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Publicado em 11/12/2024

Educação: Fiocruz participa de Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: Gente que faz o SUS acontecer. Este é o tema da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (CNGTES), que teve início nesta terça-feira, 10/12, em Brasília. O encontro, que acontecerá até a próxima sexta-feira, 13/12, reúne cerca de 3 mil pessoas de todo o Brasil e visa compartilhar experiências nacionais e internacionais em mesas temáticas, atividades culturais, Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) e saberes populares e ancestrais. Os debates são divididos em três grandes eixos que falam sobre controle social, trabalho e educação. A Fiocruz participa ativamente do encontro e, entre outros convidados, estão integrantes da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação e do Campus Virtual Fiocruz. 

A 4ª CNGTES é uma oportunidade para avaliar e reformular políticas de trabalho e educação na saúde, consolidando uma política pública permanente e resistente a adversidades, com monitoramento e avaliação pelos conselhos de saúde. O tema escolhido destaca a importância de valorizar os trabalhadores do SUS, fortalecer seus direitos e promover ações intersetoriais que atendam às necessidades da população, reconhecendo o papel fundamental das pessoas que fazem o SUS acontecer. Este evento é promovido pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Durante a mesa de abertura do evento, a ministra da saúde, Nísia Trindade Lima, reafirmou o compromisso do governo com a valorização dos trabalhadores da saúde, destacando a educação permanente e o trabalho digno como centrais para uma saúde de qualidade. “Cuidar de quem cuida da nossa saúde, dos trabalhadores do SUS, passa pela educação permanente e pelo trabalho digno”, afirmou, celebrando o caráter democrático do evento. Ela enfatizou ainda o momento histórico, em que, pela primeira vez, todos os estados do país estão reunidos para reafirmar a mobilização de trabalhadores e a construção coletiva no SUS. "É histórico também por retomarmos esse espaço de construção democrática, 18 anos após a última edição. No SUS, somos mais de 3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores, profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado da população. Muito obrigada a cada uma e cada um de vocês por fazerem o SUS acontecer!".  

A Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS), Isabela Pinto, enfatizou o impacto transformador da conferência: “Essa conferência mobiliza vontades, articula iniciativas e propõe ações políticas que promovem transformações na saúde e na sociedade brasileira.” Ela destacou a prioridade do governo federal em fortalecer políticas públicas que garantam os direitos dos trabalhadores da saúde, com iniciativas como a Mesa Nacional de Negociação e o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS. “Esse é um momento histórico para reafirmarmos nosso compromisso com a valorização das trabalhadoras e trabalhadores, a defesa do SUS, da reforma sanitária e da democracia brasileira.”

Já o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, apontou os desafios para a realização da conferência, celebrando a união de esforços. “Essa conferência só está acontecendo porque somamos esforços. Temos que unificar nossas lutas para manter o SUS vigoroso, valorizando trabalhadores e usuários, sempre reafirmando a democracia.” Pigatto também lembrou as vidas perdidas e os desafios enfrentados na pandemia.

+Leia mais em: Abertura da 4ª CNGTES: Ministério da Saúde anuncia pacto pelo trabalho digno, decente e humanizado, cobertura publicada pelo CNS

Os eixos norteadores do encontro são: Democracia, Controle Social e o desafio da equidade na gestão participativa do trabalho e da educação em saúde; Trabalho digno, decente, seguro, humanizado, equânime e democrático no SUS: Uma agenda estratégica para o futuro do Brasil; e Educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o SUS acontecer: A saúde da democracia para a democracia da Saúde.

Nesta quarta-feira, 11/12, tiveram início as discussões do eixo 3, que versa sobre a educação, e do qual faz parte grande parte da comitiva da Fiocruz que está presente no evento. 

A construção da 4ª CNGTES 

A Secretária da SGTES/MS, Isabela Pinto, lembrou que mais de 10 mil pessoas participaram das 27 conferências estaduais e distrital de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, realizadas de junho a setembro de 2024. Segundo ela, um feito histórico que mostra o protagonismo de quem faz o SUS acontecer. "A participação social é um dos princípios fundantes do SUS, e o fortalecimento do controle social é um passo importante para a legitimidade das políticas que devem traduzir a diversidade do Brasil. Trata-se de um momento histórico, no qual 100% das unidades federadas realizou conferências, ampliando as redes de participação social. Um caminho potente para dar concretude ao processo de formulação de políticas públicas”. 

Tais conferências resultaram em um documento que reúne 85 diretrizes e 293 propostas, que foram a base para os debates realizado agora na 4ª CNGTES. O Relatório Nacional Consolidado (RNC) da 4ª CNGTES é constituído pela sistematização das diretrizes e propostas constantes de 26 Relatórios das Conferências Estaduais e do Distrito Federal, e 48 Relatórios de Conferências Livres Nacionais, que estão sendo submetidas à análise e deliberação das pessoas delegadas da etapa nacional da 4ª CNGTES nos Trabalhos de Grupos e na Plenária Deliberativa. Acesse o documento no site do Conselho Nacional de Saúde e conheça quais são as propostas que a sociedade civil organizada quer debater em prol da educação para o desenvolvimento do trabalho na produção da saúde e do cuidado das pessoas que fazem o SUS acontecer.

*com informações do CNS e das redes sociais de Nisia Trindade Lima e Isabela Pinto

Fotos de Rafael Nascimento (MS), Isabela Pinto, Cristiani Vieira Machado e Ana Furniel

Publicado em 05/12/2024

Residência Médica e Multiprofissional 2025: inscrições abertas para programas em Mato Grosso do Sul

Autor(a): 
Fabiano Gama*

Estão abertas as inscrições para os Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Dourados (SeMS), Mato Grosso do Sul (MS) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do Projeto Laboratório de Inovação na Atenção Primária à Saúde Dourados-MS/Fiocruz. As inscrições estão abertas até 5 de janeiro de 2025.

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família está ofertando 32 vagas, distribuídas entre graduados em Enfermagem (8), Fisioterapia (3), Odontologia (6), Psicologia (3) e Nutrição (3).

 A Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade dispõe de 6 vagas.

O início das atividades de ambos os programas está previsto para março de 2025.

Ambos os editais prevêem vagas destinadas a ações afirmativas.

Confira atentamente os editais nos links abaixo:

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família

Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade

Inscreva-se já!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#ParaTodosVerem fotomontagem com as imagens de divulgação dos Programas. Banner azul, no topo estão os nomes dos Programas: Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e para o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Programas Oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde do Município de Dourados (SeMS) e a Fiocruz por meio do projeto “Laboratório de Inovação na Atenção Primária à Saúde Dourados-MS/Fiocruz. Inscrições até 5/1/2025. As duas imagens dos Programas são: Banner com fundo branco, no centro está escrito: Processo Seletivo - Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade SeMS/Fiocruz-2025, 6 vagas com direito a bolsa mais complementação, abaixo o período e link para inscrição. No canto inferior esquerdo, a foto de uma mulher branca com cabelos loiros soltos, ela usa crachá no pescoço e veste um jaleco branco. Banner com fundo branco, no centro está escrito: Processo Seletivo - Programa de Residência Médica em Saúde da Família SeMS/Fiocruz-2025, 32 vagas para os profissionais de Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia, abaixo o período e link para a inscrição. No canto inferior esquerdo do banner, a foto de um homem pardo e cabelos escuros, está com um crachá no pescoço, veste uma polo cinza e um jaleco branco, está com os braços cruzados.

 

 

Publicado em 03/12/2024

Diagnóstico precoce e autocuidado: lançado novo curso online e gratuito sobre diabetes

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Cerca de 7% da população brasileira vive com Diabetes Mellitus (DM). O dado da Sociedade Brasileira de Diabetes é alarmante, especialmente porque os números só crescem, inclusive entre crianças e adolescentes. Assim, o DM, principalmente o tipo 2, representa um problema de saúde pública, sendo cada vez mais necessárias a identificação precoce e a oferta de assistência, além do acompanhamento adequado para as pessoas que vivem com diabetes. Para promover a prevenção de complicações e o fortalecimento do autocuidado apoiado para pessoas com esse agravo, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o Campus Virtual Fiocruz lançam hoje o curso, online e gratuito, Diabetes Mellitus no SUS: Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado

Inscreva-se já!

Diferentemente da maioria de nossas formações, este curso tem foco não apenas nos profissionais de saúde, mas também em pessoas com diabetes, familiares e outros que lidam com pessoas que vivem com a comorbidade. O curso oferece estratégias preventivas e de promoção da saúde para auxiliar esse público a explorar temas essenciais nessa relação, desde a identificação precoce do Diabetes Mellitus (DM) até o estabelecimento de vínculos sólidos com as Unidades Básicas de Saúde, que são, atualmente, elementos imprescindíveis para o sucesso no controle desse agravo.

Segundo o Ministério da Saúde, o Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível (DCNT) causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Esse agravo pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins, nos nervos e, em casos mais graves, à morte. A doença pode se apresentar de diversas formas e possui tipos diferentes: tipo 1, tipo 2, diabetes gestacional e pré-diabetes. Independente do tipo, com o aparecimento de qualquer sintoma, é fundamental que o paciente procure atendimento médico especializado para iniciar o tratamento.

"As DCNT representam um dos principais desafios para a saúde pública no Brasil e no mundo na atualidade, visto que é responsável por mais de 70% das mortes globais. Dentre elas, o diabetes se destaca não somente pelo aumento do número de pessoas acometidas, mas especialmente por se apresentar como fator de risco para outras doenças crônicas", contextualizou a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, e uma das coordenadoras da nova formação, que contou com o apoio financeiro da AstraZeneca, e a ampla participação de conteudistas de Farmanguinhos e de outras instituições na elaboração e organização das aulas e escolha de materiais e recursos educacionais priorizados no curso.

Para a epidemiologista Annick Fontbonne, pesquisadora titular do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França (Inserm) e também coordenadora acadêmica da nova formação — com vasta experiência na realidade brasileira, desde 2010, quando atuou como pesquisadora visitante do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) em investigações sobre alimentação e nutrição na rede de atenção aos hipertensos e diabéticos —, o DM merece atenção por ser muitas vezes uma doença assintomática, especialmente nos estágios iniciais. Segundo ela, é preciso que profissionais de saúde estejam atentos aos sintomas e realizem busca ativa para detectar o acometimento e iniciar o acompanhamento rotineiro no âmbito da Atenção Primária, evitando maiores complicações.

Já Mariana Souza, integrante dessa tríade de coordenação acadêmica da nova formação — e responsável pelos Cursos Lato Sensu da Fiocruz, na CGE —, destacou o público-alvo do curso, que, segundo ela, é mais abrangente do que usualmente focamos. "Isso se deu visto a importância de fortalecer a autopercepção e o autocuidado das pessoas que vivem com diabetes, uma vez que acreditamos que o indivíduo é quem melhor se conhece e quem também tem o maior interesse em ter o melhor cuidado. Tão importante quanto um profissional saber lidar com a pessoa que chega para atendimento com alguma condição de saúde ou doença, é o próprio paciente saber cuidar de si, ter noção e entendimento sobre a sua doença, tudo isso, claro, após receber toda a orientação médica. Então, acredito ser esse um grande diferencial da formação. Além também de ser indicada a familiares de pacientes ou pessoas próximas que lidam com acometidos pela diabetes, não deixando ainda de ser voltada a profissionais de saúde, que é o nosso público regular", comentou ela.

 
Conheça a estrutura do curso Diabetes Mellitus no SUS: Promoção, prevenção e o fortalecimento do autocuidado e inscreva-se:

Módulo 1 - Panorama epidemiológico do diabetes

  • Aula 1 - Diabetes Mellitus: epidemiologia, fatores de risco e estratégias de prevenção
  • Aula 2 - Epidemiologia das comorbidades e complicações associadas ao Diabetes Mellitus

Módulo 2 - Tratamento do diabetes

  • Aula 1 - Tratamento não farmacológico do diabetes: dieta, exercício físico e educação para autocuidado
  • Aula 2 - Cirurgia Bariátrica
  • Aula 3 - Tratamento farmacológico do diabetes: classes terapêuticas disponíveis e suas características
  • Aula 4 - Tratamento farmacológico do diabetes: estratégias de uso e peculiaridades no manejo dos pacientes idosos

Módulo 3 - Organização da rede de atenção à saúde e prevenção das complicações do diabetes mellitus

  • Aula 1 - Redes de atenção à saúde, doenças crônicas e autocuidado
  • Aula 2 - Complicações cardiovasculares e estratégias de prevenção
  • Aula 3 - Complicações microvasculares e mistas e estratégias de prevenção

 

 

 

 

#ParaTodosVerem A imagem é formada por um desenho com fundo amarelado e uma forma arredondada no meio, onde está o nome do "CURSO: DIABETES MELLITUS NO SUS - PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E O FORTALECIMENTO DO AUTOCUIDADO". Abaixo do nome, um botão com a palavra "INSCREVA-SE". Ao lado superior esquerdo, o desenho de um pássaro; ao lado superior direito, uma lua com estrelas em volta; ao lado inferior esquerdo, o desenho representando uma Unidade de Saúde da Família, com duas profissionais conversando com uma paciente; e ao lado inferior direito, o desenho de um cacto.

Publicado em 19/11/2024

12ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz divulga data da premiação nacional

Autor(a): 
Júlio Pedrosa (Fiocruz Amazônia)

A cerimônia de Premiação Nacional da 12ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz já tem data para acontecer. Será no próximo dia 26 de novembro, a partir das 9h, no Auditório do Museu da Vida Fiocruz, no campus Manguinhos, sede da Fiocruz no Rio de Janeiro. Na oportunidade, serão apresentados os nomes dos 37 trabalhos selecionados pelas etapas regionais, nas modalidades Produção de Texto, Produção Audiovisual e Projeto de Ciências, e serão anunciados os grandes vencedores, dentre os destaques regionais. Representantes de escolas de todo país, vencedores das seis Coordenações Regionais (Norte, Nordeste I , Nordeste II, Sudeste, Centro-Oeste e Minas-Sul), participarão presencialmente, entre os dias 24 e 28 de novembro, da solenidade no Rio de Janeiro, com despesas pagas e direito a programação de atividades na capital carioca.

Além da premiação, os estudantes contemplados nas etapas regionais poderão concorrer a uma bolsa de iniciação científica júnior, com duração de um ano, dentro da etapa Mentoria nas Escolas. O recurso tem por finalidade promover o acompanhamento dos estudantes destaques da Obsma, como forma de fomentar ainda mais o interesse dos alunos pela carreira acadêmica científica.

Professores e alunos presentes na solenidade no Rio de Janeiro representarão os mais de 2.500 professores e 44.091 alunos participantes desta 12º edição do certame. Na ocasião, será anunciado também o resultado do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, que contempla trabalhos feitos por professoras e alunas, como estímulo à presença feminina na ciência. Este ano, a homenageada da edição será a cientista cearense Alda Falcão, falecida em 2019.

"Estamos satisfeitos com o alcance obtido nesta edição não apenas pelo número geral de trabalhos e participantes envolvidos, mas também pela presença marcante da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente nos quatro cantos do país, com uma atuação diversificada das coordenações regionais e das parcerias firmadas com as unidades e escritórios regionais da Fiocruz, em todo Brasil, bem como com as instituições públicas locais, a exemplo das secretarias de Educação dos Estados e Municípios, que abraçaram a ideia e contribuíram com a disseminação da Olimpíada junto às escolas", ressalta a coordenadora nacional da Obsma, Cristina Araripe.

Segundo Araripe, as parcerias têm papel estratégico da Obsma enquanto um projeto educacional e no fortalecimento do compromisso da Fiocruz com a educação de qualidade no Brasil. "Nesse contexto, a participação da Obsma em eventos nacionais, como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e de extrema importância para a disseminação junto aos professores e alunos".

Ela destaca também que a diversidade de trabalhos inscritos este ano chamou atenção da Coordenação Nacional da Obsma. "Saber que estamos fomentando discussões e ações em sala de aula em todo o país, sobre temas que se conectam à saúde e ao ambiente e suas transversalidades, é extremamente gratificante e demonstra que estamos alcançando nosso principal objetivo que é estimular o interesse pela ciência, tecnologia e inovação junto aos jovens estudantes, de escolas tanto das capitais quanto de municípios interioranos em vários estados", observou. Temas como reciclagem, biopirataria, biomas, recursos hídricos, violência sexual, dignidade menstrual, energia eólica, racismo ambiental, horta medicinal, prevenção à dengue e pandemia de Covid-19 estiveram presentes nas pautas de discussões das equipes que participaram desta edição.

Na cerimônia da Premiação Nacional, estarão presentes representantes das cidades de Palmas (TO), Cacoal (RO), Rondonópolis (MT), Caucaia (CE), Cuité (PB). Sobral (CE), Abreu e Lima (PE), Capela (SE), Marituba (PA), Manacapuru (AM), Cachoeira (BA), Baldim (MG), São Leopoldo (RS), Paraíba do Sul (RJ) e Botocatu (SP), e as capitais Manaus, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia e Brasília. Ao todo, a Olimpíada teve 1.012 trabalhos validados, sendo 57 da Regional Centro-Oeste; 106 da Regional Minas-Sul; 254 da Regional Nordeste I; 206 da Regional Nordeste II; 59 da Regional Norte; e 330 da Regional Sudeste. A avaliação regional contou com mais de 50 jurados de Norte a Sul, de Leste a Oeste, com trabalhos selecionados das mais diferentes localidades do país.

Publicado em 13/11/2024

Fiocruz lança curso online e gratuito sobre a abordagem Uma Só Saúde 

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O Campus Virtual Fiocruz, em parceria com o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e o apoio do Ministério da Educação, lança hoje o curso, online e gratuito, Introdução a Uma Só Saúde. A nova formação é para quem busca uma visão transdisciplinar e multissetorial integrada e ampla sobre a saúde. Com conteúdo autoinstrucional, o curso propõe uma abordagem inovadora para entender a saúde como um todo — conectando saúde humana, animal e ambiental em um único ecossistema interligado. A formação apresenta 9 aulas, divididas em 2 módulos, que somam 30h de carga horária. A ideia é que profissionais e estudantes de qualquer formação envolvidos nas áreas da saúde humana, animal e ambiente do Brasil e de outros países aprimorem seus conhecimentos, compreendendo de forma mais abrangente as ameaças à saúde pública que estão nessa interface.

Inscreva-se já! 

O curso aborda implicações reais das interações entre humanos, animais e meio ambiente. Assim, é um espaço de aprendizagem para entender e se capacitar para agir frente a problemas complexos que exigem cooperação e inovação de diversas áreas. Ele foi elaborado com diferentes recursos educacionais, estudos de caso e discussões para apresentar uma abordagem, apesar de introdutória, verdadeiramente transformadora. Não perca a chance de se preparar para os desafios globais de saúde!

Cooperação local-global para o enfrentamento de desafios emergentes e reemergentes

A abordagem Uma Só Saúde propõe e incentiva a comunicação, cooperação, coordenação e colaboração entre diferentes disciplinas, profissionais, instituições e setores para fornecer soluções de maneira mais abrangente e efetiva. Essa abordagem favorece a cooperação, desde o nível local até o global, para enfrentar desafios emergentes e reemergentes, como pandemias, resistência antimicrobiana, mudanças climáticas e outras ameaças à saúde. Assim, a abordagem de ‘Uma Só Saúde’ transcende fronteiras disciplinares, setoriais e geográficas, buscando soluções sustentáveis e integradas para promover a saúde dos seres humanos, animais domésticos e silvestres, vegetais e do ambiente mais amplo, incluindo ecossistemas.

A coordenadora acadêmia da formação, Marilia Santini, que é pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) apontou que a estratégia Uma Só Saúde é uma ferramenta muito importante para aumentar a capacidade de prever, detectar precocemente e responder a eventos que afetam ou podem vir afetar as condições de vida no nosso planeta. "O curso contribuirá para a disseminação de informação entre os diversos profissionais, estudantes e interessados de modo geral sobre o tema, sendo oportunamente lançado logo após a implementação do Comitê Interministerial Uma Só Saúde. Foi um grata experiência desenvolver este curso com a equipe do Campus Virtual e com Cristina Schneider, que tem uma carreira dedicada a essa temática, além de ser uma ótima parceira e grande amiga", comentou Marilia.

+Saiba mais: Comitê Uma Só Saúde realiza primeira reunião técnica - Encontro marca o início da elaboração do Plano de Ação Nacional e promove colaboração de várias instituições para a prevenção e controle de ameaças à saúde

A medica veterinária e epidemióloga ligada ao Departamento de Saúde Global Universidade de Georgetown, e colaboradora do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Iesc/UFRJ), Cristina Schneider, que divide a coordenação do curso com Marilia, explicou que pensar com a abordagem de Uma Só Saúde é entender que estamos todos interconectados neste planeta: pessoas em diferentes partes do mundo, animais, plantas... somos todos partes de um ecossistema. Segundo ela, com os desafios do mundo atual, a necessidade das diferentes disciplinas e setores colaborarem ficou evidente. Este curso introdutório apresenta conceitos básicos, exemplos e iniciativas atuais que norteiam a aplicação de tal abordagem; sendo recomendado para profissionais de diferentes disciplinas que atuam nos diversos níveis, tanto na área da saúde pública como animal e meio ambiente. Vamos trabalhar juntos para um mundo melhor para todos!". 

Pela primeira vez neste ano, o Brasil comemorou o Dia Nacional da Saúde Única, celebrado em 3 de novembro. A data foi instituida por meio da lei nº 14.792, em janeiro de 2024. A coordenadora do Campus Virtual Fiocruz, Ana Furniel, complementou dizendo que a construção dessa formação foi bastante desafiadora para as equipes envolvidas no seu desenvolvimento, pois, segundo ela, "trata-se de um tema multidisciplinar, com a ideia de oferecer um conteúdo introdutório, levando aos interessados alguns conceitos importantes, além de apresentar documentos norteadores para as políticas públicas da área e discussões em diferentes fóruns. Para tanto, contamos com o apoio e participação de pesquisadores da Fiocruz de diversas unidades, além de colaboradores de outras instituições de ensino nessa produção, que será a base para um segundo curso futuro, mais amplo e estruturado. 

Conheça a organização e estrutura do curso Introdução a Uma Só Saúde e inscreva-se:

Módulo 1 : Contexto, definições e exemplos da abordagem Uma Só Saúde

  • Aula 1 - História da visão integrada e as diferentes definições de Uma Só Saúde
  • Aula 2 - O Regulamento Sanitário Internacional (RSI)
  • Aula 3 - A importância da abordagem de Uma Só Saúde no mundo atual
  • Aula 4 - Documentos norteadores em Uma Só Saúde

Módulo 2: A Implementação da abordagem Uma Só Saúde para melhores resultados em saúde pública

  • Aula 1 - Condições para que epidemias de doenças infecciosas aconteçam
  • Aula 2 - Exemplos de estudos da interface animal-humano-ecossistema em eventos de potencial epidêmico
  • Aula 3 - Exemplos de estudos da interface animal-humano-ecossistema em doenças desatendidas e outros eventos
  • Aula 4 - Resistência aos antimicrobianos e a abordagem Uma Só Saúde
  • Aula 5 - Desafios para a implantação de programas e projetos em Uma Só Saúde
     

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo claro, no centro três figuras ilustrativas, uma árvore no centro, no lado direito um homem, no lado esquerdo um animal com quatro patas e rabo, embaixo está escrito: Curso Introdução a Uma Só Saúde. Inscrições abertas.

Publicado em 11/11/2024

Em dia de conscientização, Campus Virtual destaca novo curso sobre um vírus ainda pouco conhecido, O HTLV

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

O Vírus Linfotrópico da Célula T Humana, conhecido como HTLV (Human T-cell Lymphotropic Vírus, na sigla em inglês), é um retrovírus semelhante ao HIV, mas ainda pouco conhecido pela sociedade em geral. O Dia Mundial de Conscientização sobre o HTLV, celebrado em 10/11, busca ampliar o conhecimento sobre esse vírus, destacando a importância das estratégias de prevenção, do diagnóstico precoce e da testagem. A data foi criada para promover um debate global e incentivar políticas de saúde voltadas à detecção e ao acompanhamento dos portadores, uma vez que o HTLV ainda carece de visibilidade nos sistemas de saúde de muitos países. Em vista disso, o Campus Virtual Fiocruz vem trabalhando em conteúdos relevantes sobre essa temática e, em breve, lançará um curso autoinstrucional, online e gratuito sobre o HTLV. Acompanhe nossas noticias e conheça mais sobre o HTLV! 

Segundo o Ministério da Saúde, embora conhecido desde a década de 1980, O HTLV ainda é um desafio para a saúde pública e não tem cura. Esse vírus infecta principalmente as células do sistema imunológico (LTCD4+), e possui a capacidade de imortaliza-las, fazendo assim com que essas percam sua função de defender nosso organismo. Ele possui quatro subtipos: HTLV-1 (subtipo que mais causa doenças associadas), HTLV-2, 3 e 4. Estima-se que milhões de pessoas em todo o mundo sejam portadoras do HTLV, e muitas nem saibam disso devido à baixa conscientização e testagem limitada. A infecção pode estar associada a condições graves, como a leucemia de células T e a paraparesia espástica tropical, mas a maioria dos infectados permanecem assintomáticos ao longo da vida.

O HTLV é transmitido de maneira semelhante ao HIV, por meio de relações sexuais desprotegidas, transfusões de sangue contaminado e através da mãe infectada para o recém-nascido (transmissão vertical), principalmente pelo aleitamento materno. e compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas. Por isso, as estratégias de prevenção incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais, a triagem de doadores de sangue e a orientação para que mães portadoras evitem o aleitamento materno. Por isso a disseminação de informações, além de campanhas de educação e conscientização sobre a doença, são essenciais para reduzir a transmissão e aumentar o diagnóstico.

Para as pessoas que já convivem com o HTLV, o cuidado contínuo e o acompanhamento regular com especialistas, como neurologistas e hematologistas, são fundamentais e podem ajudar a prevenir ou a tratar complicações associadas à infecção. A falta de informação e o estigma em torno do HTLV dificultam o acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado, como ocorre com outras doenças. 

+Saiba mais: Fiocruz e Ministério da Saúde lançam curso online e gratuito sobre enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde

Prevenção e tratamento

Neste dia, o apelo é para que mais atenção seja dada a esse vírus e aos desafios enfrentados pelos portadores, buscando não apenas aumentar a conscientização, mas também melhorar a qualidade de vida e o cuidado oferecido a quem convive com a infecção.

De acordo com o Ministério, o tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa deverá ser acompanhada nos serviços de saúde do SUS e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV. Embora não haja um tratamento curativo para as manifestações neurológicas do HTLV-1, recomenda-se que todo indivíduo acometido deve ser assistido por equipe multidisciplinar que inclua profissionais médicos (neurologista, infectologista, urologista, dermatologista, oftalmologista), fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e psicólogos. Para a prevenção, recomenda-se o uso de preservativo masculino ou feminino (disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde) em todas as relações sexuais, além de não se compartilhar seringas, agulhas ou outros objetos perfuro cortantes. 

É importante destacar que a detecção da infecção pelo HTLV só foi possível a partir de 1983, quando foram introduzidos testes sorológicos para a avaliação da disseminação viral. No Brasil, estes testes foram introduzidos a partir de 1993, sendo obrigatórios em todos os bancos de sangue. A triagem para esse agente infeccioso também é realizada durante os processos de fertilização in vitro em nosso país.

Visibilidade e mobilização social

A pesquisadora do Laboratório de Virologia e Terapia Experimental (Lavite), do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) Clarice Neuenschwander é uma das coordenadoras da nova formação. Na última sexta-feira, 8/11, ela proferiu a palestra 'Conhecendo o HTLV: HTL… O quê?', que teve foco em esclarecer o impacto do HTLV, destacando avanços recentes e desafios no combate à transmissão desse agente infeccioso. Durante a palestra, Clarice reforçou que os avanços recentes incluem a obrigatoriedade do teste para HTLV no pré-natal nacional, implementada neste ano de 2024, e orientações de que mães diagnosticadas evitem o aleitamento, devido ao alto risco de transmissão. 

+Confira: Minuto SUS aborda palestra sobre HTLV

Além disso, no domingo, Dia Mundial de Conscientização sobre o HTLV, 10/11, foi realizada uma ação na Avenida Paulista, em São Paulo, para visibilidade e mobilização social sobre o tema. A iniciativa teve a participação de pesquisadores e integrantes da Secretaria de Saúde de São Paulo, o Ministério da Saúde, a Universidade de São Paulo (USP), o HTLV Chanel e o grupo HTLV Brasil (IAM/Fiocruz Pernambuco). O HTLV foi ainda tema da questão 121 do Exame Nacional Ensino Médio (Enem) 2024, o que faz com que a temática chegue em grupos importantes, como os jovens, que têm vida sexual ativa e muitas vezes apresentam comportamento de risco, como o não uso de preservativos em suas relações sexuais. 

*com informações do Ministério da Saúde e IAM/Fiocruz Pernambuco

Publicado em 05/11/2024

Fiocruz participa do 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde

Autor(a): 
Isabela Schincariol

No último domingo, teve início o 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que acontece em Fortaleza. O evento reúne inúmeros pesquisadores e representantes da Fiocruz. Nossa vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, participou da cerimônia de abertura representando a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O Campus Virtual Fiocruz também está no evento, integrantes de nossa equipe participaram da atividade: "Retomada da Estratégia Saúde da Família", que aconteceu na tarde de segunda, e da oficina "e-SUS APS e Sisab com ferramentas do cuidado e da gestão da APS", na manhã desta terça-feira. Em ambas as atividades foi abordado o projeto Painel e-SUS APS da Fiocruz, um software livre e colaborativo, disponibilizado pelo Campus Virtual Fiocruz como recurso educacional aberto.

O Painel é uma ferramenta que visa à gestão do cuidado por meio da informação qualificada para a efetividade do SUS. Ele apresenta dashboards e relatórios temáticos que apoiam os serviços de saúde e seus municípios, tendo como foco a qualificação do cuidado na Atenção Primária em Saúde (APS).

O Painel oferece feedback para profissionais de saúde na APS utilizando dados locais, e conecta-se aos arquivos e bancos de dados locais para extrair essas informações e entregá-las de forma fácil de usar e que faça sentido para os profissionais e gestores de saúde. Neste projeto, toda equipe ou secretaria de saúde interessada poderá implementar tal solução, que tem potencial de aplicação em todo Brasil. Depois de instalado localmente, o Painel acessa informações que já estão nos computadores nos quais os profissionais da saúde trabalham registrando os atendimentos.

A oficina foi proposta pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (Saps/@minsaude) e, na ocasião, o Painel e-SUS foi apresentado pelo secretário, Felipe Proenço de Oliveira, na mesa-redonda, que também contou com a participação de Luiz Augusto Facchini, da Universidade Federal de Pelotas, Maria Vaudelice Mota, da Secretaria de Saúde do Ceará; e a coordenadora nacional do ProfSaúde, Carla Pacheco.

*As duas últimas fotos são da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).

Publicado em 06/11/2024

Controle Social no SUS: Fiocruz, CNS e UFMT lançam curso online em monitoramento e avaliação

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O controle social prevê transparência e corresponsabilidade na gestão da saúde pública, assegurando, assim, que as políticas sejam implementadas de acordo com as prioridades da população. Ao fortalecer a fiscalização e promover o engajamento dos conselheiros de saúde, o SUS torna-se mais eficiente e responsivo, com maior capacidade de adaptar-se aos desafios e demandas emergentes. Com foco nesses atores fundamentais no processo de Monitoramento e Avaliação, o Campus Virtual Fiocruz lança o curso, online e gratuito, Formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social no SUS. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Saúde(CNS), a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso (ISC/UFMT). Conselheiros, apoiadores técnicos e representantes dos conselhos estão no foco, mas a formação é aberta a todos os interessados na temática.

Inscreva-se já! 

O CNS também lançará o curso nesta quarta-feira, durante sua 360ª Reunião Ordinária, que marca ainda a volta das atividades no tradicional Plenário Omilton Visconde, localizado no anexo do Ministério da Saúde, em Brasília, após nove meses de reformas. A reunião será transmitida online pelo canal do CNS no Youtube. Leia mais em Reinauguração do plenário do CNS é destaque da 360ª Reunião Ordinária e conheça a pauta do encontro. 

A proposta do curso surgiu a partir da necessidade de os conselhos de saúde desenvolverem estratégias eficazes para monitorar as deliberações que influenciam a formulação e o acompanhamento das políticas públicas de saúde, uma demanda recorrente nas conferências de saúde, amplamente discutida na 16ª Conferência Nacional de Saúde de 2019. Tais conferências deliberam proposições cruciais para o planejamento e execução de ações no SUS em resposta às necessidades da população brasileira. No entanto, o monitoramento técnico dessas deliberações e sua incorporação no planejamento de políticas e programas ainda é limitado.

Este foi um curso feito numa profícua parceria entre as instituições, com a concepção e a execução alinhadas entre os organizadores e o demandante, que foi o CNS. Assim, a formação reflete também as características e anseios de cada instituição. Segundo a coordenadora da formação pela Fiocruz, Marly Cruz, que é pesquisadora da Ensp e possui larga experiência na área do M&A, o curso oferece conceitos, métodos e aplicações práticas para fortalecer a atuação dos conselhos na fiscalização e melhoria das políticas públicas de saúde. Tendo como base o arcabouço teórico e metodológico do Monitoramento e Avaliação em Saúde, o curso visa qualificar os profissionais para aplicarem essas ferramentas no contexto do controle social no SUS. 

Já Fernando Pigatto, que é presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 2018 (gestões 2018-2021 e 2021-2024) e atua no controle social há cerca de quatro década, afirma que o curso será fundamental para o processo de devolutiva da 17ª Conferência Nacional de Saúde nos níveis federal, estadual e municipal, "influenciando, inclusive, nos planos municipais de saúde, a serem elaborados no próximo ano para vigorarem entre 2026 e 2029". 

Curso autoinstrucional: demanda por formação, organização do conhecimento e uma janela de oportunidade  

A coordenadora do curso pela UFMT, Juliana Kabad, lembrou que a nova formação é resultado de uma iniciativa anterior, realizada em 2023, de forma híbrida pelos mesmos parceiros agora envolvidos. Segundo ela, o curso foi inovador na medida em que trabalhou com conteúdos que ainda não haviam sido abordados de forma articulada: a áreas de conhecimento do monitoramento e avaliação, e o controle social em saúde, voltados a conselheiros de saúde e trabalhadores do controle social do SUS. 

"Realizamos todo um trabalho de adequação do material didático sem perder suas bases e essência, desenvolvemos inúmeras videoaulas para adaptar a parte síncrona do cursoo, além de incorporarmos novos docentes, que anteriormente atuaram como tutores na formação anterior. Nossa ideia agora é ter um amplo alcance em todo o país, de forma a subsidiar o processo formativo contínuo dos conselhos de saúde, sejam municipais, estaduais e o Conselho Nacional de Saúde para o fortalecimento, o monitoramento e a avaliação em saúde para que, a partir disso, consigam exercer de fato suas funções, tanto na formulação de políticas como no monitoramento e na avaliação das mesmas", detalhou. 

+Saiba mais: Conheça o portfólio, desenvolvido no âmbito da formação de 2023, que traz detalhes da trajetória do curso inicial, os números alcançados, além dos materiais elaborados no âmbito do curso híbrido e que estão em acesso aberto a quem quiser acessar e utilizar

O material do novo curso autoinstrucional trabalha a participação social em todo o ciclo da política, desde o processo de formulação até o processo de planejamento, execução, monitoramento e avaliação, além do papel do controle social em todo esse processo. O que se busca é que as deliberações das conferências de saúde sejam efetivamente acompanhadas e monitoradas para que incidam sobre a formulação das políticas. E, posteriormente, depois de tais políticas já implantadas, possam ser continuamente acompanhadas, monitoradas e avaliadas pelos conselhos. 

Conheça a formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social no SUS - 60h, 3 módulos e 7 unidades:

Módulo 1: Princípios e conceitos básicos sobre Participação Social em Saúde

  • Unidade 1: O Básico do básico da vida em sociedade
  • Unidade 2: O básico do Sistema Único de Saúde, da Participação e do Controle Social

Módulo 2: Princípios e conceitos básicos sobre Planejamento, Monitoramento e Avaliação em Saúde

  • Unidade 1: Monitoramento e Avaliação (M&A) - Definições teóricas e conceituais
  • Unidade 2: Planejamento, Monitoramento e Avaliação em Saúde - Abordagens metodológicas e suas aplicações
  • Unidade 3: Sistema de monitoramento e a modelização da intervenção

Módulo 3: Contribuições do Monitoramento e Avaliação (M&A) para o Controle Social no SUS

  • Unidade 1: O papel das conferências e suas repercussões no processo deliberativo
  • Unidade 2: Como monitorar as resoluções e deliberações das conferências de saúde 

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo roxo com figuras ilustrativas, no lado superior direito, a imagem ilustrativa de um homem branco com cabelos escuros compridos, ele está sentado em um cadeira de rodas e segura um círculo amarelo nas mãos. No canto inferior esquerdo, a figura ilustrativa de duas mulheres negras, uma está com turbante, a outra está com uma faixa na cabeça e com o cabelo comprido solto, há um microfone na sua frente e ela está com a mão esquerda levantada. No canto inferior direito, a figura ilustrativa de três pessoas, uma mulher amarela com a jaqueta do SUS e cabelos compridos soltos, um homem negro e uma mulher negra, eles sorriem. No centro do banner está escrito: Curso Formação em Monitoramento e Avaliação para o Controle Social do SUS.

Publicado em 11/11/2024

Capes adotará classificação de artigos na avaliação quadrienal

Autor(a): 
Capes

O Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES) da Capes aprovou uma nova sistemática para uma das dimensões da avaliação quadrienal da pós-graduação stricto sensu: a classificação da produção intelectual. O processo avaliativo passará a focar na classificação dos artigos publicados e não mais no periódico onde o texto foi divulgado. A mudança será aplicada no ciclo 2025 a 2028.

Desta forma, as revistas científicas não serão mais classificadas pelo Qualis Periódicos, como vem ocorrendo até o ciclo avaliativo que se encerra este ano. A mudança foi aprovada na reunião do CTC-ES de setembro e os documentos orientadores das novas regras serão publicados de forma detalhada em março de 2025.

Foram definidos três procedimentos (veja detalhes abaixo) para a classificação dos artigos. Cada uma das 50 áreas de avaliação da Capes poderá adotar um dos itens, ou a combinação entre eles. “A mudança redireciona o olhar e a classificação para o artigo, que passa a ser o elemento central”, explica o diretor de Avaliação da Capes, Antonio Gomes de Souza Filho.

Um dos procedimentos da nova metodologia vai permitir, por exemplo, que três artigos publicados em um mesmo periódico possam ter classificações diferentes, pois os indicadores bibliométricos dos artigos são diferentes. Com isso, um texto poderá receber classificação melhor do que o outro. “Ao avaliar o artigo é possível ter uma melhor dimensão do conteúdo produzido, da repercussão do mesmo, o que é mais difícil ao se observar apenas o periódico”, ressalta o diretor.   

Para ele, essa mudança é um avanço no sistema de avaliação dos cursos de mestrado e doutorado do País. “Aproveitamos o que tem sido bom nessa metodologia do Qualis e, ao mesmo tempo, abrimos espaço para acolher outras informações, métricas e metodologias que a avaliação contemporânea da produção científica demanda”, destaca Antonio Gomes.

Três procedimentos para a classificação dos artigos:
Primeiro - a classificação se dará pelos indicadores bibliométricos dos veículos de publicação, baseada no desempenho da revista, como é feito atualmente pelo Qualis Periódicos, mas a classificação vai recair sobre artigos.
Segundo - os indicadores serão extraídos diretamente do artigo, através, por exemplo, do índice de citações alcançadas para a análise quantitativa e dos critérios de indexação e acesso aberto, dentre outros, para averiguar aspectos qualitativos.
Terceiro - a análise qualitativa de artigos é baseada em fatores e metodologias definidos pela área de avaliação que podem abarcar, por exemplo, uma análise de pertinência do tema abordado, avanço conceitual proveniente do trabalho e a contribuição científica do estudo. 

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/Capes

Publicado em 24/10/2024

Inscrições abertas para Cátedras na Alemanha e Reino Unido

Autor(a): 
Capes

Estão abertas as segundas chamadas dos Editais nº 2428 e 29, de 2023, referentes aos Programas Cátedra BonnCátedra CAPES/Chico Mendes (Universidade de Birmingham) e Cátedra Brasil da Universidade de Münster, respectivamente. As inscrições para as parcerias com as instituições alemãs vão até as 17h de 31 de outubro, enquanto a iniciativa com universidade britânica segue até 30 de dezembro, no mesmo horário.

Para a Universidade de Bonn, a seleção é na área de Agricultura, Biodiversidade e Bioeconomia. O pesquisador selecionado receberá bolsa de cátedra, com duração de seis a 12 meses, podendo indicar um bolsista de pós-doutorado e outro de doutorado-sanduíche. O valor total da chamada é de aproximadamente R$480 mil para a implementação de todas as bolsas ao longo de 12 meses. A divulgação do resultado está prevista para março de 2025, com início das atividades entre setembro e novembro do mesmo ano. Para tirar dúvidas sobre o edital, o endereço eletrônico é inscricao.bonn@capes.gov.br.

A Cátedra Chico Mendes, por sua vez, trata de Ciências Ambientais, Mudanças Climáticas, Ecossistemas, Sustentabilidade, Sociedades e Meio Ambiente. O montante a ser repassado é próximo de R$530 mil, também para até 12 meses. As modalidades de bolsas são as mesmas de Bonn. O Programa visa o desenvolvimento de ações conjuntas que promovam a integração de atividades de pesquisa e ensino entre universidades brasileiras e a Universidade de Birmingham. O resultado tem publicação prevista para maio de 2025, com início das atividades na Inglaterra, entre setembro e outubro. Para mais informações, o e-mail para contato é inscricao.chicomendes@capes.gov.br.

Já a chamada para a Universidade de Münster é na área de Epidemiologia, com foco em Modelling infection disease dynamics for epidemiologic management. Assim como nos outros dois casos, a seleção é para um bolsista de cátedra, que poderá escolher pesquisadores para receberem bolsas de pós-doutorado e doutorado-sanduíche. Serão repassados pouco mais de R$640 mil para até 18 meses de trabalhos. A definição do resultado será publicizada até maio de 2025com início das atividades entre setembro e novembro. Eventuais questionamentos sobre o edital devem ser encaminhados para wwu@capes.gov.br.

Sobre os programas de cátedra
As bolsas na modalidade Cátedra são oferecidas a pesquisadores ou professores-doutores de alto nível e de notório reconhecimento pela comunidade acadêmica e científica, no Brasil e no exterior, e a alunos de pós-graduação, no caso das bolsas de doutorado-sanduíche e pós-doutorado. O objetivo é aprofundar a cooperação acadêmica, incentivar a criação de redes internacionais de pesquisa e ampliar o acesso de pesquisadores brasileiros a centros internacionais de excelência. Além disso, as ações proporcionam maior visibilidade internacional à produção científica, tecnológica e cultural brasileira.

 

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/CAPES)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/CAPES

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