O acesso às urgências e atenção hospitalar como questões de direitos humanos serão tema do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp) do dia 8 de novembro. A atividade será às 14h, na sala 410 da Ensp, e haverá transmissão ao vivo pelo canal da Escola no Youtube, além de Tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Coordenado pela pesquisadora do Daps/Ensp/Fiocruz Gisele O'Dwyer, este Ceensp terá como palestrantes Mariana Konder, da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, Marisa Malvestio, da USP, e Mauricio Stedile, do Hospital Federal de Clínicas de Porto Alegre.
Este Ceensp inspira-se no livro recém-publicado ‘Acesso Às Urgências e Atenção Hospitalar: Uma Questão de Direitos Humanos’, escrito pelas médicas Gisele O’dwyer e Mariana Konder. Ao considerar a Política Nacional de Atenção às Urgências, a obra apresenta os componentes da Rede de Urgências com suas especificidades e desafios. O Samu é apresentado como uma componente estruturante da atenção às urgências no país. A Atenção Primária à Saúde é destacada como espaço essencial para acolhimento das urgências de baixo risco. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) representa uma porta de acesso importante, apesar de funcionar para além do seu propósito, evidenciando o fenômeno de “internação” em ambiente pré-hospitalar. O hospital, fundamental componente para atenção às urgências, é apresentado com base no dimensionamento do parque hospitalar brasileiro, considerando estados, regiões e leitos SUS e não SUS.
Os componentes assistenciais são apresentados considerando o referencial dos Direitos Humanos. Apesar do volumoso e extenso investimento nos diversos componentes da Rede de Atenção às Urgências, a experiência dos usuários continua sendo a de acesso limitado, quando não interditado, e de muita luta e sofrimento para terem suas demandas atendidas. A superlotação das emergências hospitalares sintetiza bem esse fenômeno, tornando-se o local em que a violação de direitos é mais intensamente vivenciada pelo usuário. A rede hospitalar encontra-se no centro das respostas para essa experiência, sobretudo porque muito pouco foi feito pelo hospital ao longo de mais de três décadas de desenvolvimento do SUS. E, ainda, as condições do parque hospitalar e do sistema de urgência que, pela precariedade sustentada ao longo dos anos, produzem sistematicamente sofrimento ao paciente, com significativas consequências, como aumento da morbidade e mortalidade. O sofrimento não pode ser banalizado.
A sessão do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desta sexta-feira, dia 27 de outubro, aborda o tema ‘Mudanças climáticas e impactos sociais’ com o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini.
Na ocasião, Christovan Barcelos, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), atuará como mediador.
A atividade será transmitida pelo Canal do IOC no YouTube a partir das 10h.
Nesta sexta-feira, 20 de outubro, às 9h, a Fiocruz Bahia vai promover, em sessão científica, um debate sobre a "Transição para a sustentabilidade e diálogos entre sistemas de conhecimento". O palestrante será Charbel El-Hani, professor titular do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde coordena o Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio). A palestra acontece presencialmente no Auditório Aluízio Prata, na Fiocruz Bahia, com transmissão pela plataforma Zoom.
Charbel El-Hani é bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mestre em Educação pela UFBA e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Fez pós-doutorado no Centro de Filosofia da Natureza e Estudos da Ciência, da Universidade de Copenhague, Dinamarca.
Coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (INCT IN-TREE), financiado pelo CNPq, pela CAPES e pela FAPESB, que reúne 240 pesquisadores de 31 instituições brasileiras e 35 instituições estrangeiras. Coordena o evento de popularização da ciência Café Científico Salvador e escreve no Blog Darwinianas.
O laboratório está vinculado a comunidade de práticas com professores da educação básica municipal de Conde - BA, atuantes em escolas situadas em comunidades pesqueiras artesanais. Principais interesses de pesquisa: Pesquisa em Educação Científica, Filosofia da Biologia, Biologia Teórica e História da Biologia. Na pesquisa em Educação Científica, o foco de suas investigações se situa no campo interdisciplinar de História, Filosofia e Ensino de Ciências.
*Com informações da Fiocruz Bahia
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), e a Universidade de Aveiro (UA), de Portugal, promovem, em 16 de outubro, um debate sobre Saúde e o acesso aos medicamentos essenciais no contexto do Complexo da Saúde. O encontro é gratuito. Os interessados em participar do evento devem realizar sua inscrição para participar. O debate será transmitido de forma remota pelo canal do YouTube de Farmanguinhos/Fiocruz, às 12h, pelo horário de Brasília. Em modo presencial, o debate será na Sala de Atos Acadêmicos da UA. Aqueles que estiverem fora do país devem estar atentos aos horários, visto que a transmissão ocorrerá às 16h, em Portugal, e às 17h no fuso horário central europeu.
No formato híbrido, participarão do evento o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger; o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, e o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Portugal, Helder Mota. Como comentaristas o médico da Escola de Saúde da UA, Vitor Coutinho, e a coordenadora adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse.
A Universidade de Aveiro é uma fundação pública de Portugal, tendo como missão a intervenção e desenvolvimento da formação graduada e pós-graduada, a investigação e inovação e a cooperação com a sociedade, que visa trocar experiências sobre desafios e oportunidades na promoção e acesso à saúde.
Laboratório farmacêutico oficial vinculado ao Ministério da Saúde, Farmanguinhos/Fiocruz, fundado em 1976, é uma unidade técnico‐científica da Fiocruz que se destaca na luta pela redução de custos de medicamentos, permitindo a ampliação do acesso de mais pessoas aos programas de saúde pública. Tem capacidade para fabricar até dois bilhões e meio de unidades farmacêuticas, em 41 tipos de medicamentos, referentes a 13 classes terapêuticas. Entre eles, estão aqueles voltados para o tratamento de doenças endêmicas, como malária e tuberculose; antirretrovirais, como os utilizados para o tratamento da aids; suplementos; vitaminas; e outros.
A Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove o 6º Seminário Patrimônio Documental em Perspectiva. Realizado pelo Departamento de Arquivo e Documentação e pelo Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC/Fiocruz, o seminário acontece este ano como parte da programação do IX Encontro de Arquivos Científicos. Com transmissão ao vivo pelo Facebook da Casa de Oswaldo Cruz, o seminário será promovido em 4 de outubro, das 9h às 17h, no Auditório do Museu da Vida Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O evento tem como objetivo discutir a produção de conhecimento baseada no uso e reuso de dados de pesquisa e os desafios na preservação das evidências científicas, além de apresentar a análise preliminar dos resultados de pesquisa desenvolvida pelo Observatório Covid-19 e Bio-Manguinhos, ambos vinculados à Fiocruz.
VI Seminário Patrimônio Documental em Perspectiva
Data: 04/10/2023
Horário: 9h - 17h
Transmissão: Facebook da COC
Local: Auditório do Museu da Vida Fiocruz
Av. Brasil 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro
Programação
9 - 12h
Palestra:
Apresentação: Vanessa Araújo Jorge, Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz)
A emergência de um novo modelo de produção de conhecimento científico baseado no uso e reuso de dados do mundo real: a experiência do Cidacs
Bethânia Almeida - Instituto Gonçalo Moniz/Fiocruz Bahia/Cidacs
Debate
12 – 14h
Brunch
Visitas
14 – 17h
Mesa redonda: Ciência, arquivos e dados: políticas e desafios institucionais
Palestrantes:
Desafios na preservação das evidências científicas: a diversidade e dinamismo na contextualização dos dados de pesquisa
Laura Vilela Rezende - Universidade Federal de Goiás (UFG)
Arquivos e emergência sanitária: análise preliminar do Observatório Covid-19 e Bio-Manguinhos, da Fiocruz
Aline Lacerda, Luciana Heymann (COC/Fiocruz)
Mediação: Marcus Vinícius Pereira da Silva
Biblioteca de História das Ciências e da Saúde (COC/Fiocruz)
Debate
A pandemia de Covid-19 deixou transparecer um grave problema nas favelas do Rio de Janeiro: a falta de dados sobre quem vive nelas. As subnotificações encobriram a gravidade da situação e o enfrentamento da doença durante o período mais crítico. A próxima edição do Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), dia 15 de setembro, às 14h, joga luz na questão e debate soluções. Com o tema Pesquisar nas Favelas é ‘Nós Por Nós’, a sessão tratará da importância da geração e compreensão de dados pelos próprios moradores das favelas e de como esse trabalho pode se expandir e resultar em maior inclusão social. Participam da conversa a pesquisadora Renata Gracie (Icict/Fiocruz) e o analista de dados Kayo Moura (LabJaca). O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora.
Ementa
As favelas do Rio de Janeiro são vetores de desigualdades sociais e de dados e a pandemia de Covid-19 revelou de maneira mais clara esta ausência de informações adequadas. As subnotificações obscureceram a gravidade da situação, impedindo o enfrentamento adequado dessa emergência sanitária. Embora os dados disponíveis publicamente possam ser colhidos para identificar o impacto da pandemia nos assentamentos informais do Rio de Janeiro, nenhum governo o fez. Por meio de uma mistura de dados de origem cidadã e da contagem de casos por "zonas de influência" de CEP nas favelas, 20 coletivos e organizações sem fins lucrativos da sociedade civil e juntaram à Fiocruz e, organizados pela Comunidades Catalisadoras (ComCat), trabalharam em conjunto desde junho de 2020 para desenvolver o Painel Unificador de Covid-19 nas Favelas (PUF) (www.favela.info). Após o período mais intenso de casos e óbitos na pandemia, e durante discussões realizadas pelo PUF e pela Rede Favela Sustentável, nasceu o curso ‘Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas’. Ele foi elaborado a partir da percepção da importância existencial de as próprias favelas coletarem dados de incidência da doença. O curso foi construído com o objetivo de desmistificar o processo de coleta e compreensão de dados e garantir o controle na geração de informações pelos próprios territórios, mirando a incidência política. O tema definido para o curso inaugural foi justiça hídrica e energética, pela natureza fundamental de ambos para o pleno desenvolvimento e inclusão das favelas.
Sobre os participantes:
Kayo Moura
(LabJaca)
É mestrando em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP/UERJ). Possui graduação em Relações Internacionais pela PUC-Rio (2016), com domínio adicional em Estudos Latino-Americanos. Integra o Grupo de Estudos Atores e Agendas de Política Externa (NEAAPE) e o Grupo de Estudos de Economia e Política (GEEP). Tem interesse nas áreas de política externa, política pública, economia política, métodos quantitativos. É analista de dados e coordenador de pesquisas no LabJaca, laboratório de pesquisas e narrativas sobre favelas e periferias.
Renata Gracie
(LIS/Icict/Fiocruz)
Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC/UFRJ) (2019), possui mestrado em Saúde Pública subárea Endemias Ambiente e Sociedade pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (2008), graduação em Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2001). Tecnologista em Geoprocessamento e vice coordenadora do Laboratório de Informações em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (LIS/Icict/Fiocruz). Professora permanente do PPGICS/Icict/Fiocruz. Coordenadora do curso de Especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública (SIMASP/Icict/Fiocruz). Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde com ênfase em vigilância em saúde, desigualdades socioespaciais, territórios periféricos, saneamento e saúde, mudanças climáticas, indicadores de saúde e de interesse a saúde a partir do uso de técnicas de geoprocessamento, análise espacial. É mãe de dois filhos.
Assista ao Centro de Estudos do Icict: