O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai promover o workshop Equidade Global na Publicação em Acesso Aberto. O workshop visa debater os pontos de vista e perspectiva das Américas em relação às desigualdades financeiras, estruturais e culturais que podem se acentuar, a depender de como for conduzida a política de Acesso Aberto às publicações científicas, e será realizado no formato online no dia 29 de agosto, a partir das 13h.
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O encontro faz parte de uma série de reuniões regionais. A atividade terá duração de quatro horas. Haverá apresentação de vídeos curtos que destacam os principais desafios da transição para a Ciência Aberta, bem como discussões em grupo mediadas por facilitadores (em português, espanhol e inglês), além de uma sessão plenária com um painel de discussão para debater possíveis soluções ao cenário assimétrico que se desenha.
Os vídeos devem trazer questionamentos para o debate. Um exemplo é abordar quais desigualdades o pesquisador percebe em sua área no contexto de publicação em Acesso Aberto. Outra seria refletir sobre quais ações podem ser tomadas para promover um sistema de publicação acadêmica em que as taxas para serviços de publicação em Acesso Aberto sejam diferenciadas de maneira justa e transparente. As inscrições e o envio dos vídeos devem ser feitos pela página do workshop na internet.
O Movimento de Acesso Aberto é uma iniciativa global que busca, de forma gratuita, tornar o conhecimento acadêmico-científico disponível e acessível para todos. Por ele, o acesso e a divulgação de pesquisas e estudos científicos deixam de ser restritos a publicações pagas e passam a ser ofertados em meio digital, sem custos financeiros ou restrições de acesso. Em sintonia com o cenário, a Capes lançou, em junho, o menu “Acesso Aberto” no site do Portal de Periódicos, com fotos, vídeos, textos, documentos e o resultado do questionário consultivo elaborado pela Fundação sobre Acesso Aberto.
Para mais informações sobre o workshop, envie um e-mail para acessoaberto@capes.gov.br.
#ParaTodosVerem imagem com fundo azul claro, no topo há um notebook com uma mão digitando, e o nome “Capes Acesso Aberto”. Abaixo, as informações sobre o Workshop – Equidade Global da Publicação em Acesso Aberto. Dia 29/8, às 13h.
Legenda das imagens:
Banner e imagem dentro da matéria: Logotipo criado para o Acesso Aberto (Foto: CGCOM/Capes)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/Capes
O livro ‘Lei Geral da Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde’ está disponível em acesso aberto no site da Editora Redeunida. A obra é organizada pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Angélica Baptista Silva e pelo pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Francisco José Aragão Pedroza Cunha. O lançamento presencial do livro ocorreu durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília. A publicação traz um amplo panorama sobre a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados nos diversos segmentos do controle social.
Além de um panorama geral sobre a LGPD, a publicação é dividida em três eixos que exploram como sua aplicação é possibilitada no controle das epidemias; no cuidado das pessoas com deficiência; na garantia do cuidado à saúde de mulheres, idosos, indígenas e LGBTI+; na assistência farmacêutica; na ética em pesquisa; entre outros importantes nichos que pulverizam o controle social.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e participação social
A Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor no Brasil desde agosto de 2020, é uma importante conquista relacionada à proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade da população brasileira. O marco regulatório tem por objetivo garantir a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem de todas as pessoas, definindo que ninguém ou nenhuma empresa pode se beneficiar de informações privadas com intuito lucrativo, por exemplo.
Lançado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pela Editora Rede Unida, o livro é um desdobramento do seminário "LGPD na Saúde: o CNS como articulador dos interesses da sociedade brasileira em Defesa da Vida", realizado pelo Conselho Nacional de Saúde, em parceria com a Fiocruz, em setembro de 2021. O Seminário está disponível na íntegra no Canal do CNS no Youtube. O evento contou com nove mesas redondas que discutiram três eixos de ação, entre eles: Acesso Universal à Saúde na Sociedade da Informação; Governo, Transformação Digital, Cidadania e o Controle Social da Saúde; e Aspectos da Saúde Digital e da Ética em Pesquisa à Luz da LGPD.
Segundo os autores de ‘Lei Geral da Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde’, Angélica Baptista Silva e Francisco José Aragão Pedroza Cunha, “a coletânea visa contribuir com o cenário da governança das informações em saúde e a literacia dos atores do controle social na transição digital da saúde, suas práticas e tecnologias emergentes associadas”. O prefácio do livro é assinado pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto. De acordo com ele, o CNS defende a ética no uso de dados em políticas públicas e pesquisas, pois as informações de usuários do SUS devem, a qualquer custo, ter a privacidade garantida.
O livro, disponível em acesso aberto no site da Editora Redeunida, faz parte da série editorial Participação Social e Políticas Públicas, destinada à disseminação de produções científicas e técnicas no campo temático da participação social na saúde e nas demais políticas públicas, na perspectiva da democratização, das inovações institucionais e do alcance de direitos humanos.
Saiba mais sobre a série Participação Social e Políticas Públicas.
#ParaTodosVerem Banner com fundo escuro, no lado esquerdo está o nome do livro: Lei Geral de Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde, de Angélica Baptista Silva e Francisco José Aragão Pedroza Cunha (organizadores). Ao lado direito, a imagem gráfica do livro com capa verde, com o título no centro e o nome dos organizadores no topo.
São vídeos-aula, capítulos de livros, artigos, livros, teses, dissertações, dentre outros materiais sobre o tema, somando mais de 1.500 documentos disponíveis no Repositório Institucional Arca, da Fiocruz.
O material provém das 29 unidades técnico-científicas da Fiocruz, com suas 26 coleções e cerca de 50 mil objetos digitais disponíveis em todo o Repositório. Para Claudete Queiroz, coordenadora técnica do repositório institucional, com este acervo, o Arca “vem se firmando em um local importante para a preservação e disseminação do conhecimento indígena”.
Alguns exemplos do que é possível encontrar, em acesso aberto, no Arca:
Artigo: “Epidemias, protagonismo e direitos específicos de saúde: a criação do Distrito Sanitário Yanomami e a Política de Saúde Indígena no Brasil (1991-2021)”, de Adriana Romano Athila;
Vídeo: “Amazônia sem garimpo” (narração em português), de Thiago Carvalho e Julia Bernstein, produzido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz;
Tese: “Interculturalidade e formação profissional de agentes indígenas de saúde a partir da experiência do Alto Purus”, de Alves, Alcilene Oliveira;
Livro: "Vozes indígenas na saúde: trajetórias, memórias e protagonismos", organizado por Ana Lúcia de Moura Pontes, Vanessa Hacon, Luiz Eloy Terena e Ricardo Ventura Santos.
Para Claudete Queiroz, o “Arca contribui com informações a pesquisadores, instituições de saúde, organizações indígenas e ao público em geral, permitindo a construção de políticas baseadas em evidências e ações efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar dessas comunidades”.
Acesso e pesquisa
Com campanhas periódicas para estimular o depósito de documentos, o Arca atinge todas as unidades da Fiocruz e consegue armazenar a diversidade da pesquisa na Fundação.
O acesso ao material se faz de forma simples, por meio de uma busca em todo o acervo, que é mais genérica ou por coleção (de algumas das 26 unidades da Fiocruz), além de uma busca avançada.
Todo o material foi inserido pelos bibliotecários que atuam na Rede de Bibliotecas da Fiocruz e, em casos de dúvidas, os usuários têm a seu dispor o ‘Fale Conosco” e o chatbot Wal.
#ParaTodosVerem Banner amarelo, no centro a imagem gráfica de uma mão segurando um celular, no celular está o nome do Repositório Arca e o desenho de um pequeno robô. No banner também está escrito: Disponível no Arca, Saúde dos Povos Indígenas.
Disponibilizado em acesso aberto pela Coordenação-Geral de Normatização da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (CGN/ANPD) e seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que estabelece regras específicas para o tratamento de dados pessoais que tenham finalidade acadêmica, o Guia Orientativo “Tratamento de dados pessoais para fins acadêmicos e para a realização de estudos e pesquisa" pretende esclarecer dúvidas sobre as hipóteses legais que autorizam o tratamento de dados pessoais e a disponibilização de acesso ou compartilhamento de dados pessoais para a realização de estudos e pesquisas.
O Guia traz também exemplos práticos como o uso compartilhado de dados entre Secretarias de Saúde e órgãos de pesquisa, o tratamento de dados pessoais realizados por instituições de ensino, casos de uso de dados pessoais por centros de pesquisas criados pelo Ministério Público em estados da federação, entre outros.
O Guia reforça a necessidade do agente de tratamento seguir padrões éticos e o princípio da boa-fé, previstos na LGPD, como um meio de realizar o tratamento de dados pessoais com finalidade acadêmica, de estudo e pesquisa pautado pela transparência, correção e lealdade, buscando sempre proteger a confiança e as expectativas do titular de dados pessoais.
Os Guias Orientativos publicados pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados são documentos que têm a finalidade de esclarecer e orientar a respeito de assuntos abordados na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e não possuem caráter normativo e, por isso, seu trâmite interno é mais ágil permitindo, assim, à ANPD, usá-los como documentos educativos que explicam conceitos, definem termos e esclarecem dúvidas práticas de aplicação da LGPD para os agentes de tratamento.
Confira os 7 (sete) Guias Orientativos e 2 fascículos sobre Proteção de Dados e Vazamento de Dados da ANPD.
Mais informações:
Assessoria de Comunicação ANPD
ascom@anpd.gov.br
*Com informações da ANPD
A segunda edição, revista e ampliada, da obra Impactos da Violência na Escola: um diálogo com professores, vencedora do Prêmio Jabuti 2011 na categoria Educação, chega em um momento de triste recrudescimento da violência contra as escolas. A obra está disponível em acesso livre no SciELO Livros.
Na última segunda-feira, 19, houve o terceiro ataque com mortes a escolas apenas este ano no país. Dessa vez, o alvo foi um colégio estadual na cidade de Cambé, no Paraná, onde dois estudantes menores de idade perderam tragicamente suas vidas.
No intervalo entre as edições deste livro, o Brasil viu aumentarem os conflitos e as desigualdades educacionais e sociais. Nas escolas, se uma curva ascendente de violência já era identificada em 2010, data da primeira edição, a tendência de crescimento reafirmou-se nos últimos anos.
A esses eventos traumáticos soma-se a experiência da Covid-19, que privou, por três anos, crianças e jovens de aulas regulares e do convívio social no ambiente escolar, trazendo prejuízos não só acadêmicos, mas também para a sua saúde mental, o que, por sua vez, realimenta o sofrimento e a violência.
Na presente coletânea, variados autores compartilham reflexões sobre os tipos de violência que acometem a comunidade escolar e entorno, e seus efeitos sobre a saúde de toda a comunidade. São apresentados os fundamentos teóricos e conceituais da violência na, contra e da escola, sob a ótica dos direitos humanos e do reconhecimento do caráter complexo e multifacetado da violência na sociedade. É nesta direção que os autores dirigem seus esforços analíticos e propositivos.
O objetivo é propiciar a análise e a ampliação das possibilidades de intervenção no cotidiano escolar brasileiro, que certamente não passa apenas por medidas fiscalizadoras ou punitivas. "A densidade das análises aponta a necessidade de políticas públicas e ações abrangentes e articuladas em vários planos, com base em uma visão ampla de proteção social e promoção de direitos, (...) que incidam sobre as comunidades, as famílias e o ambiente das escolas propriamente dito”, aponta, no prefácio da recente edição, Cristiani Machado, professora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz) e diretora da Editora Fiocruz.
Um dos sentidos que orienta o livro é a busca pelo diálogo com os professores, “isso porque recai sobre esses profissionais, muitas vezes vítimas de situações precárias de trabalho e insuficiente valorização, uma imensa responsabilidade de identificar e enfrentar situações de violência para as quais não estão preparados, ou que têm limitado poder de solucionar, de forma isolada", complementa Cristiani. No caminho da busca por soluções, o último capítulo estimula o professor a elaborar um plano de intervenção local para prevenção e redução da violência na escola.
A obra em questão é fruto de consistente pesquisa do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Ensp/Fiocruz e publicado pela Editora Fiocruz em parceria com a Ensp. A nova edição inclui um capítulo inédito e cinco novos autores, dos quais, Kathie Njaine junta-se, na organização do volume, a Simone de Assis, Patrícia Constantino e Joviana Quintes Avanci, todas pesquisadoras do Claves/Ensp/Fiocruz.
No contexto atual, revela-se mais que oportuna a reedição desta obra de interesse para um amplo público que queira se aprofundar em um tema de premente relevância nacional e global.
Sobre as organizadoras
Simone Gonçalves de Assis é médica, pós-doutora pela Cornell University, nos Estados Unidos, doutora em ciências pela ENSP/Fiocruz. Pesquisadora titular do Claves/ENSP/Fiocruz, atuando na área da violência e saúde, em especial no que se refere a crianças, adolescentes e jovens em situação de violência.
Patrícia Constantino é psicóloga, doutora em ciências pela ENSP/Fiocruz. Pesquisadora do Claves/ENSP/Fiocruz.
Joviana Quintes Avanci é psicóloga, pós-doutoranda na área de violência contra a criança e o adolescente, doutora em ciências pelo IFF/Fiocruz. Pesquisadora do Claves/ENSP/Fiocruz.
Kathia Njaine é comunicóloga, doutora em ciências pela ENSP/Fiocruz. Pesquisadora titular do Claves/ENSP/Fiocruz, atuando nas áreas de violência e saúde, juventude, informação sobre violência.
Sumário
Prefácio
Apresentação
1. Por uma cultura de educação em direitos humanos
2. Reflexões sobre violência e suas manifestações na escola
3. Violência na escola, da escola e contra a escola
4. Bullying escolar e cyberbullying
5. Gênero, sexualidade e raça: dimensões da violência no contexto escolar
6. Quando a violência familiar chega até a escola
7. Reflexões sobre os efeitos da violência na saúde de alunos e professores
8. Prevenir a violência e promover a saúde e a qualidade de vida na escola
9. A escola e a rede de proteção de crianças e adolescentes
10. Elaborando um projeto de intervenção local para enfrentar a violência na escola
Em acesso livre no SciELO Livros.
O livro ‘Lei Geral da Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde’ está disponível em acesso aberto no site da Editora Redeunida. A obra é organizada pela pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Angélica Baptista Silva e pelo pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Francisco José Aragão Pedroza Cunha. O lançamento presencial do livro ocorrerá durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que acontecerá de 2 a 5 de julho, em Brasília. A publicação traz um amplo panorama sobre a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados nos diversos segmentos do controle social.
Além de um panorama geral sobre a LGPD, a publicação é dividida em três eixos que exploram como sua aplicação é possibilitada no controle das epidemias; no cuidado das pessoas com deficiência; na garantia do cuidado à saúde de mulheres, idosos, indígenas e LGBTI+; na assistência farmacêutica; na ética em pesquisa; entre outros importantes nichos que pulverizam o controle social.
Lançado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pela Editora Rede Unida, o livro é um desdobramento do seminário "LGPD na Saúde: o CNS como articulador dos interesses da sociedade brasileira em Defesa da Vida", realizado pelo Conselho Nacional de Saúde, em parceria com a Fiocruz, em setembro de 2021. O Seminário está disponível na íntegra no Canal do CNS no Youtube. O evento contou com nove mesas redondas que discutiram três eixos de ação, entre eles: Acesso Universal à Saúde na Sociedade da Informação; Governo, Transformação Digital, Cidadania e o Controle Social da Saúde; e Aspectos da Saúde Digital e da Ética em Pesquisa à Luz da LGPD.
Segundo os autores de ‘Lei Geral da Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde’, Angélica Baptista Silva e Francisco José Aragão Pedroza Cunha, “a coletânea visa contribuir com o cenário da governança das informações em saúde e a literacia dos atores do controle social na transição digital da saúde, suas práticas e tecnologias emergentes associadas”. O prefácio do livro é assinado pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto. De acordo com ele, o CNS defende a ética no uso de dados em políticas públicas e pesquisas, pois as informações de usuários do SUS devem, a qualquer custo, ter a privacidade garantida.
O livro, disponível em acesso aberto no site da Editora Redeunida, faz parte da série editorial Participação Social e Políticas Públicas, destinada à disseminação de produções científicas e técnicas no campo temático da participação social na saúde e nas demais políticas públicas, na perspectiva da democratização, das inovações institucionais e do alcance de direitos humanos.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e participação social
A Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor no Brasil desde agosto de 2020, é uma importante conquista relacionada à proteção dos direitos fundamentais de liberdade e privacidade da população brasileira. O marco regulatório tem por objetivo garantir a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem de todas as pessoas, definindo que ninguém ou nenhuma empresa pode se beneficiar de informações privadas com intuito lucrativo, por exemplo.
#ParaTodosVerem Banner com fundo escuro em tons verdes, no centro o nome do livro: Lei Geral de Proteção de Dados e o Controle Social da Saúde, abaixo o nome dos organizadores. Ao lado, uma foto do livro.
Fatores sociais, ambientais e vulnerabilidades sociais e ambientais intensificam os efeitos das mudanças climáticas, resultando em alterações nos padrões de temperatura e clima. Devido a isso, a proliferação do mosquito Aedes aegypti se torna cada vez maior, inclusive em regiões que normalmente não eram impactadas pelo vetor e que agora sofrem um aumento significativo no número de casos da dengue, fazendo com que a doença se torne um problema de saúde em uma quantidade muito maior de municípios no país.
A situação piora quando pensamos nas áreas periféricas das cidades. A grande densidade populacional, somada às precárias condições de moradia e a oferta irregular do abastecimento de água são algumas das adversidades que podem influenciar no aumento de casos nestas áreas.
No e-book Enfrentando a dengue nas favelas e periferias, lançado pela InfoDengue com apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2023 e disponível para download em acesso aberto, consta que o Brasil hoje possui o total de 13.151 favelas – o dobro do registrado há 10 anos (6.329 favelas em 2012), tendo ultrapassado a população de países como Bolívia e Paraguai. São 5 milhões de domicílios e mais de 17,1 milhões de pessoas. O número de moradores das favelas brasileiras ultrapassa a população das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo somadas. Os dados fazem parte do levantamento Um país chamado favela 2022, divulgado pelo Data Favela em parceria com a Cufa (Central Única das Favelas) e o Instituto Locomotiva.
O artigo Rápida expansão da dengue no Brasil (traduzido do inglês), elaborado pela equipe do InfoDengue e divulgado pelo The Lancet Regional Health Americas, revela o alarmante dado que, nos últimos cinco anos, um total de 481 municípios detectaram transmissão comunitária da dengue pela primeira vez, representando 8,7 milhões de novos indivíduos em risco.
O livro é produto do InfoDengue, que durante todo o ano monitora e mantém os tomadores de decisão informados através de boletins periódicos sobre tendências de aumento e redução de casos, possibilitando a antecipação no planejamento de ações de prevenção, e tem como objetivo popularizar e fortalecer o trabalho das equipes de saúde na Atenção Básica e Agentes de Combate a Endemias (ACE) para a população.
+Acesse aqui o e-book para download!
Diante destes dados alarmantes, o Campus Virtual Fiocruz lembra aos seus seguidores que, em parceria com o Ministério da Saúde, o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis, totalmente online, gratuito e autoinstrucional, permanece com inscrições abertas.
InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis
O programa é voltado a profissionais da vigilância em saúde que atuam nas secretarias municipais e estaduais de Saúde, e é aberto também a interessados no tema.
O objetivo é promover a compreensão de conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis e proporcionar aos profissionais conhecimentos e instrumentos para auxiliar na tomada de decisão em situações dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas (dengue, Zika e chikungunya) e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
O curso, que possui carga horário de até 40h, está dividido em dois módulos: módulo base e módulo aplicado, em que o aluno pode optar por estudar um dos sistemas (InfoDengue e InfoGripe) ou ambos. Os módulos trazem apresentações das doenças como problemas de saúde pública e sua epidemiologia no país, seguido de uma introdução ao processo de coleta e organização de dados feitos pelas secretarias de saúde.
Os alunos do curso serão apresentados a conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, métodos e práticas específicos do Infodengue e do Infogripe, para que sejam capazes cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins em diferentes contextos.
Veja abaixo como estão divididos os módulos:
MÓDULO 1: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA
- UNIDADE 1: Introdução aos determinantes ambientais, sociais e imunológicos de doenças transmissíveis
AULA 1: pessoa, tempo e lugar
AULA 2: breve história das arboviroses urbanas no Brasil
AULA 3: determinantes da saúde
- UNIDADE 2: Vigilância epidemiológica de arboviroses e doenças respiratórias agudas
AULA 1: Tipos de vigilância em saúde
AULA 2: A importância da definição de caso
- UNIDADE 3: Indicadores de performances
AULA 1: indicadores de performance da vigilância em saúde
AULA 2: Infogripe e Infodengue - plataformas para aumentar performance da vigilância de arboviroses urbanas e síndromes gripais
MÓDULO 2: Vigilância e sistemas de informação
- UNIDADE 1: Infogripe
- UNIDADE 2: Infodengue
- UNIDADE 3: Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe (formato e-book)
A edição de fevereiro da revista Radis está disponível para download em acesso aberto. Na capa, uma entrevista exclusiva com a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde (MS). Nísia foi escolhida depois de presidir a Fiocruz durante seis anos (2017 a 2022), incluindo o período de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Agora, tem pela frente a missão de recuperar a autoridade sanitária do Ministério da Saúde, comprometida nos últimos anos.
Na entrevista, a ministra falou ainda sobre as ações prioritárias para os 100 primeiros dias de governo, com destaque para o recém-lançado Movimento Nacional de Vacinação, iniciado em 27 de fevereiro. Ainda nessa edição, Radis traz também um perfil biográfico da nova ministra, socióloga e servidora da Fiocruz desde 1987. Você ainda poderá conferir um raio-X do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do relatório feito pelo Grupo Técnico (GT) da transição, a emergência sanitária Yanomami e os impactos ambientais e sociais do garimpo e muito mais.
Acesse aqui a nova edição da revista Radis.
Pesquisadores do Centro de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose/CNPq) publicaram, em fevereiro, a base de dados Trajetórias, na revista Scientific Data, do grupo Nature. A base reúne 36 indicadores ambientais, socioeconômicos e epidemiológicos referentes ao período de 2000 e 2017 para todos os 772 municípios de nove estados da Amazônia Legal brasileira. Os dados estão disponíveis de forma aberta e gratuita para quem quiser consultar.
A seleção, a análise e a equalização destes dados levaram aproximadamente três anos e cobriu uma área de 5 milhões de km², que representa aproximadamente 60% de todo o território brasileiro. “Este conjunto de dados vai permitir investigar a associação entre os sistemas agrários amazônicos e seus impactos nas mudanças ambientais e epidemiológicas, além de ampliar as possibilidades de compreensão, de forma mais integrada e consistente, dos cenários que afetam o bioma amazônico e seus habitantes”, explica Claudia Codeço, coordenadora do projeto e pesquisadora da Fiocruz.
A base de dados Trajetórias é resultante do projeto Trajetórias, um dos sete projetos de síntese do SinBiose/CNPq. O foco do projeto é gerar sínteses do conhecimento acerca das relações entre desenvolvimento econômico, uso do solo, epidemiologia e conservação na Amazônia. A equipe reúne epidemiologistas, economistas, ecologistas, biólogos, geógrafos, médicos e cientistas sociais que desenvolveram indicadores multidisciplinares e coerentes para estudos integrados na Amazônia brasileira.
“Trata-se de um conjunto de dados provenientes de diferentes fontes e instituições que foram harmonizados, ou seja, que passam a compartilhar a mesma unidade de análise espacial e temporal para que possam ser comparados”, explica Ana Rorato, primeira autora do estudo e pós-doutoranda do projeto Trajetórias.
Os temas disponíveis para consulta na base Trajetórias são: perda de habitat, uso e cobertura da terra, mobilidade humana, anomalias climáticas, carga de doenças transmitidas por vetores e índices de pobreza multidimensional para populações rurais e urbanas para cada um dos municípios da Amazônia Legal brasileira, dentre outros. Estes indicadores e índices estão pontuados em quatro marcos temporais: os censos demográficos de 2000 e 2010 e os censos agropecuários realizados em 2006 e 2017.
Além dos dados do censo do IBGE, a base de dados conta com informações derivadas de imagens de satélite de fontes nacionais e internacionais e do Sistema Nacional de Notificação de Doenças. “Essas fontes de dados foram escolhidas devido ao seu fácil acesso, abrangência temporal e espacial e alta qualidade dos dados”, explicam os autores.
Um cuidado que os autores tiveram foi o de criar índices que reflitam a realidade amazônica. “Por exemplo, o índice de pobreza tradicional pode funcionar bem em grandes metrópoles, mas não funciona na realidade amazônica”, complementa Claudia. “Medir a pobreza na região amazônica é uma tarefa complexa, pois requer uma compreensão de questões que transcendem os indicadores econômicos”, informam no texto. A abordagem adotada mede o grau de privação familiar em áreas rurais e urbanas, que podem afetar e ser afetadas por mudanças ambientais e econômicas. Assim, criou-se o Índice de Pobreza Multidimensional em suas versões rural e urbana. Estes índices são compostos a partir do cálculo de 15 a 19 indicadores de saúde, educação e condições de vida (que inclui habitação, serviços coletivos, emprego e bens de consumo privados). “Pobreza multidimensional significa privação simultânea em múltiplas dimensões”, explica Claudia. Neste cálculo, uma família é considerada multidimensionalmente pobre se sua pontuação de privação é superior a 0,25.
Outra preocupação na preparação da base de dados Trajetórias foi de garantir que estes dados possam ser reproduzidos futuramente. Para isso, a “receita” para se repetir cada indicador está detalhadamente descrita no artigo publicado. “Isto vai possibilitar o monitoramento da saúde única da Amazônia em diferentes momentos e situações”, explica Rorato. Segundo Claudia Codeço, "o próximo passo é desenvolver modelos e identificar tipologias ambientais e seus graus de impacto na Amazônia para então fazer predições para o futuro”.
Projeto Trajetórias
O projeto Trajetórias do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose/CNPq) teve início em 2019 e está sediado na Fiocruz e no Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Seu objetivo é sintetizar o conhecimento sobre os serviços ecossistêmicos e suas relações com o sistema econômico e a saúde humana na Amazônia. O projeto desenvolve novos protocolos de classificação e avaliação dos ecossistemas e de serviços ambientais específicos relacionados às doenças, cujos determinantes mais importantes são ambientais. O objetivo é fornecer uma estrutura para o debate conjunto das dimensões econômica, ambiental e de saúde, buscando dar maior visibilidade aos modos de vida das populações locais, suas estruturas e sistemas de produção.
*Foto: Laboratório de Investigação em Sistemas Socioambientais/Inpe
A revista ‘Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia’ (Visa em Debate), periódico científico editado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz (INCQS/Fiocruz), mudou. A publicação, que antes era trimestral, a partir de janeiro de 2023 passou a ser contínua de acesso aberto (qualquer dia do mês).
Acesse aqui a edição de janeiro de 2023!
A mudança atende à mandatória das políticas de ciência aberta para processo editorial, conforme explicam Maria Helena Simões Villas Bôas, uma das editoras chefe da revista, Simone Nascimento Teixeira e Gisele Helena Ribeiro das Neves, secretárias executivas. A modalidade em publicação aberta é fortemente recomendada e já vem sendo adotada inclusive pelas revistas da Fiocruz.
“O objetivo principal da publicação contínua de artigos é acelerar o processo de comunicação das pesquisas e assim contribuir para a sua disponibilidade para leitura e citação, proporcionando maior visibilidade ao periódico. As publicações serão organizadas em um volume único anual”, esclarecem.
Não ocorreu nenhuma alteração quanto às orientações para publicação.
Mais informações sobre as instruções aos autores podem ser obtidas aqui.