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Publicado em 07/11/2017

Oficina de jogos digitais: saúde pública deve ser campo da inovação

As palestras dos professores Flávia Carvalho e Marcelo Vasconcellos, do Polo de Jogos e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz) foram acompanhadas de perto, lance a lance, pelo público das oficinas sobre recursos educacionais e comunicacionais. A plateia – que lotou o auditório – estava bastante entretida com as apresentações, que traziam exemplos de jogos digitais e suas conexões com o campo da saúde.

Flávia provocou os candidatos a refletir sobre Recursos comunicacionais e sentidos da saúde, abordando diversas questões, como: o conceito de doença, a importância de inovar (lembrando que as propostas devem ser adequadas ao contexto e a temas importantes da saúde pública brasileira); as representações sociais e lugares de fala (através de uma paródia em vídeo sobre tuberculose); e também aspectos como medicalização e saudicização. Para ela, os melhores projetos conciliam aspectos técnicos, conceituais sobre comunicação em saúde e as necessidades de saúde.

Por sua vez, Marcelo de Vasconcellos, disse que criar games é pensar numa verdadeira inclusão do público, motivando os participantes não só a interagir com o jogo, mas a interpretar situações de modo a transformar sua própria realidade. Ele apresentou casos de jogos que incentivam a compreensão sobre questões de saúde pelo paciente; que incluem diversos atores (paciente, família e sociedade) e que discutem questões como acessibilidade e desigualdade, lembrando que os games são instrumentos que instigam a reflexão sobre a realidade. Entre as novas abordagens, Marcelo comentou que os jogadores desenvolvem de tal modo um senso de pertencimento em relação aos games, que podem até propor novas regras, estimulando os próprios desenvolvedores a recriarem e aperfeiçoarem seus jogos.

Nova fase na Fiocruz: aperte o play!

Dar o pontapé inicial em projetos de game design no Canal Saúde foi o que levou Gustavo Audi à oficina. “É algo que nossa equipe já pretendia há algum tempo”, disse. Para ele, o maior destaque do evento foi colocar as tecnologias digitais em evidência. “O jogo como recurso comunicacional muitas vezes é ignorado ou subestimado e esta iniciativa trouxe essa discussão. A oficina da tarde, com o Guilherme Xavier (do coletivo Gamerama), foi muito boa neste sentido, pois ele apresentou o universo dos games. Sinto falta de discussões sobre tecnologias midiáticas na Fiocruz e esta oficina veio exatamente para suprir a este desejo”.

A oficina abordou alguns princípios dos jogos, o que os diferencia dos aplicativos que não são jogos digitais e o que a forma digital dos jogos possuem de mais vantajoso em relação aos jogos de cartas e de tabuleiro. Os participantes se organizaram em grupos para experimentar na prática a criação de regras de jogo e apresentar para os demais. Ao final, Guilherme ressaltou a importância do trabalho em equipe e a divisão de tarefas para a criação de jogos. “Algumas pessoas manifestaram o desejo de ter alguma forma de conhecer e encontrar outros proponentes de projetos na Fiocruz que possam ter interesses semelhantes, e assim promover a integração e o trabalho cooperativo. Nosso plano é promover mais encontros sobre o tema dos jogos e suas articulações com a saúde na Fiocruz. Acreditamos que esta iniciativa marca não apenas o início de um edital mas a ampliação de um novo campo de atuação para a Fiocruz nos aplicativos e jogos digitais”, conta Marcelo.

 

Publicado em 07/11/2017

Oficinas de REA e direitos autorais: mais solidariedade entre os usuários

Quem abriu as palestras da manhã das oficinas para editais de recursos educacionais e comunicacionais foi o professor Miguel Said Vieira, da Universidade Federal do ABC. A apresentação dele foi sobre recursos educacionais abertos (REA), software livre e formatos abertos. Miguel destacou marcos históricos nos campos da educação e da tecnologia que favoreceram o uso de REA, entre os quais a implantação da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz em 2014. “É importante celebrar iniciativas institucionais como estas que representam o bom uso do dinheiro público. Muitas universidades renomadas no Brasil não têm uma política própria”, afirmou.

O palestrante abordou as características importantes aos objetos de aprendizagem (como ser modular, acessível, interoperável, durável e reutilizável), licenças de uso e formatos abertos, desafios e estratégias relacionados aos REA. “As pessoas devem ser capazes de se apropriar mais das ferramentas tecnológicas, podendo revisar e remixar as informações de uma forma mais autônoma. O objetivo é que estes recursos promovam mais solidariedade entre os usuários”.

Direitos autorais: cessão facilita a gestão institucional

Em seguida, foi a vez do consultor Allan Rocha compartilhar informações sobre propriedade intelectual e direitos autorais. A conversa foi transmitida via web, direto de Washington (EUA), onde o palestrante estava a trabalho. O consultor esclareceu por que a Fiocruz opta pela cessão de direitos, através de uma comparação com o mercado de imoveis. “A licença é como um aluguel, o que torna mais complexa a gestão dos direitos autorais. Já a cessão é permanente, como um termo de compra e venda. Portanto, dá mais garantias à instituição”. Ele também tratou de prazos e casos com regras de exceção.

Com o objetivo de melhor organizar os processos de educação à distância na Fiocruz Ceará, Anya Meyer, pretende apresentar uma proposta para REA. "Temos dois mestrados profissionais em saúde da família e as novas tecnologias podem se tornar inspiração para trabalhos na área". Ela elogiou a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz): "A oficina foi uma excelente iniciativa e estava muito bem organizada. Além da oportunidade de entender melhor o edital e as possibilidades de trabalho na área proposta, tivemos a chance de aprender com os colegas e viabilizar futuras parcerias. A VPEIC/Fiocruz está de parabéns pelo formato e temática deste edital!".

Publicado em 11/10/2017

Universidade Aberta e Fiocruz celebram acordo para trocar experiências na área de recursos educacionais abertos e repositórios institucionais

A Universidade Aberta (UAB) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram um acordo para promover maior interação entre seus repositórios institucionais e as redes parceiras, no que diz respeito a recursos educacionais abertos na área da saúde. O protocolo foi assinado durante a 8ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (Confoa). A cooperação prevê ações como visitas técnicas para troca de experiências na área dos recursos abertos e repositórios e também atividades conjuntas de pesquisa.

Essa edição da Confoa promoveu a discussão, produção e divulgação de conhecimentos, práticas e pesquisas sobre acesso aberto em diferentes dimensões e perspectivas. O evento reuniu pesquisadores, professores e estudantes do Brasil e de Portugal. A Universidade Aberta foi representada pela diretora dos Serviços de Documentação, Madalena Carvalho.

Leia mais sobre o evento abaixo, nos conteúdos relacionados.

Fonte: Universidade Aberta | Foto: Peter Ilicciev

Publicado em 16/10/2017

8ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto, sediada pela Fiocruz, tem recorde de público

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi a sede da 8ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto (Confoa), entre os dias 4 e 6 de outubro. O evento, que aconteceu no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, reuniu autoridades, pesquisadores, professores, profissionais, estudantes e pessoas interessadas no assunto, de diferentes cidades do Brasil e de Portugal. Nesta edição, a conferência registrou recorde de público: foram mais de 260 participantes e 500 acessos online.

Em 2017, a Confoa promoveu uma discussão ampliada, incluindo, além de temas relacionados aos repositórios, questões sobre a abertura de dados governamentais e ciência aberta. Os trabalhos apresentados estão disponíveis neste link. 

Cooperação Brasil-Portugal

Na abertura do evento, foram assinados dois acordos: um de cooperação técnica interinstitucional entre a Fiocruz e a Universidade do Minho, para implantação de boas práticas da ciência aberta, do acesso aberto e de dados abertos. Esse protocolo contempla ações nas áreas de pesquisa, educação e desenvolvimento tecnológico.

O segundo foi assinado entre a Fiocruz e a Universidade Aberta, instituição pública portuguesa de ensino superior à distância. Estão previstas visitas técnicas para intercâmbio de experiências na área de recursos educacionais abertos (REA) e repositórios, além de atividades conjuntas de investigação. Saiba mais sobre este acordo aqui.

Leia mais no Portal Fiocruz: 8ª Confoa: autoridades destacam os avanços no campo do acesso aberto

Por Ana Beatriz Aguiar (Coordenação de Informação e Comunicação - VPEIC/Fiocruz)

Publicado em 23/10/2017

Fiocruz lança Fórum de Divulgação e Popularização da Ciência

“É muito importante que a população saiba a diferença que faz a ciência em um projeto de país autônomo e democrático”, afirmou a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, ao participar da apresentação do Mapeamento de ações de divulgação e popularização da ciência na Fiocruz e do lançamento do Fórum Fiocruz de Divulgação e Popularização da Ciência, no Auditório do Museu da Vida, no dia 18 de outubro. Segundo Nísia, o tema é de fundamental importância no momento em que se discute a ciência sem cortes. Na ocasião, o assessor técnico de Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Diego Bevilaqua, apresentou o mapeamento. Segundo ele, o estudo teve como referência documentos realizados no Reino Unido, México, nos Estados Unidos e pela Rede de Popularização da Ciência e Tecnologia na América Latina e no Caribe (RedPop), a partir da distribuição de questionários on-line a profissionais da Fundação. 

O Fórum será coordenado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e deve promover “sinergia e integração entre as diferentes ações e projetos desenvolvidos na Fiocruz, bem como um espaço para compartilhamento de experiências e reflexões a fim de apoiar eventos integrados como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), além da formulação de propostas políticas”, escreveu o vice-presidente Manoel Barral. Ele não pode comparacer ao evento e enviou a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, como sua representante. Na mensagem, Barral informa que a Vice deverá indicar o Comitê Executivo de acompanhamento. Mas, ainda será divulgado “o detalhamento de cronograma de reuniões, formas de participação e indicação de nomes”.

De acordo com o diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC), o mapeamento faz parte de um conjunto de ações para avançar na formulação de uma política de divulgação científica. Paulo Elian disse que a iniciativa está ancorada em princípios e valores, elementos conceituais e diretrizes a fim de articular a ampla e múltipla variedade de projetos e espaços institucionais da Fiocruz. “A COC está bastante empenhada nessa iniciativa”, frisou.

Ao lembrar que o VIII Congresso Interno da Fiocruz está pautado na visão da Fundação como instituição estratégica de Estado, Nísia Trindade lembrou que a perspectiva de comunicar a ciência contribuiu para que a Fiocruz fosse escolhida para o Prêmio José Reis de Divulgação Cientifica em 2015. “Podemos melhorar a nossa forma de comunicar para a sociedade, não apenas na visão de uma transmissão, mas na perspectiva de um diálogo. Não se trata de ensinar ciência às pessoas, mas de dialogar a partir da contribuição da ciência para a sociedade”, destacou a presidente.

O evento teve a participação de Silvania Sousa do Nascimento, da Diretoria de Divulgação Científica da Pró-reitora de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela ministrou a palestra Desafios da divulgação científica nas instituições Universitárias, trazendo a experiência de mapeamentos feitos pela UFMG.

Mapeamento de ações de divulgação e popularização da ciência na Fiocruz

O estudo avaliou as respostas contidas em 168 questionários distribuídos on-line em ampla divulgação à comunidade Fiocruz. Segundo Diego Bevilaqua, o mapeamento procurou fazer o retrato mais fiel do momento em que foi realizado. O documento constatou ações em quase todas as unidades, com destaque para a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), com grande participação nesse campo da divulgação científica. O Rio de Janeiro foi a região com maior concentração de atividades (representando 90 por cento das ações). No entanto, houve registro em Minas Gerais (Instituto René Rachou), Bahia (Instituto Gonçalo Moniz) Pernambuco (Instituto Aggeu Magalhães), Rondônia, Brasília e Mato Grosso do Sul. Para Diego, há muito espaço para se ampliar as ações de divulgação científica.

Quase metade (45%) das atividades das regionais tiveram parcerias externas (universidades, institutos e associações de moradores). De acordo com Bevilaqua, isso potencializa a relação da Fiocruz com outras instituições. No entanto, falta maior relação interna entre as ações. O estudo indicou que metade das ações foi obtida com recursos captados externamente. Ele alertou que isso pode significar dependência, principalmente em momentos de diminuição de orçamentos externos. A solução seria a criar uma política para garantir recursos às atividades, mas sem retirar o potencial desse tipo de financiamento. De acordo com o mapeamento, foram encontrados 42 grupos de pesquisa relacionados às atividades de divulgação científica na Fiocruz. Segundo Diego, a participação pode aumentar.

Foi feita uma categorização das iniciativas em: produtos (virtuais e comunicações audiovisuais), ações educativas em suas várias naturezas, ações de relação com escolas, de formação, promoção da saúde e de educação não formal (ciência, ambiente e patrimônio). Outras categorias como exposições e coleções museológicas e ações de ciência cidadã e engajamento também foram incluídas. Diego explicou que se tratavam de iniciativas de pesquisa que buscavam trabalhar com a sociedade de forma a olhar o público como o próprio processo científico.

Diversidade de ações na Fiocruz

O Mapeamento de ações de divulgação e popularização da ciência revelou uma diversidade de ações, exemplificadas por Bevilaqua com iniciativas das unidades que se destacaram. Na COC/Fiocruz, o Museu da Vida concentra a maior parte das iniciativas, com exposições museológicas, publicações e ações de educação. Mas, a unidade também participa com o blog da revista científica História, Ciências, Saúde – Manguinhos e a Semana Fluminense do Patrimônio, entre outras atividades. O estudo mostrou que o IOC/Fiocruz apresenta maior distribuição entre as diversas categorias, sem identificar concentração em nenhuma área específica: publicações, sites, exposições, vídeo-aulas, e-books, Museu da Patologia, ações na Sala Costa Lima (coleção entomológica) e com escolas, além do mapeamento participativo da qualidade da água, entre outros. No caso da Ensp/Fiocruz, as ações se concentram em produtos e ações relacionados à promoção da saúde, como a publicação da revista Radis, do periódico científico Cadernos de Saúde Pública e o Laboratório Territorial de Manguinhos.

Fonte: Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) | Foto: Rodrigo Méxas (Multimeios/Icict)

Publicado em 25/09/2017

Fiocruz sedia a 8ª Conferência-Luso Brasileira de Acesso Aberto (Confoa)

Na semana que vem, de 4 a 6 de outubro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) será a sede da 8ª Conferência-Luso Brasileira de Acesso Aberto (Confoa). O evento reúne, todo ano, as comunidades portuguesa, brasileira, e outros países lusófonos para debater questões atuais sobre acesso aberto. Com o tema Do acesso aberto à ciência aberta, a conferência de 2017 debaterá os seguintes temas:

  • Acesso aberto e dados científicos abertos: marcos legais, políticas e práticas
  • Ciência aberta e outras expressões de conhecimento aberto
  • Sistemas de gestão de informação de ciência e tecnologia

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, dará as boas-vindas aos participantes. Ela receberá, na mesa de abertura, a diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Cecília Leite, o reitor da Universidade do Minho, António M. Cunha, e um representante da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Palestra de abertura com Barend Mons

Barend Mons, professor da Universidade de Leiden e afiliado ao Centro Médico Erasmus na Universidade de Roterdã (ambas instituições da Holanda), vai proferir a palestra de abertura, abordando The internet of FAIR data and services. Mons foi coordenador do Grupo de Especialistas de Alto Nível que elaborou o estudo nomeado European Open Science Cloud, que sintetiza recomendações para adoção da ciência aberta nos países membros da Comissão Europeia. Neste relatório são propostos os princípios FAIR Data, que são orientações sobre como tornar os dados disponíveis, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis. 

Mais informações
Data: 4, 5 e 6 de outubro
Local: Fundação Oswaldo Cruz - Auditório da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)
Avenida Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 21.040-360

Consulte também a programação da conferência em: http://confoa.rcaap.pt/2017/programa/
As inscrições já estão encerradas, mas os interessados poderão acompanhar o evento, que será transmitido ao vivo, por meio do link www.tvq.com.br/aovivo/fiocruz

Publicado em 20/09/2017

Debate sobre a Escola de Governo da Fiocruz motiva uma série de encontros nas unidades

Para aprofundar o debate de ações que envolvem a Escola de Governo da Fiocruz (EGF) a Coordenação Geral Pós-graduação da Fiocruz (CGPG) promoveu três reuniões, em setembro, envolvendo os representantes das unidades da Fiocruz. Na última terça, dia 19, esta primeira etapa de encontros foi encerrada, antecedendo a próxima Câmara Técnica de Educação (CTE), que será realizada na semana que vem, nos dias 26 e 27, no qual o tema terá destaque.

Além da coordenadora da CGPG, Cristina Guilam, da coordenadora do Lato sensu, Tânia Celeste, e dos membros das unidades, os encontros contaram com a participação da presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Isabella Delgado e do representante dos egressos na CPA, Alex Bicca.

Segundo Guilam, a iniciativa abre espaço para alinhar informações sobre o credenciamento, esclarecer dúvidas e definir planos e ações junto às unidades a fim de fortalecer a Escola de Governo Fiocruz, que tem a missão de formar quadros altamente qualificados para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O processo de credenciamento foi resultado de uma construção coletiva e, para manter esta chancela do Ministério da Educação (MEC) nestes oito anos de validade, é fundamental continuarmos a investir nessa integração, para aperfeiçoarmos nossas ações, sempre respeitando a diversidade da instituição”, afirma. Ela também destacou a importância de manter atualizado o Sistema de Gestão Acadêmica para que a CGPG possa fazer o acompanhamento da oferta de cursos. A coordenadora também respondeu a perguntas sobre os regimentos internos das unidades.

Já a presidente da CPA, Isabella Delgado, aproveitou os encontros para reforçar os indicadores que merecem atenção, como o fortalecimento da Comissão (que coordena e implementa os processos de autoavaliação institucional relacionada à oferta de cursos de pós-graduação Lato sensu pelas unidades), a Política e as ações de acompanhamento dos egressos, os espaços para atendimento aos alunos, e os requisitos legais que envolvem a educação étnico-racial.

Por sua vez, a coordenadora do Lato sensu, Tânia Celeste, lembrou que novos gestores assumiram as direções das unidades e da importância de colaborar para fortalecer a gestão compartilhada e a formação de uma rede nas unidades. “Tem sido muito importante vivenciar este ciclo de interação efetiva entre representantes da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), da CPA e da gestão do ensino nas unidades. Esse é um caminho virtuoso para a implantação da Escola de Governo da Fiocruz: promover a troca de ideias e estimular a gestão compartilhada, em que o diálogo assegura a construção da unidade com respeito à diversidade”, diz. Para Tânia, o debate sobre a EGF é também uma oportunidade de revisitar, aprofundar e enriquecer o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Político Pedagógico da Fiocruz (PPP).

Temas em destaque nos encontros

As reuniões foram pautadas por debates sobre a diversidade de processos avaliativos que integram a gestão do ensino na instituição e o esforço para integrá-los, buscando consolidar a identidade da Escola de Governo de abrangência nacional. Neste sentido, o vice-diretor de Ensino e Informação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Carlos Maurício Barreto, comentou sobre a importância de ter a EGF como um lugar propício para pensar o futuro, interrogando sempre “a que servimos como instituição e que sociabilidade desejamos construir?”.

Nessa mesma linha, os representantes das unidades, da CGPG e da CPA trataram de aspectos relacionados à integração do Lato sensu com o Stricto sensu e com o ensino técnico, apontando para o potencial de compartilhamento de disciplinas, cursos e experiências, assim como para a contribuição dos temas transversais para enriquecer a oferta educativa - favorecendo também o compartilhamento de competências entre as unidades.

Os seguintes assuntos mereceram destaque: a revisão dos regimentos das unidades, os estudos de novos modelos de trabalhos de conclusão de curso e a cooperação internacional.

No que diz respeito a integração de sistemas e gestão da informação, os participantes falaram sobre a importância do Siga e do Campus Virtual, a necessária integração de sistemas de informação do ensino e a segurança da rede.

Confira como foi a agenda de reuniões com as unidades sobre a Escola de Governo da Fiocruz

  • Dia 1/9: Farmanguinhos, ICTB, INCQS, IOC
  • Dia 11/9: COC, Ensp, EPSJV, Icict, IFF, INI
  • 19/9: Fiocruz Amazonas, Fiocruz Bahia, Fiocruz Brasília, Fiocruz Mato Grosso do Sul e Fiocruz Pernambuco (por webconferência)

Por Flávia Lobato e Alex Bicca

 

Publicado em 24/08/2017

Fiocruz cria fórum para fortalecer os programas de residências em saúde

Com os inúmeros desafios para consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS), é cada vez mais importante investir permanentemente nos processos que visam a qualificação de futuros profissionais. Segundo Adriana Coser, assessora da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), os cursos de graduação na área de saúde ainda adotam um modelo que valoriza uma dimensão tradicional, mais voltada a questões médicas, hospitalares e biológicas, com pouco ou quase nenhum reconhecimento de questões sociais, subjetividade dos indivíduos, dentre outros aspectos. "Identificamos esta fragilidade no incentivo a articulação junto à rede de atenção do SUS, principalmente nos programas de residência médica. Muitas vezes isso resulta da própria desarticulação da instituição formadora e dos serviços de saúde", afirma. Além disso, ela destaca outros dois desafios nos processos de formação: a baixa apropriação de tecnologias educacionais, assim como a pouca valorização das estratégias de formação permanente de preceptores no SUS.

Buscando soluções para enfrentar estas questões, a VPEIC/Fiocruz ouviu os representantes das diversas unidades institucionais, que resultou na constituição do Fórum dos Programas de Residências em Saúde, em junho deste ano. Desde então, o grupo, que é composto pelos coordenadores dos programas de residências, tem se reunido mensalmente para pensar em propostas comuns. "Abrimos um espaço coletivo de educação permanente para que os participantes identifiquem desafios comuns, troquem experiências, proponham iniciativas, atividades e instrumentos de qualificação permanente dos programas. Queremos promover a articulação das ofertas educacionais no âmbito de cada programa, sempre priorizando a formação para o SUS", conta a coordenadora.

Publicado em 08/08/2017

Fiocruz disponibiliza gratuitamente aplicativo para melhorar a segurança do processo cirúrgico

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o Hospital Federal Servidores do Estado, desenvolveu um aplicativo (app) para tablet e smartphone com o Checklist de Cirurgia Segura OMS. O app foi elaborado a partir das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas recentemente.

O aplicativo é uma iniciativa do projeto de pesquisa “Desenvolvimento e Avaliação de uma estratégia para a implementação do checklist de cirurgia segura da OMS”, e contém a versão original e a versão adaptada do checklist, podendo ser instalado em qualquer dispositivo com sistema operacional Android™ ou iOS. O download é gratuito.

A coordenadora do projeto e coordenadora geral do Proqualis da Fiocruz,  Margareth Portela, explica que o app do checklist de cirurgia segura provê um instrutivo para a aplicação adequada do Checklist de Cirurgia Segura, de forma completa e fidedigna. "São disponibilizadas duas versões do checklist: a versão original da OMS e uma outra versão, com pequenas alterações em relação à primeira, utilizada no projeto de pesquisa 'Desenvolvimento e Avaliação de uma estratégia para a implementação do checklist de cirurgia segura da OMS', que estamos conduzindo”, conta.

Entre as mudanças na segunda versão, houve a introdução de um item para averiguação da necessidade de profilaxia para tromboembolismo, problema que também ocorre com frequência e pode ser prevenido. “A decisão por incluí-lo no projeto, aliás, gerou a necessidade de discussão sobre a profilaxia do tromboembolismo, pouco padronizada, pelo menos pelo que observamos. Um outro aplicativo então terminou sendo desenvolvido e será disponibilizado nos próximos dias, voltado para a classificação de risco de tromboembolismo e provisão de recomendações para a sua prevenção, conforme o risco”, diz Margareth.

Cirurgia segura é meta internacional de segurança do paciente

A cirurgia segura é uma das seis metas internacionais de segurança do paciente. Para José Branco, diretor executivo do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), a iniciativa colabora para que os hospitais de todo o Brasil possam implementar as normas de Cirurgia Segura da OMS, promovendo mais segurança ao paciente a quem passa por um procedimento cirúrgico. "É a tecnologia agindo a favor da saúde”.

Renata Barco, gerente do Bloco Operatório e Centro de Endoscopia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, acredita que é importante haver a garantia de realização de um checklist que possa ser aplicado nos três momentos principais: “Antes da indução anestésica; imediatamente antes da incisão cirúrgica; e antes do paciente sair de sala operatória, pois, certamente, os cinco certos serão contemplados, além dos outros processos de segurança cirúrgica”.

Marta F. Passo é médica e educadora para a Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente do Consórcio Brasileiro de Acreditação, associado da Joint Commission International no Brasil (JCI). Ela comenta que não há apenas uma solução que promoverá a melhoria da segurança cirúrgica, mas destaca que é fundamental o engajamento nessa causa. "É importante o envolvimento de toda a equipe de profissionais, não apenas do cirurgião. Trabalhando juntos, a equipe consegue melhorar os padrões de qualidade da assistência cirúrgica prestada”, afirma.

Fonte: Insituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP)

 

Publicado em 31/05/2017

Curso de Foresight termina com balanço positivo de professores e alunos e dissemina estudos prospectivos na Fiocruz

“Vocês são pioneiros por participarem de um curso numa área em que a Fiocruz está começando. Estamos plantando para o futuro”. Essas foram as palavras do coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz), Antonio Ivo de Carvalho, durante o encerramento do curso Foresight: Métodos e aplicações em ciência, tecnologia e inovação, no dia 22/5. A fim de iniciar uma cultura de prospecção na instituição, o curso apresentou o foresight a trabalhadores da Fundação. O foresight é uma abordagem metodológica adotada por organizações de pesquisa, governos e empresas em todo o mundo, na produção de informação qualificada para gestão estratégica e planejamento de longo prazo.

O curso é uma iniciativa do CEE/Fiocruz, com a Escola Corporativa Fiocruz, em parceria com o Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação da Universidade de Campinas (Geopi/Unicamp). Dos 91 inscritos, foram selecionados 35 trabalhadores, de diferentes unidades da instituição. Eles participaram de sete encontros, com aulas semanais, às segundas-feiras — sendo a última dedicada à apresentação de trabalhos. Com os conhecimentos adquiridos, os alunos elencaram temas para conceber propostas de prospecção, a partir da realidade que vivenciam na Fiocruz.

Avaliação positiva

À frente do curso, o professor Sergio Salles, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, elogiou a turma. “A interação foi excelente, sem dúvida entre as melhores que tivemos. Os grupos fizeram trabalhos sensacionais". Ele também destacou a forma “especial” como a Fiocruz se posiciona como instituição frente à sociedade, bem como sua “dinâmica democrática e participativa, o que "ajuda muito quando se oferece um curso que trata de instrumentos para se pensar um futuro coletivo”. Além dele, o curso de foresight, foi ministrado por professores convidados.

A aluna Dominichi Miranda de Sá fez um agradecimento em nome da Coordenação de Ações de Prospecção da Fiocruz, liderada pelo pesquisador Carlos Gadelha, e da qual também faz parte. Ela explicou que a nova coordenação está em processo de formalização no âmbito da Presidência, ressaltando sua importância. “É totalmente pertinente, no sentido de pensar a prospecção como parte da agenda estratégica, da política institucional e de uma articulação matricial, articulando outros setores que pensam o futuro da Fiocruz e as unidades, dado seu imenso potencial para a prospecção”.

A diretora da Escola Corporativa Fiocruz, Karla Kaufmann, também destacou que o desenvolvimento de uma consciência crítica na instituição também está vinculado à capacidade de fortalecer as parcerias internas. “É importante esse alinhamento de uma área estratégica com uma área de desenvolvimento de pessoas para se alcançar determinada competência”, disse.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que estava na 70ª Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra, gravou um vídeo para cumprimentar os alunos e professores, comentando o quanto podem contribuir para uma cultura de prospecção na Fiocruz. Em sua mensagem, ela ressaltou a concepção conjunta do curso pelo CEE e a Escola Corporativa (na instituição) — e também a parceria com o Geopi/Unicamp (entre instituições). E disse: “Quero acompanhar muito de perto os desdobramentos dessa iniciativa, que, certamente, trará frutos importantes para o campo da prospecção, para o campo do planejamento estratégico e da gestão de informação”. A presidente também comentou o papel de atores institucionais ligados aos estudos prospectivos, como o projeto Brasil Saúde Amanhã, a Coordenação de Ações de Prospecção e o Centro de Estudos Estratégicos- que considera “um ator político fundamental”. (Clique aqui para assistir ao vídeo)

Encerrando o curso, o diretor do CEE anunciou a criação de uma comunidade virtual de aprendizagem e de um repositório para os trabalhos apresentados, buscando manter conexão com o Geopi/Unicamp e outros centros de prospecção. “Queremos cultivar essa relação continuada com vocês”. 

Com a palavra, os alunos

Pensamento estratégico e integração
“Sou da Fiocruz Brasília e nós temos um grupo que trabalha com prospectiva e o curso é uma forma de ampliar esses conhecimentos. Nós trabalhamos com uma técnica e aqui eles mostraram mais de 33 técnicas. Então, isso vai ao encontro dos direcionadores estratégicos da instituição, da nova Presidência, que é ampliar esses estudos prospectivos na Fiocruz. Servirá também de integração entre as áreas que estão fora do campus, caso da minha unidade.” (Márcio Cavalcanti – Fiocruz Brasília)

Decisões com base em evidências
“Apesar de trabalhar com tomada de decisão, este universo não é familiar para mim. Entrei em contato com novas metodologias, com uma forma de pensar, de trabalhar, que pode contribuir muito para o trabalho que desempenho, para organizar, prever o futuro e compreender como este pode modificar o presente. Isso é muito importante para quem toma decisões e para quem auxilia tomadores de decisão: decidir com base em evidências e informações, e não de forma subjetiva. Essa metodologia proporcionada pelo curso realmente pode mudar a forma de se pensar institucionalmente.” (Camila Guindalini – Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde - CDTS/Fiocruz)

Rede de cooperação interna
“O curso é muito pertinente na abordagem do método, no conhecimento das diferentes estratégias e instrumentos de que vamos poder nos apropriar. Espero que consigamos nos aprofundar na aplicação desses instrumentos em nossa realidade. O curso de Foresight é muito importante para trabalhadores da Fiocruz se aproximarem dos temas relacionados aos estudos de futuro, pensando o papel da Fiocruz e em como o as unidades da instituição, em conjunto, vão se preparar para dar respostas a grandes desafios. É também uma oportunidade para nos conhecermos mais, conhecer o que o conjunto de trabalhadores têm desenvolvido nas diferentes unidades, identificarmos oportunidades de criarmos uma rede de cooperação interna, com o intuito de desenvolver alternativas.” (Ana Lúcia Feitosa – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - INI/Fiocruz)

Um curso panorâmico
“Estou fazendo o curso de Foresight em função dessa aproximação recente com as atividades de prospecção, por meio do vínculo com a Coordenação de Ações de Prospecção. Mas eu já tinha interesses na área, porque a Casa de Oswaldo Cruz está criando um observatório de saúde, e pela própria dimensão do pensamento em História, área da minha unidade de origem. O curso é muito útil, principalmente, porque é panorâmico na apresentação de abordagens e métodos. Um ponto interessante é o fato de estarmos conhecendo outros colegas de outras unidades. O curso tem servido para vermos como as pessoas estão diagnosticando a Fiocruz e qual a expectativa delas quanto a essa ação que a Presidência quer induzir [pensar a Fiocruz do futuro]. Isso é muito importante. Por enorme felicidade, acabamos reunindo no trabalho em grupo pessoas que trabalham com educação, em diferentes níveis, na instituição. Propusemos o tema de educação e saúde na Fiocruz para pensar tendências e metodologias e também tecnologias a serem absorvidas nessa Fiocruz do futuro.” (Dominichi Miranda de Sá - Casa de Oswaldo Cruz - COC/Fiocruz e Coordenação das Ações de Prospecção da Presidência da Fiocruz)

Fonte: Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz

 

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