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Publicado em 23/06/2020

Inscrições abertas para doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas

Autor(a): 
Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do curso de doutorado do Programa em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz). A oferta, que vai até 1º de julho, tem ingresso previsto para o segundo semestre de 2020. A formação tem como objetivo desenvolver nos alunos uma visão integral da pesquisa clínica, através do estudo multidisciplinar das doenças virais, bacterianas, parasitárias e fúngicas, em especial, HIV/Aids, HTLV e suas manifestações clínicas, micobacterioses, doença de Chagas, leishmanioses e micoses. O Programa de Pós-graduação dispõe de um número limitado de bolsas de estudo para os alunos.

Confira aqui o edital de seleção e inscreva-se!

O programa apresenta uma proposta abrangente, interdisciplinar e multiprofissional na pesquisa clínica em doenças infecciosas, buscando a excelência na ciência, na tecnologia e na inovação. O público alvo é de candidatos com graduação completa e, preferencialmente, com o título de mestre. O curso possui natureza multiprofissional, sendo exigido dos candidatos que o projeto de doutorado a ser apresentado seja em pesquisa clínica em doenças infecciosas, nas linhas de pesquisa do programa.

O regime do curso é de tempo integral, com duração máxima de 48 meses. São oferecidas, ao todo, dez vagas. Desse total, 80% serão de livre concorrência e 20% serão providas para candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou que se autodeclararem negros (pretos e pardos) ou indígenas e que forem aprovados no processo seletivo.

O Programa de Pós-graduação dispõe de um número limitado de bolsas de estudo, que serão distribuídas de acordo com a classificação final. Não é assegurado que todos os alunos sejam contemplados. Os critérios para disponibilização das bolsas, provenientes de diferentes fontes de recursos, seguirão as regras das respectivas agências de fomento/fontes. As bolsas poderão ter duração de 36 a 48 meses. As bolsas de 36 meses de duração podem, em caráter excepcional, ser prorrogadas por mais 12 meses.

As informações detalhadas estão disponíveis na chamada pública na Plataforma de Gestão Acadêmica da Fiocruz. Todas as dúvidas referentes a este edital podem ser sanadas através do e-mail selecao.strictosensu.ini@gmail.com. Toda a documentação para inscrição deverá ser entregue de forma eletrônica. Confira o edital, o cronograma e faça a sua inscrição pela Plataforma Siga. 

Publicado em 27/06/2019

INI promove curso de atualização em neuroinfecção

Autor(a): 
INI/Fiocruz | Foto: Pixabay

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promoverá o seu Curso de Atualização em Neuroinfecção na próxima sexta-feira, dia 5 de julho.

Coordenada pelos pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Clínica em Neuroinfecções, a capacitação colocará em pauta os temas: envolvimento do sistema nervoso central e periférico na infecção pelo HCV (Ana Cláudia Leite - INI/Fiocruz e Hemorio), zoonoses emergentes e neuroinfecção no Brasil - da invisibilidade a imprecisão (Elba Lemos - Lab. de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC/Fiocruz), abordagem diagnóstica e tratamento da neurosífilis (Marcus Tulius Silva - INI/Fiocruz e Complexo Hospitalar de Niterói), doenças priônicas - como desconfiar e diagnosticar (Abelardo Araújo - INI/Fiocruz e UFRJ), neuroviroses - qual será a nossa próxima epidemia? (Cristiane Soares - Hospital dos Servidores do Estado) e abordagem das meningites crônicas (Marco Antonio Lima - INI/Fiocruz e UFRJ).

O curso é gratuito e será ministrado no auditório do Pavilhão de Ensino do INI (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro), das 8h30 às 12h. 

Faça a sua inscrição aqui no Campus Virtual Fiocruz. Confira abaixo a programação.

Publicado em 11/04/2019

Inscreva-se até 15/4 para a especialização multiprofissional em Imunizações e Saúde do Viajante

Autor(a): 
INI/Fiocruz

Estão abertas, até o dia 15 de abril, as inscrições para o processo seletivo do curso de especialização Multiprofissional em Imunizações e Saúde do Viajante, oferecido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).

A capacitação tem como objetivo formar profissionais capazes de atuar nos campos de planejamento, prevenção e controle de doenças infecciosas imunopreviníveis e suas complicações, e dos agravos à saúde relacionados a viagens nacionais e internacionais, considerando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com carga horária de 520 horas, o curso tem duração de 40 semanas e será ministrado de 13 de maio de 2019 a 17 de fevereiro de 2020. As atividades são presenciais e se dividem nas disciplinas: Prática em Imunizações; Prática em Medicina de Viagem; Seminários Avançados; e Orientação do Trabalho de Conclusão de Curso. 

Nesta oportunidade são oferecidas três vagas, sendo duas para médicos infectologistas e uma para enfermeiros. Para outros detalhes, entre em contato com a Secretaria Acadêmica do INI, através do e-mail ensino@ini.fiocruz.br.

Confira as informações e inscreva-se já pelo Campus Virtual Fiocruz!

 

Publicado em 03/04/2019

Especialização em Monitoria de Ensaios Clínicos recebe inscrições até 11/4

Autor(a): 
INI/Fiocruz

O curso de especialização em monitoria de ensaios clínicos está com inscrições abertas, até 11 de abril, para o processo seletivo da turma de 2019. A iniciativa é do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), em parceria com a Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz). O objetivo do curso é formar profissionais especialistas em monitoria de ensaios clínicos, qualificando-os para atuar em projetos de pesquisa clínica para saúde pública.

Os candidatos devem ser profissionais com ensino superior completo, preferencialmente em Ciências da Saúde, e ter experiência prévia em pesquisa clínica. No total, há quatro vagas. A Plataforma de Pesquisa Clínica da VPPCB oferecerá bolsa de estudos no valor de R$ 1.200, num período máximo de seis meses.

As aulas serão ministradas entre os dias 20 de maio e 20 de novembro.

Acesse as informações aqui no Campus Virtual Fiocruz e inscreva-se.

 

Publicado em 16/02/2018

INI oferece curso de especialização de enfermagem em doenças infecciosas e parasitárias

O curso de especialização de enfermagem em doenças infecciosas e parasitárias do INI está com inscrições abertas até 22 de fevereiro. Coordenado por Renato França da Silva e Suze Rosa Sant’Anna, o curso busca qualificar profissionais de enfermagem críticos e reflexivos para atuar na Atenção à Saúde, dando subsídios para uma assistência ampliada e integrada à gestão, ao ensino e à pesquisa, de acordo com as políticas do SUS e com enfoque nos pressupostos fundamentais do campo das doenças infecciosas e parasitárias.

Com uma carga horária de 512 horas, a especialização é destinada a portadores do diploma de graduação em Enfermagem inscritos no Conselho Regional de Enfermagem (Coren). As aulas serão ministradas de 12 de março e 21 de dezembro de 2018.

Nesta oportunidade são oferecidas 10 (dez) vagas: 05 (cinco) destinadas aos enfermeiros que atuam direta ou indiretamente na atenção à saúde com ênfase na área das doenças infecciosas e parasitárias e/ou saúde pública que tenham vínculo com a rede de saúde pública ou privada (Grupo 1) e 05 (cinco) vagas para enfermeiros com interesse na área das doenças infecciosas e parasitárias (Grupo 2). Havendo sobras de vagas em uma das categorias, as mesmas serão preenchidas por candidatos da outra categoria (Grupo 1 ou 2), obedecendo a ordem decrescente das notas e assegurando que todas as vagas sejam preenchidas.

Confira o edital e faça sua inscrição aqui.

Fonte: Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz)

Publicado em 11/07/2017

INI capacita profissionais de saúde em método inovador para tratamento da leishmaniose cutânea

A convite do Ministério da Saúde, o pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Armando Schubach, e a médica dermatologista e mestre em Pesquisa Clínica pelo INI, Maria Cristina Duque, estiveram, no mês de junho, no município de Ibatiba, no Espírito Santo, capacitando 35 profissionais, entre médicos e enfermeiros, no tratamento intralesional da Leishmaniose Tegumentar. Essa nova metodologia, desenvolvida no INI ao longo de 30 anos, vem sendo adotada agora pelo Ministério e consiste na injeção, em menores doses, do antimoniato de meglumina - medicação usada para tratar a doença -, de forma subcutânea ao redor das úlceras.

A Leishmaniose Tegumentar vem ocorrendo como um surto em Ibatiba. Somente em 2017, 27 novos casos da doença surgiram na cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, segundo censo 2014 do IBGE. “A maior parte dos pacientes está acima de 50 anos, cuja indicação é para o tratamento com a anfotericina B lipossomal. Só que essa medicação é feita na veia da pessoa e requer uma monitoração internado ou em um Hospital-dia (regime de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é indicado quando a permanência do paciente na unidade é requerida por um período máximo de 12 horas), por exemplo, e para um município pequeno acaba não sendo uma solução. Então, esse treinamento serviu para apresentarmos a nova técnica intralesional que desenvolvemos e foi aplicada em alguns pacientes previamente selecionados e convidados a participar do treinamento. Apenas em duas pessoas, com lesões disseminadas em diferentes partes do corpo, nós resolvemos utilizar a anfotericina, pois se beneficiariam mais com um tratamento sistêmico”, informou Armando Schubach.

“Essa capacitação do Ministério da Saúde com especialistas em leishmaniose vai fazer com que nossos pacientes não sejam mais encaminhados para a unidade de referência na capital, Vitória, pois permite que todos os médicos e enfermeiros de nossa cidade estejam aptos a aplicar essa nova forma de tratamento”, destacou Nilcilaine Hubner, secretária de Saúde local.

Desde 2016, três treinamentos nessa técnica já foram coordenados pelo pesquisador Armando Schubach. O primeiro ocorreu no próprio Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, em novembro de 2016, para profissionais indicados pelo próprio Ministério da Saúde. O segundo foi realizado no final do mês de maio de 2017 e partiu de uma demanda da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso, para profissionais lotados em Cuiabá e municípios próximos. A terceira, em Ibatiba (ES), foi oficialmente a primeira demanda do Ministério da Saúde para a equipe do INI no tratamento intralesional com antimoniato de meglumina.

“A perspectiva agora é de fazermos mais seis capacitações até o final do ano para todos os estados da região Norte do país, através da demanda do próprio Ministério da Saúde. Estamos em fase de organização dessa agenda para iniciar essa nova fase”, ressaltou Armando.

Tratamento é incorporado no manual do Ministério da Saúde

O trabalho, iniciado nos anos 80 pelo dermatologista do Instituto, Manoel Paes de Oliveira Neto, vem sendo conduzido pela equipe do Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish), sob a coordenação do pesquisador Armando Schubach. A técnica está sendo adotada, aos poucos, pelo sistema de saúde brasileiro e consta no novo Manual de Leishmaniose Tegumentar Americana do Ministério da Saúde. O novo tratamento tem como maior benefício a maior segurança para a saúde do paciente, pois o antimoniato de meglumina pode ter efeitos tóxicos acumulativos. Ao diminuir a carga de medicamento, resultando em menores índices de toxidade e reações adversas aos pacientes, além de uma rotina de tratamento mais leve. “Os pacientes podem ser tratados com até 10 vezes menos quantidade do medicamento. No INI nós temos toda a expertise com esse tipo de tratamento”, destacou o pesquisador.

A Leishmaniose Tegumentar é uma doença provocada por protozoários flagelados do gênero Leishmania, da família Trypanosomatidae, que se caracteriza por apresentar úlceras indolores na pele ou mucosas do indivíduo afetado. O tratamento preconizado originalmente consiste na aplicação, em grandes quantidades, do medicamento antimoniato de meglumina por via intramuscular ou intravenosa.

Fonte: Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)

 

Publicado em 14/06/2017

Turma 2017 conclui curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses no INI

Capacitar profissionais de nível superior com informações atualizadas sobre aspectos clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e medidas de prevenção das Leishmanioses foi o objetivo do Curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses do INI, que chegou em sua 15ª edição em 2017. Os quase 40 alunos matriculados, de dez estados brasileiros, tiveram uma intensa semana de aulas (5 a 9 de junho) e puderam aprender mais sobre essa grave doença negligenciada para reproduzir o conhecimento adquirido em seus ambientes de trabalho.

A coordenadora do curso, Aline Fagundes da Silva, lembrou que o curso foi criado em 2002 e ministrado anualmente. “Tivemos, ao todo, 15 turmas. Em 2015 não pudemos oferecer essa atualização por conta de uma greve na Fiocruz. Nesta edição de 2017, contamos com alunos do Pará, Amazonas, Amapá, Tocantins, São Paulo, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio de Janeiro, com quase 40 alunos matriculados e nossa expectativa é que eles se tornem multiplicadores de conhecimento em suas regiões”.

“O curso é um sucesso e começou voltado médicos e enfermeiros da rede de saúde e depois expandimos para outros profissionais, mas sempre direcionado para a atuação no manejo e controle de leishmanioses, principalmente para aqueles que trabalham na rede pública, hospitais, postos de saúde e laboratórios centrais de Saúde Pública (Lacens). A medida que o interesse aumentou, muito por conta da qualidade das aulas oferecidas aqui no INI, abrimos para alunos de pós-graduação. Então, a procura pelo curso passou a ser grande e nessa trajetória contamos com alunos de outras unidades da Fiocruz e de diversas instituições de pesquisa e ensino do país. Inclusive, já recebemos um aluno da Argentina”, destacou Aline.

Essa procura ocorre porque o tema é de extrema importância para a saúde pública brasileira. As leishmanioses são um conjunto de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae. Essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral, que afeta órgãos internos. “É uma doença presente em praticamente todos os estados da federação e, embora não tenha um número de casos comparável às arboviroses, por exemplo, ela tem uma gravidade importante. Os estudos e capacitações em leishmanioses humanas e animais no INI são realizados pelo Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClinVigiLeish), chefiado pelo pesquisador Armando Schubach”, concluiu Aline.

Alunas destacam qualidade do curso

Regina Silvia Chaves de Lima, médica de Votuporanga, município brasileiro situado na região noroeste do estado de São Paulo, informou que veio fazer o curso no INI por conta do aparecimento da leishmaniose tegumentar na região. “Desde 2010 nós tivemos casos de leishmaniose visceral, inclusive com dois óbitos em idosos e isso me assustou muito. O que chamou minha atenção esse ano foi que apareceram dois casos de leishmaniose tegumentar e me fez ver que precisava me aprofundar no tema, esclarecer dúvidas e aperfeiçoar meu conhecimento acerca da doença”. Regina, que trabalha na Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, é uma das profissionais que responde pelo programa de Leishmaniose na região noroeste e recebeu o edital do curso através de e-mail. “Achei o conteúdo muito interessante, importante e que combinava com o que eu estava precisando para continuar meu trabalho. Consegui conciliar minha agenda de trabalho com essa semana de atividades e valeu muito a pena. Foram tantas informações que a impressão que dá é que é que nem sei por onde começar. Só a certeza de que há muito trabalho a ser feito quando voltar para minha cidade”, disse.

Já Nayma da Silva Picaneo, veterinária do Laboratório Central de Saúde Pública do Amapá e também veterinária de zoonoses do município de Macapá, buscou a capacitação por conta de uma novidade, nem um pouco positiva, na sua cidade. “Faz um mês que liberamos o primeiro resultado de leishmaniose em um cão autóctone (natural da região ou do território em que habita). Então casou tudo. O convite chegou para nosso Lacen e eu aproveitei esse diagnóstico para vir ao INI. O curso supriu todas as minhas dúvidas, que eram inúmeras, porque eu tenho uma situação nova que é esse diagnóstico canino. Como não contei com apoio no meu município, busquei ajuda do Ministério da Saúde e foi através dele que consegui encaminhar minhas amostras para identificação do parasita aqui no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses do INI”.

A veterinária revelou que iniciou um inquérito epidemiológico nos animais da região de onde esse cão reagente se encontrava e, por conta disso, viu a necessidade de fazer o curso para melhor se capacitar. “A parte teórica foi excelente e em outra oportunidade pretendo voltar para fazer a parte laboratorial executada aqui no Instituto e reproduzir o que aprendi aqui em uma área que está com carência nessa temática”, encerrou.

Aula sobre tratamento das Leishmanioses tegumentares encerra curso

Na tarde do dia 9 de junho, o médico dermatologista e pesquisador do INI, Marcelo Rosandiski Lyra, ministrou a aula Atualização no tratamento das Leishmanioses tegumentares, encerrando assim a edição 2017 do Curso de Atualização em Manejo e Controle das Leishmanioses para profissionais de nível superior. De imediato, destacou que as Leishmanioses trazem graves repercussões sociais e possuem baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos por conta de serem negligenciadas, e que as drogas injetáveis existentes para tratamento podem resultar em diversos eventos adversos, colocando em risco a vida dos pacientes, caso sejam mal ministradas.

Entre algumas das pesquisas apresentadas por Marcelo estavam as experiências bem-sucedidas de três décadas realizadas no INI com a doença, através de esquemas alternativos de baixa dose da medicação antimoniato de meglumina, que acabou se comprovando um método eficaz e seguro. O Ensaio clínico fase III para leishmaniose tegumentar americana forma cutânea - Equivalência entre o esquema padrão e alternativo com antimoniato de meglumina, conduzido pelo próprio médico, em parceria com Mauricio Saheki, foi um dos focos da aula.

O trabalho avaliou 72 pacientes, sendo que metade recebeu 20mg da medicação por dia, por 20 dias, e a outra parte a dosagem de 5mg por 30 dias. O tratamento em baixa dose foi eficaz em quase 80% dos casos, contra os cerca de 94% daqueles que receberam alta dosagem de antimoniato de meglumina. Entre as conclusões apresentadas por Marcelo, destaca-se o fato de que os esquemas alternativos de baixa dose da medicação se mostraram eficazes e menos tóxicos no tratamento da leishmaniose naqueles pacientes com contraindicações ao uso da terapia sistêmica e em pacientes idosos. Conheça mais sobre o trabalho do INI com Leishmanioses aqui.

Esses resultados foram suficientes para que o Ministério da Saúde reconhecesse o tratamento como uma alternativa viável ao já preconizado, e está adotando essa nova prática em todo o país com a publicação, agora em 2017, do novo Manual de Leishmaniose Tegumentar Americana.

Fonte: Antonio Fuchs (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas)
 

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