Publicação : 01/04/2020
A Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), prorroga o prazo de seleção da chamada para propostas de projetos sobre Memória Institucional da Fiocruz. O objetivo é estimular iniciativas relacionadas à memória institucional da instituição.
José Marmo da Silva é figura-chave nas lutas recentes em prol da saúde da população negra. Dentista, educador, militante, filho de Oxóssi e ogã, nascido em Nilópolis, na Baixada Fluminense, ele buscou os saberes das religiões de matrizes africanas para promover políticas públicas de saúde e de educação. Para isso, realizou projetos pioneiros, como a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro Saúde). Após sua morte, em 2017, sua coleção particular foi doada à Biblioteca de Manguinhos do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). Um inventário que abrange cerca de 400 itens, e que registra não apenas sua trajetória, mas o avanço e as estratégias na luta por direitos da população negra e enfrentamento ao racismo. Parte dessa coleção será apresentada na exposição Marmo: o ofá cuja voz ecoa, que vai ocupar o hall da Biblioteca de Manguinhos até o fim de março, narrando um pouco da história dessa importante liderança brasileira.
Igor Falce Dias de Lima, coordenador da Biblioteca de Manguinhos e um dos curadores da exposição, lembra que Marmo foi um dos precursores do conceito de saúde da população negra no Brasil. “Sua voz ecoa através de suas ações e projetos voltados para a promoção da saúde da população negra e de terreiros. O legado de Marmo nos marca como inspiração e motivação para combater o racismo e as desigualdades sociais, principalmente no âmbito da saúde”, diz. A exposição integra uma série de eventos que ocorrem em todo o mundo pela campanha 21 Dias de Ativismo contra o Racismo, organizados para celebrar o 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Com uma história pessoal de engajamento social, José Marmo esteve entre o grupo de “pesquisadoras negras e pesquisadores negros que pressionam o Ministério da Saúde e o governo brasileiro a tirar da invisibilidade o que pesquisas em saúde evidenciavam: o racismo e a discriminação étnico-racial existentes desde sempre no Brasil, que afetam, negativamente, a saúde de filhas e filhos negros de nossa pátria mãe gentil”, narra o texto da exposição.
Como exemplo de algumas atuações de Marmo, ele foi coordenador do programa de saúde do grupo cultural AfroReggae e precursor das campanhas de promoção à saúde e prevenção de HIV/Aids para a população negra e povos de terreiro. Foi fundamental para a criação de projetos como o Odô-Yá, que criava estratégias para que iniciados das religiões de matrizes africanas lidassem de forma preventiva e solidária ante a epidemia de HIV/Aids no Brasil. Ou o Arayê, da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), que estimulava a reflexão sobre a saúde da população afro-brasileira, mostrando as contradições relacionadas à qualidade de vida no Brasil. Foi atuante na consolidação do Grupo Criola, organização da sociedade civil para defesa e promoção dos direitos das mulheres negras.
Em 2003, Marmo foi um dos fundadores da Renafro Saúde, uma articulação da sociedade civil que reúne representantes de comunidades tradicionais de terreiro. Além disso, integrou o Comitê Técnico de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e atuou em diferentes instâncias por políticas públicas de saúde para a população negra. "Era um ativista do movimento social que lutava por direitos humanos, direitos da população negra e de pessoas de terreiro, assim como combatia o racismo e as diversas formas de intolerância”, descreve Marco Antonio Chagas Guimarães, também curador da exposição, psicanalista, especialista em saúde da população negra e cultura afro-brasileira e viúvo de Marmo, com quem conviveu por 30 anos. “Marmo foi iniciado no Candomblé como filho de Oxóssi, o caçador. E, como tal, buscava formas de prover sua comunidade por meio dos projetos que criou e desenvolveu. Sabia a importância do coletivo e do compartilhar, a importância do aprender, ensinar, do ser grato. Não tinha medo de desafios e, apesar das adversidades, não perdia a alegria, a vontade de criar e sonhar”, completa.
Como um ofá – o arco e flexa de Oxóssi –, Marmo traçou sua trajetória abrindo caminhos por direitos e se projetando no futuro. Morreu em 1º de setembro de 2017, aos 63 anos. A nota de pesar da Fundação Cultural Palmares o apontava como “um dos maiores articuladores das culturas e matrizes africanas”. “Os Povos de Terreiro choram essa perda, mas seu legado há de permanecer conosco”, diz a nota, assinada pelo então presidente da Fundação, Erivaldo Oliveira. Em junho de 2018, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu a Marmo a Medalha Tiradentes Post-Mortem, a maior condecoração do Estado do Rio de Janeiro, por todo o trabalho desenvolvido. Além de ofá, Marmo era também ogã (de Oxum). Que, nas religiões de matrizes africanas, é o título dado àqueles capazes de auxiliar e proteger a casa de culto.
O evento é o primeiro de 2020 no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, que ficou fechada por nove meses. A exposição trará cartões-postais, fotografias, vídeos, boletins informativos e outras publicações da Coleção José Marmo. “Coleções como a de Marmo fomentam, fortalecem e promovem a pesquisa em pautas sociais que corroboram com os princípios de universalidade, integralidade e equidade do Sistema Único de Saúde”, enfatiza Igor Lima.
Marco Antonio Guimarães explica que, ao pôr a coleção em foco, a mostra da Biblioteca de Manguinhos reitera como o racismo estrutural e institucional existente no Brasil ainda promove agravos à saúde de pessoas negras, que acabam tendo menor expectativa de vida, maior taxa de mortalidade e maior risco de adoecer e de morrer por doenças evitáveis.
A exposição é gratuita e ocupa o hall da Biblioteca de Manguinhos (campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro). A visitação vai até o dia 31 de março, das 8h às 16h45.
Está aberta, até 22 de abril, a chamada interna aberta para a seleção de projetos sobre memória institucional da Fiocruz. A iniciativa é da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz) e faz parte das comemorações pelos 120 anos da instituição, celebrados em 2020. Os interessados devem enviar suas propostas até o dia 22 de abril.
A Fiocruz se prepara para os desafios das próximas décadas sobre o futuro da saúde e dos novos paradigmas científicos e tecnológicos. A seleção visa fortalecer a identidade da Fiocruz como parte da visão estratégica institucional, promovendo o diálogo entre passado, presente e futuro; o acesso aos acervos e a democratização do conhecimento; as relações com a sociedade na construção da memória; e a diversidade de atores e identidades de todas as unidades da Fundação.
Serão aceitas propostas a serem iniciadas ou fomentadas, baseadas nas mais diversas estratégias de memória institucional, relacionados a acervos, personagens, conhecimentos e experiências. Entre projetos que podem ser apresentados estão: exposições, livros, vídeos, iniciativas de voltadas a preservação e organização de acervos, ações de memória, pesquisas, recursos educacionais etc.
No total, serão alocados R$ 210 mil em recursos, e contemplados até sete projetos no valor máximo de R$ 30 mil.
Acesse aqui a chamada completa. Acompanhe as próximas etapas pelo Campus Virtual Fiocruz!
Publicação : 09/03/2020
A Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), torna pública a chamada para apresentação de propostas para projetos de Memória Institucional da Fiocruz. O objetivo é estimular iniciativas relacionadas à memória institucional da instituição.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove uma série de aulas inaugurais em 2020, difundindo conhecimentos diversos e de forma ampla na área da saúde pública. A Coordenação de Comunicação Social (CCS), a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e as assessorias de comunicação das unidades elaboraram uma lista completa dos eventos. Acesse as informações, a seguir:
DIA 2 DE MARÇO
Fiocruz Amazônia
Tema: Imunopatogênese da Infecção pelo HIV-1
Palestrante: Fernanda Heloise Côrtes (IOC)
Horário: 9h (horário de Manaus)
Local: Auditório da Fiocruz Amazônia
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI)
Tema: Covid-19 – Riscos e desafios de uma virose emergente
Palestrante: Estevão Portela Nunes (vice-diretor de Serviços Clínicos do INI)
Horário: 10h
Local: Auditório do Pavilhão de Ensino
Mais informações
Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB)
Tema: O avanço das ciências experimentais face ao compromisso com a vida
Palestrante: Luiz Bevilacqua (cientista e professor emérito da UFRJ. É conhecido por seu trabalho como presidente da Agência Espacial Brasileira e como secretário-geral do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2011, foi agraciado com o Prêmio Anísio Teixeira)
Horário: 14h
Local: Auditório da Cogic
DIA 4 DE MARÇO
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)
Tema: Os desafios atuais da ciência brasileira no enfrentamento das desigualdades e iniquidades sociais
Palestrantes: Deisy Ventura (professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP); Paulo de Martino Jannuzzi (professor do Programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas da Ence/IBGE); Humberto Adami Santos Júnior, (presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Conselho Federal da OAB)
Horário: 13h30
Local: Auditório térreo da Ensp
Mais informações
DIA 5 DE MARÇO
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV)
Tema: 30 anos das leis que estruturaram o SUS: significados e balanço da 8.080 e da 8.142
Palestrantes: Lenir Santos (presidente do Instituto de Direito Sanitário Aplicado - Idisa) e Francisco Batista Júnior (ex-presidente do Conselho Nacional de Saúde - CNS)
Horário: 14h
Local: Auditório Joaquim Alberto de Melo
DIA 6 DE MARÇO
Fiocruz Ceará
Tema: Síndrome da zika congênita: quatro anos após a emergência global de saúde pública
Palestrante: Celina Turchi (pesquisadora visitante da Fiocruz Pernambuco)
Horário: 9h
Local: Auditório da Fiocruz Ceará
Inscrição pelo Campus Virtual Fiocruz
Instituto Oswaldo Cruz
Tema: Ensino comprometido com a sociedade: 3 mil defesas de teses e dissertações; Resposta do IOC à emergência global do Covid-19; Ações do Ministério da Saúde no contexto de emergência global; Biologia do Covid-19 e diagnóstico laboratorial
Palestrante: Martha Mutis (coordenadora da Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical); Wanderson Kléber de Oliveira (secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde); Marilda Siqueira e Fernando Motta (Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC)
Horário: 9h
Local: Auditório Emmanuel Dias (Pavilhão Arthur Neiva)
Mais informações
DIA 11 DE MARÇO
Fiocruz Paraná
Tema: Por que temos câncer de pele com a luz do sol?
Palestrante: Carlos Menck (professor titular da USP e coordenador da área de Ciência Biológicas I da Capes)
Horário: 11h
Local: Auditório da Fiocruz Paraná
DIA 12 DE MARÇO
Fiocruz Minas
Tema: Impactos sociais e desafios éticos da computação
Palestrante: Virgílio Augusto Almeida (professor titular do Departamento de Ciência da Computação da Universidade UFMG)
Horário: 14h
Local: Auditório da Fiocruz Minas
DIA 13 DE MARÇO
Fiocruz Rondônia
Tema: O papel da Rede Bionorte na formação de doutores na Região Amazônica: perspectivas e desafios
Palestrante: Cleydson Breno Rodrigues dos Santos (autor da primeira tese defendida no Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia - PPG-Bionorte)
Horário: 9h30 (horário de Brasília)
Local: Sala de Aula do PPG-Bionorte, no Campus da Universidade Federal de Rondônia
DIA 16 DE MARÇO
Abertura do Ano Letivo da Fiocruz
Tema: Saúde pública na Era do desenvolvimento sustentável
Conferencista: Jeffrey David Sachs (economista e professor - Center for Sustainable Development , Columbia University)
Horário: 8h30
Local: Auditório térreo da Ensp
Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos)
Tema: Four decades of pharmaceutical nanotechnology: has the promise been fulfilled?
Palestrante: Sílvia Stanisçuaski Guterres (coordenadora de área da Farmácia na Capes e professora da UFRGS)
Horário: 13h
Local: Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)
DIA 20 DE MARÇO
Casa de Oswaldo Cruz (COC)
Tema: Negacionismos e revisionismos ideológicos: o conhecimento histórico em xeque
Palestrante: Marcos Napolitano (USP)
Horário: 10h
Local: Salão de Conferências Luiz Fernando Ferreira (Prédio do CDHS)
DIA 25 DE MARÇO
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict)
Tema: Ciência e Políticas Públicas: A questão do aquecimento global e a preservação da Amazônia
Palestrante: Ricardo Galvão (professor do Instituto de Física da USP e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe). Considerado pela Nature um dos 10 pesquisadores mais importantes do mundo em 2019.
Horário: 9h
Local: Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos
DIA 26 DE MARÇO
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)
Tema: Sars-Cov2, entre homens morcegos e pangolins
Palestrante: Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC
Horário: 10h30
Local: Auditório do INCQS
DIA 27 DE MARÇO
Fiocruz Pernambuco
Tema: Os impactos das tecnologias nos Sistemas de Saúde
Palestrante: Reinaldo Guimarães (sanitarista, pesquisador da UFRJ, vice-presidente da Abrasco e ex-secretário da SCTIE/MS).
Horário: 10h
Local: Auditório da Fiocruz Pernambuco
Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia)
Tema: Gamificação e mapeamento participativo: potencialidades do aplicativo +Lugar
Palestrante: Isa Beatriz da Cruz Neves (professora do IHAC/UFBA)
Horário: 9h
Local: Auditório Aluízio Prata
DIA 1º DE ABRIL
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF)
Tema: Gênero, sexualidade e política sexual feminista
Palestrante: Conceição Nogueira (docente do Programa de Pós-Graduação em Sexualidade Humana da Universidade do Porto - Portugal)
Horário: 9h
Local: Centro de Estudos Olinto de Oliveira (CEEO) – Anfiteatro A
*Atualizada em 11/3/2020.
O novo Doutorado Profissional em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi destaque durante o evento comemorativo dos 69 anos do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco). A celebração contou com a presença da Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.
Realizado em parceria com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o doutorado – cujo o edital sairá no próximo dia 8 de setembro de 2019 – foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). É o primeiro doutorado profissional público, no campo da Saúde Coletiva, aprovado no país. O curso tem caráter interdisciplinar, multiprofissional e seu objetivo é a formação de doutores na área de concentração da Gestão em Saúde. Para esta primeira turma serão disponibilizadas 10 vagas, destinadas aos servidores da saúde estadual.
Falando sobre esta parceria, o secretário André Longo destacou a alegria de participar das comemorações dos 69 anos do IAM e da importância do trabalho conjunto desenvolvido pelas duas instituições. “Falar do Aggeu é falar de parceria e construção da Saúde Pública e do Sistema Único de Saúde em Pernambuco e no Brasil. A gente tem a perfeita clareza da importância do IAM nos momentos de dificuldades pelos quais passou a saúde pública em Pernambuco nos anos de 2015 e 2016, foram dias difíceis. E foi nessa casa, que a SES encontrou acolhida para construir uma grande parceria, que resultou num trabalho reconhecido pelo mundo inteiro. Vir aqui hoje é uma forma de reconhecimento e de agradecimento”, ressaltou André Longo. O secretário ainda elogiou capacidade do Aggeu, no atual cenário político-econômico brasileiro adverso, conseguir investir em melhorias de equipamentos e na formação de recursos humanos, como é o caso do doutorado profissional em Saúde Pública.
Para Sônia Brito, representante da SVS/MS o lançamento de um doutorado profissional, no momento no qual, segundo ela, está tão difícil encontrar estímulos para os servidores públicos, no campo da saúde, se motivarem, se engajarem, se comprometerem e principalmente, trabalharem com alegria, é motivo para festejar bastante. “A gente está com dificuldade inclusive de expressar o que está dando certo, expressar essas entregas, o que está dando certo no SUS. Aí a Fiocruz se mostra como instituição fundamental para que isso aconteça”, disse Sônia.
Essa mesma linha de pensamento foi expressa pelo presidente da Asfoc, Paulo Garrido, que colocou a importância de celebrar os 69 anos do IAM e de narrar as experiências exitosas do serviço público, das ciências e tecnologias, das pesquisas, numa conjuntura bastante adversa, e trabalhar a partir delas, afirmou.
Com 60 vagas oferecidas, a Oficina de Obras Raras: preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde recebe inscrições até o dia 26 de agosto. Em sua 7º edição, a oficina tem o objetivo de discutir a preservação dos acervos bibliográficos, arquivísticos e museológicos com abordagem nas práticas profissionais, soluções e o uso dos recursos disponíveis. A iniciativa é uma parceria da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação (Icict/Fiocruz).
A oficina é direcionada a bibliotecários, estudantes de biblioteconomia, pesquisadores de coleções bibliográficas especiais e demais profissionais interessados no tema. A aula será ministrada no dia 30 de agosto, das 9h às 16h30, no Centro de Documentação e História da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro). Também haverá versão online da oficina.
Entre os destaques da programação está a palestra "Raridade e materialidade da informação no livro raro: outros olhares sobre a apreensão do conhecimento científico", que será ministrada por Ana Virgínia Pinheir, que é bibliotecária, chefe da Divisão e curadora de obras raras na Biblioteca Nacional. A atividade conta ainda com a "Roda de conversa entre os profissionais da Fundação Oswaldo Cruz responsáveis pelos acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos", com Marcelo Lima, que é coordenador da Seção de Preservação do Icict; Felipe Almeida Vieira, do Departamento de Arquivo e Documentação da COC; e Juliana Fernandes Albuquerque, chefe do Serviço de Museologia do Museu da Vida da COC. A atividade será mediada pela Bibliotecária Jeorgina Gentil Rodrigues. Confira a programação.
A Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, localizada no Castelo Mourisco, guarda um dos acervos bibliográficos científicos mais importantes da América Latina. São cerca de 50 mil volumes, entre livros, periódicos, folhetos e manuscritos. No acervo de periódicos encontram-se mais de 600 títulos de revistas científicas internacionais e nacionais de reconhecido valor histórico. Integram esse conjunto importantes periódicos brasileiros dos séculos 18, 19 e 20. Também estão lá o primeiro tratado sobre História Natural do Brasil, de William Piso e Georg Marggraf (1648), o Formulário Médico, manuscrito com prescrições atribuído aos jesuítas, de 1703 e a tese de doutorado de Oswaldo Cruz: "A vehiculação microbiana pelas águas" (1893).
A Seção de Obras Raras é gerida pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Para consultar o acervo físico é necessário o agendamento prévio por telefone, e-mail ou pessoalmente. Telefone: (21) 2598-4460, 3885-1728. E-mail: obrasraras@icict.fiocruz.br. Acesse o site e saiba mais: https://www.obrasraras.fiocruz.br/
Até 5 de agosto ficam abertas as inscrições abertas para a 6ª Mostra VideoSaúde, que apresenta produções do audiovisual dedicadas exclusivamente a temas de saúde. Nessa edição, a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, que está à frente da iniciativa, traz uma novidade: a mostra acontecerá pela primeira vez na internet. A exibição será online, na mostra que ficará disponível no Portal Fiocruz.
A chamada está aberta a realizadores independentes, coletivos, movimentos sociais, empresas, escolas, sindicatos, associações, organizações não governamentais e demais instituições públicas ou privadas que tenham obras audiovisuais relacionadas ao tema. Podem concorrer filmes de qualquer formato (curta, média ou longa-metragem), que tenham sido produzidos nos últimos dez anos. O objetivo da iniciativa é conhecer a produção audiovisual relacionada a temas de saúde e selecionar obras para integrar seu acervo.
Como se inscrever
As inscrições para a 6ª Mostra VideoSaúde podem ser feitas pela internet, presencialmente e pelos Correios, de acordo com as necessidades do proponente. Pela Internet, o interessado deverá preencher a ficha de inscrição online e enviar as informações necessárias sobre a obra inscrita, bem como os links para acesso à obra.
Para inscrição presencial ou via Correios, serão aceitos suportes digitais como DVD, pendrive ou HD externo, com os arquivos em integridade para exibição online. As obras devem ter sido finalizadas a partir de 2009 e não podem ter sido exibidas na edição anterior da mostra (2008). Ao se se inscreverem, os participantes autorizam, no ato da inscrição, o termo de cessão ao acrevo da Fundação Oswaldo Cruz, em consonância com as diretrizes da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.
Prêmios
Serão selecionados audiovisuais de acordo com critérios definidos pela chamada. Um júri técnico e um júri popular, formado pelo público, decidirá quem serão os premiados.
Os filmes e vídeos participantes da mostra concorrem aos seguintes prêmios: Melhor Longa - R$ 15.000,00 (quinze mil reais); Melhor Média - R$ 10.000,00 (dez mil reais); Melhor Curta - R$ 8.000,00 (oito mil reais); Prêmio Especial do Júri - R$ 5.000,00 (cinco mil reais); e Prêmio Júri Popular - R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O júri também poderá conceder até três menções honrosas a obras destacadas durante a mostra. Os filmes e vídeos selecionados para a mostra serão incorporados ao catálogo e podem fazer parte de ações de divulgação e difusão da distribuidora.
A cerimônia de premiação da 6ª Mostra VideoSaúde está prevista para acontecer em outubro de 2019, no Rio de Janeiro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Todas as informações sobre a chamada pública, conteúdos exclusivos da VideoSaúde, além de materiais de divulgação e o formulário de inscrição encontram-se disponíveis aqui. Dúvidas e outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail inscricoesvimostravsd@icict.fiocruz.br ou telefones: (21) 3882-9101/9111/9209 e tel/fax: (21) 2290-4745.
Comunicação em saúde
As mostras VideoSaúde, realizadas desde 1992, são atividades estratégicas de comunicação no campo audiovisual. O objetivo é ampliar a circulação de produções e debates sociais sobre temas, conflitos, histórias e desafios da saúde pública e da ciência – elementos fundamentais para a consolidação da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) como direitos constitucionais de toda a população brasileira.
O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS), da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), está com inscrições abertas para disciplinas isoladas. As inscrições para o segundo semestre de 2019 vão até o dia 26 de julho.
Estudantes de outros programas de pós-graduação podem se inscrever nas obrigatórias e eletivas. Já candidatos que não sejam vinculados a nenhum programa podem optar apenas nas eletivas. Saiba como se inscrever aqui.
Entre as disciplinas oferecidas pelo PPGHCS, está Raça, ciência e sociedade no Brasil, que explora os enfoques mais representativos a respeito do conceito de raça, do final do século XIX até o início do século XXI, em especial na sociedade brasileira. A associação entre raça e cientistas é um dos temas abordados. Também serão examinadas pesquisas recentes sobre os usos sociais da genética nas interfaces entre raça, genes, construção de identidades coletivas, história e interpretações do Brasil.
Conheça aqui todas as disciplinas oferecidas no segundo semestre.
O Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em História das Ciências e da Saúde abrange três linhas de pesquisa: História da medicina e das doenças, História das ciências biomédicas e História das políticas, instituições e profissões em saúde. As disciplinas oferecidas pelo programa, assim como suas pesquisas dialogam com questões contemporâneas que norteiam os debates científicos, propondo novas perguntas ao passado. O objetivo é perceber o desenvolvimento dos processos de formação e consolidação de práticas e disciplinas científicas.
O inimigo mora em todo o lugar: é preciso vigiar os mosquitos. Para isso, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) está lançando o curso de aperfeiçoamento em bases da vigilância e controle de mosquitos, disponível através do Campus Virtual Fiocruz. As inscrições ficam abertas até 25 de dezembro.
O aperfeiçoamento é voltado, principalmente, à formação dos agentes municipais de endemias, para que aprofundem seus conhecimentos sobre controle e monitoramento de mosquitos vetores. Mas também podem participar profissionais do serviço de saúde que atuem na gestão de controle de vetores, gestores em saúde e o público em geral.
O curso é composto por três módulos:
I. Características biológicas, ecológicas e comportamentais • Carga horária: 15h
II. Controle de mosquitos • Carga horária: 10h
III. Avanços na pesquisa quanto ao controle vetorial • Carga horária: 5h
Também serão abordados assuntos como o contexto histórico da chegada do Aedes aegypti no Brasil junto aos surtos epidêmicos.
As aulas serão oferecidas totalmente na modalidade de educação à distância (EAD), e os participantes terão acesso a recursos como vídeos, áudios e infográficos.
Este curso foi completamente financiado pelo edital de recursos educacionais abertos, iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).
Venha se aperfeiçoar na Fiocruz. Inscreva-se já!