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Publicado em 09/05/2017

Novo Programa de Pós-graduação em Vigilância e Controle de Vetores do IOC abre inscrições em 15/5

O curso de Mestrado Profissional Stricto sensu em Vigilância e Controle de Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), aprovado recentemente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), abrirá inscrições para a primeira turma no dia 15/5. Serão oferecidas 20 vagas para graduados em veterinária, biologia, biomedicina e áreas afins, interessados em ampliar o leque de conhecimento no controle e vigilância de insetos, moluscos e carrapatos.

Credenciado com conceito 3 na categoria de Mestrado Profissional (numa grade de conceitos entre 1 e 5), o curso está alocado na área Saúde Coletiva da Capes. O Programa é voltado para profissionais de nível superior com interesse no estudo integrado de vetores de doenças humanas e veterinárias no âmbito da saúde única ('One Health'). Há duas áreas de concentração: Biologia de vetores e interação parasito-hospedeiro e Epidemiologia e controle de vetores.

Assim como nos outros Programas de Pós-graduação do IOC, as inscrições para o novo curso serão realizadas online, por meio da Plataforma Siga, até o dia 26/5, conforme a Chamada de Seleção Pública.

Clique aqui e confira todas as informações sobre o novo Programa de Pós-graduação do IOC.

Acesse aqui informações sobre inscrições em outros Programas de Pós do IOC.

 

Fonte: Comunicação/Instituto Oswaldo Cruz

Publicado em 18/03/2020

Aula magna da Fiocruz Brasília aborda o novo coronavírus

Autor(a): 
Nayane Taniguchi (Fiocruz Brasília)

Claudio Maierovitch, médico sanitarista, coordenador e pesquisador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (Nevs) da Fiocruz Brasília; Eduardo Hage, médico epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Brasília; José Agenor Álvares, ex-ministro da Saúde e assessor da Fiocruz Brasília: esses são alguns dos convidados do Conexão Fiocruz Brasília, nova atividade da instituição e que marcará a aula magna da Escola de Governo Fiocruz (Brasília).

Tendo em vista as recomendações de isolamento físico e o cancelamento de atividades que agrupem muitas pessoas, a aula magna da escola será feita de maneira virtual, às 10h desta quinta-feira (19/3), e transmitida em tempo real pelo canal no YouTube da Fiocruz Brasília. Em formato interativo, a atividade destacará diferentes aspectos acerca da emergência em saúde a partir do novo coronavírus (Sars CoV-2), como as certezas e incertezas sobre a doença (Covid-19) e da pandemia mundial, da importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da doença e a atuação da Fundação Oswaldo Cruz em diferentes frentes.

Fabiana Damásio, diretora da Fiocruz Brasília, e Luciana Sepúlveda, diretora-executiva da Escola de Governo Fiocruz (Brasília), também integrarão o evento. O formato permitirá não só que diferentes públicos assistam à aula magna, mas que também participem do debate, com o envio de perguntas nos canais oficiais da Fiocruz Brasília nas mídias sociais: FacebookYoutube e, a partir desta quinta-feira, também no Instagram, que será lançado oficialmente durante a aula magna. Desta forma, a Fiocruz Brasília amplia o contato com a população e os canais de divulgação de informações e notícias sobre a instituição.

Pela primeira vez, a aula magna não terá a presença física dos estudantes, professores e interessados no tema, respeitando as orientações do Ministério da Saúde e o Plano de Contingência da Fiocruz, mas será transmitida em tempo real, estimulando a participação nas diferentes redes. A realização das atividades reforça ainda as alternativas para a manutenção das atividades da Escola de Governo Fiocruz (Brasília), ressaltando o cuidado com a comunidade discente, mas adaptadas para contribuir para a contenção da doença no Distrito Federal.

Para saber mais sobre a pandemia do novo coronavírus, acesse o Plano de Contingência da Fiocruz e outras informações disponíveis no Portal Fiocruz.

Publicado em 29/01/2018

Estudo avalia formação de agentes de combate a endemias

Todos os dias, agentes de combate às endemias (ACE) que atuam nos Programas de Saúde da Família visitam casas, terrenos baldios, indústrias e estabelecimentos comerciais, tendo como uma das missões identificar focos de doenças. Esses trabalhadores, juntamente com os agentes comunitários de saúde (ACS), são atores essenciais para o controle de uma série de arboviroses, entre elas a dengue e a febre amarela. Com uma tarefa tão importante, é de se esperar que os agentes de combate às endemias sejam altamente qualificados. Entretanto, uma pesquisa de doutorado da Fiocruz Minas mostrou que, embora existam iniciativas voltadas para a capacitação desses profissionais, não há uma política de formação de longa duração, capaz de fornecer, com consistência, toda a gama de conhecimentos que a função requer. O estudo revelou, ainda, a forma como esses trabalhadores se enxergam, se identificam e como pensam ser vistos pela sociedade.

A pesquisa se dividiu em duas etapas: análise de documentos e entrevista com os ACE. Para realizar a primeira etapa, os pesquisadores avaliaram acervos eletrônicos do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, para identificar conteúdos relacionados à formação dos agentes, entre 2001 e 2016, sendo dengue o tema enfocado. No total, 14 documentos foram analisados. A pesquisadora Janete Evangelista é a responsável pelo estudo, que é fruto de sua tese de doutorado. Segundo ela, de um modo geral, observou-se que não há uma política de formação sendo executada de forma permanente no contexto da dengue. "O que existem são ações conjunturais, insuficientes uma vez que sabemos que doenças como a dengue têm uma relação estreita com os determinantes sociais e, para combatê-las, é necessário mais que medidas pontuais”.

De acordo com Janete, a análise mostrou que o conteúdo disponibilizado privilegia o controle de vetores, sobrepondo-se a uma política de educação profissional consolidada. Além disso, percebeu-se uma preponderância de linguagem técnica e biomédica,  distante da realidade dos agentes de controle de endemias. Os documentos indicaram ainda serem atribuídas a esses profissionais atividades que exigem mais conhecimento do que vem sendo oferecido, como por exemplo orientar a população em ações de educação em saúde.

Entrevistas

A inexistência de um sistema sólido de formação profissional, constatada pela análise documental, foi confirmada por meio entrevistas com os ACE. Nesta segunda etapa do trabalho, as pesquisadoras conversaram com profissionais que atuam na prevenção e no controle da dengue no distrito de Eldorado, localizado no município de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ao todo, foram entrevistados 30 agentes de combate às endemias, no decorrer de 2016, por meio da técnica de grupo focal, que convida os participantes a falarem de temas específicos. Trajetória de formação e identidade foram os assuntos propostos.

Durante os encontros, os entrevistados relataram que se sentem inseguros para realizar suas atividades por não contarem com um programa sistematizado e regular de qualificação. Muitos afirmaram que não receberam um curso básico introdutório e, por isso, não têm clareza sobre a prescrição mínima de suas tarefas. Boa parte deles declarou ter sido orientada de forma informal pelos próprios colegas. “Somente os trabalhadores que estão há mais tempo na função disseram ter passado por treinamento. Já os novatos relataram que o aprendizado se deu na prática cotidiana, numa espécie de ‘telefone sem fio’, em que os mais antigos repassam as informações para os mais novos”, conta Janete.

Segundo a pesquisadora, os entrevistados também afirmaram desconhecer conteúdos relacionados à dengue disponibilizados online. Relataram ainda que, no ambiente de trabalho, não têm acesso à internet. “Por conta desses relatos, um dos desdobramentos do nosso estudo será a criação de um portfólio de fontes sobre dengue e, para isso, já fizemos um levantamento dos sites do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e Secretaria Municipal de Saúde de Contagem, que abordem a temática. Compilamos os dados encontrados e, em breve, vamos disponibilizar o portfólio para que os agentes de combate às endemias possam consultar e buscar informações ”, diz.

Identidade

O estudo apontou ainda que a falta de uma formação consistente reflete na forma como os ACE se percebem e são reconhecidos. Esse fato tem impacto no processo de formação de sua identidade profissional. Pela falta de padronização de suas atividades, precário processo de integração com as equipes de saúde da família, dentre outros fatores, cada profissional forma uma imagem individual a respeito do seu trabalho. Em geral, todos apresentam baixa autoestima e desmotivação (leia mais aqui).

Para a pesquisadora, o estudo deixa claro que ações políticas mais integradas e intersetoriais podem auxiliar na legitimação das práticas e políticas de formação e trabalho dos ACE, auxiliando-os a se reconhecerem como pertencente a uma categoria profissional. “ E o mais importante: a institucionalização de uma sólida política de educação profissional direcionada ao ACE pode contribuir para um avanço significativo na prevenção e no controle da doença e vetores”, diz.

Intitulada Qualificação e educação profissional no contexto da dengue: a perspectiva dos agentes de combate às endemias, a pesquisa teve orientação de Virgínia Schall (in memorian) e Denise Nacif Pimenta. O estudo deu origem a dois artigos, um deles já publicado e disponível aqui.

Fonte: Fiocruz Minas | Foto: Raul Santana

Publicado em 04/11/2016

Novo mestrado profissional em Controle e Vigilância de Vetores

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)*

A vigilância e o controle de doenças transmitidas por vetores, como dengue, malária e leishmaniose, ganharão reforço com uma nova iniciativa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) acaba de aprovar o curso de Mestrado Profissional Stricto sensu em Controle e Vigilância de Vetores de Doenças. O objetivo dessa capacitação é contribuir para ampliar o leque de conhecimento de gestores e profissionais de saúde que atuam no controle e vigilância de insetos, moluscos e carrapatos. O curso é voltado para graduados em veterinária, biologia, biomedicina e áreas afins. O início das atividades da primeira turma está previsto para o segundo semestre de 2017.

O diretor do IOC/Fiocruz diz que a estruturação do curso atende a uma necessidade nacional de formação de profissionais especializados na área de vetores, conforme uma demanda da Presidência. O objetivo é preencher lacunas na formação de profissionais que atuam na área da entomologia e malacologia médica, como explica o coordenador adjunto de Pós-graduação da Fiocruz, Milton Ozório: “Levantamentos da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz mostraram a necessidade de ampliar a capacitação de um público amplo de profissionais e gestores. A iniciativa deve priorizar a atualização em conhecimentos sobre a biologia de vetores e novas formas de diagnóstico”.

A proposta de criação do novo curso foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do IOC em reunião no dia 20/4. Segundo a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Elisa Cupolillo, a iniciativa amplia o quadro do Ensino do Instituto, que passará a contar com sete programas de Pós-graduação Stricto sensu. “O desenvolvimento do novo curso está alinhado à missão do IOC de formar e capacitar recursos humanos para a solução de problemas críticos de saúde do país. Estamos contribuindo para fortalecer a relação do Instituto com a sociedade”, avalia.

Formações variadas

A capacitação reunirá temas pertinentes à vigilância e ao controle vetorial. As ações de vigilância permitem recomendar medidas de prevenção e controle de doenças. Já as estratégias de controle vetorial (que pode ser biológico, mecânico ou ambiental e químico) visam controlar transmissores de patógenos causadores de doenças – caso do mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus da Dengue, Zika e Chikungunya.

De acordo com o coordenador do curso, Fernando Genta, as disciplinas serão ministradas por professores especializados em diferentes áreas da entomologia, incluindo temas sobre taxonomia, fisiologia e controle, além de tópicos sobre diagnóstico molecular e modelagem matemática. “Vamos discutir o funcionamento e a eficácia das mais modernas tecnologias disponíveis para o controle vetorial, como o uso da bactéria Wolbachia e dos mosquitos transgênicos no combate ao Aedes aegypti, por exemplo, além de abordar a importância do uso correto de ferramentas de controle químico, como inseticidas”, destaca Genta, pesquisador do Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos do IOC.

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pedro Lagerblad de Oliveira, será responsável por uma das disciplinas oferecidas. “A compreensão dos fenômenos da fisiologia e da biologia dos insetos, como o seu comportamento diante da necessidade de ingestão de sangue, por exemplo, é importante para formular armadilhas e repelentes. As disciplinas do curso, em geral, vão oferecer conhecimentos que baseiam métodos de controle, localização, análise e reconhecimento epidemiológico”.

Os alunos terão o prazo limite de dois anos para concluir a formação.

Sobre o processo de criação de um curso

A avaliação da Capes é um passo fundamental para a abertura de novos cursos de pós-graduação no Brasil. O resultado das avaliações das propostas enviadas por instituições de ensino e pesquisa de todo o país foi divulgado pela Capes após a 166ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), realizada entre os dias 26 e 30/9, em Brasília. A partir deste parecer, cabe ao Conselho Nacional de Educação (CNE) autorizar e reconhecer os novos cursos. O processo é finalizado com a homologação do Ministério da Educação, conforme o estabelecido pela legislação vigente.


Edição: Raquel Aguiar (Comunicação, IOC/Fiocruz)

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