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Publicado em 05/07/2024

Sextas de Poesia homenageia Adélia Prado pelo Prêmio Camões. Confira outros brasileiros homenageados no Sextas que receberam a honraria

Autor(a): 
Ana Furniel

A renomada escritora mineira Adélia Prado acaba de receber uma das mais prestigiadas honrarias da língua portuguesa: o Prêmio Camões. Com 88 anos, Adélia é também a homenageada de hoje no Sexta de Poesia com "Momentos". No poema, Adélia nos lembra da efemeridade do tempo, sobre o transcorrer da vida, que embrulha e solta, e sobre nossas escolhas e de como vivê-las: "a vida é mais tempo alegre do que triste. Melhor é ser."

Adélia publicou seu primeiro livro em 1976, com mais de 40 anos e nunca mais parou de surpreender com a delicadeza e a simplicidade de seus versos. Ela é considerada a herdeira poética de Carlos Drummond de Andrade e, além do Camões, recebido em 26 de junho de 2024, com intervalo de menos de uma semana, ela também recebeu o Prêmio Machado de Assis, em 20 de junho, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Ao longo de sua carreira, Adélia acumulou muitos outros prêmios, como o Prêmio Jabuti, em 1978, o ABL de Literatura Infantojuvenil, em 2007, o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional e da Associação Paulista dos Críticos de Arte, ambos em 2010, o Prêmio Clarice Lispector, em 2016, entre outros.

Desde a sua criação, em 1988, outros 14 brasileiros já receberam o Prêmio Camões. A honraria é entregue pela Fundação Biblioteca Nacional em parceria com o governo de Portugal. O prêmio foi criado com o intuito de estreitar os laços culturais entre as nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e leva o nome do poeta português Luís Vaz de Camões.

Veja outras poetas homenageados pelo Sextas que também já receberam o Prêmio Camões de Literatura:

Chico Buarque

O cantor e escritor brasileiro Chico Buarque recebeu o Prêmio Camões em 2019. No entanto, o prêmio foi entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quatro anos depois que Chico foi escolhido para recebê-lo.

23/1/2021: Chico Buarque está no Sextas de Poesia com "Tanto Mar"

25/11/2022: Sextas homenageia Pablo Milanés (cita Chico Buarque com versão de Yolanda)

28/4/2023: Sextas homenageia Chico Buarque pelo recebimento do Prêmio Luiz Vaz de Camões de Literatura

21/6/2024: Sextas celebra 80 anos de Chico Buarque

Jorge Amado

Em 1994, o escritor brasileiro Jorge Amado recebeu a honraria. O autor de “Capitães de Areia” e “Gabriela, Cravo e Canela” recebeu o Prêmio Camões aos 82 anos.

13/8/2021: ‘Milagres do Povo’ ilustra Sextas de Poesia

Lygia Fagundes Telles

Em 2005, a segunda mulher brasileira a levar o prêmio foi Lygia Fagundes Telles. A advogada, romancista e contista brasileira, que faleceu em 2022, é conhecida como “a dama da literatura brasileira”.

8/4/2022: Sextas celebra a poesia de Lygia Fagundes Telles

João Cabral de Melo Neto

Em 1990, o diplomata e poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o Prêmio Camões. Antes dele, apenas o poeta, contista e memorialista português Miguel Torga, havia recebido a honraria.

29/4/2022: Sextas homenageia trabalhadores com João Cabral de Melo Neto

Ferreira Gullar

Em 2010, o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor e ensaísta brasileiro cujo o nome verdadeiro era José Ribamar Ferreira, ganhou o Prêmio Camões.

10/9/2021: Sextas de Poesia traz Ferreira Gular

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto de Adélia Prado, uma senhora branca com cabelos grisalhos lisos e curtos, ela veste uma blusa de manga comprida escura, está com a mão apoiada no queixo e sorrindo para a foto. No centro do banner, o poema 'Momento', de Adélia Prado:
Enquanto eu fiquei alegre,
permaneceram um bule azul com um
descascado no bico,
uma garrafa de pimenta pelo meio,
um latido e um céu limpidíssimo
com recém-feitas estrelas.
Resistiram nos seus lugares, em seus 
ofícios,
constituindo o mundo pra mim,
anteparo
para o que foi um acometimento:
súbito é bom ter um corpo pra rir
e sacudir a cabeça. A vida é mais tempo
alegre do que triste. Melhor é ser.

Publicado em 28/06/2024

Sextas homenageia aniversário de Machado de Assis com trecho de Dom Casmurro

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao escritor Machado de Assis, que no dia 21 de junho completaria 185 anos. Joaquim Maria Machado de Assis é um dos grandes representantes do movimento literário conhecido como realismo. Ele publicou 10 romances, 5 coletâneas de poemas e mais de 600 crônicas, além de ser o fundador da Academia Brasileira de Letras.

Memórias póstumas de Brás Cubas é o quinto romance de Machado de Assis e significou uma verdadeira revolução não somente para a carreira do autor, mas também na literatura brasileira, que, com esse livro, alcançou um novo patamar de qualidade. O trecho de Dom Casmurro escolhido para esta edição do Sextas narra a despedida de Bentinho e Capitu, personagens dessa história de amor que mostra a crítica Machadiana à modernização conservadora, atitudes aos comportamentos, aos costumes e às estruturas sociais coloniais do Brasil. O bruxo do Cosme Velho, Machado de Assis, é “um mundo”!

 

#ParaTodosVerem Foto do Pôr do Sol, o Sol está no canto direito da foto, no lado esquerdo a quina do telhado de uma casa e um coqueiro, o céu está laranja com algumas nuvens. No centro da foto um trecho da obra "Dom Casmurro" de Machado de Assis:
Entre luz e fusco,
tudo há de ser breve
como esse instante.

Publicado em 21/06/2024

Sextas celebra 80 anos de Chico Buarque

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia Chico Buarque e seus 80 anos. A canção "O que será" foi escrita em 1976 para o filme Dona Flor e seus dois maridos. A música transborda todo sentimento que não tem cura, medida ou limite. É o amor que não tem certeza, conserto, tamanho, decência, censura, sentido, governo, vergonha nem juízo.

É Chico, compositor do Brasil.

 

 

#ParaTodosVerem Foto de um homem e uma mulher de pele negra, o foco da foto está nos perfis dos rostos das duas pessoas, que estão próximos. O homem está de olhos fechados e a mulher possui sardas no rosto. No centro da foto, um trecho da música “O que será (À flor da Terra)” de Chico Buarque: 

 

O que será que será 

Que andam suspirando pelas alcovas 

Que andam sussurrando em versos e trovas 

Que andam combinando no breu das tocas 

Que andam nas cabeças, anda nas bocas 

Que andam acendendo velas nos becos

Que estão falando alto pelos botecos 

Que gritam nos mercados que com certeza 

Está na natureza, será que será 

O que não tem certeA, nem nunca terá 

O que não tem tamanho ….

Publicado em 14/06/2024

Sextas aborda os amores em suas mais diversas formas em homenagem ao Dia dos Namorados

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia o Dia dos Namorados. O poema trazido nesta semana é um trecho da música 'Interessante e obsceno', que dá nome ao segundo álbum do cantor e compositor pernambucano Martins. Lançado recentemente, em agosto de 2023, o trabalho fala essencialmente sobre os amores e as relações amorosas em suas mais diversas formas.

Segundo Martins, em entrevista à Revista Continente, da Companhia Editora de Pernambuco, "a música é um xote cujo título se insinua, mas, na verdade, o que nos interessa é o que está sendo dito, em uma delicadeza e sagacidade poéticas que são a tônica do álbum. É uma música que, ao mesmo tempo, tem uma graça sensual – “por isso que eu desejo pra você a Lua em Libra / a língua em Vênus” – , mas é uma coisa quase existencial. É um conselho que você dá pra quem gosta, que necessariamente não é uma pessoa que você se relaciona amorosamente, pode ser um amigo, mas pode ser também uma relação romântica... então, essa canção puxa todas as outras canções, no sentido de “falar pra alguém”.

Essa canção foi a primeira a ser composta para o disco, na primeira semana de “lockdown” causado pela pandemia de Covid-19 aqui no Brasil.

*com informações de Revista Continente

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto da sombra de duas pessoas em pé, uma ao lado da outra, com o fundo alaranjado, no canto esquerdo do banner um trecho da música "Interessante e Obsceno" de Martins:
Que a gente não espere do amor,
o que nos faz pequenos

Por isso que eu desejo para você a lua
em libra e a língua em vênus

Que a gente possa se 
reconhecer num dia
lindo, num dia ameno

Eu vim aqui só
pra te entender

E pôr em ordem o
que é fundamental 

Por isso que eu
desejo pra você
um Sol intenso
e um quintal

Que os passarinhos
vão nos receber

Publicado em 07/06/2024

Paulo Leminski é homenageado com haicai no Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

Hoje faz 35 anos da morte de Paulo Leminsky. O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao poeta com um haicai: "o tempo, entre o sopro e o apagar da vela". 
E nesse curto espaço temos a vida vivida, sonhada, às vezes doída, por muito amada e sempre muito sentida. Mistério e redenção. Vida.

Leminski foi crítico literário, tradutor, e um dos mais expressivos poetas de sua geração. Influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai.

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem: Foto em preto e branco de uma planta chamada dente-de-leão em primeiro foco, suas pétalas estão voando. Ao lado esquerdo da foto, um trecho do livro "Toda Poesia" , de Paulo Leminski:
O tempo
entre o sopro
e o apagar da vela

Publicado em 17/05/2024

Sextas de Poesia traz a melancolia de Mario Benedetti

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz sua homenagem ao poeta uruguaio Mario Benedetti, que, entre afetos e a indignação, cantou a solidariedade e uma América Latina insubordinada. Neste 17 de maio, completam-se 15 anos de sua partida.  

Durante sua carreira, foram mais de 80 livros publicados, no entanto, foi sua poesia que marcou gerações e fez dele um dos autores mais lidos da América Latina. Ele que foi o poeta dos sentimentos, das emoções e das ideias, versos vivos que eram como conversas numa varanda entardecida. O poema escolhido "Por que cantamos" nos sacode da melancolia. "Se cada noite é sempre alguma ausência por que cantamos". Com sua bondade e beleza, nos traz de volta a tinta e o canto.

Com informações do blog Outra Palavras 

 

#ParaTodosVerem Foto de uma estátua sentada em um banco, ela está com os braços cruzados e olhando para baixo, no meio do seu corpo há um espaço vazio, atrás dela está o gramado, uma árvore seca e o céu em cores amarelo e laranja, na foto está um trecho do poema “Porque Cantamos” de  Mário Benedetti:

… você perguntará por que cantamos 
se estamos longe como um horizonte 
se cada noite é sempre alguma ausência 
e cada despertar um desencontro 
você perguntará por que cantamos
cantamos porque o Rio está soando
e quando soa o Rio/soa o Rio 
cantamos porque o cruel não tem nome 
embora tenha nome seu destino.

Publicado em 10/05/2024

Sextas de Poesia presta homenagem às mães com Caetano Veloso

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia essa semana faz uma homenagem às mães, seja por escolha, amor, barriga, afinidade ou destino.
No texto de hoje, Caetano Veloso nos mostra todo o sentimento que carrega esse "ser mãe", o querer proteger, preparar para a vida e "dar ao mundo".

Feliz Dia das Mães!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, no topo fotos de diversas mães com seus filhos, um grupo de mulheres de diferentes raças, etnias e idades, sorrindo e beijando os seus filhos. Embaixo das fotos, um verso de Caetano Veloso:
Minha mãe me deu ao mundo
De maneira singular
Me dizendo uma sentença
Pra eu sempre pedir licença
Mas nunca deixar de entrar

Publicado em 03/05/2024

Sextas homenageia trabalhadoras e trabalhadores com "Canto do Trabalhador"

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem: aos trabalhadores e trabalhadoras pelo 1° de maio, e ao poeta, compositor e músico Paulo César Pinheiro com a canção "Canto do trabalhador" de sua autoria em parceria com João Nogueira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Pintura com tons amarelos e laranja, há dois homens, os dois vestem calças escuras, blusas brancas de mangas compridas,
 e usam chapéus de palha, um deles tem uma bolsa nos ombros, ele observa o outro homem trabalhar com a enxada, o segundo homem está fincando a enxada no chão. 
No centro do banner, o trecho de "Canto do Trabalhador", composição Paulo César Pinheiro e João Nogueira:
Vamos trabalhar sem fazer alarde
Pra pisar com força o chão da cidade
A vida não tem segredo
É só acordar mais cedo
É só regar, pra alimentar o arvoredo
Por essa luta eu não retrocedo
Pra ver toda a mocidade
Com os frutos da liberdade
Escorrendo de entre os dedos
Que é para enterrar de uma vez seus medos...

Publicado em 26/04/2024

Sextas de Poesia traz Manuel Bandeira com O Último Poema

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Manuel Bandeira com "O último poema". Num recorte onde o definitivo poema não finda uma poética, e, sim, a restabelece ao contexto das ficcionais despedidas, o autor encena a melancolia no adiamento de sua ida… para a qual nunca foi, na verdade.

Manuel Bandeira foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Fez parte da primeira geração modernista no Brasil. Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira foi adepto do verso livre, da língua coloquial, da irreverência e da liberdade criadora. Os principais temas explorados pelo escritor são o cotidiano e a melancolia.

 

 

*Com informações do blog Vício Velho.

#ParaTodosVerem Banner com fundo preto e a foto de Manuel Bandeira na parte inferior do banner, um senhor com cabelos curtos escuros, usa óculos de armação quadrada, veste uma blusa com gola e mangas compridas com linhas brancas, está sentado digitando em uma máquina de escrever, há livros atrás da máquina. A foto é em preto e branco.

No topo do banner um poema de Manuel Bandeira, O último poema:

Assim eu quereria

meu último poema

Que fosse terno dizendo

as coisas mais simples

e menos intencionais

Que fosse ardente como um 

soluço sem lágrimas...

Publicado em 19/04/2024

Sextas de Poesia celebra Dia dos Povos Indígenas

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos povos indígenas, neste dia de luta que se tornou o 19 de abril. E comemora com muita esperança e alegria a recente posse de Ailton Krenak como o mais recente Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Ailton Alves Lacerda Krenak é um líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor brasileiro da etnia indígena krenak e, agora, ocupante da cadeira de número 5 da ABL. 

Em seu discurso de posse, realizado em 5 de abril de 2024, ele lembra Mario de Andrade ao falar sobre seu lugar e, com toda força, afirma ser apenas um mas representar "305 povos, que nos últimos 30 anos do nosso país passaram a ter a disposição de dizer: 'Estou aqui’" . Isso nos lembra uma outra poeta indígena, Myrian Krexu, que afirma que o indígena "não está apenas na aldeia tentando sobreviver, ele está na cidade, na universidade, no mercado de trabalho, na arte, na televisão, porque o Brasil todo é terra indígena". 

Agora, eles também estão na ABL. Um momento para se orgulhar e que traz muita esperança na luta dos povos indígenas!

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto de um homem de meia idade indígena, vestindo uma toga verde com bordado de ramos dourados, ele possui cabelos grisalhos e está com uma faixa com cores claras amarrada na cabeça, está sorrindo. Na foto está escrito o discurso de posse de Ailton Krenak, na academia brasileira de letras (ABL) em abril de 2024:
'Será que nessa
cadeira cabem 300?'.
Como dizia Mario de 
Andrade, eu sou 300.
Eu não sou mais do que um, mas eu
posso invocar mais do que 300.
Nessa caso, 305 povos, que nos últimos
30 anos do nosso país, passaram
a ter a disposição de dizer:
"Estou aqui".
Sou guarani, sou xavante, sou caiapó,
sou yanomami, sou terena".

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