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Publicado em 14/04/2020

Covid-19: Fiocruz apresenta ações para The Global Health Network

Autor(a): 
Flávia Bueno (hub Fiocruz/The Global Health Network)

Com a missão de compartilhar iniciativas inovadoras para o enfrentamento da pandemia, pesquisadores da Fundação participaram de workshop virtual com países lusófonos, organizado pela Rede de Capacidade de Pesquisa (REDe) e pelo centro de compartilhamento de conhecimento (hub) da Fiocruz incorporado à plataforma online The Global Health Network, vinculada à Universidade de Oxford. A plataforma visa disponibilizar recursos de pesquisa, cursos e outras ferramentas que possam apoiar cientistas a realizar suas investigações em lugares em que esses recursos são escassos. Clique aqui para assistir ao worshop completo.

Ao lado de Jocelyne de Vasconcellos, do Instituto Nacional de Investigação de Saúde de Angola, e Wildo Araújo, professor da Universidade de Brasília (UnB), os pesquisadores Maurício Barreto, coordenador-geral do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), e Gustavo Matta, coordenador do eixo de Impactos Sociais do Observatório Fiocruz Covid-19, trocaram experiências sobre como estão enfrentando no Brasil o desafio imposto pela Covid-19 para a ciência. 

Gustavo Matta, que também é pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), apresentou as principais ações que a Fiocruz vem empreendendo desde antes da chegada no novo coronavírus no Brasil. Alguns dos destaques são a produção de kits diagnósticos, o treinamento de laboratórios nacionais e internacionais para esse diagnóstico e o início da construção de um centro hospitalar de 200 leitos para pacientes graves, que participará do ensaio clínico Solidarity da Organização Mundial da Saúde (OMS) para verificação da eficácia de esquemas de tratamento para a doença. 

Além disso, Gustavo apresentou o Observatório Fiocruz Covid-19, lançado pela Fundação. Sob coordenação do pesquisador Carlos Machado, o Observatório tem como objetivo produzir informações técnicas e científicas para dar suporte a formulação de políticas e tomadas de decisões da Fiocruz, bem como subsidiar estratégias de ações do Ministério da Saúde (MS) e do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa conta com linhas de atuação que visam conformar um olhar ampliado para a pandemia, como Cenários Epidemiológicos; Diagnóstico e Tratamento; Medidas de Controle e Organização dos Serviços e Sistemas de Saúde; Qualidade do Cuidado, Segurança do Paciente e Saúde do Trabalhador; Impactos Sociais da Pandemia.

Outra ação apresentada foi a formação, em tempo recorde, da Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade, uma plataforma online de acompanhamento da Covid-19. O empreendimento é uma colaboração entre o Cidacs/Fiocruz Bahia e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), que reúne cerca de 150 pesquisadores.

A construção e implementação de modelos matemáticos também foi tema da apresentação do professor Wildo Araújo. Sua equipe conta com pesquisadores de diversas instituições e universidades, da Organização Pan-americana da Saúde (Opas/OMS) e de membros da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde brasileiro. O objetivo é estudar e aplicar modelos que auxiliem a tomada de decisão de autoridades brasileiras. 

Já Jocelyne Vasconcellos salientou o caráter interdisciplinar da resposta angolana, reforçando medidas de vigilância e comunicação em saúde. A pesquisadora falou sobre lacunas a serem preenchidas no campo da pesquisa e apontou para o acesso limitado a unidades de saúde, para a falta de espaços adequados para pesquisa e a falta de insumos e reagentes. Vasconcellos destacou ainda demandas de cooperação em temas como a formação de grupos de pesquisa, protocolos e treinamentos para apoiar os pesquisadores no esforço.

Publicado em 14/04/2020

Dia Mundial da Doença de Chagas: biografia de Carlos Chagas é relançada em formato digital

Autor(a): 
Marcella Vieira (Editora Fiocruz), com informações de IOC/Fiocruz e AFN

Em meio à maior emergência sanitária global dos últimos tempos, uma data especial destaca e enaltece um marco da ciência brasileira para todo o mundo: 14 de abril de 2020 será, oficialmente, o primeiro Dia Mundial da Doença de Chagas. Para celebrar a importância da data para a pesquisa científica do Brasil e, especialmente, para a Fiocruz, o livro Carlos Chagas: um cientista do Brasil está sendo relançado pela Editora Fiocruz em formato digital – e em acesso aberto – na plataforma SciELO Livros. Clique aqui para fazer o download

Para complementar a leitura, a plataforma Educare disponibiliza um vídeo sobre a transição epidemiológica da doença de Chagas e o impacto desta transição na saúde da população brasileira. Datado de 2009, o recurso educacional é uma produção do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Clique aqui para acessar o vídeo.

Mais sobre o livro 'Carlos Chagas: um cientista do Brasil'

De autoria de Simone Petraglia Kropf e Aline Lopes de Lacerda, pesquisadoras da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), a edição bilíngue (português/inglês) do livro foi lançada em 2009, como parte das comemorações do centenário do anúncio da descoberta da doença de Chagas. No mesmo ano, a Editora Fiocruz também lançou os títulos Doença de Chagas, Doença do Brasil: ciência, saúde e nação, 1909 – 1962 (coleção História e Saúde) e Clássicos em Doença de Chagas: histórias e perspectivas no centenário da descoberta

Fruto de ampla pesquisa por parte das autoras, o álbum reúne um conjunto iconográfico singular e uma compilação dos mais expressivos documentos relativos à vida e à obra do médico sanitarista. Uma trajetória biográfica repleta de imagens e arquivos do cientista, contemplando capítulos sobre sua infância, sua formação médica e sua atuação como pesquisador, professor, diretor do Instituto Oswaldo Cruz e gestor na área de saúde pública federal. 

Em 2010, o livro foi finalista do Prêmio Jabuti, maior reconhecimento literário do país, na categoria Biografia. Uma nomeação de prestígio a uma obra que esmiuçou o percurso de um pioneiro da ciência nacional e que agora está inteiramente disponível em versão digital. “A iniciativa da Editora Fiocruz de disponibilizar, em acesso aberto, o livro sobre Carlos Chagas representa uma grande alegria. Ela vem ao encontro da minha convicção de que a ciência deve ir muito além da academia e dos laboratórios, deve estar sempre no mundo, compartilhada com os mais diversos grupos da sociedade”, comemora a autora Simone Kropf, professora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS/COC/Fiocruz).    

A biografia reflete ainda sobre os muitos títulos e premiações do cientista e sua importância para a continuidade das pesquisas sobre doenças associadas à pobreza em países tidos como periféricos. "O maior legado de Carlos Chagas é a visão de que a ciência deve atender às demandas da sociedade (no caso, a saúde pública) e que cabe ao Estado brasileiro garanti-la e promovê-la", destacou Kropf em 2019, na ocasião das comemorações pelos 110 anos da descoberta da doença de Chagas. 

Doença de Chagas no calendário oficial da OMS

A resolução que instituiu o Dia Mundial da Doença de Chagas foi aprovada no ano passado, durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde – que reúne delegações de todos os estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) –, em Genebra, na Suíça. A decisão ocorreu em data emblemática para a Fiocruz: 24 de maio, véspera do aniversário de 119 anos da instituição. 

A presidente Nísia Trindade Lima participou da comitiva que representou o Brasil na cerimônia e comunicou, logo após a aprovação, a notícia para toda a comunidade da Fiocruz. “Sabemos o sentido histórico e contemporâneo que tem essa decisão. Trata-se de quebrar o silêncio em relação a um importante problema de saúde pública. Vai muito além da mais do que merecida homenagem ao grande cientista Carlos Chagas, referência para a ciência voltada à saúde pública em todo o mundo. Essa declaração institui o dia em que foi identifica pela primeira vez, clinicamente, a Doença de Chagas. Por isso, é tão significativa: trata-se de lidar não só com uma doença negligenciada, mas com populações negligenciadas”, enalteceu Nísia.   

14 de abril de 1909 marca o dia em que Carlos Chagas identificou, pela primeira vez, o parasito Trypanosoma cruzi, causador da infecção, em uma paciente: Berenice, de dois anos, moradora da área rural de Lassance, em Minas Gerais. Dias depois, em 22 de abril, Oswaldo Cruz anunciava à Academia Nacional de Medicina que o então jovem pesquisador Chagas (assistente do Instituto que levava o nome do patrono da Fiocruz) havia descoberto o protozoário no sangue da menina.
 
Além de caracterizar o agente causador e o conjunto de sintomas, Carlos Chagas identificou o inseto transmissor: o triatomíneo, popularmente conhecido como barbeiro. A descrição do ciclo da doença de Chagas foi um dos feitos mais emblemáticos da ciência brasileira. E esse marco foi amplamente reconhecido pela resolução da OMS, que inseriu o Dia Mundial da Doença de Chagas em seu exclusivo calendário anual de campanhas mundiais. Agora, a data especial está ao lado de, entre outras, Dia Mundial da Saúde e Dia Mundial da Luta Contra a Malária, ambos também em abril, Dia Mundial sem Tabaco, em maio, e Dia Mundial de Combate à Aids, em 1º de dezembro.
 
Mesmo em meio ao seu maior desafio, a pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde reforça a importância da data em seu calendário. Em seu site, o órgão destaca, nas páginas Dia Mundial da Doença de Chagas e Celebrando o Dia Mundial da Doença de Chagas pela primeira vez em 2020, que o objetivo do 14 de abril é aumentar a visibilidade e a conscientização do público sobre a doença, além dos recursos necessários para a prevenção, o controle e a erradicação. A OMS enaltece também os feitos de Carlos Chagas, reconhecendo a importância da ciência brasileira para a descoberta da enfermidade. 

A data não poderia estar descontextualizada da atual crise sanitária causada pela Covid-19. “Viver o Dia Mundial da Doença de Chagas em meio à pandemia assume um sentido muito especial e dramático. É um convite a que lembremos de Carlos Chagas não apenas como um grande nome da ciência, mas como exemplo de um cientista que sempre aliou conhecimento de ponta a compromisso com a saúde da população”, pontua Simone Kropf.   

Doença de Chagas, doença do Brasil

Classificada como uma das principais doenças negligenciadas (tidas como endêmicas em populações em situação de baixa renda), a doença de Chagas continua sendo uma enfermidade crítica em diversas áreas do Brasil e do mundo, sobretudo pelo problema da subnotificação. Apesar dos muitos avanços no diagnóstico e no tratamento, ela continua a apresentar altos números. Dados da OMS indicam que, em todos os países das Américas, de seis a sete milhões de pessoas vivem com Chagas, sendo que a maioria não sabe que está infectada, dificultando políticas públicas para o pleno combate à doença e à proliferação do transmissor.

Ainda de acordo com o órgão, 65 milhões vivem com risco de contrair a infecção. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estudos recentes mostram que há entre 1,9 milhões e 4,6 milhões de pessoas infectadas pelo T. cruzi – sendo a grande maioria portadores crônicos – e a doença de Chagas é uma das quatro maiores causas de morte por agravos infecciosos e parasitários. Por muito tempo, a enfermidade foi restrita às áreas mais pobres da América Latina. “Carlos Chagas, em 1926, afirmou que a doença de Chagas era a doença do Brasil. Um país que esquecia as populações dos sertões. E é isso que vem à mente quando estamos juntos nesse dia histórico. Hoje, quando se fala no mote da Agenda 2030 [da ONU], que é o ‘de ninguém deixado para trás’, é muito importante olhar para a prevenção e para o tratamento em doença de Chagas”, afirmou Nísia logo após o anúncio da OMS.
          
Nas últimas décadas, porém, o agravo se espalhou para outros continentes, com casos registrados nos Estados Unidos, Canadá e diversos países da Europa, além de Austrália e Japão. Associada principalmente às migrações humanas, a disseminação da enfermidade é tida pela própria OMS como um “problema de saúde global”.

Kropf ressalta que, diante da crise do novo coronavírus, é importante lembrar a atuação de Carlos Chagas em outra pandemia que sobressaltou o mundo: a gripe espanhola. “Em 1918, já como diretor do Instituto Oswaldo Cruz, Chagas foi incumbido de organizar serviços especiais de atendimento aos acometidos pela epidemia de gripe espanhola no Rio de Janeiro, como hospitais emergenciais e postos de consulta. Sua atuação nesta frente seria decisiva para sua nomeação, em 1919, como diretor dos serviços federais de saúde”, explica a autora. 

Em meio ao enorme desafio atual, no qual a Fiocruz desempenha, segundo a própria OMS, papel central no combate à Covid-19 nas Américas, celebrar o Dia Mundial da Doença de Chagas a pouco mais de um mês para o seu aniversário de 120 anos é mais uma valorização da excelência científica da instituição. “É um dia para lembrar do passado, com os olhos no presente e no futuro”, ressalta Simone Kropf. Para a pesquisadora, reconhecer o legado de Chagas é essencial na atual conjuntura. “Neste 14 de abril, esperamos que Carlos Chagas seja visto nos rostos de todos os cientistas e profissionais de saúde que, hoje, lutam bravamente para produzir conhecimentos e ações para enfrentar a emergência sanitária global. Que ele seja reconhecido em todos os que defendem e constroem políticas públicas de saúde”, finaliza. 

Leia na íntegra o depoimento de Simone Kropf sobre o Dia Mundial da Doença de Chagas e o relançamento do livro em formato digital.

Publicado em 13/04/2020

Biossegurança em foco: Fiocruz Pernambuco oferece curso de capacitação na modalidade EAD

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Segurança e qualidade são essenciais em laboratórios de pesquisa. Com o objetivo de capacitar profissionais, a Fiocruz Pernambuco elaborou o curso Biossegurança em foco, oferecido na modalidade à distância (EAD) em formato autoinstrucional. As inscrições estarão abertas a partir do dia 13 de abril, e os interessados podem acessar a capacitação através do Campus Virtual Fiocruz até dezembro de 2020.

A coordenadora da EAD de Fiocruz Pernambuco, Joselice da Silva Pinto, explica que o objetivo é estimular a troca de conhecimentos visando a adoção de boas práticas. "Temos pesquisadores, técnicos, bolsistas, estagiários — um número grande de pessoas a serem treinadas. O nosso público inclui, ainda, profissionais das demais unidades técnicas da Fundação Oswaldo Cruz, e também de outras instituições de saúde". Joselice completa, abordando o cenário atual: "Com a pandemia, isso inclui os profissionais de saúde que vão realizar os testes para Covid-19".

O conteúdo enfoca um conjunto de ações para prevenir, controlar, reduzir ou minimizar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. São medidas que visam a melhoria contínua das instituições e o atendimento às recomendações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Ministério da Saúde (MS). 

Com carga horária total de 45 horas, o curso está estruturado em três módulos:

Módulo I - Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais
Aborda conceitos básicos de biossegurança, do ponto de vista histórico e legal, e Boas Práticas Laboratoriais, com foco na qualidade, saúde e segurança, e gerenciamento de resíduos.

Módulo II - Classificação de Riscos e Níveis de Biossegurança no Trabalho com OGMs e Convencionais
Trata da classificação de riscos e dos níveis de biossegurança, enfocando o trabalho com organismos geneticamente modificados e organismos convencionais. Compreende também a identificação dos requisitos básicos da infraestrutura laboratorial, de acordo com o nível de biossegurança e o organismo trabalhado.

Módulo III - Princípios e Normas de Biossegurança do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz PE)
A partir da Política Institucional de Biossegurança e de procedimentos específicos de alguns laboratórios são disseminados os princípios e normas de biossegurança.

Os alunos terão à disposição materiais educativos complementares, como um e-book exclusivo. Quem coordena esta oferta são os pesquisadores Christian Reis e Evania Galindo.

Saiba mais e inscreva-se aqui!

Publicado em 10/04/2020

Se liga no Corona! Fundação abre chamada de apoio a favelas e periferias e promove campanha de comunicação

Autor(a): 
Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

Bora frear o contágio do coronavírus?! Até o dia 17 de abril estão abertas as inscrições para Covid-19: Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis. A iniciativa é da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e visa conter a contaminação de quem está mais exposto ao novo vírus. Além do apoio financeiro, a Fiocruz promove também a campanha de informação e comunicação Se Liga no Corona!voltada a favelas e periferias.

Serão concedidos R$ 600 mil para apoiar projetos em todo o país

A chamada pública irá financiar projetos em todo território nacional que contribuam para prevenir o contágio entre esses grupos sociais ou garantir condições mínimas de sobrevivência a famílias impactadas economicamente pelas medidas de isolamento social em vigência. O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no Portal Fiocruz até o dia 17 de abril e o resultado final será divulgado no dia 1º de maio.

As propostas poderão se encaixar em três faixas de orçamento: até R$ 10 mil; até R$ 25 mil ou até R$ 50 mil. E serem vinculados a uma (ou mais) das cinco áreas de interesse: segurança alimentar; comunicação; saúde mental; assistência específica a grupos de risco; e ações que facilitem o cumprimento das medidas de afastamento social e higiene pessoal e coletiva anunciadas pelas autoridades públicas. Ao todo, estão disponíveis R$ 600 mil, recebidos de doadores e destinados à Fiocruz para que invista em ações emergenciais de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Podem se candidatar organizações da sociedade civil sem fins lucrativos com histórico comprovado de atuação junto a populações vulneráveis, assim como coletivos sem personalidade jurídica atuantes em territórios socialmente vulneráveis — desde que os projetos sejam apresentados por instituição parceira legalmente constituída.

“Em um país com enormes desigualdades como o Brasil, precisamos olhar para as realidades sociais de cada território. A epidemia não chega da mesma forma para todos e as estratégias de contenção precisam ser diferentes. A chamada pública vai destinar os recursos recebidos por doações para organizar uma resposta emergencial para populações mais vulneráveis. Com isto, a Fiocruz espera cumprir o papel que vem desempenhando há 120 anos de promover saúde pública para toda população”, afirmou Nísia Trindade Lima, presidente da instituição.

Campanha 'Se liga no Corona!'

Junto com a chamada, a Fiocruz, Redes da Maré e as organizações de Manguinhos lançaram, no dia 9 de abril, a campanha multimídia de prevenção ao Covid-19 nas favelas. A iniciativa vai difundir informações confiáveis adaptadas ao contexto das periferias em diversos formatos, como radionovelas, spots para carros de som, peças e vídeos para mídias sociais e cartazes. O conteúdo produzido pela campanha ficará disponível para download no Portal Fiocruz e no Maré Online para uso e livre distribuição por parte de coletivos, organizações e indivíduos. Nas comunidades de Maré e Manguinhos, os materiais serão difundidos em rádios comunitárias, estabelecimentos comerciais, pontos de ônibus e moto-táxi, nas associações de moradores e em outras áreas de grande circulação.

"Até o momento as orientações de prevenção têm se dirigido ao público de classe média: medidas de isolamento em quartos individuais, evitar aglomerações, álcool em gel e outros exemplos. Mas nós sabemos que não é essa realidade da maioria da população. A campanha surge como um dos esforços da instituição, conjugado aos de nossos parceiros nas comunidades, para enfrentarmos juntos esse desafio”, pontuou Nísia. Entre os materiais, constam protocolos de higiene para entrega e recepção de cestas básicas; cartazes com orientações sobre distância mínima entre pessoas em locais públicos; vídeos de perguntas e respostas com especialistas; além de tema para foto de perfil no Facebook, peças adaptadas para stories e feed do Instagram, capa para Facebook e Twitter, entre outros. 

Selo 'Fiocruz Tá Junto'

A campanha Se Liga no Corona! lança também um selo de validação de materiais de comunicação produzidos por organizações comunitárias parceiras. As peças enviadas pelas organizações à equipe da campanha terão seu conteúdo submetido a especialistas da Fundação Oswaldo Cruz e, se procedentes, receberão o selo Fiocruz Tá Junto, oferecendo ao material uma chancela científica. A campanha é fruto da articulação entre a Fiocruz, a Redes da Maré, o Conselho Comunitário de Manguinhos, o Conselho Gestor Intersetorial (CGI-Teias Manguinhos), a Comissão de Agentes Comunitários de Saúde de Manguinhos (Comacs), o Coletivo Favelas Contra o Coronavírus, o Jornal Fala Manguinhos! e o sindicato dos trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN).

Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais junto a Populações Vulneráveis
Inscrições: de 9 a 17 de abril. Mais informações aqui.

Campanha Se liga no Corona!
Mais informações aqui.

Publicado em 09/04/2020

Fiocruz lança Observatório Covid-19

Como parte das iniciativas para o enfrentamento da atual pandemia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou o Observatório Covid-19 Fiocruz. O espaço tem como função produzir informações para ação: seu objetivo geral é o desenvolvimento de análises integradas, tecnologias, propostas e soluções para enfrentamento da Covid-19 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela sociedade brasileira. 

O observatório está estruturado de modo colaborativo, permitindo que as iniciativas e os trabalhos já desenvolvidos nos diversos laboratórios, grupos de pesquisas e setores da Fiocruz, no âmbito de suas competências e expertises, desenvolvam suas atividades de forma ágil, em redes de cooperações internas e externas, para a produção e divulgação de materiais para o enfrentamento da pandemia. Sua dinâmica de trabalho envolve a produção de informações, dashboards, análises, desenvolvimento de tecnologias e propostas 

Encontra-se inicialmente organizado em quatro grandes eixos, sendo estes: 1) Cenários Epidemiológicos; 2) Medidas de Controle e Organização dos Serviços e Sistemas de Saúde; 3) Qualidade do Cuidado, Segurança do Paciente e Saúde do Trabalhador; 4) Impactos Sociais da Pandemia.

Acesse através do link: https://portal.fiocruz.br/observatorio-covid-19.

Publicado em 07/04/2020

No Dia Mundial da Saúde, líderes da OMS e da Fiocruz destacam a valorização dos profissionais da área e o seu papel nos sistemas de saúde

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)*

Em 2020, o Dia Mundial da Saúde (7/4) ganhou ainda mais importância: frente à pandemia do coronavírus, a necessidade de valorizar os profissionais de saúde e investir de forma permanente na sua formação se tornou evidente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros lançaram um relatório que apresenta uma visão aprofundada do maior componente da força de trabalho em saúde: os profissionais de enfermagem. Segundo a instituição, a Covid-19 expõe mais ainda a urgência de investir na força de trabalho global em saúde. O documento identifica lacunas importantes neste sentido e as áreas prioritárias para investimento em educação, empregos e liderança, visando garantir saúde a todas as pessoas (leia mais no fim desta matéria). A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, também se referiu à crise sanitária global na mensagem deste ano aos trabalhadores da instituição (leia a carta, na íntegra, aqui).

Em carta, presidente da Fiocruz destaca o papel dos sistemas universais de saúde e a valorização dos profissionais da área

Em carta aos profissionais da Fundação, Nísia destacou a importância o papel dos sistemas universais de saúde, como o Sistema Único de Saúde (SUS), que une vigilância, integralidade da atenção, promoção da saúde e desenvolvimento de uma base científica e tecnológica.

Ela também reafirmou o compromisso da Fiocruz e sua missão histórica no momento crítico de enfrentamento à pandemia no país, alertando para o início do aumento mais intenso do número de casos da doença. “Trata-se de uma realidade ainda mais complexa devido à grande desigualdade social e à densidade demográfica dos territórios mais vulneráveis, o que requer políticas de saúde e de proteção social eficazes para mitigar um quadro potencial de desastre social e crise humanitária”, escreveu a presidente.

Nísia mencionou, ainda, os esforços dos diversos institutos da Fundação no Brasil, que estão engajados para encontrar soluções para combater os danos provocados pelo coronavírus, incluindo “um conjunto de pesquisas em todas as áreas do conhecimento e de iniciativas educacionais em todas as modalidades oferecidas pela instituição, com destaque para a formação dos trabalhadores da saúde”.

A presidente concluiu a carta, com as seguintes palavras: “Este Dia Mundial da Saúde será lembrado na Fiocruz como uma data para reafirmar o compromisso firmado há 120 anos: desenvolver ciência em defesa da vida. Ao celebrá-lo em um contexto tão desafiador, é imperativa a valorização dos trabalhadores da instituição e de todos os trabalhadores da saúde. Dedicamos a todos eles este 7 de abril”.

OMS lança relatório sobre enfermeiras e enfermeiros, que  representam mais da metade de todos os profissionais de saúde do mundo

No Dia Mundial da Saúde, a OMS destacou a atuação de enfermeiras e enfermeiros, que  representam mais da metade de todos os profissionais de saúde do mundo, e prestam serviços vitais a todo o sistema de saúde. A Organização divulgou o relatório Estado da Enfermagem no Mundo 2020. O documento, elaborado em parceria com o Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN, sigla em inglês) e Nursing Now, revela que hoje existem cerca de 28 milhões de enfermeiros no mundo e que o déficit global destes profissionais é de 5,9 milhões. Além disso, um em cada oito profissionais da área trabalha em um país diferente daquele em que nasceu ou foi capacitado.

Para evitar a escassez global de profissionais, estima-se que os países que sofrem com este problema precisem aumentar, em média, em 8% o número total de graduados em enfermagem por ano, junto com a capacidade aprimorada de empregá-los e retê-los no sistema de saúde. Isso custaria aproximadamente US$ 10 per capita por ano.“Enfermeiras e enfermeiros são a espinha dorsal de qualquer sistema de saúde. Hoje, muitos desses profissionais estão na linha de frente da batalha contra a Covid-19'', afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Este relatório é um lembrete direto do papel único que desempenham e um alerta para garantir que obtenham o apoio necessário para manter o mundo saudável".

Cerca de 90% de todos profissionais de enfermagem são mulheres, mas poucas delas estão em cargos de liderança. A presidente do Conselho Internacional de Enfermeiras, Annette Kennedy, comentou sobre a necessidade de investimentos e o ganho para toda a sociedade. "Políticos entendem o custo de capacitar e manter uma força de trabalho profissional de enfermagem, mas somente agora muitos deles reconhecem seu verdadeiro valor", disse. “Cada centavo investido em enfermagem eleva o bem-estar de pessoas e famílias de maneiras tangíveis e claras para todos verem. Este relatório destaca a contribuição da enfermagem e confirma que o investimento na profissão é um benefício para a sociedade, não um custo”, afirmou.
 

*Com informações da CCS/Fiocruz e da OMS Brasil.

Publicado em 07/04/2020

Fiocruz MS lança o curso 'Atenção à saúde no sistema prisional'

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Estão abertas, até o dia 24 de setembro, as inscrições para o curso de aperfeiçoamento em Atenção à saúde no sistema prisional. A iniciativa é da Fiocruz Mato Grosso do Sul, e visa desenvolver competências para prevenção de doenças e agravos, promoção e assistência à saúde da população privada de liberdade. Oferecido na modalidade à distância, o curso é autoinstrucional e pode ser acessado a qualquer momento pelo aluno.

E há uma novidade: a certificação modular. Agora, a cada módulo concluído, o participante recebe um certificado de conclusão. E, conforme for avançando nos demais módulos, o certificado é atualizado com a carga-horária estudada. A coordenadora adjunta do Campus Virtual Fiocruz, Rosane Mendes, explica a mudança: "Esse método dá flexibilidade ao aluno, que pode optar por cursar todos os módulos ou somente aqueles que interessam no momento".

O novo curso estimula a análise crítica sobre os problemas assistenciais, éticos e de gestão vivenciados no sistema prisional, e também a reflexão sobre a organização dos sistemas locais de saúde no contexto do sistema prisional, com ênfase ao direito a saúde. Além disso, o conteúdo traz subsídios teórico-práticos, para que o participante seja capaz de promover a qualificação da atenção à saúde voltada as principais doenças e agravos nos estabelecimentos prisionais.

Acesse aqui a ementa completa do curso. Inscreva-se já através do Campus Virtual Fiocruz!

Publicado em 27/03/2020

Inscrições abertas para especialização em monitoria de ensaios clínicos

Autor(a): 
Antonio Fuchs (INI/Fiocruz) | Foto: Unsplash

O curso de Especialização em Monitoria de Ensaios Clínicos está com inscrições abertas, até 24 de abril, para o processo seletivo da turma 2020. A especialização é promovida pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), em parceria com a Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), através da Plataforma de Pesquisa Clínica da VPPCB. Tem como objetivo formar profissionais especialistas em monitoria de ensaios clínicos, qualificando-os para atuar em projetos de pesquisa clínica para Saúde Pública.

Com uma carga horária de 360 horas, as aulas estão previstas para ocorrer de 1º de junho até 30 de novembro de 2020. Os candidatos devem ser profissionais com ensino superior completo, preferencialmente, em Ciências da Saúde e ter experiência prévia em Pesquisa Clínica.

São oferecidas quatro vagas e a Plataforma de Pesquisa Clínica da VPPCB oferecerá bolsa de estudos no valor de R$ 1.200,00 durante um período máximo de seis meses.

Para mais informações acesse a chamada pública através do Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 26/03/2020

PrInt Fiocruz-Capes aumenta o valor de recursos para publicação de artigos científicos em periódicos de acesso aberto

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

Como incentivo à internacionalização da produção acadêmica, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) abriu, em janeiro deste ano, uma chamada interna para auxílio à publicação de artigos científicos em periódicos de acesso aberto. A chamada é voltada para artigos de autoria de professores ou em autoria conjunta de alunos e professores de Programas de Pós-graduação inseridos no Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes).

Hoje (26/3), a chamada foi alterada, ampliando a concessão de recursos em R$ 100 mil para esta finalidade ao longo de 2020. Ou seja, agora o recurso total é de R$ 300 mil. O auxílio é uma iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), por meio da Coordenação Geral de Educação (CGE).

Acesse aqui a errata da Chamada nº1/2020 e saiba mais.

Publicado em 24/03/2020

PrInt Fiocruz-Capes: chamadas de mobilidade nacional e internacional estão suspensas*

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Devido ao atual cenário de pandemia, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) suspendeu a maioria das chamadas referentes ao Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). O anúncio foi feito através de uma nota oficial publicada na última sexta-feira (20/3).

De acordo com o documento, estão suspensas as chamadas de mobilidade nacional e internacional. Das que já estavam em andamento, estão inclusas professor visitante no exterior júnior/sêniorprofessor visitante no Brasil e doutor com experiência no exterior. Isso quer dizer que, por ora, não serão recebidas novas inscrições para essas modalidades de bolsas. Aqueles que já enviaram a candidatura terão sua documentação arquivada e serão comunicados sobre a reabertura das chamadas, com novos calendários.

No que diz respeito ao doutorado sanduíche no exterior, foi divulgado o resultado da chamada, conforme previsto — as candidaturas já haviam sido avaliadas pela comissão e o processo de seleção estava na fase final. Entretanto, os selecionados não terão as bolsas implementadas entre 1º e 24 de abril, já que a CAPES suspendeu o período de implementação. Assim, os candidatos deverão aguardar e serão contactados no futuro, quando liberada novamente a mobilidade.

Já a chamada para auxílio à publicação de artigos em periódicos científicos continua válida, sem alterações no calendário.

Acesse aqui a nota oficial de suspensão.

 

*Atualizada em 25/3/2020, às 18h11.

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