Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)

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Publicado em 03/04/2025

Seminário internacional debate vigilância dos expostos ao amianto

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) vão realizar, em 8 e 9 de abril, o ‘IV Seminário Internacional de Vigilância dos Expostos ao Amianto: Uma Abordagem Interdisciplinar sobre a Saúde, Trabalho e o Ambiente’. O evento será no auditório da Ensp/Fiocruz, no Rio de Janeiro. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Escola no YouTube.

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O seminário dá seguimento às ações e debates sobre os riscos decorrentes da exposição ao amianto, tanto nos ambientes de trabalho, como no meio ambiente. Para isso, o encontro pretende definir estratégias para a vigilância, diagnóstico, tratamento, registro e compensação das vítimas do mineral, bem como apresentar experiências de desamiantagem, que consiste na desconstrução e remoção dos materiais contendo amianto, a descontaminação da área e a destinação segura dos MCA.

Apesar da proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, ao uso do amianto no Brasil, o problema perdura. O principal motivo é a permanência da extração na Minaçu, em Goiás, além da presença de produtos em domicílios, equipamentos de lazer e edificações em geral. Outro aspecto a ser debatido são os efeitos à saúde humana, que podem levar longo período para se manifestar, devido ao tempo entre a exposição e a latência dos eventos.

Participarão desse evento representantes do MPT, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério da Saúde, de secretarias de Estado de Saúde, Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), além de trabalhadores e grupos de pessoas expostas ao amianto (por meio de sindicatos e de associações de vítimas). A Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Conselho Nacional de Saúde (CISTT/CNS) também estará presente.

"Este evento é importantíssimo, pois traz novos e velhos desafios. Desde a discussão das experiências internacionais na Vigilância dos Expostos ao Amianto pelos EUA, Portugal, Itália, Austrália e Colômbia como, por exemplo, o famoso caso de Casale Monferrato. Além disso, serão abordados os casos de mesotelioma que estão sendo diagnosticados na população devido aos resíduos ambientais do amianto, muito utilizado na construção civil e presente nos passivos ambientais", afirma a vice-coordenadora de pesquisa do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/Ensp), Liliane Reis Teixeira. "O Brasil ainda sofre com questões elementares, como a formação de médicos especializados na detecção do câncer relacionado ao amianto e à detecção de fontes de exposição no ambiente de trabalho. Portanto, o seminário também discutirá a possibilidade de projetos de formação e pesquisa em parceria com os outros países", completou. 

No primeiro dia, 8 de abril, haverá uma homenagem do deputado estadual Carlos Minc (PSB) aos precursores da luta antiamianto no Brasil. Em seguida, mesas debaterão os seguintes temas: “SUS: as ações de vigilância (DATAMIANTO) e os sistemas de registro (SINAN, SIM)”, “Experiências Nacionais na Vigilância dos Expostos ao Amianto” e “Experiências Internacionais na Vigilância dos Expostos ao Amianto. 

No dia 9, “Placas pleurais e seu significado técnico, político e social” será o assunto em debate na primeira mesa. Em seguida, serão expostas as considerações finais das instituições organizadoras do evento, além de Ações de Vigilância no Brasil e Cooperação Internacional, com destaque para projetos de formação e Pesquisa (Brasil, Portugal, Itália, Colômbia, Austrália).

Para saber mais detalhes, como os nomes dos palestrantes e dos órgãos que representam, confira a programação completa do ‘IV Seminário Internacional de Vigilância dos Expostos ao Amianto: Uma Abordagem Interdisciplinar sobre a Saúde, Trabalho e o Ambiente’.

Acompanhe ao vivo:

8 de abril, 9h

8 de abril, 13h30

9 de abril, 9h

 

Publicado em 31/03/2025

Inscrições para especialização remota em Direitos Humanos, Acessibilidade e Inclusão

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

Está aberto o processo seletivo para o Curso de Especialização em Direitos Humanos, Acessibilidade e Inclusão da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). As inscrições dos candidatos a compor a turma de 2025 vão até o dia 3 de abril. São oferecidas 30 vagas, sendo seis para pretos e pardos, duas para pessoas com deficiência, uma para indígena e 21 para Ampla Concorrência. 

+ Leia atentamente o edital

O curso é voltado para pessoas com deficiência e pessoas que trabalham ou convivem com pessoas com deficiência, com graduação concluída. Os objetivos da especialização são refletir criticamente sobre o significado dos direitos humanos e suas relações com a saúde e as políticas de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência; possibilitar aos alunos conhecer os aspectos históricos e conceituais a partir da identificação de políticas de inclusão como direito humano e habilitar os alunos a identificar barreiras e preconceitos no processo de inclusão na sociedade, interpretando suas causas e identificando proposições para avanços na inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência. O curso segue metodologia de pesquisa e ensino que visa à acessibilidade e inclusão como direito humano.

As aulas vão começar no dia 3 de junho e terminarão em 5 de novembro de 2025. O curso se encerra em 26 de junho de 2026, data da entrega do TCC. As atividades serão às terças e quartas-feiras das 8h às 17h e às quintas das 8h às 12h. Os momentos virtuais de interação serão pela plataforma Zoom às terças e quartas das 14h às 17h. O curso é oferecido em formato remoto, podendo retornar às atividades presenciais, existindo a possibilidade do formato híbrido. A coordenação do curso e a Ensp se responsabilizarão pelas ferramentas que garantam a acessibilidade aos alunos.

INSCRIÇÕES: todas as informações referentes ao processo seletivo poderão ser obtidas no Campus Virtual Fiocruz. O candidato deverá preencher o formulário eletrônico de inscrição, disponível no site da Plataforma e para tanto, deve observar as instruções detalhadas no item 7 do edital. 

Para tirar dúvidas, envie um e-mail para pseletivo.ensp@fiocruz.br.

Publicado em 26/03/2025

Fiocruz promove webinário internacional para debater a formação da força de trabalho da APS na América Latina

Autor(a): 
Letícia Maçulo

No dia 27 de março de 2025, a Rede de Escolas de Saúde Pública de América Latina (Resp), cuja secretaria executiva é exercida pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), realizará o webinário internacional "A Formação da Força de Trabalho da Atenção Primária à Saúde na América Latina". O evento será transmitido ao vivo pelo YouTube no canal RespAméricaLatina, das 10h às 17h (horário de Brasília, GMT-3). 

O webinário reunirá especialistas, gestores, acadêmicos e profissionais da saúde da América Latina para discutir os desafios e as perspectivas para o fortalecimento da formação da força de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS) na região. O debate abordará questões cruciais como a regulação da formação profissional para APS, a provisão dos trabalhadores da APS nos diferentes contextos dos sistemas de saúde latino-americanos e a necessidade de inovação nas metodologias de ensino e aprendizagem para atender às demandas emergentes da área.

O Vice-Diretor da Escola de Governo em Saúde e coordenador do Observatório do SUS da Ensp, Eduardo Alves Melo, destaca que o evento é resultado de uma prioridade estratégica da Rede de Escolas de Saúde Pública de América Latina e foi pensado após um diagnóstico da situação da APS na América Latina.  “Decidimos, em conjunto, priorizar a formação na e para a APS, tendo em mente não apenas seus aspectos técnicos e pedagógicos, como também sua conexão com o mundo do trabalho e a organização dos sistemas de saúde. Esse espírito guiou a montagem do seminário, contando com atores de diferentes regiões e instituições latino-americanas. Esperamos, com isso, aprofundar debates, compartilhar experiências e propor caminhos para as políticas e estratégias de formação voltadas à APS nos sistemas públicos de saúde", reflete.  

O evento é aberto ao público e gratuito. Interessados podem acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Resp.

Data: 27 de março de 2025 

Horário: 10h às 17h (horário de Brasília, GMT-3) 

Transmissão: YouTube – RESPAMERICALATINA 

Realização: Rede de Escolas de Saúde Pública de América Latina (Resp) 

PROGRAMAÇÃO 

10h-10h20 – ABERTURA 

MESA 1: Políticas de Formação e Contexto de Atuação da Força de Trabalho da APS nos Sistemas de Saúde 

10h20-10h45 – Formação e Trabalho em um Mundo com Múltiplas Crises - Mario Rovere (Escola de Governo em Saúde “Floreal Ferrara”/Argentina) 

10h45-11h10 – Mercado de Trabalho da Saúde na América Latina e suas Implicações para a APS – Maria Helena Machado (Ensp/Fiocruz/Brasil)  

11h10-11h35 – Planejamento e Regulação da Formação em Sistemas de Saúde Baseados na APS - Benjamín Puertas (OPAS/OMS) 

11h35-12h – Disponibilidade, Distribuição e Provisão dos Profissionais da APS - Felipe Proenço (SGETS/MS/Brasil) 

12h00-13h00 – Perguntas, comentários e discussão 

Moderadora: Lígia Giovanella (Ensp/Fiocruz/Brasil) 

TARDE 

MESA 2:  Dimensões, Modelos Pedagógicos e Práticas de Formação para APS 

 14h00-14h25 – Escopo de Atuação e Competências Emergentes das Profissões em uma Perspectiva Interprofissional em APS - Jacqueline Ponzo (Udelar/Uruguai) 

14h25-14h50 – Modalidades de Formação em APS - Leonardo Cuesta Mejías (ENSAP/Cuba) 

14h50-15h15 - Projeto "Itinerários Formativos" e Possíveis Aplicações na APS - Gabriel Listovsky (OPAS/OMS) 

15h15-15h40 – A Formação de Gestores da APS – Eduardo Melo (Ensp/Fiocruz/Brasil)  

15h40-16h30 – Perguntas, comentários e discussão 

Moderador: Javier Santacruz Varela (UNAM/México) 

16h30-17h – ENCERRAMENTO 

Publicado em 24/03/2025

Fiocruz recebe Suzan Carmichael para debate sobre Morbidade Materna Grave nos EUA

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) vai receber, nesta segunda-feira, 24 de março, às 13h30, a conferência "Morbidade Materna Grave nos EUA: conceitos, causas e o papel essencial da comunidade para o caminho a seguir", com a doutora Suzan Carmichael. O encontro será no auditório da Ensp, com transmissão ao vivo pelo canal da Escola no YouTube

Carmichael é professora de pediatria, obstetrícia e ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford (USA). Epidemiologista perinatal e nutricional, ela discute como fatores relacionados à nutrição, ambiente social, cuidados médicos, contaminantes ambientais e genética influenciam a saúde materna e infantil. Seus temas de interesse incluem nutrição, contexto social, cuidados, contaminantes ambientais e genética e os desfechos relacionados a morbidade materna grave, natimorto, defeitos congênitos e parto prematuro. A pesquisadora busca entender a intersecção desses elementos, seus impactos e as disparidades de saúde para a díade mãe-bebê, tanto em ambientes de saúde domésticos quanto globais. Sua pesquisa atual se concentra nos motivadores em escala populacional da morbidade materna grave, especialmente os caminhos que conectam fatores sociais e estruturais, qualidade do atendimento e condições médicas crônicas.

Este é um pré-evento do Dia Mundial da Saúde, cujo tema proposto pela Organização Mundial de Saúde em 2025 é "Começos saudáveis, futuros esperançosos". 

Acompanhe ao vivo:

 

Publicado em 19/03/2025

Pesquisadoras elencam desafios na Educação e destacam papel da Escola Nacional de Saúde Pública na formação para o SUS.

Autor(a): 
Bruna Abinara e Danielle Monteiro

Os atuais desafios na formação em Saúde Coletiva e o papel da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Focruz) na capacitação para o Sistema Único de Saúde nortearam o debate na Semana de Abertura do Ano Letivo da Escola. Palestrante da mesa ‘Educação e Transformação: Formação da Ensp para o SUS’, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, chamou a atenção para os principais elementos desafiadores do Ensino no futuro. Já a ex-diretora da Ensp e pesquisadora Maria do Carmo Leal, que também participou do evento, destacou a criação do mestrado profissional em Saúde Pública em meio à trajetória da Escola na formação para o SUS e defendeu maior atenção à Saúde na Amazônia.

Ao iniciar o debate, a moderadora da mesa e coordenadora do Stricto Sensu, da Vice-Direção de Ensino da Ensp, Joviana Avanci, explicou que a motivação para a realização da mesa foi trazer a história da Escola, mas também pensando em perspectivas futuras e, ainda, na missão da instituição na formação para o SUS. Ela lembrou que, há cinco anos, a pandemia de Covid-19 foi declarada e destacou o protagonismo da Fiocruz, assim como o papel do SUS, desempenhados naquele período. 

Educação e Transformação: formação da Ensp para o SUS  

A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, abordou os dilemas institucionais enfrentados pela Ensp e os desafios contemporâneos para a formação em Saúde Coletiva. Como ponto de partida para sua análise, ela destacou que, para pensar no futuro da instituição, não se pode perder o passado de vista. “Quando abordamos desafios para a formação, é necessário assumir que questões antigas se entrelaçam com novas problemáticas”, refletiu a pesquisadora. Cristiani defendeu que o conhecimento, a produção científica e a inserção no trabalho devem ser sempre contextualizadas, já que a realidade é dinâmica. “O principal produto dos programas de pós-graduação não é o TCC, a dissertação ou a tese, mas a pessoa formada e transformada nesse processo”, afirmou.  

Cristiani elencou dez elementos do ensino que trazem desafios para o futuro. Em primeiro lugar, ela destacou a questão democrática na relação entre Estado e sociedade nas políticas públicas de saúde. “Fazer política de saúde implica compreender e lidar com relações de poder”, reforçou. Em seguida, a pesquisadora defendeu que é preciso reconhecer o entrelaçamento das desigualdades e a determinação social no processo de saúde e doença. Para a vice-presidente, é fundamental recorrer a novas perspectivas analíticas para promover políticas que atendam às necessidades de grupos vulneráveis. Cristiani ainda refletiu sobre os mercados de saúde, já que a área mobiliza fortes interesses econômicos. “Precisamos revistar essa pauta, entendendo as novas formatações e como elas afetam as condições de saúde”, alertou.  

As transformações demográficas, epidemiológicas e societais, assim como as questões ambientais e climáticas também foram citadas pela pesquisadora. Para Cristiani, os sanitaristas formados deves estar comprometidos com o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde, para que eles respondam a essas mudanças, que avançam cada vez mais rápido e com impactos maiores. Além disso, a transformação digital e a comunicação com a sociedade ainda foram mencionadas. “Vivemos inundados em um mundo de informações, que muitas vezes não são confiáveis, os novos profissionais precisam saber minerar e usar isso de forma inteligente”, ressaltou.  

Como considerou que uma visão da saúde global e das relações de interdependência entre países e povos pode potencializar os sistemas nacionais de saúde, Cristiani incentivou ações formativas como intercâmbios e mobilidade acadêmica. Por fim, a vice-presidente defendeu a necessidade de lidar com incertezas, a responsabilidade planetária e a compreensão do outro como valores preciosos para a educação para o futuro.  

O mestrado profissional em Saúde Pública e a trajetória da Ensp na formação de sanitaristas

Posteriormente, a pesquisadora da Ensp, Maria do Carmo Leal, discorreu sobre o papel da Escola na formação para o SUS, enfocando na história do mestrado profissional em Saúde Pública, criado em 2002 pela instituição com o objetivo de aprofundar o conhecimento técnico-científico em Saúde Coletiva e o desenvolvimento de habilidades para a promoção de tecnologias, processos e produtos em áreas específicas do campo. 

Uma das criadoras do mestrado, Maria do Carmo destacou que a iniciativa surgiu a partir da trajetória da Ensp na formação para o SUS, com a missão de formar profissionais competentes, com compromisso político e social, e grande consistência científico-acadêmica para o Sistema Único de Saúde, com vistas ao seu fortalecimento. 

A Escola foi uma das primeiras instituições a criar um mestrado profissional na época, conforme narrou a pesquisadora. Aproximando o ‘saber’ do ‘fazer’ na Saúde Pública e atendendo às demandas sociais da Saúde Coletiva, a iniciativa, ao ser criada, passou a ser ofertada aos profissionais das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e do Ministério da Saúde. Juntamente com o doutorado profissional, o curso já formou 70 mil alunos.

Ainda em referência à trajetória da Ensp na formação para o SUS, Maria do Carmo apontou também como iniciativa de destaque o curso de saúde pública criado pela Escola no período de redemocratização nacional. Segundo ela, a formação foi revolucionária e inovadora, reunindo pessoas politicamente engajadas e contribuindo, mais adiante, para o movimento da Reforma Sanitária no país.  

“A principal missão de uma Escola como a nossa é preparar gestores para os serviços de saúde e para gerenciar o sistema de saúde, investigar, monitorar, fazer a vigilância epidemiológica e ambiental dos serviços, da qualidade da Atenção e das condições de saúde. Em um país de grandes dimensões, uma Escola Nacional de Saúde Pública não pode fazer isso sozinha. Por isso, ela sempre o fez com a ajuda das universidades e em rede. E isso sempre foi algo muito solidário e interessante. No entanto, o sanitarismo fomos nós (a Ensp) que fizemos, pois fomos até onde estavam as pessoas que trabalhavam no sistema de saúde”, afirmou. 

Maria do Carmo salientou que a Saúde tem como atributo peculiar a capacidade de promover, oferecer e fazer sentir, nas pessoas, o sentimento de cuidado. Por isso, segundo ela, o acesso a essa área é tão importante. Nesse sentido, a pesquisadora alertou para a necessidade de maior atenção à Saúde no Norte do Brasil, pois é nesta região onde se reproduzem todas as iniquidades sociais e se apresentam os piores indicadores de saúde do país. Ela defendeu que a Região Amazônica precisa ser prioritária para o desenvolvimento populacional, o fortalecimento do SUS, da sua gestão e da formação de quadros em todos os níveis profissionais. “É urgente tentarmos ajudar a reduzir a destruição a que essa região está exposta. Não é possível preservar a floresta se os povos de lá não forem preservados e cuidados. Para defendermos a floresta, é preciso defendermos os povos da Amazônia e batalhar para que eles sejam considerados cidadãos brasileiros sujeitos de direito político e social. É uma carência o sistema de saúde na região, o SUS na Amazônia tem problemas enormes. A Saúde tem um papel importante na recuperação da autoestima, do respeito às populações, e isso gera cidadania e reconhecimento”, atentou.  

+ Assista à transmissão completa da mesa

 

Publicado em 25/03/2025

Fiocruz debate desafios à equidade de gênero e raça na Academia

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

No dia 26 de março, às 14h, o Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Ensp/Fiocruz) vai debater 'Produtividade na Academia e os desafios à equidade de gênero e raça'. Participarão do debate a presidenta da Capes, Denise Pires, a pesquisadora da Ensp, Marília Sá Carvalho, a professora da Universidade Federal de Santa Catarina, Miriam Grossi, e a pesquisadora da Universidade Estadual de Feira de Santana, Ionara Magalhães.

A coordenação ficará por conta da pesquisadora da Ensp, Vera Marques.

O evento será transmitido pelo canal da Ensp no Youtube e contará com tradução para libras.

 

Publicado em 17/03/2025

Sessão Científica debate Bioética, Inteligência Artificial e Saúde Coletiva

Autor(a): 
Ensp/Fiocruz

O Centro de Referência Professor Hélio Fraga da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CRPHF/Ensp/Fiocruz) promoverá, no dia 18 de março, a sessão científica 'Bioética, IA e Saúde Coletiva: Implicações para as Práticas de Cuidado e Políticas Públicas de Saúde', que contará com a participação do médico Luiz Vianna Sobrinho, editor do Observatório da Medicina e professor convidado do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Ensp. Coordenada pelo Serviço de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Hélio Fraga, a sessão científica Lenice Dias Campos é aberta a todos os interessados. A palestra ocorrerá no Auditório I do Centro de Referência, localizado em Jacarepaguá (Estrada de Curicica, 2.000), das 14h às 15h30. Participe! 

Acesse o texto de referência para acompanhar a sessão científica: “Saúde Digital – Da Medicina de Dados à Caixa de Pandora da IA – Proteticidade, Simbiose e o Humanismo Digital”

Sobre o palestrante: 

Luiz Vianna Sobrinho é médico e doutor em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva pela Ensp/Fiocruz. Editor do Observatório da Medicina (Ensp/Fiocruz), também atua como professor convidado no Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Ensp. É autor dos livros "Medicina Financeira: a Ética Estilhaçada" (Garamond, 2013), "O Ocaso da Clínica: a Medicina de Dados" (Zagodoni, 2021) e "Nove para o Singular" (Zagodoni, 2023). 

Publicado em 07/03/2025

Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz inicia ano letivo de 2025 com atividades especiais de 10 a 14/3

Autor(a): 
Barbara Souza (Ensp/Fiocruz)

O ano letivo de 2025 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) será oficialmente aberto no dia 10 de março, segunda-feira. A aula inaugural será ministrada pela convidada especial Sonia Fleury. Doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do CEE-Fiocruz e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a palestrante abordará o tema “Ameaças à democracia no contexto de incertezas globais”. A atividade será às 13h no auditório térreo da Ensp e contará com a mediação da vice-diretora de Ensino, Enirtes Caetano. Ela lembra que, embora a Ensp inicie cursos de janeiro a janeiro, a aula inaugural é uma tradição na qual o convidado lança a tônica do ano iniciado. “Será uma programação voltada para o Lato Senso e Qualificação Profissional e para o Stricto Sensu. Uma oportunidade de receber e saudar os alunos novos, que conhecerão um pouco a Escola e seus valores. É um momento de integração e de celebração”, afirma. 

+ Veja a programação completa da semana

A vice-diretora destaca um diferencial de 2025: a atualização do Projeto Político Pedagógico da Ensp, que teve sua última versão há dez anos. “Vamos renovar em relação às políticas e aos temas. O PPP traz as ideias fundadoras da Escola e os elementos que compõem a missão da Ensp”, explica Enirtes. A professora ressalta que a programação da Semana de Abertura do Ano Letivo foi construída a partir do PPP: “O Projeto orientou a escolha de cada convidado e dos temas. Portanto, teremos debates que alimentam o compromisso da Ensp com a autonomia, democracia e participação, perspectiva emancipatória e com a prática e a interdisciplinaridade”. Após apresentado no dia 10/3, o PPP ficará disponível para consulta pública até o fim de março. 

Na manhã de segunda-feira (10/3), haverá uma mesa institucional com a presença do diretor da Ensp, Marco Menezes, da vice-diretora Enirtes Caetano, da coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, do coordenador-geral do Lato Sensu e Qualificação Profissional da Ensp, Gideon Borges, da coordenadora-geral do Stricto Sensu da Ensp, Joviana Avanci e do coordenador do Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da Ensp, Maurício De Seta. Como representação discente, participará a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública Ramila Alencar. Na sequência, o debate "Ensino: organizando o presente em diálogo com o futuro" será realizado pelo diretor Marco Menezes, Enirtes Caetano e Gideon Borges. Em seguida, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo fará uma palestra sobre “Desafios para o futuro da Saúde Pública”.  

Já a manhã de terça-feira (11/3), será dedicada ao tema “Desigualdade, Diversidade e Inclusão”, com participação das seguintes palestrantes: Jamile Borges (UFBA), Maria Alice Gonçalves (UERJ) e Gersem Baniwa (UnB), líder e fundador do Fórum do Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI). O moderador será Gideon Borges. À tarde, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e a ex-diretora da Ensp, pesquisadora Maria do Carmo Leal, tratarão da temática “Educação e Transformação: Formação da Ensp para o SUS”, com moderação da coordenadora de Pós-Graduação Stricto Sensu da Escola, Joviana Avanci. 

“Ciência e Comunicação” será o tema em debate na manhã da quarta-feira (12/3). O palestrante convidado é Manoel Barral Netto, pesquisador titular da Fiocruz Bahia, presidente de Academia de Ciências da Bahia e titular da Academia Brasileira de Ciências. A atividade terá como debatedores o coordenador da Radis, Rogerio Lannes, e a co-editora-chefe de Cadernos de Saúde Pública, Marilia Sá Carvalho. A moderadora será Enirtes Caetano. No mesmo dia, haverá uma edição especial do Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos, o CeEnsp. O tema em debate será “Uso de Inteligência Artificial nas pesquisas e publicações científicas da Saúde Coletiva”. 

Na quinta-feira (13/3), será realizada a recepção dos ingressantes nos cursos Stricto Sensu, Lato Sensu e Residências no auditório térreo. Também está programada uma visita à Feira Agroecológica Josué de Castro Saberes e Sabores, no pátio da Ensp, e pelo campus da Fiocruz. Na sexta (14/3), a partir das 10h, vai ter Feira Preta. O evento, que também integra a 9ª edição da campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, terá como tema "Hoje é Dia do Quilombo" e homenageará as escritoras Carolina Maria de Jesus e Celeste Estrela, ícones da cultura negra no Brasil.

Esta edição da Feira Preta ainda conta com culinária afro-brasileira, artesanato, moda, cosméticos naturais e acessórios (trabalhos e serviços de empreendedores negros e quilombolas). Haverá também ação do Livro em Movimento, um espaço para troca de livros e incentivo à leitura. Além disso, está marcada para às 10h30 uma Roda de Conversa com o Quilombo Quilombá. À tarde, estão previstas outras atividades culturais, como uma sessão de cinema que vai exibir os filmes "Carolina Maria de Jesus" e "Atrás Não É Mais o Meu Lugar", que conta a história da poetiza Celeste Estrela. Ela vai participar de uma Roda de conversa com o produtor Edilano Cavalcante. O encerramento será com apresentações do cantor Wanderson Lemos e do trabalho América Negra.

Publicado em 27/02/2025

Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz inicia ano letivo de 2025 com atividades especiais de 10 a 14 de março

Autor(a): 
Barbara Souza (Ensp/Fiocruz)

O ano letivo de 2025 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) será oficialmente aberto no dia 10 de março, segunda-feira. A aula inaugural será ministrada pela convidada especial Sonia Fleury. Doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do CEE-Fiocruz e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a palestrante abordará o tema “Ameaças à democracia no contexto de incertezas globais”. A atividade será às 13h no auditório térreo da Ensp e contará com a mediação da vice-diretora de Ensino, Enirtes Caetano.

Outras atividades marcarão a semana dedicada à recepção dos novos alunos da Escola. Também na segunda-feira, 10 de março, pela manhã, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo fará uma palestra sobre “Desafios para o futuro da Saúde Pública”. Antes dessa participação especial, haverá uma mesa institucional com a presença do diretor da Ensp, Marco Menezes, da vice-diretora Enirtes Caetano, da coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, do coordenador-geral do Lato Sensu e Qualificação Profissional da Ensp, Gideon Borges, da coordenadora-geral do Stricto Sensu da Ensp, Joviana Avanci e do coordenador do Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da Ensp, Maurício De Seta. Como representação discente, participará a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública Ramila Alencar. Na sequência, o debate "Ensino: organizando o presente em diálogo com o futuro" será realizado pelo diretor Marco Menezes, Enirtes Caetano e Gideon Borges.

Já a manhã de terça-feira, 11 de março, será dedicada ao tema “Desigualdade, Diversidade e Inclusão”, com participação das seguintes palestrantes: Jamile Borges (UFBA), Maria Alice Gonçalves (Uerj) e Gersem Baniwa (UnB), líder e fundador do Fórum do Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI). O moderador será Gideon Borges. À tarde, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e a ex-diretora da Ensp, pesquisadora Maria do Carmo Leal, tratarão da temática “Educação e Transformação: Formação da Ensp para o SUS”, com moderação da coordenadora de Pós-Graduação Stricto Sensu da Escola, Joviana Avanci.

“Ciência e Comunicação” será o tema em debate na manhã da quarta-feira, 12 de março. O palestrante convidado é Manoel Barral Netto, pesquisador titular da Fiocruz Bahia, presidente de Academia de Ciências da Bahia e titular da Academia Brasileira de Ciências. A atividade terá como debatedores o coordenador da Radis, Rogerio Lannes, e a co-editora-chefe de Cadernos de Saúde Pública, Marilia Sá Carvalho. A moderadora será Enirtes Caetano. No mesmo dia, haverá uma edição especial do Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos, o CeEnsp. O tema em debate será “Uso de Inteligência Artificial nas pesquisas e publicações científicas da Saúde Coletiva”.

Na quinta-feira, 13 de março, será realizada a recepção dos ingressantes nos cursos Stricto Sensu, Lato Sensu e Residências no auditório térreo. Também está programada uma visita à Feira Agroecológica Josué de Castro Saberes e Sabores, no pátio da Ensp, e pelo campus da Fiocruz. Na sexta, 14 de março, a partir das 10h, vai ter Feira Preta. O evento, que também integra a 9ª edição da campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, terá como tema "Hoje é Dia do Quilombo" e homenageará as escritoras Carolina Maria de Jesus e Celeste Estrela, ícones da cultura negra no Brasil.

Esta edição da Feira Preta ainda conta com culinária afro-brasileira, artesanato, moda, cosméticos naturais e acessórios (trabalhos e serviços de empreendedores negros e quilombolas). Haverá também ação do Livro em Movimento, um espaço para troca de livros e incentivo à leitura. Além disso, está marcada para às 10h30 uma Roda de Conversa com o Quilombo Quilombá. 

À tarde, estão previstas outras atividades culturais, como uma sessão de cinema que vai exibir os filmes "Carolina Maria de Jesus" e "Atrás Não É Mais o Meu Lugar", que conta a história da poetiza Celeste Estrela. Ela vai participar de uma Roda de conversa com o produtor Edilano Cavalcante. O encerramento será com apresentações do cantor Wanderson Lemos e do trabalho América Negra.

Publicado em 27/02/2025

Radis aborda impactos da escala 6 por 1 na vida de trabalhadores e trabalhadoras

Autor(a): 
Radis Ensp

Radis de fevereiro (269) traz à pauta os seguintes questionamentos: existe vida além do trabalho? Para quem? Balconistas de farmácia, caixas de supermercado, operadores de logística, atendentes de telemarketing, garçons e tantas outras profissões vivem a rotina da chamada escala 6x1: seis dias para o trabalho e apenas um para o descanso, o lazer, a saúde, o convívio com a família e a resolução dos problemas cotidianos. O Movimento que ganhou as redes e as ruas denuncia os impactos de jornadas de trabalho exaustivas na saúde e na qualidade de vida. Leia a respeito e saiba o que esperar do futuro dessa discussão, no ano em que o Brasil se prepara para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

A reportagem de capa da edição mostra ainda como a escala 6x1 afeta a saúde das pessoas. O texto aborda os impactos de jornadas exaustivas, que estão associadas ao aumento de transtornos mentais e acidentes de trabalho, e traz o relato de trabalhadores que vivem ou já viveram esse esquema de trabalho.

Outra matéria de destaque aborda a capoeira e sua relação com a saúde. Jogo, luta, dança, arte popular, a capoeira promove saúde, não somente física, mas também mental. Na Radis 269, você confere ainda: Medidas do novo presidente dos EUA, Donald Trump, afetam saúde, acordos sobre o clima, diversidade e imigrantes; A escritora Lilia Guerra, que também é auxiliar de enfermagem no SUS, fala sobre direito à cidade, memória e literatura e muito mais.

Leia a edição completa no site da Radis.

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