Na quarta-feira, 14 de julho, às 9h30, será realizada a primeira edição aberta do Encontros Virtuais da Educação com o tema Ações afirmativas e povos indígenas: avanços e desafios. A iniciativa, nascida em 2020 no âmbito da pandemia de Covid-19, é organizada pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic) e busca trazer ao debate diferentes temas pertinentes à educação, bem como suas potencialidades.
O encontro terá palestras de Luiza Garnelo, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Gersem Baniwa, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Joziléia Kaingang, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e integrante do Projeto "Vozes Indígenas na Produção do Conhecimento", ligado à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). A moderadora do debate será Ana Lúcia Pontes, que é pesquisadora da Ensp e coordenadora do GT de Saúde Indígena da Abrasco.
Ações afirmativas e povos indígenas
A coordenadora Adjunta do Lato sensu na Coordenação-Geral de Educação (CGE/Vpeic) e uma das responsáveis pela condução da normatização das ações afirmativas nos cursos e programas de pós-graduação da Fiocruz, Isabella Delgado, destacou que uma nova portaria de regulamentação dessas ações no stricto e lato sensu foi pauta da Câmara Técnica de Educação, está em desenvolvimento – com base em um processo amplo e coletivo, e com a participação dos diversos coletivos e comissões representantes desses grupos – e será lançada em breve pela Fiocruz.
A moderadora do encontro, Ana Lúcia Pontes, explicou que o debate tem a intenção de compartilhar com a comunidade Fiocruz o que são as experiências e trajetórias indígenas na educação escolar em nível superior, trazendo especificidades e particularidades que apresentam direta relação com o contexto histórico, sociocultural e linguístico dos povos indígenas.
“O debate e, sobretudo, o fortalecimento das iniciativas da Fiocruz no âmbito das ações afirmativas voltadas a esses povos faz completo sentido, visto a trajetória institucional, desde a década de 1980, de apoio técnico, político e cientifico nas questões relativas às políticas de saúde dessas populações. Esperamos poder debater ainda pontos relativos à inclusão e permanência dos indígenas na pós-graduação da Fiocruz, bem como questões próprias do processo de produção do conhecimento, objetos e temas de pesquisa, e a experiência indígena na universidade e na academia”, disse Ana Lúcia.
Para ela, é importante que a comunidade Fiocruz conheça como, no contexto atual, a academia e a educação escolar tornam-se ferramentas de luta dos povos indígenas por seus direitos e também na sua incidência e contribuição com a sociedade brasileira nos diversos âmbitos.
Relembre os Encontros realizados em 2020
Durante o ano de 2020 foram realizados dez Encontros Virtuais da Educação. Todos estão disponíveis no canal do Campus Virtuais Fiocruz no Youtube. Neste ano de 2021, dois encontros já foram realizados – Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação (PDIE) e as especializações: implementação e acompanhamento; e Egressos das especializações: o que aprendemos com eles? –, porém, por terem temática estritamente institucional, ambos foram fechados a convidados.
Novos encontros já estão sendo pensados e as questões a serem debatidas surgem a partir de demandas próprias do “fazer educação na Fiocruz” e serão divulgados em breve.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou que os Encontros são momentos ricos de troca de ideias e de experiências entre docentes, trabalhadores e estudantes de diferentes unidades. Segundo Cristiani, eles têm favorecido a construção coletiva de propostas que permitam avanços nas práticas educacionais e nas estratégias de expansão do acesso, inclusão e redução das desigualdades na Educação.
“Em 2020, no cenário da pandemia, os encontros realizados foram importantes para manter a interação entre pessoas envolvidas com a educação nas diferentes unidades, permitir a adaptação aos desafios relacionados à educação remota, incentivar o uso de novas metodologias e recursos educacionais, como os audiovisuais, e também as ações de comunicação e divulgação científica. Em 2021, a agenda está voltada para aprofundar outros temas prioritários, cujo objetivo é efetivar compromissos institucionais da Fiocruz, incluindo a promoção da equidade.”
Acesse aqui a lista completa dos Encontros Virtuais da Educação 2020
Acesse aqui a primeira edição aberta do Encontros Virtuais da Educação com o tema Ações afirmativas e povos indígenas: avanços e desafios, marcada para o dia 14 de julho, às 9h30.
*matéria publicada em 8/7 eatualizada em 13/7
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) está com inscrições abertas para três chamadas de seleção pública em diferentes cursos de pós-graduação. As oportunidades são nas áreas de Vigilância e Controle de Vetores, Biologia Celular e Molecular, e Biodiversidade e Saúde. Confira os prazos e as especificidades de cada chamada e inscreva-se!
Vigilância e Controle de Vetores – Mestrado Profissional 2021
O curso tem a finalidade de formar profissionais qualificados para atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas áreas de Vigilância de Vetores e Controle/Manejo Integrado de Vetores. Estão disponíveis 25 vagas, com inscrições abertas entre 14 e 24 de junho.
Biologia Celular e Molecular – Mestrado e Doutorado 2021
Os cursos têm a finalidade de formar mestres e doutores com alta capacidade acadêmica e científica nas áreas de pesquisa, ensino e produção com ênfase em biologia celular e molecular, farmacologia e imunologia. Serão 16 vagas para cada curso. Inscrições abertas entre 14 e 23 de junho para mestrado e doutorado.
Biodiversidade e Saúde – Doutorado (fluxo contínuo)
Inscrições abertas para doutorado (fluxo contínuo) com concentração nas áreas de ‘Taxonomia e Sistemática’ e ‘Saúde Ambiental’. O número de vagas é variável em função da disponibilidade de orientação dos docentes.
O primeiro curso trilíngue do Campus Virtual Fiocruz Atenção à Saúde em Fonoaudiologia: uma abordagem sobre alterações sensório motoras orais no campo da neonatologia agora integra também a The Global Health Network (TGHN). Interessados no tema podem cursar a formação de 40h por meio da plataforma Global Health Training Centre em português, inglês e espanhol. A iniciativa acontece no âmbito do acordo de cooperação entre a Fiocruz e a TGHN. Essa é a segunda formação do Campus Virtual Fiocruz que figura na plataforma e a primeira em três idiomas.
O espaço colaborativo e de acesso aberto da Fiocruz na plataforma TGHN visa fortalecer redes e melhorar as capacidades de pesquisa em saúde pública regional e globalmente, propiciando um potente ambiente virtual no qual profissionais, estudantes e pesquisadores podem compartilhar experiências, conhecimentos, recursos e ferramentas de pesquisa.
O curso busca desenvolver capacidades de modo a contribuir com a compreensão dos alunos quanto aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por meio da avaliação estrutural e funcional da dinâmica da alimentação, tanto de forma natural (no peito materno) como de forma alternativa (no copinho, mamadeira) em recém-nascidos e lactentes com alterações no desenvolvimento sensório-motor oral, visando à qualidade da assistência prestada e a promoção do olhar ampliado sobre o tema, atuando de forma precoce e preventiva.
Ele foi elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no âmbito do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz), na modalidade “Geração de Conhecimento - Novos Talentos” (2019); e está sob a coordenação da fonoaudióloga Mariangela Bartha, que tem cerca de 35 anos de experiência na área é responsável pela iniciativa.
Os módulos do curso foram distribuídos por temas com a participação e discussão da equipe multiprofissional, retratando o trabalho interdisciplinar realizado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal, visando promover a assistência e incentivo ao uso do leite humano para o recém-nascido e lactente, com condições complexas de saúde, que apresentam disfagia.
A formação está estruturada em 8 módulos sequenciais, com 5 horas cada, totalizando 40h.
Mariangela Bartha lembrou seus anos de experiência e destacou que o curso será um legado: “Gostaria de deixar uma formação para os profissionais da saúde pública a respeito da disfagia'', afirmou ela.
The Global Health Network
The Global Health Network e sua comunidade de profissionais de saúde e pesquisadores trabalham para encontrar maneiras melhores e inovadoras de obter resultados e recomendações de suas pesquisas implementadas em novas práticas e políticas. Para tanto, reúne diversos parceiros em áreas de doenças, como desnutrição, saúde materna, infecção por zika, entre outros, buscando encontrar recursos e ferramentas que podem ser desenvolvidos e compartilhados para ajudar equipes de pesquisa.
Cerca de 400 mil alunos de diferentes países na África, Europa e nas Américas concluíram dois milhões de módulos desde o lançamento da Global Health Training Centre, em 2011. Lançado em dezembro de 2020, o primeiro curso da Fiocruz adaptado e traduzido, Transmissão, vigilância, controle e prevenção da Febre Amarela, ultrapassou a marca de 1500 acessos. Portanto, a TGHN também é ensino, treinamento e desenvolvimento de carreira para equipes de pesquisa e profissionais de saúde, disponibilizando cursos online, recursos de ensino e um grande número de kits de ferramentas e materiais de aprendizagem.
A iniciativa de fortalecimento da presença da Fiocruz nessa plataforma de ensino remoto faz parte de um projeto mais amplo, coordenado pelo Hub da Fiocruz. A previsão é que, ainda em 2021, outros quatro cursos sejam adaptados, traduzidos e disponibilizados na Plataforma, reforçando o papel da Fiocruz como uma instituição de pesquisa na área da saúde pública com vocação para cooperar e compartilhar seu conhecimento com pesquisadores de todo o mundo.
Nela, você pode se beneficiar da expertise da Fiocruz em educação para acessar cursos online que já qualificaram quase dois milhão de profissionais de saúde brasileiros. A plataforma também disponibiliza publicações com os resultados das pesquisas mais recentes, além de informações e novidades sobre a Fiocruz.
A pandemia de Covid-19 acometeu drasticamente toda a população, mas afetou especialmente as pessoas de mais idade. Os idosos representam uma parcela da sociedade que vem crescendo a passos largos nas últimas décadas. Dados do IBGE apontam que o número de familiares que se dedicavam a cuidados de indivíduos de 60 anos ou mais saltou de 3,7 milhões em 2016 para 5,1 milhões em 2019. Os números mostram que a convivência no domicílio de diferentes gerações é algo muito comum em nosso país. Com o objetivo de atualizar as pessoas envolvidas no cuidado de pessoas idosas em ambiente domiciliar e demais interessados nessa temática, o Campus Virtual Fiocruz, em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), lança o curso Pessoa idosa e a Covid-19: prevenção e cuidados em domicílio.
A formação, online e gratuita, tem carga horária de 20h e está organizada em sete aulas. A ideia é que, ao final do curso, os participantes sejam capazes de compreender e realizar as medidas sanitárias preconizadas para a prevenção e controle da infecção por Covid-19 no contato com pessoas idosas que necessitam de apoio ou auxílio para a realização de suas atividades cotidianas. Também é objetivo do curso que os alunos conheçam os serviços de saúde no território que prestam atendimento em casos de suspeita e/ou confirmação de infecção por Covid-19.
Além do conteúdo programático, os alunos terão acesso à bibliografia utilizada no curso, a materiais complementares e a um conjunto de Perguntas e Respostas sobre o tema (FAQ).
O curso visa fornecer instrumentos para que indivíduos cuidem de pessoas sob sua responsabilidade da melhor forma possível, facilitando, assim, seu dia a dia, minimizando a ansiedade na realização desse cuidado, para o qual não sentem-se capazes em todos os aspetos, incluindo o emocional, apontou a coordenadora acadêmica do curso, que é pesquisadora e chefe do Laboratório de Informação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (LIS/Icict), e coordenadora do Grupo de Informação em Saúde e Envelhecimento da Fiocruz (Gise-Fiocruz), Dália Elena Romero.
Para Dalia - que divide a coordenação acadêmica do curso com o também pesquisador da Fiocruz, ligado à Esccola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, José Luiz Telles, especialista na área de envelhecimento e saúde do idoso -, a partir do lançamento dessa formação, “espera-se que os cuidadores familiares tenham maior conhecimento sobre as medidas de proteção necessárias para prestar cuidados adequados às pessoas idosas em situação de pandemia”.
De acordo com os organizadores do curso, o envelhecimento populacional no Brasil acontece de forma intensa e rápida. A associação entre maior longevidade da população e a ocorrência de múltiplas doenças crônicas, além da incapacidade funcional, está bem fundamentada em evidências científicas. Mas, apesar delas, são escassas as estratégias de capacitação para promoção do autocuidado nas fases de envelhecimento e para o cuidado dos idosos dentro de seu ambiente domiciliar.
A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, lembrou que esse curso trata do cuidado ao idoso na pandemia, mas, segundo ela, essa formação vai além, "levantando questões sobre fatores de risco que colocam essa parcela da sociedade como o grupo mais vulnerável. Além disso, nele também são abordados temas relevantes para a área da saúde das pessoas idosas, como o papel do SUS no envelhecimento saudável, a compreensão dos cuidados necessários em domicílio, o contato com pessoas idosas e suas vulnerabilidade, entre outros.
No contexto da pandemia, passa a ser mais urgente as medidas de cuidado da pessoa idosa no ambiente domiciliar. Não só pela maior gravidade e letalidade da doença (73% dos óbitos correspondem a pessoas de 70 anos ou mais), mas também porque é no ambiente domiciliar que muito dos contágios acontecem entre essa população. Partindo desse princípio, as medidas sanitárias e os comportamentos dentro do coletivo domiciliar assumem relevância capital para a sobrevivência e saúde das pessoas idosas.
Na contramão do crescimento descomunal da desinformação científica e durante a maior crise sanitária já enfrentada pelo país, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publica a sua Política de Divulgação Científica. O documento é fruto do trabalho coletivo de um Grupo de Trabalho formado através da Coordenação de Divulgação Científica, vinculada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Disponível em versão digital, o documento de 21 páginas reúne os principais objetivos e diretrizes institucionais que fortalecem, ainda mais, o compromisso social com a ciência na Fiocruz.
Para a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, a publicação representa um grande avanço, principalmente frente a fenômenos atuais como o negacionismo histórico e científico. “Uma vez publicada, o que esperamos é uma apropriação da Política por parte de pesquisadores, professores, trabalhadores e estudantes da Fiocruz. Devemos pensar não só em como comunicar na academia, mas também em como estabelecer um diálogo cada vez mais sólido com a sociedade”.
A coordenadora de Divulgação Científica da Fiocruz, Cristina Araripe, ressalta que o processo de construção dessa política foi extremamente enriquecedor: “Reunimos diferentes atores institucionais ligados à área de pesquisa e ensino em divulgação científica, além de profissionais que têm atuação importante nas mais diversas frentes de trabalho voltadas para a disseminação de conhecimento e comunicação pública da ciência e tecnologia”, diz.
O objetivo principal da Política é o de preencher uma lacuna na história da divulgação científica na Fiocruz: desde 2010 a proposta de elaboração do documento existe no planejamento estratégico da instituição. Foi apenas em 2017 que as ações de implementação começaram de fato a ganhar força. Em 2018, com o surgimento do Fórum de Divulgação Científica, foi possível vislumbrar a consolidação das iniciativas voltadas para a área. Agora, com a publicação oficial, é possível formalizar espaços e instrumentos dentro da gestão da instituição, gerando novas possibilidades de diálogo e democratizando o conhecimento em ciência e saúde.
Missão da Fiocruz com o povo brasileiro
Ao traçar um panorama histórico da Fundação, principalmente no que diz respeito à atuação na popularização e divulgação da ciência em diferentes contextos no Brasil e no mundo, o documento aponta importantes princípios seguidos pela instituição em seus 120 anos de existência. A democracia, os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável e o compartilhamento do conhecimento são alguns pontos abordados no texto, que trata da apropriação do desenvolvimento científico e tecnológico por parte da população.
Na elaboração do documento, também foram levados em consideração pontos de interseção com a Política de Comunicação, com as políticas de Preservação dos Acervos Científicos e Culturais, de Inovação, de Memória Institucional e com a de Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência. Também houve interface com o Programa Institucional de Territórios Sustentáveis e Saudáveis e as estratégias de promoção de Equidade de Gênero e Raça. Isso tudo para garantir a transversalidade necessária para abarcar toda a atuação da Fiocruz na área.
“Queremos aumentar ainda mais o nosso potencial de diálogo com a população brasileira. Dessa forma, cumpriremos com a nossa missão”, finaliza a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz.
Dentro do chamado Abril Indígena, a Fiocruz, com o apoio da Embaixada do Reino Unido no Brasil, acaba de lançar um guia com ações para incentivar gestores públicos a implantar políticas de enfrentamento à Covid-19 e, assim, mitigar os efeitos nocivos da pandemia sobre populações marginalizadas, como povos indígenas e moradores de favelas, e diminuir as desigualdades de gênero.
A publicação está disponível em acesso aberto na Plataforma Educare:
Até o dia 16/4, segundo dados do Comitê Nacional pela Vida e Memória Indígena, a Covid-19 causou o óbito de 1.038 indígenas, registrou mais de 52 mil casos e afetou 163 povos. O material tem base em evidências científicas e reúne análises detalhadas dos dados da pandemia. O guia, que pode ser acessado aqui, representa o eixo Impactos Sociais do Observatório Covid-19 Fiocruz.
O Abril Indígena é considerado a maior mobilização indígena do país e promove uma ampla programação e atividades nas quatro semanas do mês.
Os pesquisadores do Observatório destacam que a pandemia tem mostrado de forma clara as grandes desigualdades que atingem a população brasileira em todos os níveis. Para os grupos mais vulneráveis, a falta de acesso a direitos básicos e oportunidades foi agravada com a pandemia, aumentando a urgência por políticas públicas que ajudem a diminuir as diferenças.
“Esta é mais uma colaboração com a embaixada britânica, que já vem nos apoiando em diversas frentes de atuação ao longo dos anos e, em especial, neste momento tão difícil para o país. Estamos enfrentando uma crise humanitária de grandes proporções, que atinge as populações de maneira diferente e aumenta ainda mais as desigualdades sociais. Entender esses impactos e oferecer formas de enfrentamento às populações vulnerabilizadas e aos gestores será fundamental para buscarmos uma saída humanitária da pandemia”, comenta a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
A seção voltada para povos indígenas é resultado de um trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras Ana Lúcia Pontes e Daniela Alarcon, ambas da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). “Fizemos uma consolidação das diversas contribuições que o conjunto de pesquisadores da Fiocruz e do Grupo de Trabalho em Saúde Indígena da Abrasco [Associação Brasileira de Saúde Coletiva] elaboraram ao longo de 2020. O objetivo foi o de dar visibilidade à extrema vulnerabilidade dos povos indígenas na pandemia e sistematizar recomendações e estratégias que podem minimizar os impactos”, explica Ana Lúcia.
A pesquisadora afirma que o grupo considerou importante incluir conteúdos sobre a campanha de vacinação, diante das muitas dúvidas quanto à inclusão dos indígenas no grupo prioritário e também das próprias comunidades sobre a vacina. “As recomendações são bastante amplas e incluem a segurança alimentar e nutricional, o acesso à informação em linguagem adequada e acessível, a proteção territorial, em especial dos povos isolados e de recente contato, até medidas que possam estruturar a resposta da vigilância e da atenção em saúde contra a Covid-19”, observa.
“O trabalho visa atingir um público mais amplo, que inclua gestores, lideranças e intelectuais indígenas que estão no protagonismo do debate do enfrentamento da Covid-19. Tendo em vista as suas vulnerabilidades, indicamos a necessidade da priorização e construção de estratégicas específicas e diferenciadas para os povos indígenas no enfrentamento da pandemia”, sublinha Ana Lúcia.
O guia apresenta 13 medidas urgentes e ações específicas para conter a Covid-19 e relaciona nove fatores que vulnerabilizam os povos indígenas, entre eles a elevada prevalência de outras doenças, as limitações para implementar medidas de prevenção, as dificuldades de transporte e acesso à saúde, a insegurança alimentar, a falta de saneamento básico e a invisibilidade das populações indígenas urbanas. A iniciativa também aponta soluções inclusivas e sustentáveis que ajudariam não apenas no enfrentamento da pandemia, mas também na redução de desigualdades a longo prazo.
Segundo o coordenador do eixo Impactos Sociais do Observatório Covid-19 Fiocruz, Gustavo Matta, “o guia é resultado das pesquisas e atividades do eixo Impactos Sociais do Observatório Covid-19 da Fiocruz. Foi construído por meio de uma ação dialógica e participativa entre pesquisadores e movimentos sociais. Entre eles podemos destacar a força, resistência e criatividade dos movimentos de favelas, que têm sido invisibilizados frente às suas necessidades e vulnerabilidades e excluídos dos debates para formulação de políticas e ações de enfrentamento da Covid-19 nesses territórios”.
Matta ressalta que o guia “apresenta as repercussões da pandemia de Covid-19 sobre a iniquidade de gênero. Especialmente o impacto sobre as mulheres nas dimensões do trabalho, da violência e da pobreza. A interseccionalidade é a marca desse material, que visa dialogar com diferentes grupos, linguagens e visões de mundo”.
Segundo dados divulgados pela Fiocruz, mais de 84% das equipes de enfermagem no Brasil são formadas por mulheres e, entre os profissionais de saúde que morreram em 2020 por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), elas foram mais de 55%. Além disso, cerca de 62% das mulheres afirmam atuar diretamente em alguma ação de combate à Covid-19 e seus impactos.
Na linha de frente dos trabalhos essenciais durante a pandemia, as diferenças raciais e de gênero dificultam ainda mais a luta diária. No planejamento de respostas à pandemia e de recuperação pós-pandemia, bem como na construção de informações seguras e confiáveis para tomada de decisão, o guia lembra que é imprescindível considerar as necessidades de mulheres e homens, cis e trans, e minorias de gênero.
Por meio de uma perspectiva crítica e interseccional sobre gênero e raça, este eixo inclui 15 recomendações prioritárias para planos de resposta à pandemia e sugestões estratégicas para implementá-las. Elas incluem escuta ativa aos grupos em vulnerabilidade, diálogo aberto com a sociedade e a busca por decisões baseadas em dados científicos para garantir acesso a direitos humanos, saúde, educação e cultura e ferramentas para inclusão. Além disso, o guia também traz recomendações para combater o preconceito, diminuir a diferença salarial entre homens e mulheres, especialmente para as mulheres negras, e a valorização do trabalho desenvolvido por elas, buscando aumentar o número de mulheres em posições de liderança.
Os dados revelam que, para os 17,5 milhões correspondentes a 6% da população brasileira que habitam favelas, os riscos da pandemia são ainda maiores. O desafio vai além de pensar respostas para os impactos da Covid-19, já que as favelas são espaços construídos pelas desigualdades e que abrangem uma série de interseccionalidades.
Nesses espaços, populações inteiras vivem em habitações precárias, com oferta insuficiente de abastecimento de água e saneamento básico e outros problemas que afetam as condições relacionadas à saúde. Agravando ainda mais o cenário, a maior parte dos moradores das favelas não pode trabalhar de casa e muitos perderam as fontes de renda durante a pandemia. Tudo isso impede que essas pessoas se beneficiem das medidas de distanciamento social em proteção contra a doença, aumentando o risco de contágio e contribuindo para o aumento da taxa de letalidade, que chega a quase 20%.
A situação de crise sanitária e humanitária exige resposta urgente. O guia reúne e analisa dados de boletins epidemiológicos da Fiocruz sobre favelas que explicam os desafios do enfrentamento à pandemia nessas condições e traz nove recomendações para combater os impactos do vírus. As recomendações incluem testagem em massa e aprimoramento dos dados georreferenciados produzidos sobre as favelas, além da garantia a serviços de saneamento básico e limpeza urbana e proteção social. Além disso, o guia reconhece a importância de apoiar os moradores no protagonismo de iniciativas que surgem nas favelas para as favelas.
Para aprofundar o entendimento sobre as diretrizes e estratégias da Escola de Governo Fiocruz (EGF), a instituição vai realizar uma série de encontros virtuais sobre temas pertinentes a esse universo. O Ciclo, uma iniciativa de debates mensais organizados pelo Fórum da Escola de Governo Fiocruz, terá início em 28 de abril e abordará o tema: “O Plano de Desenvolvimento Institucional da Educação (PDIE) e as especializações: implementação e acompanhamento”. A série de seis encontros culminará na realização do 1° Seminário EGF, previsto para novembro de 2021.
Esse movimento tem como alicerce o documento básico sobre a forma de operação e funcionamento da Escola de Governo Fiocruz – validado e aprovado pela Câmara Técnica de Educação (CTE), em 2019 –, e nasceu da necessidade de resgatar e fortalecer a história e o papel da EGF, para, assim, traçar um futuro mais seguro no que se refere ao planejamento estratégico de suas ações e iniciativas.
Isabella Delgado, que é Coordenadora Adjunta do Lato sensu na Coordenação-Geral de Educação, da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE-Vpeic), e o assessor Paulo Carvalho estão à frente da organização do Ciclo de Debates EGF.
A ideia de revigorar e consolidar a EGF já vem sendo proposta e debatida em reuniões e encontros realizados pelo Fórum. Segundo Isabella, entre os eixos primordiais estabelecidos estão: estudar e debater o papel das especializações na Fiocruz; ampliar conhecimento e consensos sobre temas estruturantes para tais cursos; aprofundar e atualizar os entendimentos sobre as diretrizes e estratégias da EGF; realizar o ciclo de debates virtuais e o 1° Seminário da EGF.
Para o primeiro encontro, Isabella e Paulo contam com o auxílio de Mariana de Souza (Farmanguinhos/Fiocruz), Anderson Boanafina (COC/Fiocruz) e Adriana Reis (IFF/Fiocruz), representantes do Grupo de Apoio ao Desenvolvimento Institucional da Educação (Gadie), que é composto de servidores de diversas unidades, que atuarão para garantir o sucesso do engajamento de toda a instituição nas grandes linhas de atuação definidas pelo PDIE.
Paulo Carvalho, que também coordenou a elaboração do PDIE, ressaltou que cada curso de Especialização na Fiocruz tem suas características e experiências próprias. No entanto, para ele, “há algo de comum entre todos: devem seguir as orientações gerais da educação na Fiocruz. E o PDIE é um importante instrumento para ajudar as equipes de cursos e gestores da educação nas Unidades a se apropriarem de modo mais claro dessas orientações e definições existentes. Portanto, o debate vai ajudar as pessoas a se apropriarem melhor do PDIE, no apoio à melhoria dos cursos de especialização na Fiocruz”, defendeu Carvalho.
A previsão é que os próximos encontros virtuais debatam temas como o compartilhamento de experiências, aprendizados e desafios comuns à especialização na Fiocruz; potencialidades e limites dos cursos e seu papel para o SUS na atualidade; a EGF e a rede de escolas no que se refere às articulações políticas e aspectos regulatórios e institucionais; ações afirmativas; formação docente; acompanhamento de egressos; entre outros.
*imagem: Freepik
Para inspirar e esperançar, a Fundação Oswaldo Cruz trouxe para a abertura do ano letivo 2021 as inúmeras representações dos ‘Brasis’ em forma de rima, prosa e verso. O artista pernambucano Antonio Nóbrega proferiu a palestra-recital “Brasil Brasis”, permeada por histórias e canções, acompanhado virtualmente por centenas de pessoas. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a escolha do tema apontando que Nóbrega é mais do que um artista, “ele é um grande pensador do Brasil. Este é um momento de reinvenções e a arte é uma das formas de pensar os caminhos da sociedade como um todo”, disse ela.
Nísia manifestou profundo pesar pelas inúmeras vidas perdidas em decorrência da Covid-19 e lamentou o fato de os números expressarem a dramaticidade do momento que o país está vivendo. Ela anunciou que, a partir deste ano, as aulas inaugurais da Fiocruz sempre acontecerão em sete de abril, Dia Mundial da Saúde, como uma forma de destacar a importância dos estudantes – de pós-graduação e formação técnica – refletirem sobre os grandes temas da saúde e saúde coletiva. Ela leu uma carta de homenagem da presidência ao Dia Mundial da Saúde, que pode ser acessada aqui.
Receber os alunos traz esperança e fortalece os valores que guiam a Fiocruz
Além da presidente da Fiocruz, a mesa de abertura da cerimônia contou com a participação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, da Coordenadora-Geral de Educação, Cristina Guilam, da presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, do representante da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG) Richalls Martins, e do sociólogo, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) e professor UFRJ, André Botelho, que é amigo pessoal de Nóbrega e foi o responsável por apresentá-lo durante a aula.
Cristina Guilam rememorou a aula inaugural do ano passado, ocorrida em março, quando se deu o início das restrições impostas pela pandemia no Brasil, apontando que “aquela foi a primeira experiência de uma conexão virtual mais ampla. De lá pra cá nos assustamos muito, mas também aprendemos muito”, enfatizou ela, ressaltando o trabalho incansável de todos os integrantes da área de educação da Fundação. Cristina citou Paulo Freire dizendo que “não existe ensinar sem aprender” e lembrou que esse grande educador completaria 100 anos em 2021.
A vice-presidente, Cristiani Vieira, frisou os desafios que vêm sendo enfrentados pelos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente de combate à Covid-19, “com dedicação integral, exaustos, porém persistindo no seu trabalho”. Segundo ela, receber os alunos é sempre muito especial, mas, “neste momento em particular, traz muita esperança para nós, pois a Fiocruz tem trabalhado para contribuir em todas as frentes, fortalecendo valores que nos guiam, como a defesa da ciência, o direito à vida e à saúde, à educação de qualidade, e na busca por uma sociedade menos desigual e mais justa. Sigamos juntos nessa ciranda pela vida!”.
Para Richalls Martins,“neste momento em que todos estamos devastados pela tristeza, dor e luto pelo recorde de mortes causadas pela Covid-19, poder nos reinventar e ressignificar a vida com arte é uma forma de sustentação”. Já Mychelle convidou os participantes a refletirem sobre o desafiador cenário brasileiro de educação, abordando aspectos como falta de acesso à internet, perda de aprendizagem, evasão escolar, além da necessidade de ampliação de orçamento para a ciência e tecnologia no país.
Antonio Nóbrega, uma referência em cultura tradicional brasileira
Por meio de seus versos, prosas, poesias e canções, Antonio Nóbrega percorreu séculos, manifestações e correntes populares que surgiram e influenciaram a cultura de nosso país. Ele abordou questões históricas, mas trouxe também muitas histórias de raízes populares que vivem e mexem com o imaginário brasileiro.
Passando pelo jongo, xote, coco, baião, tambor de crioula, samba, xaxado, ciranda, frevo e inúmeros outros gêneros e formas da poesia brasileira, o multifacetado artista discorreu sobre as construções e representações simbólicas da cultura brasileira, enalteceu suas raízes e força. Com os versos de uma embolada, Antônio Nóbrega encerrou sua apresentação defendendo a necessidade compartilhar ideias, defender ideais e ajudar uns aos outros com o manifesto musical em formato de ciranda: “Ninguém solta a mão de ninguém”.
“Uma onda diz vai, vai. Outra onde diz vem, vem.
E de mãos dadas vão e voltam. Ninguém solta a mão de ninguém.
Nossa ciranda, da maré é um movimento. Em tempos de isolamento a ciranda vai rodar.
E vai fazer entre nós mais uma ponte. Alargando o horizonte, dos sertões até o mar.
Nossa ciranda faz a onda, faz um laço. E no mundo dá um abraço, e abraçada vai lutar
Contra o racismo, flagelo da humanidade. Pela luz, fraternidade, pelo mundo vai rodar.
Dança no passo, da ciência pro futuro. Não dá mão ao obscuro, aos que negam o benvirá.
E essa dança que nasceu em uma praia ganha o mundo, se espalha, está em todo lugar…”
É importante registrar que Antonio Nóbrega possui um grande conjunto de literatura de cordel com cerca de seis mil exemplares, disponível no “Acervo Brincante de Literatura de Cordel – Coleção Antônio Nóbrega”. Parte das obras, quase 300 publicações que já são de domínio público, estão disponíveis em acesso aberto no portal http://acervoantonionobrega.com.br/.
Confira o encontro na íntegra:
Na próxima quarta-feira, 14 de abril, das 9h às 11h30, a Fundação Oswaldo Cruz realizará o primeiro seminário virtual PrInt Fiocruz-Capes de 2021. O evento faz parte de uma série de encontros integrados entre pesquisadores da Fiocruz e da Alemanha, com temática diversificada. O encontro será transmitido pelo canal da Fiocruz no Youtube.
O seminário, que é voltado aos estudantes de pós-graduação da Fundação, busca estimular o interesse pela formação científica e cultural associada a outros países. Durante o ano, também serão organizados encontros para um contato mais direto com fundações e universidades alemãs.
“Prentedemos estimular os alunos de pós-graduação a participar desses eventos, propiciando discussões científicas em torno dos mais variados temas de interesse da Fiocruz. Um estímulo importante em um momento complicado como esse, tendo a educação como uma forma de todos se manterem ativos e preparados para atividades internacionais após o fim dessa pandemia”, declarou o coordenador adjunto do Programa Institucional de Internacionalização PrInt Fiocruz-Capes, Vinicius Cotta.
O webinar terá apresentações dos representantes das agências DAAD, Alexander von Humboldt Foundation e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), seguida de uma conversa sobre história da medicina com o professor Thomas Schnalke, do Museu de História Médica de Berlim, na Alemanha.
A mesa de abertura conta com a participação da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. O evento terá tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
No Dia Mundial da Saúde, celebrado em sete de abril, ressaltamos o papel da educação na redução das desigualdades e como um dos principais caminhos para a construção de um mundo mais justo e saudável.
A Covid-19 atingiu duramente todos os países, mas seu impacto foi mais severo nas comunidades que já enfrentam significativa vulnerabilidade. Por isso, em 2021, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) convoca os líderes de Estado para garantir que a equidade na saúde seja a peça central da recuperação da crise sanitária global causada pelo coronavírus.
A Fiocruz divulgou hoje mais um vídeo da série "Fiocruz na pandemia". O novo epísódio tem como foco a educação, que é uma prioridade para a instituição e um dos pilares de enfrentamento da pandemia. O Campus Virtual Fiocruz - plataforma que agrega as diversas iniciativas educacionais da Fundação - já conta com quase 300 mil alunos.
Além disso, de maneira urgente e responsável, o CVF elaborou e publicou cursos online e gratuitos sobre a temática da Covid-19, fortalecendo assim seu compromisso com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS, e fomentando também o aumento de Recursos Educacionais Abertos (REA) cadastrados na Plataforma Educare, com destaque para as inserções sobre o novo coronavírus.
O projeto Fiocruz na pandemia, uma parceria entre a Coordenação de Comunicação Social (CCS/Presidência) e o Canal Saúde, desenvolve vídeos curtos sobre a atuação da Fundação durante este período de combate à Covid-19. Assista no canal da Fiocruz no youtube a playlista completa da produção, que já publicou oito vídeos e abordou temas como testagem , saúde indígena, comunicação, produção de vacinas e outros.
Aqui Somos SUS!
*crédito das imagens utilizadas na arte do CVF: Peter Ilicciev, Raul Santana e Raquel Portugal, do Banco Fiocruz de Imagens e Palafita Brasil.JPG