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Publicado em 21/06/2024

Sextas celebra 80 anos de Chico Buarque

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia Chico Buarque e seus 80 anos. A canção "O que será" foi escrita em 1976 para o filme Dona Flor e seus dois maridos. A música transborda todo sentimento que não tem cura, medida ou limite. É o amor que não tem certeza, conserto, tamanho, decência, censura, sentido, governo, vergonha nem juízo.

É Chico, compositor do Brasil.

 

 

#ParaTodosVerem Foto de um homem e uma mulher de pele negra, o foco da foto está nos perfis dos rostos das duas pessoas, que estão próximos. O homem está de olhos fechados e a mulher possui sardas no rosto. No centro da foto, um trecho da música “O que será (À flor da Terra)” de Chico Buarque: 

 

O que será que será 

Que andam suspirando pelas alcovas 

Que andam sussurrando em versos e trovas 

Que andam combinando no breu das tocas 

Que andam nas cabeças, anda nas bocas 

Que andam acendendo velas nos becos

Que estão falando alto pelos botecos 

Que gritam nos mercados que com certeza 

Está na natureza, será que será 

O que não tem certeA, nem nunca terá 

O que não tem tamanho ….

Publicado em 14/06/2024

Sextas aborda os amores em suas mais diversas formas em homenagem ao Dia dos Namorados

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia o Dia dos Namorados. O poema trazido nesta semana é um trecho da música 'Interessante e obsceno', que dá nome ao segundo álbum do cantor e compositor pernambucano Martins. Lançado recentemente, em agosto de 2023, o trabalho fala essencialmente sobre os amores e as relações amorosas em suas mais diversas formas.

Segundo Martins, em entrevista à Revista Continente, da Companhia Editora de Pernambuco, "a música é um xote cujo título se insinua, mas, na verdade, o que nos interessa é o que está sendo dito, em uma delicadeza e sagacidade poéticas que são a tônica do álbum. É uma música que, ao mesmo tempo, tem uma graça sensual – “por isso que eu desejo pra você a Lua em Libra / a língua em Vênus” – , mas é uma coisa quase existencial. É um conselho que você dá pra quem gosta, que necessariamente não é uma pessoa que você se relaciona amorosamente, pode ser um amigo, mas pode ser também uma relação romântica... então, essa canção puxa todas as outras canções, no sentido de “falar pra alguém”.

Essa canção foi a primeira a ser composta para o disco, na primeira semana de “lockdown” causado pela pandemia de Covid-19 aqui no Brasil.

*com informações de Revista Continente

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto da sombra de duas pessoas em pé, uma ao lado da outra, com o fundo alaranjado, no canto esquerdo do banner um trecho da música "Interessante e Obsceno" de Martins:
Que a gente não espere do amor,
o que nos faz pequenos

Por isso que eu desejo para você a lua
em libra e a língua em vênus

Que a gente possa se 
reconhecer num dia
lindo, num dia ameno

Eu vim aqui só
pra te entender

E pôr em ordem o
que é fundamental 

Por isso que eu
desejo pra você
um Sol intenso
e um quintal

Que os passarinhos
vão nos receber

Publicado em 07/06/2024

Paulo Leminski é homenageado com haicai no Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

Hoje faz 35 anos da morte de Paulo Leminsky. O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao poeta com um haicai: "o tempo, entre o sopro e o apagar da vela". 
E nesse curto espaço temos a vida vivida, sonhada, às vezes doída, por muito amada e sempre muito sentida. Mistério e redenção. Vida.

Leminski foi crítico literário, tradutor, e um dos mais expressivos poetas de sua geração. Influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai.

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem: Foto em preto e branco de uma planta chamada dente-de-leão em primeiro foco, suas pétalas estão voando. Ao lado esquerdo da foto, um trecho do livro "Toda Poesia" , de Paulo Leminski:
O tempo
entre o sopro
e o apagar da vela

Publicado em 31/05/2024

Sextas de Poesia traz a resistência de Ana Cristina Cesar em "Fagulha"

Autor(a): 
Ana Furniel

Burlar os paradigmas das opiniões, revivendo, remetendo a arte a uma perspectiva de resistência. É o que se pode experimentar através da leitura de textos como este, de Ana Cristina Cesar, no qual o desejo de perder-se, no aberto de possibilidades que o devir do fora representa, é capaz de nos arrebatar para um espaço ao mesmo tempo tão distante e tão próximo de nós.

O poema Fagulha compõe o livro "Ao teus pés", que é o primeiro e único livro de poemas que Ana Cristina Cesar lançou em vida por uma editora, em 1982. Além de material inédito, a obra reunia os três breves volumes que a autora havia publicado entre 1979 e 1980 em edições caseiras: Cenas de abril, Correspondência completa e Luvas de pelica. Desafiando o conceito de "literatura feminina" e dissolvendo as fronteiras entre prosa, poesia e ensaio, o eu lírico e o eu biográfico, Ana logo chamou a atenção de críticos como Heloisa Buarque de Hollanda e Silviano Santiago. Além de poeta, Ana Cristina Cruz Cesar foi tradutora, e é considerada um dos principais nomes da geração mimeógrafo da década de 1970. 

*com informações de Companhia da Letras
 

#ParaTodosVerem Foto com sobreposição de diversos papéis de cartas escritas à mão, uma folha sobre a outra. Ao lado direito da imagem, um trecho do poema Fagulha de Ana Cristina Cesar, do livro "A teus pés":
 
Abri curiosa
o céu.
Assim, afastando de leve as cortinas...

Eu queria
apanhar uma braçada
do infinito em luz que a mim se misturava...

Eu queria
ao menos manter descerradas as cortinas
na impossibilidade de tangê-las

Eu não sabia
que virar pelo avesso
era uma experiência mortal.

Publicado em 24/05/2024

Sextas de Poesia fala sobre materialidade e existência com Jorge de Lima

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas desta semana traz o poeta alagoano Jorge de Lima, que foi escritor e romancista. Com o trecho do poema "entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço", o autor nos fala sobre materialidade e existência. Existir é uma potencialidade que se concretiza no tempo e no espaço, entre a flor e a raiz, fortaleza e cansaço.

Jorge Lima nasceu em abril de 1893 em União dos Palmares, Alagoas. Iniciou sua carreira como escritor, mas nos anos de 1920, sua poesia marcou-se pelo prosaísmo, pela incorporação da cultura popular e do elemento afro-brasileiro. Na década de 1930, junto com Murilo Mendes, publicou o livro Tempo e Eternidade, marco na obra de ambos. A maior e mais importante parte de sua obra vem a partir daí, da temática surrealista, religiosa, e que envolve também romance e pintura.

 

#ParaTodosVerem Foto de uma rua com árvores de folhagem alaranjada, atrás das árvores um muro com desenhos em cores claras e escuras, bege, amarelo-claro, verde e cinza, os desenhos formam edifícios e morros. No centro da foto está um trecho do poema do poeta alagoano Jorge de Lima, "entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço"

"... que entre raiz e flor há um breve traço:

o silêncio do lenho, - quieta liça

entre a raiz e a flor, o tempo e o espaço

Publicado em 10/05/2024

Sextas de Poesia presta homenagem às mães com Caetano Veloso

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia essa semana faz uma homenagem às mães, seja por escolha, amor, barriga, afinidade ou destino.
No texto de hoje, Caetano Veloso nos mostra todo o sentimento que carrega esse "ser mãe", o querer proteger, preparar para a vida e "dar ao mundo".

Feliz Dia das Mães!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, no topo fotos de diversas mães com seus filhos, um grupo de mulheres de diferentes raças, etnias e idades, sorrindo e beijando os seus filhos. Embaixo das fotos, um verso de Caetano Veloso:
Minha mãe me deu ao mundo
De maneira singular
Me dizendo uma sentença
Pra eu sempre pedir licença
Mas nunca deixar de entrar

Publicado em 03/05/2024

Sextas homenageia trabalhadoras e trabalhadores com "Canto do Trabalhador"

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem: aos trabalhadores e trabalhadoras pelo 1° de maio, e ao poeta, compositor e músico Paulo César Pinheiro com a canção "Canto do trabalhador" de sua autoria em parceria com João Nogueira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Pintura com tons amarelos e laranja, há dois homens, os dois vestem calças escuras, blusas brancas de mangas compridas,
 e usam chapéus de palha, um deles tem uma bolsa nos ombros, ele observa o outro homem trabalhar com a enxada, o segundo homem está fincando a enxada no chão. 
No centro do banner, o trecho de "Canto do Trabalhador", composição Paulo César Pinheiro e João Nogueira:
Vamos trabalhar sem fazer alarde
Pra pisar com força o chão da cidade
A vida não tem segredo
É só acordar mais cedo
É só regar, pra alimentar o arvoredo
Por essa luta eu não retrocedo
Pra ver toda a mocidade
Com os frutos da liberdade
Escorrendo de entre os dedos
Que é para enterrar de uma vez seus medos...

Publicado em 26/04/2024

Sextas de Poesia traz Manuel Bandeira com O Último Poema

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Manuel Bandeira com "O último poema". Num recorte onde o definitivo poema não finda uma poética, e, sim, a restabelece ao contexto das ficcionais despedidas, o autor encena a melancolia no adiamento de sua ida… para a qual nunca foi, na verdade.

Manuel Bandeira foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Fez parte da primeira geração modernista no Brasil. Com uma obra recheada de lirismo poético, Bandeira foi adepto do verso livre, da língua coloquial, da irreverência e da liberdade criadora. Os principais temas explorados pelo escritor são o cotidiano e a melancolia.

 

 

*Com informações do blog Vício Velho.

#ParaTodosVerem Banner com fundo preto e a foto de Manuel Bandeira na parte inferior do banner, um senhor com cabelos curtos escuros, usa óculos de armação quadrada, veste uma blusa com gola e mangas compridas com linhas brancas, está sentado digitando em uma máquina de escrever, há livros atrás da máquina. A foto é em preto e branco.

No topo do banner um poema de Manuel Bandeira, O último poema:

Assim eu quereria

meu último poema

Que fosse terno dizendo

as coisas mais simples

e menos intencionais

Que fosse ardente como um 

soluço sem lágrimas...

Publicado em 19/04/2024

Sextas de Poesia celebra Dia dos Povos Indígenas

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos povos indígenas, neste dia de luta que se tornou o 19 de abril. E comemora com muita esperança e alegria a recente posse de Ailton Krenak como o mais recente Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Ailton Alves Lacerda Krenak é um líder indígena, ambientalista, filósofo, poeta, escritor brasileiro da etnia indígena krenak e, agora, ocupante da cadeira de número 5 da ABL. 

Em seu discurso de posse, realizado em 5 de abril de 2024, ele lembra Mario de Andrade ao falar sobre seu lugar e, com toda força, afirma ser apenas um mas representar "305 povos, que nos últimos 30 anos do nosso país passaram a ter a disposição de dizer: 'Estou aqui’" . Isso nos lembra uma outra poeta indígena, Myrian Krexu, que afirma que o indígena "não está apenas na aldeia tentando sobreviver, ele está na cidade, na universidade, no mercado de trabalho, na arte, na televisão, porque o Brasil todo é terra indígena". 

Agora, eles também estão na ABL. Um momento para se orgulhar e que traz muita esperança na luta dos povos indígenas!

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com a foto de um homem de meia idade indígena, vestindo uma toga verde com bordado de ramos dourados, ele possui cabelos grisalhos e está com uma faixa com cores claras amarrada na cabeça, está sorrindo. Na foto está escrito o discurso de posse de Ailton Krenak, na academia brasileira de letras (ABL) em abril de 2024:
'Será que nessa
cadeira cabem 300?'.
Como dizia Mario de 
Andrade, eu sou 300.
Eu não sou mais do que um, mas eu
posso invocar mais do que 300.
Nessa caso, 305 povos, que nos últimos
30 anos do nosso país, passaram
a ter a disposição de dizer:
"Estou aqui".
Sou guarani, sou xavante, sou caiapó,
sou yanomami, sou terena".

Publicado em 12/04/2024

Sextas de poesia traz Silvia Plath e sua angústia pelo amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz um poema de Silvia Plath, poeta norte-americana e uma das escritoras mais celebradas do Ocidente, ainda que só tenha sido alçada a esse posto após cometer suicídio em 1963. 

Neste poema, que é parte de Olmo, do livro Ariel, Silvia faz da busca do amor um grito.

Suas principais obras são as coletâneas The Colossus and Other Poems (1960, sem tradução em português), Ariel (1965) e o romance autobiográfico A Redoma de Vidro, publicado logo após sua morte. O suicídio fez dela, que era apenas uma jovem de 30 anos, um mito. A escritora, que narrava de forma contundente a condição feminina, apresentou talento precoce para a palavra aliado a um temperamento melancólico.

 

#ParaTodosverem Foto de um mar revolto com ondas batendo e um céu amarelado com o sol entre nuvens, no canto esquerdo da foto há uma mulher loira vestindo um sobretudo claro e óculos escuros, ela está no mar segurando um guarda chuva preto com a mão esquerda.
No centro da foto um treco do poema Olmo do livro ARIEL, da autora Sylvia Plath, tradução de Maria Fernanda Borges, edição Relógio D'Água:
Sou habitada por um grito
Noite após noite bate as asas
Procurando com as garras
algo para amar...

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