No dia 17 de março, das 9h às 12h, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) vai realizar a aula inaugural do seu ano acadêmico com o tema "A importância da inovação e das parcerias internacionais na área da saúde". O palestrante será o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Nuno Mendonça.
O evento acontece no Auditório do Contêiner de Farmanguinhos, localizado na rua Sizenando Nabuco, 100, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e será transmitido pelo canal de Farmanguinhos no Youtube.
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O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) realizará, no dia 12 de março de 2025, um Seminário Cientifico Internacional sobre infecções por dermatófitos. O evento ocorrerá das 11h às 12h15, no formato remoto com transmissão ao vivo pelo YouTube do INI.
A palestra será ministrada em inglês pela Dra. Sarah Dellière, professora associada de micologia médica no Hôpital Saint-Louis e no Institut Pasteur, em Paris, França. O tema será "Emerging issues in dermatophyte infections" (Questões emergentes em infecções por dermatófitos). Dra. Sarah conduzirá a apresentação online, diretamente da França, abordando infecções por dermatófitos, incluindo novas formas de transmissão e resistência a antifúngicos.
O seminário é organizado pela Vice-Direção de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do INI, sob coordenação da vice-diretora, Rosely Zancopé, e moderação do pesquisador e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatologia Infecciosa (Lapclin-Derm), Dayvison Freitas.
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Aprofundamento, troca, oportunidade e descobertas. Essas foram palavras ditas pelos alunos presenciais do Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia durante a conversa final de avaliação. O evento teve duração de três dias, cinco diferentes mesas, um total de 15h de palestras e a participação de 40 alunos presenciais, cerca de 300 online, além quase 3 mil ouvintes pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube. O Seminário foi parte da disciplina de verão 'Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional', oferecida pela Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz) e está disponível na íntegra no canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube.
O evento aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro e explorou casos do Chile, Colômbia, Argentina e México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. A mesa de abertura foi composta pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, a coordenadora-geral de Educação, Eduarda Cesse, a vice-diretora de Ensino da Ensp/Fiocruz, Enirtes Caetano, e o coordenador do PPGSP/Ensp, Rondineli Mendes da Silva. Nesse momento de boas-vindas, os integrantes falaram sobre a alegria e satisfação com o encontro, pois todos dedicaram-se muito para sua realização. "Esse é um evento múltiplo e os diversos arranjos feitos para a sua realização fortalecem a pós-graduação", disse Eduarda Cesse.
Segundo a vice-presidente, Cristini Machado, o evento buscou debater temas transversais, desafios comuns aos sistemas de saúdes elencados para o debate. "A ideia foi discutir as transformações globais, demográficas e sociais do capitalismos, bem como suas implicações para os sistemas de saúde, o racismo, as migrações, a saúde nas fronteiras, entre outras coisas. Então, foi um momento muito rico de troca de experiências, conhecimento e ideias no qual nós todos aprendemos muito", apontou ela, dizendo que a disciplina, oferecida pela Ensp/Fiocruz há mais que 20 anos, é estruturante na medida em que apresenta aos alunos as similaridades e diferenças entre os diversos sistemas de saúde do mundo, discutindo casos e modelos, e ainda, neste ano em especial, oportunizou aos participantes aulas com professores locais que apresentaram particularidades das realidades que vivem, desafios, bem como dificuldades para o fortalecimento dos sistemas de saúde na América Latina.
Sistema de saúde do Chile e Colômbia
A primeira grande mesa do evento debateu o sistema de saúde do Chile, e para tanto, recebeu Alex Alarcón Hein, da Universidade do Chile, que falou sobre contextos, atores e agendas da reforma do sistema de saúde chileno; Isabel Domingos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que abordou a resposta setorial à Covid-19 no Chile sob o enfoque na vigilância em saúde pública; e Patty Fidelis, da UFF abordando a universalização da Atenção Primária à Saúde como um caminho para a reforma do sistema de saúde no Chile. A mesa teve a coordenação da pós-doutoranda da Ensp Suelen Oliveira e comentários da também pesquisadora da Ensp/Fiocruz Ligia Giovanella.
A parte da tarde teve foco na Colômbia e recebeu Yadira Borrero, da Universidade de Antioquia, Colômbia para falar sobre a configuração das alianças público privadas em seu pais; e Monica Uribe-Gomez, da Universidade Nacional da Colômbia, que abordou as disputas pela orientação do sistema de saúde colombiano no contexto de um governo alternativo. A mesa foi coordenada e comentada por Adriana Mendoza Ruiz da Ensp/Fiocruz.
Assista, na íntegra, aos vídeos, em português e em espanhol, do dia 19/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
Sistemas de Saúde da Argentina e México
O segundo dia de apresentações, 20/2, tiveram início com debates sobre questões dos sistemas de saúde da Argentina e México, e também discutiram o contexto global e as políticas nacionais frente aos desafios para o direito à saúde no pós-pandemia. Participaram das apresentações Evangelina Martich, da Universidad Carlos III de Madrid, que falou sobre as tendências para uma possível reforma sobre os sistema de saúde da Argentina; e Oliva Lopez Arellano, da Universidade Autônoma Metropolitana, de Xichimilco, que debateu sobre as transformações recentes e os desafios estruturais do sistema público de saúde no México. A mesa teve comentários da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e foi coordenada pela aluna de doutorado da Ensp/Fiocruz Eduarda dos Anjos. As discussões da tarde trataram sobre os desafios para o direito à saúde no contexto global e recebeu Leonardo Castro, da Ensp/Fiocruz, que falou sobre as perspectivas para as políticas e sistemas de saúde no contexto da América Latina; Anna Christina Nowak, da Universidade Bielefeld da Alemanha, que trouxe questões relacionadas aos desafios dos sistemas de saúde para a atenção aos refugiados na Europa; e, finalizando o dia, a pesquisadora da Ensp/Fiocruz, Roberta Gondim, fez uma rica apresentação sobre as tramas históricas e as reificações cotidianas do racismo e as desigualdades em saúde.
Assista, na íntegra, aos vídeos, em português e em espanhol, do dia 20/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
A recuperação transfronteiriça para uma resposta mais eficaz às emergências sanitárias
O terceiro e último dia de debates apresentou a mesa "O desafio da Vigilância em Saúde nas fronteiras no cenário pós-pandêmico", falou sobre a recuperação transfronteiriça para garantir respostas mais eficazes às emergências sanitárias e a construção de um sistema de saúde mais resiliente, e foi moderada pela coordenadora-geral de Educação da Fiocruz e também coordenadora do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) - uma iniciativa da Fiocruz (Ensp, Fiocruz Amazônia e Fiocruz Mato Grosso do Sul) em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério das Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) - Eduarda Cesse, e pela pesquisadora da Ensp e coordenadora acadêmica do VigiFronteiras, Andrea Sobral. Eduarda trouxe números da primeira turma, que se encerra em 2025, e anunciou a previsão de lançamento do edital para uma segunda turma, no segundo semestre de 2025 com ainda mais vagas.
Além de Eduarda e Andrea, a mesa contou com Carmen Seijas, encarregada da Área de Vigilância Sanitária da População do Governo do Uruguai, participando de forma remota, que compartilhou a experiência do Uruguai e falou sobre os desafios da vigilância sanitária em fronteiras, destacando a necessidade de manter altas coberturas vacinais e aprimorar a comunicação estratégica para combater a desinformação e fortalecer a confiança da população em medidas de saúde pública; Cristian Carey Angeles, coordenador regional de Malária e OTV (Peru), falando sobre os impactos da pandemia na Tríplice Fronteira daregião Amazônica (Brasil, Peru e Colômbia); Rodrigo Lins Frutuoso, da Coordenação de Vigilância, Preparação e Resposta à Emergências e Desastres da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), com uma exposição sobre a preparação e resiliência para ameaças emergentes e os riscos de uma nova pandemia; e Sebastián Tobar, assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), ex-coordenador nacional pela Argentina do Mercosul Saúde e do Conselho de Saúde da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que falou sobre a governança sanitária das fronteiras sul-americanas, e apresentando os desafios para a vigilância epidemiológica e a importância dos comitês de fronteiras e saúde.
Assista, na íntegra, ao vídeo, disponível em português e em espanhol, do dia 21/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
Nesta terça-feira, 18 de fevereiro, às 14h, o Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) realiza o Centro de Estudos com o tema "Desafios e oportunidades na saúde digital: contribuição dos prontuários eletrônicos para pesquisas populacionais". O encontro com a participação da secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, e com os debatedores Luiz Augusto Facchini, da Universidade Federal de Pelotas, e Paulo Borges, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz). A moderação do debate ficará a cargo de Fabíola Bof de Andrade e Sandra Grossi Gava, ambas da Fiocruz Minas.
O seminário virtual será realizado pela plataforma online Zoom.
Metting ID: 850 1551 4482
Senha: 439860
Nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, será transmitida ao vivo pelo YouTube, no canal da VideoSaúde, a mesa ‘Encontros de Saberes e Interculturalidades’. A atividade faz parte do Curso Internacional Encontros de Saberes e Diálogos Interculturais na Saúde Coletiva, coordenado pelo Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Neepes/Ensp/Fiocruz), em parceria com a Escola de Saúde Pública da Universidade do Chile e o Departamento de Antropologia da UnB.
A mesa apresentará experiências do Neepes e da UnB sobre ‘Encontro de Saberes e Interculturalidade’, abordando temas como: políticas de conhecimento; descolonizar e coracionar a academia; dimensões epistemológicas, conceituais e metodológicas da interculturalidade e seus desafios; os Encontros de Saberes; cuidado tradicional e medicina indígena.
“O encontro pretende fortalecer o diálogo intercultural e os encontros de saberes no campo da saúde coletiva a partir de duas referências: a proposta teórico-metodológica do Neepes sobre as quatro justiças (social, sanitária, ambiental-territorial e cognitiva-histórica), e as metodologias sensíveis co-labor-ativas; e a longa trajetória em torno dos ‘Encontros de Saberes’, que vêm sendo realizados em várias universidades brasileiras”, explicou Marcelo Firpo, coordenador do Neepes.
Sobre o Curso Internacional Encontros de Saberes e Diálogos Interculturais na Saúde Coletiva
O Curso de Verão de abrangência internacional é vinculado ao Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Ensp (PPGSP) e será realizado de 17 a 21 de fevereiro de 2025, com uma turma previamente selecionada por meio de edital. O objetivo da formação é introduzir, aprofundar e compartilhar discussões conceituais, metodológicas e experiências a partir dos saberes de mestres e mestras de povos tradicionais que atuam em práticas de saúde, cuidado e cura.
É importante ressaltar que apenas a mesa do dia 17 é aberta a todos os interessados e será transmitida online. O restante do curso acontecerá de forma híbrida, restrito aos participantes.
Serviço:
Mesa ‘Encontros de Saberes e Interculturalidade’
EVENTO ABERTO - Live no canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz!
Data: 17/2/2025, das 13h30 às 16h
Expositores:
- José Jorge de Carvalho (Departamento de Antropologia da UnB)
- Marina Fasanello (Neepes/Ensp/Fiocruz)
- João Paulo Tukano (Antropólogo indígena, UFAM e Neepes/Fiocruz)
- Lucely Morais Pio (Raizeira do Quilombo do Cedro no Cerrado de Goiás)
Comentários: João Arriscado Nunes (Universidade de Coimbra/Portugal)
Coordenação: Marcelo Firpo Porto (Neepes/Ensp/Fiocruz)
O Observatório do SUS, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), realiza no dia 13 de fevereiro de 2025, das 8h30 às 13h, o seminário "O SUS e a Agenda Legislativa Federal", na Fiocruz Brasília, com transmissão pelo canal da Ensp no Youtube. O evento reunirá especialistas e parlamentares para discutir os desafios e perspectivas para o Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito do Congresso Nacional.
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A atividade faz parte do projeto Agenda Legislativa para o Fortalecimento do SUS, que conta com recursos de emenda parlamentar da deputada Ana Pimentel, e é um desdobramento da parceria entre o Observatório do SUS da Ensp/Fiocruz e a Abrasco, iniciada em 2023 com uma série de Seminários que abordaram desafios estruturais do SUS.
Programação
A programação do seminário tem início às 9h com a mesa de abertura, que contará com a participação de representantes da Ensp/Fiocruz, Abrasco e demais instituições parceiras.
Em seguida, às 9h30, acontece a conferência "O Presidencialismo de Coalizão na Conjuntura Atual", ministrada pelo cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Leonardo Avritzer, que abordará as transformações na dinâmica política brasileira. A conferência contará com a moderação de Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília.
Às 10h30, a mesa "O Panorama do SUS na Agenda Legislativa Federal" reunirá a deputada federal Ana Pimentel, Chico D'Ângelo, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Parlamentares e Federativos do Ministério da Saúde, e Rômulo Paes de Sousa, presidente da Abrasco. O debate tratará das principais pautas legislativas relacionadas ao SUS, com foco na construção de uma agenda favorável ao nosso sistema de saúde. A mesa será moderada por Eduardo Melo, coordenador do Observatório do SUS e vice-diretor da Escola de Governo em Saúde (Ensp/Fiocruz).
Para Rômulo Paes de Sousa, acompanhar de perto o processo legislativo é essencial para a defesa do SUS: "O legislativo brasileiro passou a ter uma influência ímpar nas políticas de saúde. Parte considerável dos recursos de investimento do Ministério da Saúde foram capturados pelas emendas parlamentares de execução obrigatória e alguns temas típicos da saúde passaram a ser usados como bandeiras de mobilização da extrema direita do país. Essa mobilização busca promover a regressão de direitos sanitários das populações minorizadas. Observar o processo legislativo é fundamental para orientar a luta pelo desenvolvimento do SUS de forma universal, integral e equitativa."
SUS e o Legislativo: desafios e perspectivas
Para a pesquisadora Tatiana Wargas, do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), que dedicou estudos sobre a agenda legislativa da saúde, identificar quais temas estão em debate no Legislativo é fundamental para compreender os embates e desafios da política pública de saúde. No entanto, antes mesmo de analisar as pautas específicas da saúde, é essencial considerar as mudanças estruturais no sistema político brasileiro, especialmente na última década.
“O ‘presidencialismo de coalizão’ estruturou por décadas nosso modelo de governança, mas hoje não se pode mais afirmar que o presidente garante suas prerrogativas da mesma forma. Houve uma fragilização significativa de sua capacidade de coalizão para aprovar projetos que defende”, observa Tatiana.
Além disso, ela destaca que um dos fatores centrais dessa mudança é a disputa pelo Orçamento, especialmente no que diz respeito às emendas parlamentares. “A pasta da Saúde tem, anualmente, o segundo ou terceiro maior orçamento do governo, com um volume expressivo de emendas parlamentares. Isso faz com que a área seja alvo de interesses e pressões, algo que se reflete nos debates sobre os projetos legislativos em tramitação”, explica.
Para a pesquisadora, é essencial acompanhar as discussões sobre a reforma tributária e o financiamento da saúde. No que se refere às emendas parlamentares, considera necessário avançar na construção de mecanismos de transparência pública, com metodologias eficientes para a prestação de contas.
A importância da mobilização parlamentar e social
Wargas ressalta que a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa do SUS é uma estratégia fundamental para fortalecer a articulação dentro do Congresso Nacional, pois coloca a saúde pública no centro do debate. No entanto, ela destaca que essa Frente não deve se restringir apenas a questões estruturais do SUS, mas precisa dialogar com diferentes movimentos sociais e reconhecer suas pautas.
"Iniciar o ano com esse debate é uma agenda estratégica para o SUS e para toda a sociedade"
O diretor da Ensp, Marco Menezes, destaca que um dos objetivos do Observatório do SUS é "aprofundar o debate com a sociedade sobre os aspectos estratégicos do SUS, em particular das políticas de saúde". Ele ressalta a importância de iniciar a agenda de 2025 com esse debate junto ao parlamento, especialmente diante do atual cenário político: "Vivemos uma conjuntura difícil, em que é fundamental dialogar com todos os atores da sociedade para enfrentar o negacionismo científico. Além disso, 2025 será o ano em que o Brasil sediará a COP 30, trazendo à tona desafios urgentes para a saúde coletiva, como a emergência climática e a crise hídrica. Também precisamos enfrentar o negacionismo climático. Por isso, esse seminário tem um papel estratégico ao abrir as discussões do ano, fortalecendo o debate sobre as grandes questões do SUS e os avanços necessários."
Ainda segundo Menezes, fortalecer o SUS passa, necessariamente, pelo reconhecimento dos trabalhadores da saúde: "Precisamos fortalecer os sistemas de saúde e um SUS cada vez mais robusto, equitativo e atento à sua diversidade. E isso significa, como destacou a recente 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, valorizar aqueles que fazem o SUS acontecer: seus trabalhadores e trabalhadoras. Então, um dos pontos centrais também nesse debate que se coloca hoje, e que o parlamento tem um papel importante, é a carreira SUS. Nesse sentido, uma questão que, sem dúvida, é central para toda essa discussão, tem a ver com o financiamento do nosso Sistema Único de Saúde. E esse debate passa por um diálogo muito intenso com a sociedade e fundamentalmente com o Congresso Nacional, especialmente no que diz respeito ao papel das emendas parlamentares e sua influência direta nos territórios. Iniciar o ano com esse debate é uma agenda estratégica para a Ensp, para a Fiocruz, para o SUS e para toda a sociedade."
Transmissão e participação
O seminário busca aprofundar o debate sobre as políticas de saúde e os impactos das decisões do Legislativo no SUS. O evento é aberto ao público e contará com transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no YouTube.
Programação detalhada
08h30 – Credenciamento
09h00 – Mesa de Abertura
09h30 – Conferência "O Presidencialismo de Coalizão na Conjuntura Atual", com Leonardo Avritzer
10h30 – Mesa "O Panorama do SUS na Agenda Legislativa Federal", com Ana Pimentel, Chico D'Ângelo e Rômulo Paes de Sousa
Serviço
Seminário O SUS e a Agenda Legislativa Federal
Organização: Observatório do SUS e Associação Brasileira de Saúde Coletiva
Data: 13 de fevereiro de 2025
Horário: 8h30 às 13h
Local: Fiocruz Brasília
Transmissão ao vivo: Canal da Ensp no YouTube
Mais informações: observatorio.sus@fiocruz.br
Nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro será realizado na Fiocruz o Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia. O encontro será transmitido ao vivo pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube, em português e em espanhol. Durante o seminário serão analisados contextos e processos recentes de reforma de sistemas da região e os entraves globais colocados para as políticas de saúde nesse cenário de novas realidades. Organizado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz), o Seminário terá 15h, e faz parte da disciplina de verão “Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional”. A iniciativa está sob a responsabilidade da docente permanente do PPGSP e vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e conta com palestrantes nacionais e internacionais.
O Seminário pretende explorar casos do Chile, Colômbia, Argentina e do México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. Para os debates, são considerados elementos relevantes as características estruturais dos sistemas de saúde, as conjunturas e orientações dos governos nacionais, as políticas e os processos recentes de reforma nos sistemas de saúde, os elementos de continuidade e mudança em dimensões críticas como o financiamento, as relações público privadas, o modelo de atenção, a cobertura e o acesso da população; e os desafios para a vigilância em saúde, especialmente em regiões de fronteiras.
Confira a programação completa:
1º dia - 19/2 - quarta-feira
transmissão em português: https://www.youtube.com/live/4PRiIHwlHzo
transmissão em espanhol: https://www.youtube.com/live/XzTWuCgFoQs
9h: Abertura
9h30: Mesa 1: O Sistema de Saúde do Chile
Contexto, actores y agendas de reforma del sistema de salud chileno – Alex Alarcón Hein – Universidade do Chile
Resposta setorial à Covid-19 no Chile: um enfoque na Vigilância em saúde pública – Isabel Domingos – Universidade Federal Fluminense (UFF)
Reforma do sistema de saúde no Chile: a universalização da Atenção Primária à Saúde como caminho - Patty Fidelis - UFF
Comentários: Ligia Giovanella – Ensp/Fiocruz
Coordenação: Suelen Oliveira – pós-doutoranda da Ensp/Fiocruz
13h30: Mesa 2: O Sistema de Saúde da Colômbia
La configuración de alianzas público-privadas en salud: el caso Colombia – Yadira Borrero – Universidade de Antioquia, Colômbia
Disputas por la orientación del sistema de salud colombiano: la encrucijada de un gobierno alternativo (2022-2024) – Monica Uribe-Gomez – Universidade Nacional da Colômbia
Comentários: Adriana Mendoza Ruiz – Ensp/Fiocruz
Coordenação: Adriana Mendoza Ruiz – ENSP/Fiocruz
2º dia – 20/2/25 - quinta-feira
transmissão em português: https://www.youtube.com/live/EQvBSxy8t40
transmissão em espanhol: https://www.youtube.com/live/i1HUwc5_UPI
9h: Mesa 3: Os sistemas de saúde da Argentina e do México
Tendências no sistema de saúde da Argentina: uma possível reforma? – Evangelina Martich – Universidad Carlos III de Madrid
O Sistema público de saúde no México. Transformações recentes e desafios estruturais - Oliva Lopez Arellano – Universidad Autonoma Metropolitana - Xochimilco
Comentários: Cristiani Vieira Machado – Ensp/Fiocruz
Coordenação: Eduarda dos Anjos – Doutoranda ENSP/Fiocruz
13h30: Mesa 4: Contexto Global, políticas nacionais: desafios para o direito à saúde no pós-pandemia
Políticas e sistemas de saúde na América Latina – perspectivas - Leonardo Castro – Projeto Saúde Amanhã/Fiocruz
Desafios dos sistemas de saúde para a atenção aos refugiados na Europa – Anna Christina Nowak – Universidade de Bielefeld, Alemanha
Racismo e desigualdades em saúde: das tramas históricas às reificações cotidianas – Roberta Gondim – Ensp/Fiocruz
Comentários: Adelyne Pereira – Ensp/Fiocruz
Coordenação: Analice Braga – VPEIC/ Fiocruz
3º dia – 21/2 - sexta-feira
transmissão em português: https://www.youtube.com/live/82BkoPzeTd8
transmissão em espanhol: https://www.youtube.com/live/mcbWO4k8pAE
9h: Mesa 5: O Desafio da Vigilância em Saúde nas Fronteiras no cenário Pós Pandêmico
Carmen Seijas– Encarregada da Área de Vigilância Sanitária da População do Governo do Uruguai (participação remota)
Cristiam Carey Angeles – Coordenador Regional de Malária e OTV – Geresa - Loreto (Peru)
Rodrigo Lins Frutuoso - Oficial Nacional - Coordenação de Vigilância, Preparação e Resposta à Emergências e Desastres da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS)
Sebastián Tobar - Assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), ex-coordenador nacional pela Argentina do Mercosul Saúde e do Conselho de Saúde da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)
Coordenação: Eduarda Cesse – PPG-SP/IAM/Fiocruz-PE e Andrea Sobral – PPGSPMA/ENSP/Fiocruz
Para a realização do Seminário, o PPGSP da Ensp/Fiocruz conta com a parceria do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) e o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiore (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e da plataforma The Global Health Network - Latin America and the Caribbean (TGHN/LAC).
A transmissão via Youtube é aberta para o público amplo. No entanto, nesse formato, não haverá certificação para o público participante. Os participantes inscritos no Seminário receberão, por e-mail, informações de acesso à plataforma para participação no evento, de confirmação de presença e também para certificação.
A aplicação das tecnologias digitais em prol da atenção ao câncer, na melhoria do acesso a diagnóstico precoce e a tratamento, bem como na gestão de recursos, em meio aos desafios relacionados as desigualdades regionais, capacitação profissional e segurança no uso de dados dos usuários, estará em discussão no quarto webinário da série Transformação Digital na Saúde Pública, do CEE-Fiocruz, que teve início em 2024. Com o tema Tecnologias Digitais na Atenção Oncológica― Aplicações e experiências no Sistema Único de Saúde, o evento será realizado no dia 14 de fevereiro de 2025, das 10h às 12h, com transmissão pelo canal da Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz no Youtube. Serão apresentadas também experiências do uso dessas tecnologias, voltadas à realidade brasileira. O público poderá participar com comentários e perguntas enviadas pelo chat.
O webinário terá como convidados o oncologista clínico Carlos José Andrade, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), fundador da plataforma Lila, voltada à conexão de equipes de saúde e pacientes oncológicos, que abordará a aplicação de tecnologias de informação e comunicação na atenção ao câncer; o professor Chao Lung Wen, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e líder do grupo de pesquisa USP de Telemedicina, Tecnologias Educacionais e e-Health no CNPq, tratando de soluções e aplicações de tecnologias digitais no controle da doença; o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, trazendo a experiência do município no uso da inteligência artificial para aprimorar o diagnóstico do câncer de mama; e o cirurgião oncológico Marcos Adriano Jota, diretor nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que tratará da aplicação das tecnologias digitais nos procedimentos cirúrgicos.
A abertura ficará a cargo da pesquisadora Virgínia Fava, do CEE-Fiocruz, organizadora da série de webinários, e a mediação será do médico sanitarista Luiz Antonio Santini, diretor do Inca entre 2005 e 2015 e pesquisador do CEE, e do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, também pesquisador do Centro, ambos à frente do projeto de pesquisa Doenças Crônicas e Tecnologias de Saúde do CEE.
“A dificuldade de acesso ao controle do câncer no Brasil se dá em várias dimensões, da prevenção, detecção precoce, diagnóstico, tratamento, e muitos desses gargalos podem ser apoiados por inovações tecnológicas. Um exemplo são os tumores dermatológicos, os mais frequentes nos casos de câncer no Brasil, que podem ser diagnosticados a distância”, observa Santini. “No entanto, é preciso lidar com as desigualdades regionais do país, que impactam diretamente no acesso da população às inovações tecnológicas”, acrescenta Temporão.
Tecnologias digitais, atenção oncológica e desafios a enfrentar
O uso de tecnologias digitais na atenção oncológica tem se consolidado como ferramenta essencial para melhorar o acesso, a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde, especialmente em países com sistemas públicos abrangentes como o SUS, no Brasil. Essas tecnologias incluem prontuários eletrônicos e sistemas de telemedicina, algoritmos de inteligência artificial para diagnóstico precoce e acompanhamento de pacientes, entre outros recursos.
No contexto do SUS, com demanda alta por cuidados especializados em Oncologia e recursos, muitas vezes, limitados, o emprego dessas inovações pode ser um divisor de águas na detecção precoce e no tratamento do câncer, ajudando a salvar vidas e a gerir melhor os gastos do sistema.
No Brasil, o uso de telemedicina para consultas oncológicas tem ampliado o alcance do diagnóstico e acompanhamento em áreas remotas, onde o acesso a especialistas é limitado. Outro exemplo de impacto positivo das inovações é o uso de inteligência artificial para triagem de exames como mamografias no SUS, auxiliando na detecção precoce do câncer de mama e na priorização de casos mais urgentes. Experiências como essas serão abordadas no webinário.
O evento destacará também que o uso das tecnologias digitais no fortalecimento da atenção oncológica no SUS envolve não apenas explorar seu potencial, como também ultrapassar barreiras e fazer os ajustes necessários, por exemplo, no que diz respeito ao acesso mais equânime à internet, nas diferentes regiões do país, para que as inovações beneficiem, de fato, toda a população.
Série de Webinários 'Transformação Digital na Saúde Pública'
4º evento: Tecnologias Digitais na Atenção Oncológica― Aplicações e experiências no Sistema Único de Saúde
Data: 14 de fevereiro de 2025
Horário: 10h
Transmissão: Canal da Vídeo Saúde Distribuidora
Informações: cee@fiocruz.br e 21 38829134
No dia 12 de fevereiro de 2025, o Observatório do SUS, em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems/RJ), realizará a Sessão Especial “Gestão Municipal no SUS no Ciclo 2025 – 2028: Experiências e Desafios”, das 8h30 às 13h, no Auditório Térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), em Manguinhos, Rio de Janeiro. O evento tem como objetivo promover um espaço para análise e reflexão sobre os principais desafios enfrentados pela gestão municipal do SUS, e para discutir experiências e perspectivas sobre a organização dos serviços e redes de saúde, considerando as articulações interfederativa e entre os poderes. O evento será trasmitido pelo canal da Ensp no Youtube!
A programação inclui a conferência “Gestão Municipal do SUS: trajetória e contexto atual”, às 9h15, com Arthur Chioro, presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Chioro oferecerá uma análise crítica sobre a importância histórica da gestão municipal para o SUS, os desafios estruturais enfrentados pelas administrações municipais e os cenários políticos e sociais que impactam as decisões e práticas dos gestores.
Às 10h30, a Mesa-Redonda “O Gestor Municipal do SUS: panorama, experiências e organização das redes de atenção” contará com a participação de Maria da Conceição de Souza Rocha, presidente do Cosems/RJ, Delba Barros, coordenadora de Planejamento e Gestão em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Quissamã (RJ), e do pesquisador Assis Mafort Ouverney (Ensp/Fiocruz). O debate abordará o papel dos gestores municipais, experiências concretas de organização das redes e serviços de saúde, além de questões relacionadas à gestão do trabalho e à atual conjuntura da administração pública.
O evento será encerrado com um debate aberto, às 12h30, proporcionando um espaço de diálogo entre os participantes e os palestrantes, com troca de experiências sobre os desafios da gestão municipal no ciclo 2025-2028.
Para Eduardo Melo, coordenador do Observatório do SUS e vice-diretor da Escola de Governo em Saúde (VDEGS/Ensp/Fiocruz): “Apesar da regionalização inconclusa no SUS, os municípios, a partir da descentralização e municipalização de políticas nacionais e do protagonismo dos atores, foram fundamentais para o tamanho e capilaridade do sistema de saúde e para mostrar que o SUS é possível, ainda que existam problemas e limites enormes a enfrentar, como os gargalos no acesso à atenção especializada. Cortando para os tempos atuais, vemos na gestão municipal desafios como o financiamento, a judicialização, o clientelismo, a formação e rotatividade dos gestores, a operação da máquina pública, a terceirização, a grande heterogeneidade no SUS, mesmo entre municípios vizinhos, para citar alguns exemplos. Esses problemas se conectam com outros desafios estruturais do SUS, com as relações interfederativas, com o modelo de desenvolvimento e com as desigualdades do país. Pensar a gestão municipal da saúde, diante do novo ciclo político que se inicia nos municípios, é (re)pensar a governança do SUS e um novo movimento necessário para o SUS resistir e avançar.”
A partir dessa perspectiva, o encontro tem como propósito promover uma discussão ampla sobre os desafios da gestão municipal do SUS, refletindo sobre experiências e caminhos possíveis para aprimorar a gestão pública da saúde.
Sessão Especial Gestão Municipal do SUS no ciclo 2025–2028: Experiências e Desafios
Organização: Observatório do SUS e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems/RJ)
Data: 12 de fevereiro de 2025
Horário: 08h30 às 13h
Local: Auditório Térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) – Rua Leopoldo Bulhões, 1.480 – Manguinhos – RJ – Campus da Fiocruz
Mais informações: observatorio.sus@fiocruz.br
Apoio: Ensp e Fiocruz.
Acompanhe ao vivo:
A aula inaugural do curso eMulti em FormAção: Curso de Formação dos Profissionais das eMulti será realizada no dia 4 de fevereiro, às 13h. O evento terá como tema “As eMulti na Atenção Primária à Saúde do SUS: uma perspectiva histórica, avanço e desafios” e será transmitido ao vivo pelo canal da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) no Youtube.
O curso é voltado para o desenvolvimento de competências essenciais para o trabalho dos profissionais das eMulti. A formação é centrada na prática, em discussões de casos, e no trabalho realizado pelas equipes eMulti na APS/SUS. Há, ainda, ofertas teóricas de temas considerados prioritários para o cuidado ampliado na APS, em ambiente colaborativo e com avaliações contínuas para garantir a aplicação dos conhecimentos adquiridos no ambiente de trabalho.