premiação

Home premiação
Voltar
Publicado em 29/11/2018

1º Fórum Fiocruz de Memória acontece nos dias 6 e 7 de dezembro

O 1º Fórum Fiocruz de Memória, promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) em parceria com a Presidência da Fundação Oswaldo Cruz, já tem novas datas: 6 e 7 de dezembro. Com o tema Memória institucional, política e futuro, o objetivo é promover a integração, o diálogo e o compartilhamento de experiências que permitam o aprimoramento de ações articuladas relacionadas à memória da Fiocruz. Na ocasião, será lançado o Prêmio Fiocruz de Memória, que visa mapear, conhecer e destacar projetos que valorizam a memória da Fiocruz. Os interessados podem se inscrever até o dia 4 dezembro pelo formulário eletrônico. O evento é gratuito e acontece na Tenda da Ciência, no campus da Fiocruz (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro).

Além de profissionais da Fiocruz, o encontro reúne especialistas de instituições públicas e privadas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a empresa Votorantim, para o intercâmbio de conhecimento sobre a temática. Entre os destaques da programação estão as conferências Política, memória e poder, que será ministrada por Dulce Pandolfi, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), e Os desafios da memória em instituições, proferida por Icléia Thiesen, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

'In memorian' e futuros desafios

O diretor da COC, Paulo Elian, diz que "o Fórum será um espaço aberto, inclusivo, de apresentação de ações e projetos, direcionados a mobilizar a Fiocruz para as diferentes dimensões que envolvem a memória da instituição. Teremos também um momento especial de homenagem póstuma ao pesquisador Luiz Fernando Ferreira e a outras personalidades importantes que atuaram na criação da Casa de Oswaldo Cruz, unidade técnico-científica dedicada à história, preservação e à memória da Fiocruz e da saúde”. Ele lembra que o evento, que seria realizado no mês de outubro, foi adiado em virtude do falecimento de Luiz Fernando, ex-presidente e pesquisador emérito da Fundação.  

Para José do Nascimento Júnior, assessor para assuntos de Memória e Patrimônio Museológico da COC e um dos organizadores do Fórum, o encontro vai permitir uma discussão conceitual, a partir de referências internas e externas. O objetivo é  favorecer os suportes, lugares e personagens que compõem a memória da instituição. “Vamos estimular estas discussões, integrando e fortalecendo todas as unidades da Fundação, construindo vínculos comuns e contribuindo para a valorização deste conjunto”, destaca. Elian complementa: "A expectativa é que o evento contribua para a reflexão, a partir de uma agenda formulada pelos diferentes atores, para estabelecer uma rede de parceiros que atuem no desenvolvimento de iniciativas de memória no âmbito da Fundação”. 

Nesta primeira edição, segundo Paulo Elian, o Fórum vai apresentar a diversidade de ideias que nortearam a criação do documento de referência Contribuição a uma Política de Memória Institucional da Fiocruz, elaborado pela COC. “Nesta perspectiva, a Fiocruz tem promovido um debate interno sobre a Política de Memória Institucional, que deve refletir e incorporar as diferentes visões e aspectos da Fundação, respeitando a diversidade e a complexidade da Fiocruz do século 21, dialogando também com os desafios do futuro”, ressaltou Paulo Elian.  

Confira a programação e participe!

 

Por Casa de Oswaldo Cruz (COC)

Publicado em 27/11/2018

Participe da cerimônia de premiação nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

Amanhã, dia 28/11, acontece a Cerimônia de Premiação Nacional da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além da condecoração dos premiados, vamos conhecer os seis trabalhos que receberão o título de Destaque Nacional. Na ocasião, o prêmio especial Ano Oswaldo Cruz, destinado a trabalhos que utilizaram recursos educacionais da Fiocruz, também será entregue a três escolas. O evento é aberto ao público e será no no Auditório do Museu da Vida (Av. Brasil, 4365 - Manguinhos, Rio de Janeiro).

Recordes, momentos olímpicos e alcance de objetivos

Destacando a importância dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) preconizados pelas Nações Unidas, a 9ª Obsma estimulou que os trabalhos abordassem de forma crítica e criativa temas da Agenda 2030 e obteve números recordes: entre 2017 e 2018, foram 1.228 trabalhos inscritos representando todos os estados brasileiros, contando com o envolvimento de 4.270 professores e 67.179 estudantes do ensino fundamental e médio. Nos últimos dois anos, a equipe do projeto também percorreu o país oferecendo 20 Oficinas Pedagógicas a professores de 13 estados com foco nas modalidades Projeto de Ciências, Produção de Texto e Produção Audiovisual.

No dia 26 de novembro, 70 professores e estudantes representantes de escolas de todas as regiões do país desembarcaram no Rio de Janeiro para participar da Semana de Premiação da Obsma. A Olimpíada promove um roteiro especial na cidade: os participantes que tiveram seus trabalhos sobre saúde e meio ambiente selecionados nesta edição, visitam a Fiocruz e seu belo Castelo Mourisco, além de espaços culturais como Museu de Arte do Rio (MAR) e o Centro Histórico.

Para a coordenadora nacional da Obsma, Cristina Araripe, os objetivos da 9ª edição foram plenamente alcançados. "Estamos felizes neste encerramento, porque conseguimos estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares em escolas públicas e privadas de todo o país, reconhecendo o trabalho de professores e alunos", diz. "Outro aspecto importante é fortalecer a cooperação entre diversas instituições ampliando a divulgação de ações governamentais em educação, saúde e meio ambiente", avalia.

E os vencedores são...

Saiba mais sobre as iniciativas no Portal Fiocruz.
Confira aqui a lista completa de trabalhos premiados na 9ª Obsma.

Programação cultural da Semana de Premiação da 9ª Obsma

26/11
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Atividade cultural na Praia Vermelha

27/11
Parque Nacional da Tijuca (ICMBio - Corcovado)
Museu de Arte do Rio
Rio de Janeiro Histórico - Cais do Valongo e Praça Mauá

28/11
Cerimônia de Premiação Nacional na Fiocruz
Conhecendo a Fiocruz com o Museu da Vida


Por Ascom/Obsma

Publicado em 18/10/2018

Pesquisadores da Fiocruz recebem título da Ordem Nacional de Mérito Científico

Os pesquisadores Celina Turchi (Fiocruz Pernambuco), Manoel Barral Netto (VPEIC e UNA-SUS) e Samuel Goldenberg (Fiocruz Paraná) receberam insígnias e diplomas da Ordem Nacional do Mérito Científico em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira, 17 de outubro, no Palácio do Planalto, em Brasília. A pesquisadora Antoniana Krettli (Fiocruz Minas) também foi condecorada.

O título é concedido a personalidades nacionais e estrangeiras que contribuíram e contribuem para a ciência e a tecnologia e se destacaram por sua atuação profissional. Ao todo, 85 profissionais da ciência, tecnologia e inovação foram condecorados, entre pesquisadores, professores, dirigentes de entidades e personalidades. A Fiocruz foi uma das instituições com mais agraciados. 

“As contribuições são de enorme importância para o país e reconhecer seus trabalhos é uma iniciativa que valoriza e promove a atividade científica. Hoje foram homenageados brasileiros ilustres que deram parte da sua vida em favor do desenvolvimento de bons projetos e boas ideias”, afirmou o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Santos Moreira, a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, e a diretora da Fiocruz Bahia, Marilda de Souza Gonçalves, estiveram presentes na solenidade. As condecorações foram entregues pelo presidente da República, Michel Temer, e por ministros de Estado. 

A premiação da Ordem Nacional de Mérito Científico está sendo retomada depois de cinco anos. Foram escolhidos cientistas com contribuição relevante nas áreas de ciências biológicas, físicas, da terra, agrárias, sociais, humanas, tecnológicas, química, matemática e engenharias. A categoria de personalidades nacionais ou estrangeiras é destinada a pessoas que não são cientistas que contribuíram para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.

O título é concedido em duas categorias: Grã-Cruz e Comendador. Os candidatos são indicados por instituições ligadas à ciência e avaliados por uma comissão técnica, formada por nove representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Confira as fotos da cerimônia


Saiba mais sobre o perfil e o trabalho dos pesquisadores homenageados

Antoniana Krettli foi promovida de Comendador para Grã-Cruz, na categoria Ciências Biomédicas. A pesquisadora atua no Laboratório de Malária Experimental e Humana do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas). Tem se dedicado aos testes de medicamentos e estudos sobre plantas medicinais relacionadas ao combate à doença e a estudos sobre a resposta imune na doença de Chagas.  Antoniana é graduada em Farmácia e Medicina, com mestrado e doutorado em parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fez pós-doutorado no Instituto Pasteur, Paris, com bolsa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Especialização no Centro de Imunologia da Universidade de Lousane (Suíça). Foi a primeira presidente mulher da Sociedade Brasileira de Imunologia, em 1987, e é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e consultora da Organização Mundial de Saúde no comitê “Research and Strengthening Group” desde 1992. Recebeu diversos prêmios e medalhas de honra de sociedades científicas, como a placa Women in Science Senior Award-I Edition of the Award e Honra ao Mérito Científico do Governo Federal e do Estado de Minas Gerais.

Celina Turchi recebeu o título de Comendador pelo estudo que relaciona a zika com a microcefalia. Para a pesquisadora, a Fiocruz é uma instituição que agrega diversos cientistas, dá espaço e tem a perspectiva de montagem de redes de pesquisa e projetos interinstitucionais, que facilitam e avançam na produção de conhecimento, principalmente em momentos de emergência e de crise. “É uma instituição enérgica e proativa em resolver problemas de saúde pública, que tem essa visão de produção de conhecimento para redução de desigualdades, por isso merece continuidade. Fui acolhida pela Fiocruz Pernambuco, à sou muito grata, e estou representando as redes de pesquisadores”, completou.

Celina Turchi coordena o Grupo de Pesquisa de Epidemia da Microcefalia, em Recife (PE), com projetos de pesquisa na área de infecção pelo vírus Zika. A pesquisadora entrou para a história da medicina brasileira e acumula grandes conquistas em seu currículo. Em 2016, entrou na lista das dez mais importantes cientistas pela revista Nature e no ano seguinte foi eleita como uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time. Recebeu outros prêmios como o Péter Murányi 2018, edição Saúde, o prêmio Faz Diferença do jornal O Globo, a Medalha Mietta Santiago, concedida pela Secretaria da Mulher e pelo Presidente da Câmara dos Deputados, além da concessão de professora emérita da Universidade Federal de Goiás e do Título de Cidadã de Pernambuco.

Manoel Barral Netto foi promovido de Comendador para Grã-Cruz, na categoria Ciências Biomédicas. Para ele, o agraciamento é um reconhecimento do trabalho que envolve fazer pesquisa e trabalhar na gestão de pesquisa. “A Fiocruz, entre os agraciados, teve um número importante de participações, um título de comendador e três Grã-cruz. Foi uma das instituições que mais teve representação na solenidade. Ninguém trabalha em pesquisa fora de uma instituição. Além de um reconhecimento de mérito, é um reconhecimento institucional”, afirmou.

Manoel Barral é membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, sendo seu atual presidente, e membro da American Society of Tropical Medicine and Hygiene. É consultor do CNPq e da Finep e membro do Comitê Assessor da Capes para as áreas de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia. Foi diretor do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), é vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e secretário executivo da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Recebeu um dos prêmios Unesco-Guiné Equatorial de Pesquisa em Ciências da Vida 2015 pelos trabalhos sobre a leishmaniose e a malária.

O pesquisador atuou também na Universidade Federal da Bahia, como Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e diretor da Faculdade de Medicina da Bahia. Consolidou a formação de um grupo de pesquisa sobre a imunorregulação das infecções experimentais e humanas por parasitas do gênero Leishmania, estudou e publicou trabalhos também na área de toxicologia e imunologia de venenos. Uma colaboração com a Universidade Cornell deu origem a uma série de trabalhos fundamentais em imunologia das leishmanioses humanas, publicados em jornais e revistas internacionais. Estes estudos transformaram o grupo de imunologia de leishmanioses da UFBA num dos principais centros de pesquisa mundial no tema. 

Samuel Goldenberg também foi agraciado com o título Grã-Cruz. Para ele, a importância do prêmio é o reconhecimento do trabalho que tem sido feito há 35 anos em prol da ciência e da saúde do Brasil. “O título mostra a qualidade do trabalho feito e a importância da Fiocruz, visto por outros avaliadores da atividade científica. Fico muito feliz porque é o reconhecimento do trabalho. Apesar de todas as dificuldades que temos, de todos os empecilhos que encontramos no dia a dia para fazer ciência no Brasil, ainda é possível fazer”, completou.

Samuel é pesquisador do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná). Graduado e mestre em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília, contribuiu também para o estudo de genes do protozoário Trypanosoma cruzi, que levou ao desenvolvimento de um kit de diagnóstico para doença de Chagas. Este kit foi considerado como de excelência pela Organização Mundial da Saúde e resultou na primeira patente internacional da Fiocruz e na outorga do Prêmio Governador do Estado Invento Brasileiro em 1993. Goldenberg participou do desenvolvimento do primeiro micro-array (biochip) contendo genes do T. cruzi, abrindo um importante caminho para os estudos de genômica funcional deste parasita. 

Foi coordenador da implantação da Fiocruz no Paraná, diretor do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e diretor do Instituto Carlos Chagas.  Foi presidente da Sociedade Brasileira de Protozoologia e da Sociedade Brasileira de Genética. Tem uma vida acadêmica extensa, formando 19 doutores. Foi citado em artigos mais de 4600 vezes, tem 144 artigos publicados e sete capítulos de livros. O biólogo recebeu o prêmio Almirante Álvaro Alberto e a Medalha Samuel Pessoa da Sociedade Brasileira de Protozoologia (SBPz). Foi agraciado com duas Ordens Nacionais do Mérito, na classe Comendador: Científico e Médico. É membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Diagnóstico em Saúde Pública.

Por Nathállia Gameiro (Fiocruz Brasília) | Texto e fotos

Publicado em 01/10/2018

Fiocruz divulga vencedores do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018

Concedido pela Presidência da Fiocruz, sob a coordenação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses reconhece o mérito de trabalhos de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais. A cerimônia de premiação ocorrerá em 15 de outubro, das 14h às 17h, na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no Campus de Manguinhos.

Confira as teses premiadas e menções honrosas

Na área de Medicina, Veronica Elizabeth Mata foi a vencedora com a tese Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocromatográficos com NS1 para detecção de dengue, orientada por Sonia Regina Lambert Passos e Carlos Augusto Ferreira Andrade, do Programa de Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro chagas (INI). A menção honrosa foi para Thaís Faggioni, com a tese O ensino de imunologia em algumas escolas médicas brasileiras: proposição de novas estratégias utilizando tecnologias da comunicação e informação, orientada por Luis Anastácio Alves, do Programa de Ensino de Biociências e Saúde, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Em Saúde Coletiva, Aderita Ricarda Martins de Sena teve a tese premiada. Com o tema Seca, vulnerabilidade socioambiental e saúde: impactos no Semiárido Brasileiro, o trabalho foi orientado por Christovam Barcellos e Carlos Machado de Freitas, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação científica e Tecnológica em Saúde (Icict). A menção honrosa foi para Ana Paula Azevedo Hemmi, com a tese Participação em construção de políticas de saúde: o caso da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, orientada por Tatiana Wargas, do Programa de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp).

Já na área de Ciências Biológicas aplicadas à Saúde e Biomedicina, Carolina Araújo Moraes, autora da tese Investigação do Papel da Microglia na Disfunção Sináptica na Sepse foi a escolhida. O trabalho foi orientado por Fernando Bozza, do Programa de Biologia Celular e Molecular do IOC. Gabriela de Azambuja Garcia receberá a menção honrosa pelo trabalho O papel da resistência a Inseticidas e da densidade de Aedes Aegypti na disseminação da Wolbachia em populações nativas do Rio de Janeiro, Brasil, sob orientação de Rafael Maciel de Freitas e Daniel Vilella, do Programa de Biologia Parasitária do IOC.

Finalizando a lista dos agraciados pelo Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018, na área de Ciências Humanas e Sociais, Viviane Santos de Oliveira Veiga teve a tese A percepção dos pesquisadores portugueses e brasileiros da área de Neurociências quanto ao compartilhamento de artigos científicos e dados de pesquisa no acesso aberto verde: custos, benefícios e fatores contextuais premiada, sob orientação de Cícera Henrique da Silva e Paulo Roberto Borges, do Programa de Informação e Comunicação em Saúde, do Icict. A menção honrosa foi para Bianca Della Líbera da Silva, com a tese Um mundo sem barreiras: estudantes com deficiência visual discutindo saúde nas mídias sociais, orientada por Claudia Jurberg, do Programa de Ensino em Biociências e Saúde, do IOC.

 

Por CCS/Fiocruz | Foto: Arquivo Fiocruz

Publicado em 16/10/2018

Pesquisadores da Fiocruz serão homenageados com a Ordem do Mérito Científico

Em reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) realizada em Brasília, em agosto, foi divulgada a lista de novos membros da Ordem Nacional do Mérito Científico e a dos que foram promovidos de classe. A Ordem Nacional do Mérito Científico é uma ordem honorífica concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no país. Entre os homenageados estão três pesquisadores da Fiocruz que figuravam na classe Comendador e foram promovidos para a Grã-Cruz: Antoniana Krettl, Manoel Barral Netto e Samuel Goldenberg (os três na categoria Ciências Biomédicas). A pesquisadora Celina Turchi, também da Fiocruz, foi admitida na classe Comendador (Ciências da Saúde). A entrega das insígnias e do diploma ocorrerá amanhã, dia 17 de outubro.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) abriu prazo para indicações de candidatos no último mês de fevereiro. Durante 30 dias, diversas instituições ligadas à ciência puderam indicar nomes de candidatos. Em abril, uma comissão técnica, formada pelo MCTIC, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) reuniu-se no Rio de Janeiro para avaliar o mérito de todas as indicações e emitir um parecer para o Conselho da Ordem.

Manoel Barral Netto, atual vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, é consultor do CNPq e da Finep e membro do Comitê Assessor da Capes para as áreas de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia. Entre 1993 e 1997, foi membro do Comitê Assessor de Imunologia de Micobactérias da OMS. Foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA (1992-1993). É atualmente membro titular do Comitê Assessor de Ciências Biológicas do CNPq, representando a área de Imunologia, tendo coordenado o Comitê Assessor do CNPq em 1996 e 1997. Manoel Barral Netto tem 9 capítulos publicados em livros especializados, e cerca de 80 trabalhos completos, publicados em revistas científicas internacionais, de alto índice de impacto, de 1982 a 1997. É membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, sendo seu atual presidente, e membro da American Society of Tropical Medicine and Hygiene.

Formou-se em 1976 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Teve o seu interesse pela pesquisa científica na área da Imunologia Humana originado pela sua formação inicial em Patologia Humana e depois em Imunopatologia, ligado ao grupo de patologia baiano liderado por Zilton Andrade. Logo após a residência médica em Patologia, Manoel Barral Netto passou o período de 1979-1981 obtendo treinamento avançado em imunoparasitologia no Laboratory of Parasitic Diseases dos NIH, onde produziu trabalhos científicos na área de imunologia da esquistossomose humana. No seu retorno, reuniu-se a pesquisadores da UFBA (Edgar Carvalho e Roberto Badaró) interessados no estudo imunológico e epidemiológico das leishmanioses humanas, endêmicas no estado da Bahia. Manoel Barral Netto ingressou no quadro docente da UFBA em 1984, permanecendo até hoje ligado à Faculdade de Medicina. Paralelamente, seguiu carreira de pesquisador no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, da Fiocruz Bahia, chegando em 1996 ao cargo de pesquisador-titular da instituição. Uma colaboração entre o seu grupo de pesquisa e a Universidade Cornell deu origem a uma série de trabalhos fundamentais em imunologia das leishmanioses humanas. Estes estudos transformaram o grupo de imunologia de leishmanioses da UFBA num dos principais centros de pesquisa mundial no tema. Em 1991, Manoel Barral Netto realizou um estágio “senior” no Seattle Biomedical Research Institute, em Washington. Neste período, e colaborando com Steven G. Reed, descreveu o papel da citocina TGF-b como mecanismo de escape de parasitas do gênero Leishmania da resposta imune do hospedeiro, em publicações que se tornaram citações mandatórias na sua área de atuação.

Graduada pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da UFMG em 1965, Antoniana Krettl cedo se interessou pela pesquisa participando do Departamento de Parasitologia. Seus trabalhos iniciais foram em malária, biologia, epidemiologia e quimioterapia experimental. A partir do seu estágio no exterior, em 1972-74 (New York University Medical School), interessou-se pela imunologia e ao retornar prosseguiu estudando a resposta imune na malária e iniciou, em paralelo, estudos sobre a resposta imune na doença de Chagas. Foi pioneira no cultivo contínuo do Plasmodium falciparum, agente da terçã maligna humana, usado em testes de antimaláricos a partir de plantas da Amazônia, estimulando vários grupos de químicos a fracionar extratos de plantas ativas em busca de um novo antimalárico. Seus estudos incluem ainda pacientes expostos à transmissão da malária na área endêmica ou em novos focos de transmissão, definindo o perfil imunológico da resposta anti-esporozoíta nestes pacientes, visando futuros projetos de vacinação.

Orientou dezenas de estagiários, bolsistas de iniciação científica, de aperfeiçoamento e técnicos, sendo o convênio entre a UFMG e a Fiocruz (Laboratório de Malária do Instituto Oswaldo Cruz) facilitador desse fluxo de pesquisadores. É consultora da Organização Mundial de Saúde no comitê Research and Strengthening Group desde 1992 e membro do Corpo Editorial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz ad hoc de várias outras revistas científicas, no país e exterior. Decidida a se aprofundar no estudo de duas patologias humanas importantes no Brasil, cursou Medicina pela UFMG depois de estar aposentada como professora-titular. Foi ainda a primeira mulher no Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFMG) nesse nível, tendo concorrido com outros quatro candidatos e se classificando em primeiro lugar, com nota máxima. 

Samuel Goldenberg, atualmente pesquisador do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), teve sua formação em Biologia Molecular na Universidade de Brasília onde se graduou em 1973 e concluiu o mestrado em 1975, tendo sido sua tese a primeira do Programa de Biologia Molecular da UnB. Concluiu seu doutoramento (Doctorat dÉtat ès Sciences) em 1981 na Universidade de Paris VII, sob orientação de Klaus Scherrer. De regresso ao Brasil em 1982, passou a integrar o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz), tendo exercido a chefia do mesmo de 1985 a 1989. Na Fiocruz iniciou o estudo dos mecanismos de regulação da expressão gênica durante a diferenciação do Trypanosoma cruzi. Como parte desses estudos, foi desenvolvido um meio quimicamente definido (meio TAU) que permite o estudo in vitro do processo de diferenciação que ocorre no interior do inseto vetor da doença de Chagas. Outra importante contribuição foi o estudo de genes de T. cruzi clonados em seu laboratório e que apresentam uma estrutura contendo epítopos repetidos; as pesquisas levaram ao desenvolvimento de um kit de diagnóstico para doença de Chagas utilizando antígenos recombinantes. Este kit foi considerado como de excelência pela Organização Mundial da Saúde e o desenvolvimento do mesmo resultou na primeira patente internacional da Fiocruz e na outorga do Prêmio Governador do Estado Invento Brasileiro em 1993. Goldenberg participou do desenvolvimento do primeiro micro-array (biochip) contendo genes do T. cruzi, abrindo um importante caminho para os estudos de genômica funcional deste parasita.

Celina Turhci, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco, graduou-se em Medicina (1981) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), tem mestrado em Epidemiologia pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e doutorado em Saúde Pública (1995) pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de epidemiologia das doenças infecciosas. Dentre os prêmios e títulos recebidos, destacam-se Honra ao Mérito (1994) concedida pela Academia Goiana de Medicina; Destaque na área de Saúde (2003) concedido pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia; Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera (2007), concedida pelo Governo de Goiás; Eleita entre as dez personalidades mais influentes no ciência pela revista Nature (2016); Medalha do Mérito Heroínas do Tejucupapo (2017), concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi eleita entre as 100 pessoas mais influentes pela revista Time (2017) pelo fundamental papel que teve na descoberta da relação entre a microcefalia e o vírus da zika. Para realizar os estudos que colaboraram com a descoberta da relação entre o virus da zika e a microcefalia, a pesquisadora organizou uma força-tarefa de cientistas do mundo todo, entre epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras, neurologistas e biólogos especializados em reprodução.

 

Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

Publicado em 19/09/2018

Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018: confira a relação final de teses premiadas e menções honrosas

Acaba de sair a relação final de teses premiadas e menções honrosas do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018. 

A premiação, concedida pela Presidência da Fiocruz, reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.

Parabéns a todos!

Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz

Publicado em 01/08/2018

Confira a lista de inscrições homologadas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018

Saiu a lista de candidatos com inscrições homologadas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.

Concedida pela Presidência da Fiocruz, a premiação reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.

Para ler o regulamento do processo seletivo e acompanhar o cronograma do prêmio, acesse o edital.

*Lista atualizada no dia 8 de agosto de 2018 com a inclusão de mais uma candidata. ​

Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz |

Publicado em 03/05/2018

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018, concedido pela Presidência da Fiocruz. Com o objetivo de distinguir teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação da Fiocruz, a premiação contemplará uma tese para cada uma das seguintes áreas: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.

Podem se inscrever, até o dia 18 de junho, autores de teses defendidas entre os meses de maio de 2017 e abril de 2018 nos cursos da Fiocruz, e cursos em que a Fiocruz participa de forma compartilhada, desde que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGEd). Não há restrição ao número de concluintes de cada curso para inscrição.

Para mais informações, acesse o edital.  

 
 
Publicado em 16/04/2018

Pesquisadora da Fiocruz se torna primeira brasileira a ganhar o Prêmio Christophe Mérieux 2018

A pesquisadora chefe do Laboratório de Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), Patrícia Brasil, se tornou a primeira cientista do Brasil a vencer o Prêmio Científico Christophe Mérieux 2018, promovido pela Fondation Christophe et Rodolphe Mérieux e pelo Institut de France para apoiar a pesquisa de doenças infecciosas em países em desenvolvimento. A premiação que reconhece a trajetória acadêmica da cientista e a relevância de seu projeto: A história natural da infecção por zika durante a gestação é exclusivamente para pesquisadores na área de doenças infecciosas em países em desenvolvimento. A cerimônia acontecerá no dia 30 de maio, no Coupole do Palais de L’Institut de France, em Paris. Patrícia também é a segunda sul-americana e a quarta mulher a conseguir tal honraria.

Para concorrer ao prêmio, todos os candidatos enviaram um dossiê para comissão julgadora. Ele deve conter seu currículo como pesquisador líder do grupo, suas realizações anteriores,o projeto de pesquisas, a lista das dez publicações científicas mais relevantes, razões que justificassem a candidatura e duas cartas de recomendação de instituições externas. 

Trajetória de sucesso

Patrícia Brasil estudou medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em seguida, fez residência médica em doenças infecciosas e parasitárias no Hospital do Servidores do Estado de Minas Gerais e doutorado em Biologia Parasitária no Instituto Oswaldo Cruz. Em 1992 foi para Paris, através do Programa de Cooperação em AIDS entre Brasil e França, para ser treinada no diagnóstico de doenças oportunistas e micológicas em HIV, e trabalhou durante um ano no Laboratório de Parasitologia et Micologia do Hospital Saint Louis. Em Paris seguiu também Curso de Patologia e Imunologia Parasitária, correspondente ao mestrado, na Université Paris VI. De volta ao Rio de Janeiro, retomou sua carreira como infectologista do Instituto Estadual de Infectologia de São Sebastião, Rio de Janeiro (1993-2004). Em 2006 ingressou na Fiocruz como Pesquisadora em Saúde Pública no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde desenvolveu o Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas (DFA), e coordena uma equipe de especialistas, em projetos financiados por agências internacionais e brasileiras, com foco em medicina tropical, na vigilância de doenças febris agudas emergentes e re-emergentes e no desenvolvimento de protocolos clínicos e treinamento de profissionais da saúde.

Nos últimos nove anos, sua principal área de pesquisa tem sido doenças febris agudas (DFA), com grande parte dos estudos centrados em dengue e malária até 2015, quando foi identificada uma epidemia de uma nova doença exantemática, posteriormente identificada como a infecção pelo vírus Zika. Ao mesmo tempo, uma coorte prospectiva para a vigilância da dengue em pares de mães e bebês, estabelecida desde 2012 em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Seu estudo foi adaptado para possibilitar também o rastreamento da infecção pelo vírus zika, devido à hipótese de associação entre o surto de zika e o surto de microcefalia no nordeste, no final de 2015. Esta coorte permitiu iniciar um estudo prospectivo de arboviroses, cuidadosamente conduzido nessa população, dando origem à principal linha de pesquisa à que se dedica na atualidade.

Fonte: Portal Fiocruz

Páginas

Subscrever RSS - premiação