Geral de Educação, realizou a Câmara Técnica de Educação (CTE), em 14/10. O encontro teve expressiva participação presencial e virtual, com os representantes das diversas instâncias da comunidade educacional da Fundação. Todos assistiram a uma rica exposição sobre as ações pensadas e implementadas ao longo dos últimos anos, com debates que abordaram, sobretudo, os desafios e novas demandas para a área. Foi apresentado um grande balanço sobre as ações de educação ao longo dos últimos anos e, entre as pautas trataram, estão a Política de Extensão da Fiocruz, e grandes análises sobre a educação internacional, a proposta dos novos certificados de Lato Sensu da Fundação e os termos de atualização da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.
No dia 20 de setembro, acontecerá na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) o Seminário Aspectos históricos e legais da Educação - Perspectivas para uma Educação Híbrida. O evento discutirá abordagens pedagógicas híbridas na busca de novos caminhos para a reorganização das dinâmicas de ensino e aprendizagem na educação brasileira, integrando processos acadêmicos diferenciados, professores, estudantes e famílias, em tempos e espaços modificados, desiguais e variados. Os interessados em participar presencialmente devem se inscrever pelo formulário online. As vagas são limitadas. A atividade também será transmitida, ao vivo, pelo Youtube, aberta aos interessados.
+ Clique aqui para se inscrever!
Segundo a coordenação, o seminário oportunizará elementos que contribuam com a caracterização da educação híbrida como uma abordagem educacional que combina diferentes estratégias pedagógicas e ferramentas tecnológicas, lançando mão de diversos recursos e ferramentas digitais. "Estes recursos podem favorecer uma maior interação entre alunos, professores e os temas de aprendizagem, desde que sejam usados de forma intencional, flexível e planejada".
A atividade contará com a participação de Nelson De Lucca Pretto, professor titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Roberto Leher, professor titular da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Sônia Cristina Vermelho, professora adjunta do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (Nutes) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será a debatedora.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) vai realizar, nesta sexta-feira, 20 de setembro, dois centros de estudos. Ambos terão transmissão ao vivo pelo canal do IOC no Youtube.
O primeiro, com o título "Desafios e percalços no diagnóstico e tratamento da leishmaniose", será a partir das 10h. A palestra será com o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Aloísio Falqueto, mediada pela vice-diretora adjunta de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC, Elizabeth Rangel.
A sessão extraordinária será um evento híbrido, a partir das 14h, com o tema "Predicting the trajectory of replacements of SARS-CoV-2 variants using relative reproduction numbers". O evento acontece no Auditório Maria Deane - Pavilhão Leônidas Deane - Campus Fiocruz Manguinhos-Maré (Av. Brasil - 4.365 - Rio de Janeiro), e terá como palestrante o professor do International Institute for Zoonosis Control, da Hokkaido University/Japão, Kimihito Ito, e mediação da chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, Marilda Siqueira.
Com o tema 'Furar bolhas: o desafio de criar estratégias contra a desinformação', o Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocuz) convida pesquisadores, estudantes, profissionais de informação e comunicação e demais interessados no assunto. No campo da saúde, a desinformação continua sendo uma grande barreira à promoção da saúde e está na pauta de diversos estudos e pesquisas do Icict e seu programa de pós-graduação. A atividade será exibida online, em transmissão ao vivo, na sexta-feira, 20 de setembro, às 14h, no canal da VideoSaúde Distribuidora.
Resumo
Apesar de não ser fenômeno novo, a desinformação ganhou amplitude inédita nos últimos anos. E acentuou-se como um dos grandes desafios para a saúde pública, em nossos tempos - impactando, por exemplo, a cobertura vacinal. Mas como opera a engrenagem de desinformação da internet? Quais as dinâmicas e os atores envolvidos na produção desse tipo de conteúdo? De que forma a divulgação científica e a inovação podem colaborar em seu enfrentamento? Qual o papel dos cientistas nesse processo? Em sua trajetória como pesquisadora, Dayane Machado vem investigando temas como táticas de desinformação no YouTube e o imaginário contemporâneo sobre divulgação científica. Vamos convidá-la a apresentar os resultados de seu trabalho, discutindo os desafios da comunicação sobre ciência ante a desinformação em saúde.
Palestrante: Dayane Machado (DPCT/Unicamp)
Graduada em Comunicação Social pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) e Mestre em Divulgação Científica e Cultural pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Labjor - Unicamp). Cursa Doutorado em Política Científica e Tecnológica no Departamento de Política Científica e Tecnológica da Unicamp (DPCT/IG), é pesquisadora do Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais, onde pesquisa desinformação sobre saúde. Conheça seu Currículo Lattes.
Debatedora: Juliana Krapp (Icict/Fiocruz)
Jornalista e pesquisadora que atua na interseção entre literatura brasileira, comunicação e saúde pública. Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj, 2019) e mestre em Comunicação Social pela mesma universidade (2008). É servidora pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde atua no Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict) desde 2011. Foi editora do Portal Fiocruz de 2011 a 2017, e coordenadora da Assessoria de Comunicação do Icict de 2019 a 2023. Coordena a Portinho Livre, plataforma de livros infantojuvenis em acesso aberto da Fiocruz. Conheça seu Currículo Lattes.
Assista à transmissão do Centro de Estudos:
Participe do Seminário Internacional Inovação em Medicamentos da Biodiversidade na Perspectiva Ecológica, que será realizado de forma híbrida nos dias 12 e 13 de setembro, com transmissão pelo canal no Youtube da RedesFito.
O objetivo da iniciativa é contribuir na formulação de políticas para a inovação em medicamentos da biodiversidade, com a possibilidade de novos caminhos ao desenvolvimento tecnológico de medicamentos no Brasil, considerando a inclusão social, a distribuição de benefícios e a conservação e recuperação de ecossistemas.
Inscrições ainda estão abertas para vagas online. Acesse a página do evento para mais informações.
As inscrições para o formato online com emissão de certificado estão abertas. Confira a programação completa.
*Com informações de Farmanguinhos.