Na última semana (4/4), o Instituto Nacional de Saúde de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) promoveu o evento Construir a intersetorialidade para promover a saúde: o que existe e o que podemos fazer para melhor atender às crianças e famílias afetadas pelo zika. A proposta foi trocar conhecimentos sobre o tema, a fim de promover ações intersetoriais de atenção das crianças com condições crônicas de saúde, com ênfase na Síndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ).
Três anos após a epidemia, os usuários e suas famílias continuam a lutar por acesso à saúde numa concepção integral. Entre suas diversas necessidades, destacam-se: serviços de reabilitação, medicamentos anticonvulsivantes, cadeira de rodas, suplementos nutricionais, entre outros, assim como o acesso aos direitos sociais de modo geral.
Segundo a organizadora do evento e assistente social do IFF/Fiocruz, Alessandra Gomes Mendes, o adoecimento crônico na infância incide de forma dramática no orçamento das famílias. Assim, um dos familiares — quase sempre a mãe — tem que deixar o mercado de trabalho para prover os cuidados necessários, o que também inclui peregrinar em busca de serviços e direitos. “Essa mulher acaba por perder direitos trabalhistas e previdenciários e muitas dessas famílias não conseguem sequer se inserir no Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto pela Lei Orgânica de Assistência Social, de 1993, dados os critérios restritivos de renda previstos pelo benefício”, afirma. Neste sentido, Alessandra ressalta também a urgência de discutir as relações entre gênero e cuidado, uma vez que é a mulher, na maioria dos casos, a responsável pela criança com condição crônica.
O objetivo do evento foi aproximar pessoas e promover o diálogo, visando construir a atenção a essas crianças no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa contou com a participação de representantes de Secretarias Estaduais de Saúde, Assistência Social e Educação, Ministério Público, associações de mães e pesquisadores.
Curso livre e gratuito
Entre as várias ações da Fiocruz para ampliar a atenção a crianças em condições crônicas, está disponível o curso Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e Storch.
Gratuito, livre e à distância, o curso pode ser acessado até o dia 19 de setembro. A formação visa qualificar profissionais de saúde que atuam em atenção primária ou Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que estejam aptos a apoiar crianças com alterações motoras relacionadas às infecções virais Zika e Storch.
Trata-se de uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de Atenção a Saúde e de Vigilância em Saúde, em parceria com a Fiocruz Pernambuco, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o IFF/Fiocruz e o Campus Virtual Fiocruz.
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O curso de especialização em monitoria de ensaios clínicos está com inscrições abertas, até 11 de abril, para o processo seletivo da turma de 2019. A iniciativa é do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), em parceria com a Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz). O objetivo do curso é formar profissionais especialistas em monitoria de ensaios clínicos, qualificando-os para atuar em projetos de pesquisa clínica para saúde pública.
Os candidatos devem ser profissionais com ensino superior completo, preferencialmente em Ciências da Saúde, e ter experiência prévia em pesquisa clínica. No total, há quatro vagas. A Plataforma de Pesquisa Clínica da VPPCB oferecerá bolsa de estudos no valor de R$ 1.200, num período máximo de seis meses.
As aulas serão ministradas entre os dias 20 de maio e 20 de novembro.
Acesse as informações aqui no Campus Virtual Fiocruz e inscreva-se.
Quando crescer eu quero ser... cientista! A 5ª edição do curso de extensão Meninas com Ciência está com inscrições abertas até o dia 25 de março. O projeto é uma realização das mulheres do Departamento de Geologia e Paleontologia (DPG), do Museu Nacional/UFRJ.
O curso acontece duas vezes ao ano e é composto por oficinas que abordam a presença de mulheres nas áreas de Geologia e Paleontologia. É ministrado por pesquisadoras, técnicas e pós-graduandas do DGP, para meninas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental (de 11 a 15 anos).
Após a inscrição, a seleção das participantes é feita por sorteio e o resultado será divulgado no site da extensão. Este ano, as atividades acontecem nos dias 11/5 e 18/5, na sede do Museu Nacional/UFRJ, no Rio de Janeiro.
As alunas selecionadas no sorteio irão participar de oficinas, recheadas de atividades lúdicas e educativas sobre reconhecimento de minerais, rochas, meteoritos, fósseis de plantas e animais. A intenção é que elas pensem, discutam e, principalmente, "botem a mão na massa". Confira, na íntegra, os nomes das oficinas e os assuntos que tratam:
Para dúvidas e mais informações, escreva para meninascomciencia@mn.ufrj.br.
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Mais de 300 profissionais manifestaram interesse em fazer parte das novas turmas de residência multiprofissional da Fiocruz Brasília. Desses, 24 foram aprovados nos processos seletivos realizados recentemente e vão se especializar em Saúde da Família com ênfase na População do Campo, outros 15 em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde e ainda, nove em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. O grupo de 48 residentes esteve na instituição nesta quinta-feira, 7 de março, para a Aula Inaugural dos Programas, que contou com a palestra do assessor da Escola Fiocruz de Governo Armando Raggio.
O docente apresentou o papel das residências multiprofissionais e provocou os estudantes ao afirmar que eles sairão dos respectivos cursos sabendo mais sobre saúde, técnicas aplicadas, administração pública, e principalmente, sabendo mais de relações interpessoais e coletivas, bem mais de políticas públicas e vão ser especialistas em pessoas. “Do que nós mais adoecemos hoje? A maioria das variáveis que influenciam a vida e a saúde das pessoas escapam ao domínio do profissional de saúde, portanto é preciso saber mais que só as técnicas”, afirmou.
A coordenadora do Fórum de Residências da Fiocruz, Adriana Coser, participou da aula inaugural e lembrou que a conquista de três novas residências na Fiocruz Brasília é fruto do acúmulo de práticas e vivências da instituição. “São as residências em saúde que expressam a formação e experimentação para o aprimoramento da prática profissional e contribuição para o SUS,” afirmou. Atualmente, a Fiocruz por meio de suas diferentes unidades, oferta outros 22 programas de residência médica, de enfermagem e multiprofissional. Coser adiantou que a Fiocruz vai consolidar um documento base sobre as residências, com o histórico e competências desses atuais programas.
O pesquisador do Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) André Fenner, coordena a Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase na População do Campo. Ele ressaltou que o novo curso é resultado do trabalho em equipe do PSAT, que vem se afirmando como espaço de formação a partir dos recentes cursos de especialização com esta temática, desenvolvidos no Ceará, Pernambuco e Tocantins. Foram selecionados profissionais de enfermagem, educação física, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia e serviço social, que vão atuar na região de Planaltina.
O assessor da Escola Fiocruz de Governo João Paulo Brito coordena a Residência Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde. Ele lembrou que esta modalidade de residência se realiza pela primeira vez na Fiocruz Brasília, mas com a experiência de apoio em duas diferentes turmas neste formato realizadas na Escola Superior de Ciências da Saúde, da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). Foram selecionados profissionais das áreas de enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição e saúde coletiva.
Adélia Capistrano coordena a Residência em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, programa que vai ter como territórios de atuação os Centros de Atenção Psicossocial, unidades de saúde e hospitais das cidades goianas de Planaltina e Formosa. O diferencial desta formação é o trabalho com a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF). Foram selecionados profissionais das áreas de enfermagem, psicologia e serviço social.
O diretor executivo da Fepecs, Marcos Ferreira, alertou que os alunos devem priorizar os usuários e aproveitar esta oportunidade de estudos para conhecer de perto as realidades do SUS no Distrito Federal.
A diretora da Escola Fiocruz de Governo, Luciana Sepúlveda, lembrou que a diversidade profissional e de opiniões são motes que pavimentam uma instituição de ensino. Segundo ela, a EFG não cabe nem se limita às paredes do prédio da Fiocruz Brasília, mas é construída a partir de um propósito de fortalecimento do SUS e dos direitos dos usuários do sistema. “A diversidade de saberes colocados no mesmo espaço de ensino como as residências multiprofissionais é muito importante, seja pelas trocas entre as disciplinas diversas, sejam pela própria transformação que ocorre nos alunos e nos tutores e professores”, disse. A vice-diretora da Fiocruz Brasília, Denise Oliveira e Silva, ressaltou as possibilidades de integração dos diferentes profissionais ao longo desta formação.
Discutir e avançar, cada vez mais, com a formação pedagógica de docentes na Fiocruz. Esta foi a premissa da Oficina de Consenso do Projeto de Formação de Docentes, que reuniu participantes de diferentes unidades da Fundação e de outras instituições, entre os dias 18 e 22 de fevereiro, no Rio de Janeiro. A iniciativa foi da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).
O objetivo principal da Oficina foi compartilhar com os participantes os avanços do projeto Formação Pedagógica de Docentes na Fiocruz: em busca de um modelo com novos padrões de ensino x aprendizagem para as Escolas de Saúde. A intenção era delinear as bases de um curso piloto para docentes da Fiocruz, que ocorrerá no segundo semestre de 2019, coordenado pela Coordenação Geral de Educação (CGEd/Fiocruz). O projeto tem a parceria da Universidade Autônoma de Barcelona e já foi aprovado pelo Comitê de Ética da Fiocruz.
"Essa oficina se trata de mais uma iniciativa da Fiocruz articulada ao tema da formação docente na instituição, assim como o projeto do curso", comenta Tânia Celeste, assessora da Coordenação Geral de Educação (CGEd/Fiocruz) e coordenadora da Oficina. "A oferta será desenvolvida na modalidade presencial e à distância, com destaque para a valorização da prática docente. Queremos que os resultados sirvam de base para o modelo de formação a ser adotado pela Fundação", conta.
De acordo com Tânia, o curso será embasado em três pontos: a aprendizagem significativa, a sociologia da educação e os estudos sobre padrões de aprendizagem realizados pelo grupo Pafiu da Universidade Autónoma de Barcelona. Durante a Oficina de Consenso, os participantes tiveram a oportunidade de revisitar as bases do projeto, analisar e dar novas ideias que contribuam para o curso piloto, de acordo com suas experiências.
A Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) também fazem parte do projeto, já que integram a coordenação colegiada do curso piloto.
Quer saber mais sobre rede de regulação gênica? Então conheça o curso Identifying Gene Regulatory Networks from Gene Expression Data, oferecido na modalidade presencial e em EAD pelo Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). É possível se inscrever até o dia 3 de março.
Na modalidade presencial, será realizado em parceria com o Departamento de Engenharia de Estruturas, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já os estudantes das instituições parceiras poderão participar em suas unidades, à distância, por meio de videoconferência.
Ao todo, o curso integra oito unidades de ensino e pesquisa. Além da Fiocruz Minas e da UFMG, são elas: o Instituto Oswaldo Cruz (PGBCS/IOC/Fiocruz); a Fiocruz Paraná (ICC); a Fiocruz Pernambuco (CPqAM); a Fiocruz Rondônia; a Fiocruz Ceará; e a Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Uma Rede de Regulação Gênica (ou GRN, do inglês Gene Regulatory Network) é uma coleção de reguladores moleculares que interagem uns com os outros e com outras substâncias na célula para regular os níveis de expressão gênica de mRNA e proteínas. Elas desempenham um papel central na morfogênese - a criação de estruturas do corpo - o que as torna fundamentais para o controle genômico do desenvolvimento em animais e plantas.
Essas interações regulatórias entre genes podem ser estudadas em grande escala, permitindo, por exemplo, entender as cascatas de regulação gênica, ou elucidar a conexão entre regulação gênica e fenótipo. Dessa forma, o estudo de GRNs requer contribuições de vários campos de pesquisa, incluindo Biologia de Sistemas, Biologia Evolutiva do Desenvolvimento e Genômica Funcional, e fornece uma abordagem integrativa para questões fundamentais de pesquisa em Biologia. Aí está a importância do curso.
As inscrições são feitas aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.
As aulas acontecem entre os dias 11 e 15 de março. Inscreva-se já!
Tem novidade para a educação em saúde! Já está disponível o curso gratuito Atenção Integral às Crianças com Alterações do Crescimento e Desenvolvimento, relacionadas às Infecções Zika e Storch. A oferta é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, de Atenção a Saúde e de Vigilância em Saúde, em parceria com a Fiocruz Pernambuco, a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), o Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Campus Virtual Fiocruz.
O objetivo é qualificar profissionais de saúde atuantes em atenção primária ou Estratégia de Saúde da Família (ESF), para que estejam aptos a proceder no apoio a crianças que tenham alterações motoras relacionadas a ambas as infecções virais.
Adriana Coser, assessora da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz), explica a importância da iniciativa. “O curso surgiu de uma demanda social muito particular, para formar trabalhadores da saúde de uma forma moderna e eficaz”, conta Adriana. “Foi concebido a partir da experiência prática de assistência e pesquisa que a Fiocruz vem acumulando ao longo dos anos, com as diretrizes clínicas propostas pelo Ministério da Saúde”.
De acordo com a coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, o desenvolvimento do curso reforça não só a estratégia de criar ações em Educação à Distância (EAD), mas também as parcerias entre unidades. “A parceria com a equipe da Fiocruz Pernambuco foi fundamental para obtermos bons resultados, pela experiência que eles têm em projetos de EAD”, comenta.
Já para Miriam Ribeiro, do IFF/Fiocruz, a oferta é animadora pois permite a disseminação de um conhecimento tão importante em larga escala, para um grande público. “O envolvimento do IFF permite um maior alcance de profissionais de saúde em todo o Brasil, já que mobiliza uma equipe de especialistas na área do desenvolvimento infantil. Apoiamos ações integradas e articuladas para pesquisa, ensino e assistência, com um olhar voltado para a atenção integral à saúde”, opina Miriam.
Por dentro da atenção integral
Você sabia? O desenvolvimento integral de uma criança é decorrente da junção de vários elementos, como aspectos biológicos, estímulos do ambiente e outros fatores adversos – estes últimos podem influenciar negativamente no processo de desenvolvimento e, dessa forma, gerar deficiências motoras.
As infecções pelo vírus da Zika e Storch podem ser um desses determinantes. Aí está a importância de qualificar profissionais em atenção integral: são eles os responsáveis por cuidar da melhor forma de pacientes nessas condições. Médicos e enfermeiros são o principal público-alvo do curso.
O curso tem carga horária de 30 horas, todas na modalidade à distância. Estão divididas em quatro unidades didáticas, que abordam o contexto epidemiológico do Zika e Storch; o desenvolvimento infantil em uma perspectiva do cuidado ampliado em saúde na ESF; Avaliação neuropsicomotora na ESF; e estratégias de orientação e seguimento na perspectiva da ESF.
Os participantes têm acesso a recursos educacionais como vídeos com especialistas, games, textos de apoio e outros, tudo em EAD.
A oferta fica disponível no site da UNA-SUS até o dia 19 de setembro de 2019.
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Até dia 28 de fevereiro* é possível se inscrever no curso de atualização profissional em Gestão Participativa em Saúde, promovido em parceria pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz.
O curso propõe o debate e reflexão sobre os limites e possibilidades da gestão participativa em saúde, em uma leitura contextualizada da recente história política brasileira e das disputas na esfera pública em torno das políticas sociais, com foco nas políticas e ações em saúde. Terá duração de 49 horas/aula e serão oferecidas 30 vagas.
A formação é destinada a lideranças sociais, residentes ou atuantes em territórios vulnerabilizados, como favelas e periferias, e profissionais de saúde, com centralidade sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), o curso também inclui a perspectiva da territorialização de políticas públicas – quando essas políticas são pensadas a partir da realidade local – como estratégica para a saúde pública.
Caso o número de interessados aptos ultrapasse o número de vagas, será realizada uma avaliação de informações contidas nas fichas e currículos dos candidatos, seguida de entrevistas com caráter eliminatório. A certificação será emitida pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. O resultado será divulgado no dia 11 de março no Portal Fiocruz e no site da EPSJV.
As aulas se iniciam 14 de março a 09 de maio de 2019, e ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras, das 18 às 21 horas, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, no campus Manguinhos da Fiocruz. O curso é gratuito.
Para mais informações, entre em contato pelo telefone (21) 3865-9865/9801 ou pelo e-mail secesc.epsjv@fiocruz.br. Inscreva-se já, aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!
*Inscrições prorrogadas! Atualizado em 25/2/2019.
Bons professores são também aqueles que nunca perdem a vontade de aprender, não é? Sempre em busca do conhecimento, 23 docentes e gestores da educação experimentaram o papel de alunos no curso Tecnologias e Metodologias para a Docência na Saúde, na modalidade híbrida. As aulas terminaram em novembro do ano passado e, agora, eles estão recebendo seus certificados. E o curso também recebeu o aval dos participantes: cerca de 95% se sentem mais confiantes na inclusão de tecnologias para promover a aprendizagem ativa e 90,5% deles recomendariam a formação para outro professor ou colega. Um resultado excelente!
O curso é uma iniciativa do Programa de Qualificação de Docentes Fiocruz, conduzido pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). O objetivo da formação é capacitar professores e gestores do ensino para utilizar e promover o uso de tecnologias digitais no contexto da educação, estimulando a reflexão crítica. Na prática, os profissionais se desenvolvem para elaborar e atuar como multiplicadores de projetos de mudança na educação presencial e online.
Seguindo o Plano de Ensino e Aprendizagem, os professores-alunos participaram de atividades que refletem a própria metodologia do curso. Eles tiveram aulas on-line, por web conferência, no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Campus Virtual Fiocruz, e dois encontros presenciais. Os docentes e gestores, também puderam, claro, se integrar mais, trocar experiências, contribuir com ideias e até ajudaram a atualizar a plataforma Moodle Fiocruz. Além disso, trocaram de papeis, contando, eles mesmos, com orientação pedagógica individual. Tudo isso a fim de desenvolver projetos inovadores.
Avaliação do curso: uma experiência positiva para os docentes
Ao final do curso, os participantes responderam a uma pesquisa. A turma reuniu, majoritariamente, mulheres (95,2%) com mais de cinco anos de experiência na área de educação (85,7%). Uma consulta preliminar com os participantes do curso, mostra que quase 70% dos profissionais têm experiência na área de saúde, presencialmente, mas apenas 44,2% na modalidade EAD.
O professor José Moran, que é também um dos coordenadores do curso, conta que a intenção era justamente a de que os profissionais se familiarizassem com as tecnologias e tivessem mais contato com ambientes virtuais e aplicativos. A pesquisa mostra que 52,4% dos profissionais concordam totalmente sobre o alcance deste objetivo e os outros 47,6% concordam. "Minha avaliação é positiva, porque o curso surtiu o efeito desejado", diz Moran. A professora Dênia Falcão de Bittencourt, que também coordena a iniciativa, reforça este aspecto: “Após esta primeira experiência, com os indicadores e processos avaliativos dos participantes, teremos bons subsídios para que o curso seja qualificado como um importante instrumento de formação para a docência na saúde. Por isso, recomendo que seja disseminado para todos os professores da Fiocruz”.
A pedagoga e pesquisadora em saúde pública Silvia Helena Mendonca de Moraes, que atua na área de educação da Fiocruz Mato Grosso do Sul, aprovou a iniciativa: “Para mim foi superimportante ter a oportunidade de conhecer novas tecnologias e saber como utilizá-las nos processos de ensino-aprendizagem”, conta. Ela também elogia a qualidade dos textos e do material disponibilizado. “Achei excelente. Os temas foram bem distribuídos, com uma bibliografia muito adequada”. Silvia também considera que a experiência com educação à distância (EAD) também foi positiva, porque a modalidade possibilita que diversas pessoas possam fazer o curso. Como pontos de melhoria, a pedagoga sugere que os tutores ofereçam mais feedbacks sobre as atividades desenvolvidas e que haja mais tempo para a instrumentalização no uso das tecnologias. “Desenvolvemos um blog (webportfolio), tivemos a oportunidade de gravar vídeos, enfim, entramos em contato com diversas tecnologias. Mas fiquei com o gostinho de ‘quero mais’”, diz.
Este foi, aliás, um dos resultados mais expressivos da avaliação: todos os participantes demonstraram interesse em realizar novos cursos oferecidos pelo programa. E 90% dos docentes recomendariam a formação para outro professor ou colega.
A demanda por novas turmas é grande. Para atendê-la, a VPEIC está discutido novas iniciativas junto ao Fórum EAD Fiocruz. Ana Furniel, que é uma das coordenadoras da Vice, há a possibilidade de uma nova versão do curso. "Vamos ampliar o escopo, para tratar de temas como conteúdo para EAD, montagem de equipes, fluxos de construção de cursos e outros", comenta. "Desta vez, vamos desenvolver o curso num formato autoinstrucional, pensando numa escala maior, com oficinas presenciais nas unidades”. Então, que venham novos cursos e outros profissionais da educação!
Hoje é Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas (7/2). Para lembrar a importância da saúde destes povos, saiba que já estão abertas as matrículas para o curso online Conhecendo a Realidade da Saúde Indígena no Brasil, oferecido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS). Profissionais de saúde podem se matricular até o dia 30 de junho pelo site.
O início é imediato e, como todas as ofertas da UNA-SUS, o curso é integralmente gratuito. O objetivo é capacitar os profissionais de saúde para um atendimento de qualidade à essas populações, considerando a diversidades dos povos indígenas e hábitos que impactam em sua saúde. O módulo é uma continuidade do curso O Fazer da Saúde Indígena, recomendado para interessados nesse tema.
Com carga horária de 60 horas, a capacitação está dividida em três unidades, que apresentam o contexto dos povos indígenas no Brasil e conceitos relevantes da prática da saúde indígena, como a atenção diferenciada, a política de saúde e a epidemiologia aplicadas a prestação dos serviços de saúde. O conteúdo foi organizado para abranger a realidade nacional, contando com uma simulação da realidade de um DSEI amazônico, além de disponibilizar materiais complementares.
“Preparar o profissional para trabalhar em cenários de diversidade cultural e em muitos casos com grandes dificuldades logísticas e de acesso ainda é um desafio recente. Esperamos que estes módulos contribuam para localizar os profissionais de saúde e os desafiem a aprofundar seus conhecimentos em saúde indígena”, afirma a professora Lavínia Oliveira, uma das responsáveis pelo conteúdo do curso.
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