A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifesta sua irrestrita solidariedade à comunidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, em especial, do Museu Nacional, diante da tragédia que atingiu a instituição.
Este lamentável episódio do incêndio do Museu Nacional nos remete à reflexão sobre as condições que afetam as políticas públicas de preservação do patrimônio histórico, da cultura, da educação e da ciência mas, além disso, o setor público como um todo. Fruto da dedicação de profissionais durante os 200 anos de existência do Museu, as coleções lá existentes inspiraram gerações de brasileiros e visitantes de todo o mundo, possibilitando a pesquisa e a geração de conhecimento, centrais para a humanidade e para consolidação de nossa posição enquanto nação.
Dentre as causas desta tragédia, estão as políticas de austeridade fiscal, que atingem diretamente instituições públicas como as universidades, resultando no abandono de áreas tão sensíveis e fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Neste momento de profunda tristeza e indignação, devemos denunciar com mais vigor as precariedades motivadas pelas restrições de recursos e as dificuldades de gestão, que geram obstáculos à administração de áreas de tamanha complexidade como é a área de patrimônio científico.
A história da Fiocruz, em certa medida, confunde-se com a trajetória do Museu Nacional. Ao longo dos anos, estabelecemos parcerias visando à divulgação científica por intermédio de exposições como A ciência dos viajantes, Roquete Pinto um Brasiliano, entre muitas outras, além de diversas ações comuns no campo da pesquisa e formação de pessoas. Temos portanto, o dever e a obrigação de estar ao lado dos servidores e da sociedade como um todo, alertando para a necessidade primordial de um setor público que tenha nas políticas de ciência e tecnologia, educação e cultura, pilares de um país dono de seu destino.
Não podemos assistir passivamente à destruição de políticas públicas gerada no rastro da PEC do Teto dos Gastos, em favor de interesses que flagrantemente geram cada vez mais concentração de renda, desemprego e abandono de setores estratégicos como a saúde, a educação e a ciência e tecnologia, fundamentais para a construção de um Brasil justo, democrático e soberano.
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz | Foto: Ricardo Moraes
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) está oferecendo 34 vagas para seu Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. As inscrições vão até a próxima segunda-feira (3/9).
O processo seletivo é promovido em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ) e o Núcleo do Estado do Rio de Janeiro do Ministério da Saúde (Nerj/MS). As vagas são destinadas a profissionais graduados nas áreas de enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social, farmácia e educação física.
A formação oferecida na modalidade presencial tem a finalidade de qualificar equipes multiprofissionais de saúde para desenvolver atividades voltadas para organização do processo de trabalho, cuidado à saúde e processos de educação dentro de Equipes de Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (Nasf).
Durante o ensino, com início no primeiro semestre de 2019, serão desenvolvidas atividades práticas e atividades teórico-práticas, que serão realizadas junto as equipes do Nasf e SMS sob a supervisão de preceptores.
A seleção será dividida nas seguintes etapas:
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Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Pinterest
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) está selecionando alunos para seus cursos técnicos em saúde integrado ao ensino médio, para o ingresso no ano letivo de 2019. As oportunidades de educação profissional técnica são para as áreas de análises clínicas, biotecnologia e gerência em saúde — cursos com duração mínima de quatro anos. Os candidatos devem se inscrever até o dia 20 de setembro, havendo taxa de inscrição no valor de R$ 50.
A seleção visa preencher o total de até 96 vagas, sendo 32 para cada área de atuação. Serão reservadas 50% das vagas a candidatos que concluíram o ensino fundamental em escolas públicas e a pessoas de baixa renda, e 75% a candidatos portadores de deficiência e autodeclarados negros.
O processo seletivo da EPSJV/Fiocruz contempla duas etapas: prova e sorteio público.
De acordo com o cronograma, a prova será realizada no dia 21 de outubro de 2018. O exame terá 28 questões de múltipla escolha, sendo 14 de Língua Portuguesa e 14 de Matemática.
Os candidatos que acertarem, no mínimo, 50% de cada uma das áreas de conhecimento serão considerados aptos para a participação no sorteio público, previsto para o dia 14 de novembro de 2018.
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Thaís Dantas (Campus Virtual Fiocruz) | Com informações da EPSJV/Fiocruz
Uma produção que busca ir além dos aspectos mais conhecidos sobre os mosquitos do gênero Aedes, promovendo o entendimento aprofundado do processo de transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya em diferentes regiões do planeta. Esse é apenas um dos diferenciais do filme Conhecendo os mosquitos Aedes – transmissores de arbovírus, que será lançado no próximo dia 30/8, às 10h, em sessão extraordinária do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O lançamento será realizado no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro (Av. Brasil, 4.365). Com imagens inéditas, o filme, produzido pelo Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do IOC, apresenta em detalhes diferentes aspectos relacionados aos mosquitos Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes polynesiensis.
De acordo com o diretor do filme, Genilton José Vieira, a produção é resultado de seis anos de trabalho, incluindo extensa pesquisa e colaboração com especialistas para garantir a precisão científica. “Sem deixar de apresentar o ciclo de vida, a distribuição geográfica e os hábitos dos insetos, procuramos preencher uma lacuna ao mostrar, minuciosamente, a morfologia externa e interna das três espécies, as características dos vírus e como se desenvolve a infecção nos vetores”, afirma o chefe do Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do IOC/Fiocruz, autor de dois filmes premiados sobre os mosquitos Aedes.
Para que nenhum detalhe seja perdido, a produção une imagens reais em alta definição e técnicas de modelagem e animação tridimensionais. Além disso, conta com recursos como o uso de câmeras de alta velocidade, que permitem exibir, em ultra câmera lenta, movimentos rápidos invisíveis a olho nu, como o bater das asas e a cópula dos insetos. No formato média metragem, com 41 minutos de duração, a obra tem versões em português, espanhol e inglês, e foi produzida com apoio do Ministério da Saúde, da Fiocruz, da Generalitat Valenciana e da Universidade Miguel Hernández de Elche, na Espanha.
A importância da produção para a difusão de informações e o controle da dengue, zika e chikungunya é destacada pelos pesquisadores que colaboraram com Genilton na criação do roteiro. “Esse filme é inovador porque atravessa os elementos da transmissão das arboviroses, contextualizando esse fenômeno no tempo e no espaço. As pessoas podem se ver nesse contexto, na medida em que a narrativa começa com o mosquito saindo pela janela de casa para colocar ovos no quintal e termina com o inseto infectado picando um indivíduo dentro da residência”, comenta o entomologista Ricardo Lourenço de Oliveira, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC. “As doenças transmitidas por mosquitos em ambientes urbanos são doenças de cunho educacional, e a educação depende da informação. Esse filme traz informações de fronteira, comprovadas, tanto do campo da virologia, como da entomologia, que foram integradas pelo cinema”, ressalta o virologista Maulori Curié Cabral, chefe do Departamento de Virologia do Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A cerimônia de lançamento de Conhecendo os mosquitos Aedes – transmissores de arbovírus terá a presença de Divino Valério Martins, coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária, Dengue, Zika e Chikungunya do Ministério da Saúde; Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz; José Paulo Gagliardi Leite, diretor do IOC/Fiocruz; Rivaldo Venâncio da Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz; além de Genilton José Vieira. Após o lançamento, o filme será disponibilizado na íntegra na internet.
Por Maíra Menezes (IOC/Fiocruz) | Agência Brasil
Entre os dias 17 e 19 de setembro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizará a terceira edição do Workshop Writing a Scientific Paper. O objetivo do treinamento é permitir que estudantes e pesquisadores aprimorem a escrita, produção e publicação dos resultados alcançados em suas pesquisas científicas.
As palestras são voltadas para instruções de redações, dicas de diminuição os erros frequentes na escrita e na execução de resumos e vocabulário. O editor da revista internacional British Journal of Pharmacology Yeshwant Bakhle ministrará o workshop, que é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Biologia Celular e Molecular. O evento será ministrado em inglês.
A capacitação acontecerá, de 10h às 12h30, no auditório Maria Deane, localizado na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Para participar, basta se inscrever aqui no Campus Virtual Fiocruz até o dia 3 de setembro.
Fonte: Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)
As conferências de dois pesquisadores internacionais e o lançamento de um livro em homenagem ao médico, pesquisador e escritor José Reis (1907-2002) marcaram o seminário Desafios da Pesquisa em Divulgação Científica, realizado no último dia 6/8, no auditório do Museu da Vida, em Manguinhos (RJ). O evento contou com a participação dos convidados Bruce Lewenstein (Cornell University) e Eric Jensen (University of Warwick), além da neta do homenageado, Paula Reis.
Professor da Cornell University (EUA), Bruce Lewenstein apresentou-se por vídeo e debateu com o público presente via Skype. Em sua conferência sobre os desafios da pesquisa em comunicação científica, Lewenstein alertou os jovens pesquisadores sobre as múltiplas dimensões da divulgação científica e a necessidade de definir as suas perspectivas particulares de pesquisa. De acordo com o pesquisador, os cientistas têm muito a aprender com a comunicação para novos públicos. “A ciência ultrapassa os limites acadêmicos e não acontece apenas nos laboratórios. As pessoas se deparam com a ciência no dia a dia e a ciência pode ser sim um instrumento de cidadania”, explicou Bruce Lewenstein.
Presente no auditório do Museu da Vida, o pesquisador da University of Warwick (Reino Unido) Eric Jensen discutiu como os métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa podem contribuir para o aperfeiçoamento da divulgação científica. “É importante ter um bom entendimento de seu público para obter um programa mais eficiente de comunicação científica. Temos que ter o comprometimento de aprimorar continuamente o trabalho”, disse Jensen. O professor já havia compartilhado suas ideias de engajamento com o público quando apresentou o workshop Why and how to evaluate science communication impact, nos dias 2 e 3 de agosto. O evento foi promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Na ocasião, ele compartilhou dicas valiosas para compreender o impacto de temas científicos em grupos não ligados à ciência – para isso, mostrou resultados de experiências, por exemplo, em museus e zoológicos.
Em uma de suas pesquisas, realizada com crianças em visita a um zoológico no Reino Unido, ele buscou desvendar a compreensão dos alunos a respeito dos animais do local. “Aplicamos questionários, com espaços para desenhos, antes e depois da visita”, explicou Jensen, durante o workshop. “Como resultado, observamos que a percepção de várias crianças mudou após o tour: muitas delas aprenderam o habitat natural daqueles animais, por exemplo”, disse. Nos dois dias de workshop, os participantes foram estimulados por Jensen a realizarem uma atividade prática de pesquisa.
Homenagem a José Reis
O lançamento do livro José Reis: Reflexões sobre a divulgação científica foi o destaque da mesa que homenageou o médico, pesquisador e escritor falecido em 2002. Organizada pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia, Luisa Massarani, e pela chefe do Serviço de Biblioteca da COC, Eliane Dias, a obra reúne 16 textos de José Reis escritos entre 1954 e 1984.
“José Reis escreveu uma quantidade imensa de livros e artigos e foi um personagem fundamental da construção da ciência brasileira. A ideia desse livro foi reunir textos em que ele reflete sobre divulgação científica, abordando questões como jornalismo científico, feiras e museus de ciência”, detalhou Luisa Massarani. “Para mim, é uma emoção trabalhar com o acervo de José Reis, que nos foi doado pela família, após ter estado na Universidade de São Paulo (USP). A gente já tem uma dissertação sobre José Reis em nosso programa de pós-graduação, mas ainda há, relativamente, poucos trabalhos acadêmicos sobre a sua obra”, afirmou Luisa Massarani, que anunciou o lançamento, em breve, de um site com material digitalizado do seu acervo.
Considerado um pioneiro e ícone da divulgação científica, José Reis teve o seu acervo doado pela família à Casa de Oswaldo Cruz em 2015 e o material aos poucos vai sendo disponibilizado ao público. “É uma satisfação para a Casa de Oswaldo Cruz promover o trabalho de José Reis. A gente espera que o seu acervo sirva à pesquisa, à investigação, aos alunos dos nossos programas de pós-graduação e pesquisadores de outras instituições”, celebrou o diretor da COC, Paulo Elian.
De acordo com a chefe do Departamento de Arquivo e Documentação da COC, Aline Lacerda, o maior volume do acervo de José Reis é de livros, reunidos em cerca de 15 caixas de arquivos. “José Reis é um homem de livros. Nós acabamos de receber o material arquivístico proveniente de suas atividades. Os documentos de arquivo de José Reis chegaram até nós misturados nos livros. O nosso trabalho é dotar de racionalidade e significado esses conjuntos documentais”, comentou Aline. Chefe do Serviço de Biblioteca da COC, Eliane Dias revelou curiosidades sobre o acervo do escritor. “Cada vez que a gente abre uma caixa a gente encontra coisas incríveis. Nós estamos trabalhando agora para disponibilizar esse acervo on-line. É a nossa maior coleção. Com cerca de 12 mil livros”, complementou Eliane Dias.
Representando a família, a neta do escritor, Paula Reis, lembrou dos tempos de criança na biblioteca do avô e disse estar emocionada com mais uma homenagem realizada pela Fundação Oswaldo Cruz. “A biblioteca era o lugar preferido do meu avô. O lugar onde ele passava mais tempo, estudando, lendo, escrevendo. O fato de sua coleção de livros, seu grande tesouro, estar hoje na Casa de Oswaldo Cruz nos deixa muito honrados e satisfeitos. Através da divulgação do seu trabalho, nós tornamos o José Reis vivo de novo”, declarou Paula Reis.
O encontro no Museu da Vida, em Manguinhos (RJ), foi uma realização da Casa de Oswaldo Cruz, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz e do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia.
Por Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), com informações de Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)
A Fiocruz realizará neste sábado (18/8), no Rio de Janeiro, o evento Fiocruz pra Você. Crianças poderão ser vacinadas nos campi de Manguinhos e Farmanguinhos, na cidade do Rio de Janeiro, e no Palácio Itaboraí, em Petrópolis, das 8h às 17h. Na 25ª edição, serão oferecidas gratuitamente vacinas tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e a de poliomielite. O evento integra as ações do Dia D da Campanha Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde, que ocorre de 6 a 31 de agosto.
Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina tríplice viral, independentemente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias. A Fiocruz contará com três postos de vacinação na cidade do Rio: Praça Pasteur/Pavilhão do Relógio, Biblioteca de Manguinhos e Clínica Victor Valla, todos com acesso para portadores de necessidades especiais.
No atual cenário brasileiro, a importância da campanha de vacinação deste ano pode ser ressaltada diante dos cerca de 1.030 casos de sarampo registrados no país até o dia 1º de agosto, conforme dados do Ministério da Saúde. Para a poliomielite, causadora da paralisia infantil, há cerca de 312 cidades brasileiras com riscos de surto da doença.
O Fiocruz pra Você teve início em 1993 e, desde então, a instituição procura associar o Dia Nacional de Vacinação a um dia de luta por uma vida saudável e digna para todos. Durante o evento são realizadas diversas ações de conscientização sobre temas atuais, disseminação de conhecimento da área da saúde, além de atividades culturais, artísticas e de promoção à saúde. No ano passado, na 24ª edição do evento, o campus da Fiocruz se tornou um dos maiores postos de vacinação do país e recebeu cerca de 6 mil pessoas.
Mamaço
No campus Manguinhos serão promovidas várias atividades ao longo do dia para os visitantes. Uma delas é um ‘mamaço’, organizado pela Rede de Bancos de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira (rBLH/IFF/Fiocruz). Em uma tenda em frente ao Castelo Mourisco, cerca de 50 mães comparecerão e alimentarão seus filhos em público buscando conscientizar a população de que amamentar é um direito da mãe.
Atividades culturais e de saúde
A criançada poderá se divertir com as várias atividades culturais e lúdicas, tais como apresentação do Ballet de Manguinhos, grupo Batuca Oswaldo, dinâmica teatral, oficina de desenho, pintura facial, pula-pula, oficina de pipas, brincadeiras de criança, visita ao Borboletário, laboratório culinário, exposições, visita ao Castelo Mourisco, passeio de trenzinho, ônibus da ciência, além da participação do Zé Gotinha. Também haverá uma equipe à disposição da população para aferir a pressão arterial e glicemia.
Farmanguinhos
Na unidade em Farmanguinhos, localizada em Jacarepaguá, serão vacinados adultos e crianças da região da Cidade de Deus. Além da imunização, o Instituto abrirá suas portas para a população local, das 8h às 17h, em uma grande festa de cidadania, oferecendo serviços de saúde, sociais e entretenimento.
Dentre as atividades de saúde, haverá aferição de pressão arterial, glicemia, medida antropométrica, escovação de dentes e aplicação de flúor, além de oficinas e atividades voltadas para educação em saúde. Serão realizados também atendimentos sociais, tais como cadastramento de moradores no programa Bolsa Família, emissão de documentos (1ª e 2ª vias), agendamento para emissão de Carteira de Trabalho e Previdência social, e atendimento jurídico.
Crianças e adultos poderão ainda participar das atividades culturais, por meio de oficinas de artes plásticas, educação socioambiental, cultivo de plantas, incentivo à leitura e contação de histórias. Ao longo do dia, haverá distribuição de lanches e música com a participação do coral Vozes e Sons de Far, formado por trabalhadores da instituição.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias
A Fiocruz Paraná está com chamada aberta para a seleção de mestrado e doutorado de 2019, que integram o Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biociências e Biotecnologia. O principal objetivo do programa é formar profissionais aptos a exercer atividades de pesquisas e magistério de ensino superior, por meio do desenvolvimento de novas metodologias e produtos na área.
O mestrado acadêmico tem duração máxima de dois anos e abre inscrições entre os dias 24 de setembro e 22 de outubro.
Já o doutorado pode durar até quatro anos e os candidatos ao curso podem se inscrever de 5 de setembro a 5 de outubro.
O processo seletivo é dividido em duas etapas eliminatórias: prova escrita e análise do currículo do candidato.
Acesse os editais e confira todas as informações aqui no Campus Virtual Fiocruz:
Leia mais sobre biociências e biotecnologia.
Thaís Dantas e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)
Saiu a lista de candidatos com inscrições homologadas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
Concedida pela Presidência da Fiocruz, a premiação reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Para ler o regulamento do processo seletivo e acompanhar o cronograma do prêmio, acesse o edital.
*Lista atualizada no dia 8 de agosto de 2018 com a inclusão de mais uma candidata.
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz |
"Territórios virtuais", que potencializem a participação democrática, as ideias e as experiências em todos os âmbitos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram o tema da mesa CiberespaSUS: As redes sociais como dispositivos das políticas públicas de saúde no contexto da cibercultura. Realizada no dia 26/7 no 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, a mesa contou com a participação de Felipe de Oliveira Lopes Cavalcanti, da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Mariana Salles de Oliveira, da Rede HumanizaSUS, e Ricardo Rodrigues Teixeira, da Universidade de São Paulo (USP). Os três discutiram as experiências da Comunidade de práticas e da Rede Humaniza SUS, as maiores “redes sociais” na internet associadas a políticas públicas de saúde (a política nacional de atenção básica e a política nacional de humanização), além de abordarem a produção e a circulação de narrativas sobre o SUS no cenário atual da comunicação digital.
Cavalcanti apresentou sua experiência na Comunidade de práticas, uma iniciativa digital que procura dar visibilidade às vivências construídas por trabalhadores da atenção básica, atualmente com mais de oito mil relatos publicados. “Qualquer profissional que atue na área pode cadastrar uma prática no sistema, recebendo o auxílio de um curador para qualificar o relato antes da publicação”, explicou. “A iniciativa tem tido papel fundamental para sistematizar o conhecimento sobre as práticas de saúde na atenção básica.”
Mariana Oliveira relembrou os quase quatro anos em que esteve à frente da plataforma. A rede de trabalhadores, gestores e usuários tem como objetivo a multiplicação de perspectivas e a construção coletiva de narrativas sobre a humanização do SUS. “A proposta é estimular o compartilhamento de tecnologias sociais que busquem abrir portas de escuta, sem infantilizar ou tutelar a participação social, para criar espaços de cogestão e contribuir para a democratização do SUS em seu fazer cotidiano”, afirmou Oliveira. Criada em 2008, a rede conta hoje com 14 mil relatos, 37 mil cadastros e 100 mil acessos por semana.
Para Ricardo Teixeira, da USP, o processo de releitura e narração das experiências de saúde propiciado por essas iniciativas é essencial para a prática do SUS, por produzir novas reflexões e aprimoramentos a partir das vivências dos integrantes. Em sua apresentação, ele destacou que as duas iniciativas apontam para a possibilidades do emprego de redes sociais na internet como dispositivos de políticas públicas - ressignificando e radicalizando a própria ideia de política pública, não como política de estado ou de governo, mas de agentes da sociedade civil que produzem discursos e disputam narrativas. “Estes dispositivos ampliam o caráter público das políticas de forma diferenciada em relação aos conselhos de saúde, ampliando a participação”, avaliou.
Novo cenário
Desde que estas iniciativas nasceram, no entanto, o contexto da internet mudou. Teixeira argumentou que nos últimos dez anos houve uma mudança brutal na economia cognitiva e comunicacional. Para além do potencial democrático e emancipatório que a internet e as redes sociais ainda mantêm, a crescente concentração do mercado, a articulação de perspectivas pouco democráticas, os processos de circulação de notícias falsas, além de outras questões, têm reforçado o fato de que a tecnologia pode ser empregada de muitas formas e para diferentes fins.
Nesse contexto, Teixeira acredita que as redes sociais da saúde estão longe de representar o ciberespaço como um todo e acredita que seu estudo pode trazer um aprendizado importante para lidarmos com a complexidade comunicacional da atualidade. “A rede Humaniza SUS, por exemplo, é completamente aberta e tende a trazer para o primeiro plano a experiência afetiva, cognitiva e comunicacional do trabalho em saúde, mas nunca registrou qualquer episódio de intolerância ou violência, o que é ótimo, mas também causa certo estranhamento”, avaliou.
Oliveira também destacou a mudança de cenário e relembrou que, quando a Rede Humaniza SUS foi criada, parecia óbvio que redes sociais ajudariam a fortalecer a militância em torno do SUS e a produção de sistema mais democrático “Porém, boa parte da produção de subjetividade na rede está, hoje, nas mãos de algumas grandes empresas, que ditam as formas de interação em suas redes”, ponderou.
Entre os fatores que devem ser considerados no estudo do ciberespaço está a participação de novo atores não-humanos nos seus processos. “As máquinas participam cada vez mais de nossa vida, com filtros e critérios de seleção responsáveis pela curadoria de boa parte das informações que consumimos. Isso é algo indispensável, o problema é que esses algoritmos não são abertos, conhecidos ou sujeitos a um debate ou controle públicos”, afirmou Teixeira.
Para Oliveira, é preciso estimular políticas que produzam novas possibilidades de experimentação e troca em rede. “Precisamos desenvolver contra-políticas em relação aos algoritmos fechados, para ampliar as possibilidades desses corpos-máquina que continuarão a ser produzidos pela inserção da tecnologia no cotidiano”. Felipe de Oliveira Lopes Cavalcanti também defende a necessidade de criar estratégias que ajudem as instituições e os atores da saúde a participar da construção das narrativas sobre a área. “Quando pensamos de ciberespaço e políticas públicas, em geral falamos de projetos que estão muito na periferia. Precisamos valorizar novas propostas para aproveitar o potencial das redes, modificando os arranjos institucionais para tornar possíveis o engajamento e a participação”, concluiu.
Fonte: Portal Fiocruz