Publicação : 16/07/2019
A Coordenação Geral de Educação torna pública a chamada destinada a seleção de candidatos ao Programa de Professor Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS) para pesquisadores(as) residindo e atuando no Brasil para fins de atividades de pesquisa e educação no exterior.
Os desafios e as perspectivas da educação na Fiocruz estiveram em pauta recentemente, no Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), durante a visita da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado. Pesquisadores, estudantes e profissionais de outras áreas da unidade assistiram à apresentação, em que foi abordado também o atual cenário do ensino no país e no âmbito da Fundação.
“Trata-se de um momento difícil do ponto de vista financeiro, com uma série de cortes no orçamento que estão trazendo impactos significativos para a pesquisa. Na Fundação, perdemos, só pela Capes, 21 bolsas, até o momento. Há ainda uma previsão de novos cortes para os programas nota 3, mas que não devem nos atingir por não termos programas nessa situação”, afirmou.
De acordo com a vice-presidente, a Fiocruz conta com 43 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo 16 profissionais e 27 acadêmicos, distribuídos por todas as unidades da federação em que a Fundação está presente. Dispõe ainda de centenas de cursos lato sensu, oferecidos em modalidades presenciais e a distância. No nível médio, há também uma forte atuação, especialmente por meio da Escola Politécnica Joaquim Venâncio, que oferece ainda formação complementar ao ensino médio.
"É uma atuação bastante diversificada e há muitos desafios a serem enfrentados. Por exemplo, precisamos fortalecer a internacionalização da educação na Fiocruz e, no âmbito nacional, contribuir para a redução das desigualdades na formação do SUS”, destacou.
Segundo Cristiani, algumas ações já vêm sendo adotadas visando à internacionalização, como a implementação de programas de incentivo à mobilidade de docentes e alunos, bem como o esforço de trazer à Fundação pesquisadores de outros países para a realização de atividades pontuais. “Além disso, temos buscado captar projetos apoiados pela Capes, com ênfase em parcerias internacionais, como Print e Coopbrass”, contou.
Para auxiliar na redução das desigualdades, a Fiocruz tem procurado ofertar cursos nas diversas unidades regionais, com foco na formação em áreas estratégicas para o SUS. Busca ainda a expansão na formação de mestres e doutores em regiões onde há escassez de oferta de pós-graduação.
Para além do ensino, Cristiani ressaltou também a importância de atuar em áreas correlatas à educação, como comunicação e divulgação científica, com o intuito de fomentar as estratégias que visem dialogar com a sociedade. Exemplo disso, segundo ela, é a Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela Fiocruz nas cinco regiões do país. “Editora Fiocruz e Canal Saúde também são parceiros importantes para estarmos em contato com os diversos públicos, bem como divulgar o trabalho desenvolvido pela Fundação”, reforçou.
A vice-presidente lembrou que é necessário avançar na promoção da ciência aberta. “Esta é uma discussão complexa, que demanda o envolvimento de toda a comunidade Fiocruz. Precisamos desenvolver um plano de gestão de dados, de forma a nos preparar institucionalmente para promover o acesso aberto ao conhecimento e aos recursos educacionais”, ressaltou.
À frente da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação desde novembro do ano passado, esta foi a primeira visita de Cristiani ao IRR. Durante a manhã, ela se reuniu com os coordenadores dos programas de pós-graduação da unidade. “Trata-se de uma aproximação fundamental, pois permite alinhar ações, que possibilitam caminhar de forma integrada”, destacou a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta.
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), estará em Campo Grande (MS) promovendo dois minicursos. A iniciativa ocorrerá durante a 71ª Reunião Anual da SBPC e as inscrições para os minicursos são apenas até o dia 11 de julho.
Lá, a Olimpíada irá ministrar dois cursos: Saúde e meio ambiente nas salas de aulas multimídias, coordenado por Cristina Araripe Ferreira e Wagner Nagib; e Saúde, meio ambiente e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS): novas linguagens e novos recursos, coordenado por Renata Fontoura e Carlos José Saldanha Machado. Todos os pesquisadores são da Fiocruz.
Ambos os minicursos acontecem entre os dias 22/7 e 25/7, das 8h às 10h, durante a reunião da SBPC, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). O público-alvo são alunos de graduação, alunos de pós-graduação e professores do ensino básico ou profissionalizante. Saiba mais, na íntegra:
I. Saúde e meio ambiente nas salas de aulas multimídias
Ementa: As tecnologias digitais têm assumido papel preponderante nas salas de aulas, favorecendo mudanças significativas no processo de ensino-aprendizagem. O minicurso abordará temas e apresentará estratégias pedagógicas que visam preparar professores e alunos de licenciaturas para os novos desafios do ensino de ciências na educação básica. Com ênfase no uso das novas tecnologias da informação e da comunicação, discutiremos o desenvolvimento de projetos de ciências a partir dos temas transversais Saúde e Meio Ambiente.
Valor: R$20,00 para sócios da SBPC e R$40,00 para não sócios
II. Saúde, meio ambiente e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS): novas linguagens e novos recursos
Ementa: As tecnologias da informação e da comunicação (TICs) têm sido, frequentemente, utilizadas por professores e alunos nas escolas de educação básica de todo o país como forma de tornar o ensino mais atraente e interessante. Além disso, o acesso a recursos educacionais abertos tem propiciado uma enorme mudança em relação aos conteúdos e estratégias de ensino. A partir dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável/Agenda 2030 da ONU e com ênfase nos temas transversais saúde e meio ambiente, apresentaremos experiências e aprofundaremos reflexões sobre as relações entre o ensino de ciências e as novas linguagens e tecnologias na educação.
Valor: R$20,00 para sócios da SBPC e R$40,00 para não sócios
As matrículas nos minicursos podem ser feitas online através do link. Participe!
Durante a 2ª edição do seminário internacional Cannabis medicinal: um olhar para o futuro, na mesa Dissecando as bases científicas da Cannabis medicinal (29/6) foram apresentadas pesquisas básicas que mostram o grande potencial das substâncias da cannabis. As evidências científicas apontam que pacientes de diversas doenças, como esclerose múltipla, depressão, doença de Parkinson e transtorno de ansiedade, poderiam se beneficiar dos canabinóides.
A farmacêutica Luzia Sampaio, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostrou sua pesquisa sobre uso do extrato de canabidiol no tratamento de doenças neurológias. Os resultados dos estudos, feitos com ratos mantidos em tratamento por duas semanas, atestam que não há comprometimento no ganho de peso corporal ou no comportamento alimentar de quem usa a substância, o que é uma preocupação da comunidade científica que estuda o assunto. Outro ponto que é importante nesse sentido refere-se ao nível de aprendizado e perda de memória de curto prazo, o que os testes realizados também mostram que não há alteração.
Já as pesquisas do biólogo Agustín Riquelme, também do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, concentram-se nos efeitos dos canabinóides no sistema nervoso central, especificamente para quem sofre de esclerose múltipla. “Os indícios nos levam a acreditar que será possível usar não como paliativo para dor ou diminuir os sintomas, como prevíamos inicialmente, mas realmente na cura da doença, uma vez que os canabinóides podem atuar na regeneração celular”, explicou Riquelme.
A terceira pesquisa apresentada na mesa foi de Alline de Campos, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisadora analisa o efeito das substâncias da cannabis no tratamento da ansiedade patológica. “Poderíamos nos perguntar se precisamos de mais um medicamento para males como depressão ou ansiedade, já que existem vários. É necessário pensar que um remédio ansiolítico demora em média um mês para fazer efeito e isso leva a pouca aderência ao tratamento”, afirmou. A farmacêutica ressaltou que as pesquisas ainda são iniciais, feitas em animais, mas que o canabidiol funciona mais rápido, em uma semana já se vê melhora, e tem menos efeitos adversos que os antidepressivos clássicos.
Para terminar o primeiro dia de seminário, o pesquisador Ismael Galve-Roperh, da Universidade Complutense de Madri, mostrou o que há de mais recente na Espanha sobre canabinóides e neurodesenvolvimento. Galve-Roperh começou sua fala com um alerta: “Não existem verdades absolutas na ciência, o canabidiol não pode ser visto de forma extrema, nem pelos críticos, nem por quem defende o uso, não há milagre”. Segundo o espanhol, a cannabis é de complexa farmacologia, provavelmente terá de ser combinada com outros medicamentos, para alcançar os resultados esperados, especialmente no uso para tratar epilepsia e convulsões. “A neurociência foi a área que despertou o interesse dos pesquisadores para a cannabis, de início as pesquisas queriam demonstrar os efeitos prejudiciais, por conta do contexto político, mas hoje vejo na América Latina uma ‘boa-vontade’ maior para os estudos na área, mais do que na Europa”, finalizou.
Esperanças em novos tratamentos
Na manhã de domingo (30/6), entre as diversas sessões com abordagens científicas de tratamentos com base na cannabis, uma delas foi dedicada à relação entre cannabis e autismo. A moderadora foi Cecilia Hedin (Fiocruz/UFRJ), e a mesa, com uma abrangência mais ampla do que a temática proposta inicialmente, teve a participação do biólogo espanhol Ismael Galve-Roperh (Universidad Complutense de Madrid), do neurologista Eduardo Faveret (Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer - IEC), da psiquiatra Eliane Nunes (Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis) e da anestesiologista Adriana Faria (Hospital de Ipanema/ Maternidade Carmela Dutra).
Os palestrantes relataram experiências que foram desde pesquisas bioquímicas sobre os efeitos da cannabis em enfermidades neuropsiquiátricas, passando pelo histórico e desafios atuais do uso dos derivados da planta e por uma abordagem integrativa de doenças e sintomas Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como destaque mais diretamente relacionado ao tema inicial, Faveret apresentou resultados de um estudo observacional do efeito do canabidiol em pacientes do IEC.
As observações sugerem a hipótese de análise do autismo como uma síndrome de insuficiência endocanabinoide, ou seja, de neurotransmissores presentes no sistema nervoso central e periférico dos vertebrados, envolvidos na regulação de uma variedade de processos fisiológicos e cognitivos. O neurologista mostrou resultados da aplicação da Escala de Avaliação do Autismo na Infância (Cars, na sigla em inglês) entre pacientes do IEC que fazem uso do canabidiol. Para a quase totalidade do grupo observado, o uso do canabidiol proporcionou melhora, em graus diferenciados, para cada um dos 15 quesitos avaliados pela escala Cars, como interação com as pessoas, uso do corpo e de objetos, adaptação a mudanças, reação a estímulos, medo ou nervosismo, comunicação verbal e não verbal.
Entre os palestrantes prevalece a impressão de que a cannabis pode, sim, ajudar em quadros como o autismo em crianças e em outros agravos. No entanto, pode também potencializar problemas, como malformações intrauterinas no consumo durante a gravidez, ou, em determinadas condições, o desencadeamento de sintomas de esquizofrenia e outros transtornos psíquicos. Certeza mesmo é da necessidade e urgência de estudos científicos mais conclusivos da interação entre os elementos presentes na cannabis e o corpo humano.
Experiência internacional? Queremos! O Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes) está com duas chamadas abertas: uma para doutores com experiência no exterior, e a outra, para professores visitantes. É mais uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) para estimular Programas de Pós-Graduação da instituição que fazem parte do PrInt Fiocruz-Capes. As inscrições vão até o dia 11 de julho*.
A Chamada nº4/2019* é voltada para doutores com experiência no exterior. As bolsas são para jovens estrangeiros ou brasileiros que residam e tenham experiência no exterior, por pelo menos 12 meses. Os selecionados vão fazer pesquisas nas categorias de pós-doc ou jovem talento.
Já a Chamada nº5/2019* é destinada a professores de renome internacional que residam e trabalhem no exterior, e visam a realização de cursos e atividades que contribuam com a internacionalização da pós-graduação.
Para saber mais sobre as chamadas, acesse a área de documentos do Campus Virtual Fiocruz.
Para conhecer melhor as ações do PrInt Fiocruz, acesse: https://print.campusvirtual.fiocruz.br/
* Atualização em 4/7/2019.
Publicação : 04/07/2019
Esta errata, atualizada em 4/7/2019, retifica e substitui a chamada de 11/6/2019.
Publicado através da Coordenação Geral de Educação da Fiocruz, o documento trata da seleção de professor visitante do exterior para atuar nos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz (curta duração), no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes).
Publicação : 04/07/2019
Esta errata, atualizada em 4/7/2019, retifica e substitui a chamada de 11/6/2019.
Publicado pela Coordenação Geral de Educação da Fiocruz, o documento trata da seleção de doutor(a) com experiência no exterior para atuar nos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz, no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes).
Estão abertas as inscrições da próxima turma do Curso de Qualificação em Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde, oferecido pela gestão acadêmica do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). É possível se inscrever até o dia 18 de julho.
Realizado em modalidade semi-presencial, o curso visa treinar profissionais das áreas de informação relacionadas à pesquisa acadêmica, serviços e inovação tecnológica em saúde, compreendendo os processos de trabalho de bibliotecas, departamentos de informação, dentre outros, além de ampliação do conhecimento sobre bases de dados especializadas e fontes de informação.
O curso é aberto a profissionais ou estudantes de áreas de desenvolvimento e apoio à pesquisa em ciência e tecnologia em saúde. Há 20 vagas disponíveis e a carga horária total é de 72 horas. As aulas têm acontecem entre os dias 12/8 e 30/9, no prédio da Expansão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Explorar como as ideias de civilização repercutiram nas conformações das ciências e da saúde, relacionando o meio e os saberes na formulação de diferentes respostas e projetos de futuro. Este é o objetivo da 4ª edição do Curso de Inverno da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Debates Civilizacionais e histórias globais. Voltado para graduandos e pós-graduandos em Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, o curso gratuito está com as inscrições abertas e oferece 65 vagas. As inscrições vão até o dia 8 de julho.
Coordenado por Kaori Kodama e Rômulo de Paula Andrade, o curso terá a participação de professores do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) e de convidados. Serõa discutidas questões relacionadas à escalada da crise de civilização em nossa contemporaneidade e os novos desafios para o entendimento sobre os destinos coletivos. Como parte constitutiva das diferentes ideias de civilização, ao longo do período moderno, as ciências fundamentaram a formação de uma história global, a partir de negociações, apropriações e diferentes “mestiçagens” com os saberes locais.
O curso será realizado de 22 a 26 de julho, no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Para participar, é preciso enviar uma Carta de Interesse e o CV Lattes.
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promoverá o seu Curso de Atualização em Neuroinfecção na próxima sexta-feira, dia 5 de julho.
Coordenada pelos pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Clínica em Neuroinfecções, a capacitação colocará em pauta os temas: envolvimento do sistema nervoso central e periférico na infecção pelo HCV (Ana Cláudia Leite - INI/Fiocruz e Hemorio), zoonoses emergentes e neuroinfecção no Brasil - da invisibilidade a imprecisão (Elba Lemos - Lab. de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC/Fiocruz), abordagem diagnóstica e tratamento da neurosífilis (Marcus Tulius Silva - INI/Fiocruz e Complexo Hospitalar de Niterói), doenças priônicas - como desconfiar e diagnosticar (Abelardo Araújo - INI/Fiocruz e UFRJ), neuroviroses - qual será a nossa próxima epidemia? (Cristiane Soares - Hospital dos Servidores do Estado) e abordagem das meningites crônicas (Marco Antonio Lima - INI/Fiocruz e UFRJ).
O curso é gratuito e será ministrado no auditório do Pavilhão de Ensino do INI (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro), das 8h30 às 12h.
Faça a sua inscrição aqui no Campus Virtual Fiocruz. Confira abaixo a programação.