O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem ao poeta Mário Cesariny, no mês em que completou 16 anos de sua partida. Mário Cesariny de Vasconcelos foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador das atividades surrealistas em Portugal.
Em "Radiograma" temos o poeta da liberdade e de espírito inquieto "Alegre triste meigo feroz bêbedo lúcido no meio do mar", onde se encontra e se perde. No meio do mar.
No Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado em 1° de dezembro, o Campus Virtual Fiocruz reforça a importância da qualificação dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para a instrumentalização e melhoria do acolhimento a grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças nos serviços de saúde, promovendo uma atenção mais inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória. Com esse objetivo, lançamos recentemente o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7. As inscrições estão abertas!
O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, o que reforça a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Para tanto, o curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática.
Dia Mundial da AIDS 2022: Equidade Já
Um novo relatório divulgado recentemente pelo Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), alerta que as desigualdades estão obstruindo o fim da pandemia de Aids. O documento aponta ainda que o estigma, a discriminação e a criminalização de populações-chave (travestis e pessoas trans, gays e homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo, pessoas em privação de liberdade e pessoas que fazem uso de drogas injetáveis) representam uma barreira para o seu acesso aos serviços de HIV, custando vidas e impedindo o mundo de atingir as metas acordadas para o fim da Aids.
Segundo a diretora e representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, “o Brasil é um exemplo na resposta ao HIV, com a possibilidade de acesso às ferramentas de prevenção, diagnóstico e tratamento pelo SUS. Mas as desigualdades seguem impactando negativamente e gerando barreiras que impedem o acesso aos serviços de pessoas em vulnerabilidade. E as desigualdades se cruzam. Por exemplo, uma pessoa trans, negra, vivendo com HIV e em situação de rua terá uma dificuldade extrema de acessar e seguir com o tratamento. Reconhecer a interseção de desigualdades é um elemento chave para uma abordagem integral da resposta ao HIV. O fracasso em fazer progressos para impedir a infecção pelo HIV nas populações-chave prejudica toda a resposta à pandemia de Aids e ajuda a explicar a desaceleração do progresso frente à mesma”, alertou ela.
Os dados completos do relatório Desigualdades Perigosas podem ser conferidos aqui, em inglês.
Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Conheça a organização do curso e temas tratados:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
*com informações do Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids)
A Fundação Oswaldo Cruz foi uma das vencedoras da sexta edição do Prêmio Capes-Elsevier 2022, anunciado na noite de terça-feira, 29/11, em Brasília, que reconheceu 13 instituições de ensino e pesquisa por sua produção e contribuição nacional. A Fiocruz foi contemplada em três categorias: Produção científica citada em políticas públicas; Contribuição para pesquisa de Covid-19; e Impacto da colaboração internacional. Representando a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, esteve na cerimônia e afirmou que "essa premiação é, sem dúvida, fruto do trabalho coletivo dos nossos milhares de trabalhadores, das unidades da Fiocruz em todo o país".
Cristiani destacou que a premiação é significativa ao reconhecer o compromisso institucional em trabalhar de forma cooperativa e aumentar a presença da ciência brasileira no cenário global; em dar respostas à sociedade em cenários de estabilidade ou de crise, como o da pandemia de Covid-19; e em produzir conhecimento relevante para fortalecer o SUS e a saúde como direito de todos.
Os critérios de seleção do Prêmio Capes-Elsevier 2022
Os vencedores foram selecionados a partir de indicadores de produção científica extraídos da ferramenta SciVal, da Elsevier. A metodologia englobou diferentes combinações de indicadores para cada categoria, no período de 2017 a 2021, e norteou-se pelo manual Research Metrics Guide Book. O objetivo também foi utilizar indicadores ponderados por disciplina, para garantir uma avaliação mais equilibrada.
Foram consideradas para análise instituições com mais de duas mil publicações no período (2017-2021). Além disso, para a avaliação, foi considerada a porcentagem no indicador selecionado, ao invés do valor absoluto. A exceção à regra foi a categoria 'Contribuição para a pesquisa de Covid-19', para a qual a quantidade total de citações foi utilizada como um dos critérios de seleção.
Conheça os indicadores utilizados em cada uma das categorias em que a Fiocruz foi contemplada
Categoria Impacto da colaboração internacional
Indicador: porcentagem de artigos em colaboração internacional e impacto da colaboração internacional (quantidade de citações para os artigos em colaboração internacional).
Contribuição para a pesquisa de Covid-19
Indicador: quantidade de artigos relacionados ao tema Covid-19 e média do impacto ponderado das citações (Fiel-Weighted Citation Impact) desses artigos.
Produção científica citada em políticas públicas
Indicador: Porcentagem de artigos que foram citados em alguma política pública local, nacional ou internacional.
*com informações de Dedicata Assessoria & Conteúdo / **imagem do grupo na montagem: Telmo Ximenes
O Sextas de Poesia desta semana homenageia Pablo Milanés, cantor e compositor cubano que imortalizou canções com seu timbre conhecido por ser hipnotizante. Milanés faleceu em 22 de novembro, em Madri, Espanha, aos 79 anos.
Em “Yolanda”, música dele com versão de Chico Buarque, o compositor fala sobre a grandiosidade do amor: "Se alguma vez me sinto derrotado. Eu abro mão do sol de cada dia. Rezando o credo que tu me ensinaste. Olho teu rosto e digo à ventania, Yolanda, Yolanda, eternamente Yolanda".
O Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde estiveram no 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Salvador, Bahia, para o lançamento do curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. Confira um pouquinho desse encontro durante o Abrascão 2022.
A formação é online, gratuita e está com inscrições abertas!
A cerimônia presencial foi realizada no estande Fiocruz e contou com a participação de representantes das instituições envolvidas. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, destacou a importância do tema central da formação para o enfrentamento das desigualdades no âmbito dos serviços de saúde. Ela acentuou que o estigma e o preconceito promovem a exclusão, limitam o direito das pessoas ao cuidado de qualidade e afastam essa população já tão vulnerável dos serviços de saúde, prejudicando, assim, que tenham acesso ao atendimento digno e humanizado que precisam e tem o direito de receber.
O curso, segundo o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DCCI/SVS/MS), Gerson Mendes Pereira, nasceu dentro do Departamento e tem a intenção de atingir o maior número de profissionais de saúde possíveis de modo a reduzir o estigma e a discriminação no processo de cuidado, sobretudo em relação a essas pessoas e populações já tão vulnerabilizadas, para que sejam bem acolhidas nos serviços de saúde.
O responsável acadêmico da formação pela Fiocruz, Rivaldo Venâncio, que é coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fundação, destacou que o novo curso consolida uma parceria profícua com o Ministério da Saúde, particularmente com a Secretaria de Vigilância Sanitária, num momento especial para o país. Para ele, a formação tem como objetivo melhorar a formação das trabalhadoras e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). "Ao abordar esse tema tão relevante, que é o estigma e preconceito nos serviços de saúde, também estamos dando uma enorme contribuição para a construção de uma sociedade melhor, mais justa e fraterna, sobretudo neste momento em que o Brasil disse não à violência, ao racismo e ao preconceito", destacou.
Conheça o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.
O curso foi elaborado a partir da necessidade premente de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, pois o estigma e a discriminação promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
As fotos e entrevistas foram realizadas durante o Abrascão 2022 por Filipe Leonel, jornalista e coordenador de Comunicação Institucional da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz)
Para evidenciar a importância do posicionamento institucional diante da necessidade de formação plena e de qualidade dos estudantes que ingressam e realizam seus cursos na pós-graduação e na educação profissional, a Fiocruz elaborou sua Política de Apoio ao Estudante (PAE), que está em consulta interna para toda a comunidade durante o período de um mês. O documento define os princípios e diretrizes que vão orientar a elaboração e execução de ações que garantam ao estudante o acesso, a permanência e a conclusão dos cursos oferecidos pelas unidades e escritórios da Fundação, com vistas à formação de excelência acadêmica, à inclusão social, à produção de conhecimento e de inovação, à melhoria do desempenho acadêmico e ao bem-estar biopsicossocial durante a trajetória educacional de cada discente na Fiocruz. Conheça aqui a PAE. Contribuições poderão ser enviadas até o próximo domingo, 27 de novembro, por meio da Intranet Fiocruz.
Atenção! Para enviar a sua contribuição à Política de Apoio ao Estudante é preciso estar logado no Acesso Único Fiocruz antes de clicar no link direto da consulta. Outra opção é o usuário acessar pela Intranet Fiocruz. Faça seu login → "Ferramentas Fiocruz" disponível no menu central da página → clique em "► Mais" → "Funcionalidades" → "Consulta Pública Fiocruz"
A PAE é voltada aos estudantes com matrícula ativa e regular nos cursos técnicos de nível médio, de pós-graduação Lato sensu (especialização e residência em saúde) e Stricto sensu (mestrado e doutorado) oferecidos pela Fiocruz ou em rede, consórcio, cooperação, associação ou parceria da qual a Fundação faça parte, conforme as distintas necessidades e o princípio da equidade. Mas a consulta, para além dos estudantes, é voltada a toda comunidade educacional da Fiocruz.
A Política de Apoio ao Estudante é uma ferramenta para que uma comunidade de grande importância institucional — neste caso, os estudantes, que também são pesquisadores —, sinta-se apoiada e instrumentalizada para conseguir identificar formas de estar bem e desenvolver de maneira adequada aquilo que realiza dentro da Fiocruz.
O estudante como um agente da inovação científica
Segundo a coordenadora do Centro de Apoio ao Discente (CAD), Etinete Nascimento Gonçalves, que também integra o Grupo de Trabalho da PAE, a política foi elaborada no sentido de ser uma ferramenta que legitima, ampara e dá assistência às atividades do estudante, mas é voltada especialmente a todos que com eles trabalham, seus orientadores, profissionais da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, das secretarias acadêmicas e outros que são sensíveis a essa comunidade. "Esse grupo deve ter grande compromisso com a PAE, pois são eles os maiores responsáveis por colocá-la em prática", comentou.
É imperativo considerar que quem desenvolve pesquisas, seja nos cursos de mestrado, doutorado, especialização, residência ou cursos técnicos de nível médio da Fiocruz, não é apenas um estudante, mas também um trabalhador da ciência. Etinete destacou que os estudantes realizam pesquisas que fortalecem a nossa instituição, o SUS e a sociedade como um todo. "Seu trabalho abarca desenvolvimento, inovação e aperfeiçoamento das atividades que são próprias do escopo da Fiocruz em termos de produção científica e inovação. Portanto, essa comunidade é fundamental para a expansão e evolução do conhecimento".
PAE: mais um espaço amplo e democrático de debate institucional
Tradicionalmente, a Fiocruz adota vias democráticas em seus processos decisórios em qualquer que seja a esfera. Com a construção da PAE não poderia ser diferente. Para a elaboração do documento foi criado um Grupo de Trabalho composto de representantes de diferentes instâncias institucionais ligadas à educação, sobretudo pela representação dos estudantes. Portanto, a Política foi feita para eles e por eles. Buscou-se compreender as diferentes necessidades apresentadas ao longo dos anos e trabalhá-las para que, de fato, a redação final represente os diferentes grupos.
Neste momento, enfatizou Etinete, "é importante contar com a leitura e participação de todos para que se familiarizem, empoderem e se apropriem do documento. Esse novos e coletivos olhares podem trazer ainda mais melhorias após essa grande revisão popular, que é a consulta pública", disse ela, defendendo ainda que não podemos nunca abrir mão de processos democráticos, pois eles estão na essência do SUS, de um país democrático e especialmente na essência da inteligência humana, cuja capacidade de alteridade implica também em estarmos abertos à inclusão e à diversidade.
Conheça a estrutura da Política de Apoio ao Estudante
A PAE está fundamentada em nove princípios e é composta de cinco eixos estruturantes.
Princípios: Educação de excelência como direito universal; Defesa da saúde, do bem-estar social e da vida; Compromisso com o Sistema Único de Saúde, com a ciência e com a sociedade; Participação social e democracia; Equidade e inclusão; Valorização da diversidade e multiculturalismo; Valorização discente; Educação integral e emancipatória; e Indissociabilidade entre pesquisa, ensino, serviços, trabalho e comunicação com a sociedade.
Eixos estruturantes: Infraestrutura, Apoio pedagógico e acadêmico, Inclusão social, Apoio psicossocial e promoção à saúde, e Participação estudantil.
Acesse aqui a Política de Apoio ao Estudante e clique aqui para enviar sua contribuição (link direto).
O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, o que reforça a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Buscando qualificar e instrumentalizar trabalhadores da saúde para uma atenção inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória, a Fiocruz e o Ministério da Saúde lançam hoje o curso, online e gratutito, Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. As inscrições já estão abertas!
Inscreva-se já!
O curso foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos que realizem avaliação com obtenção de nota maior ou igual a 7.
Seu lançamento oficial aconteceu em 21 de novembro, durante o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão 2022. A cerimônia presencial foi realizada no estande da Fiocruz. Confira aqui alguns momentos do lançamento - Novo curso sobre estigma e discriminação em serviços de saúde é lançado no Abrascão 2022.
A formação é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções socio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Portanto, as instituições e pesquisadores envolvidos neste curso — sempre alinhados à tais evidências científicas que avançam nacional e internacionalmente em proposições diretivas ao enfrentamento das vulnerabilidades sociais — , entendem que o fortalecimento das ações de inclusão social e de enfrentamento ao estigma e discriminação se apresentam como estratégias de minimização das vulnerabilidades. Assim, esta nova formação apresenta-se como uma ferramenta nesse contexto de necessidade constante de ampliação de esforços em ações educativas no âmbito dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde para a contínua qualificação das práticas.
Conheça a organização do curso e temas tratados:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
O Sextas de Poesia desta semana homenageia Lima Barreto, lembrando seus 100 anos de morte. Esta edição celebra ainda o Dia Nacional da Consciência Negra, que segue sendo um dia de resistência, reflexão e luta! "Tinha entrado na consciência de todos a injustiça originária da escravidão. Mas como ainda estamos longe de ser livres! Como ainda nos enleamos nas teias dos preceitos, das regras e das leis!", pontuou Lima Barreto, em crônica publicada no jornal Gazeta da Tarde, em maio de 1911, na qual ele faz uma crítica às festas pela abolição da escravatura.
Lima Barreto (1881-1922) foi um dos principais escritores do pré-modernismo brasileiro. Sua obra é impregnada de fatos históricos, além de ser estritamente relacionada com temáticas sociais e nacionalistas, trazendo críticas à mentalidade burguesa da época. Negro e proveniente de uma família humilde, teve sua vida e carreira permeadas por situações que o colocaram diante de discriminação racial, mas ele nunca ficou alheio às injustiças e aos preconceitos.
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado no Brasil em 20 de novembro e foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, que morreu nessa data, no ano de 1665. Zumbi comandou o Quilombo dos Palmares por quase 15 anos e liderou a resistência de milhares de negros contra a escravidão.
O Sextas de Poesia faz uma homenagem dupla nesta semana: Cecília Meireles, escritora e poetisa, que nasceu (7) e morreu (9) no mês de novembro; e Gal Costa, por sua triste e repentina partida nesta semana, dia 9 de novembro.
Com o poema "Canção Mínima", Cecília Meireles fala de forma leve sobre o mistério da vida, "entre o planeta e o sem-fim, a asa de uma borboleta". Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil, e a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Embora mais conhecida como poetisa, deixou contribuições no domínio do conto, da crônica, da literatura infantil e do folclore.
À grande Gal Costa, nossa homenagem a essa voz, que era de muitas e também de todo Brasil. Um canto que mudava a cada melodia. “Minha gravação de A rã (de 1974) me emociona. Aquilo é de uma pureza, parece que estou ouvindo um anjo. Aquela não sou mais eu. A beleza da vida é essa. A mudança”, disse Gal Costa. Na época do Recanto, Caetano afirmou, referindo-se à cantora, que “a pessoa, quando pode, muda para se transformar cada vez mais naquilo que é”. Anjo ou borboleta, seu nome é Gal!!!
* com informações de Revista Piauí
Pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) oferecerão o curso História da Saúde Pública no Brasil durante o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão. A atividade pré-congresso será realizada nos dias 19 e 20 de novembro, e conta com carga horária de 12h. O curso foi desenvolvido por especialistas em História da Saúde no Brasil, que são professores dos Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da COC e integrantes do Observatório História e Saúde (OHS). O Campus Virtual Fiocruz lembra que está disponível em sua plataforma um curso sobre essa temática, desenvolvido pelo mesmo grupo. A formação, História da Saúde Pública no Brasil, é online e gratuita e está com inscrições abertas.
Curso pré-congresso
O curso História da Saúde Pública no Brasil acontecerá nos dias 19 de novembro (9h às 17h) e 20 de novembro (9h às 12h30) no Mezanino A, Sala 100A do Centro de Convenções Salvador. Ao todo, estão disponíveis 50 vagas, voltadas a integrantes de movimento social, estudantes e pesquisadores da saúde coletiva.
O 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador, Bahia, será realizado no período de 19 a 24 de novembro de 2022, com atividades pré-congresso nos dias 19 e 20. Esta edição traz como tema central “Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social” e pretende ser um momento de reencontro e de reafirmação dos pactos em defesa da vida, do SUS e da Democracia brasileira.
O evento acontecerá num ano extremamente importante para o futuro do país, portanto, visa estimular reflexões e propostas que possam ser incorporadas à agenda da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia dos próximos governos, seja Federal ou Estaduais, de modo a contribuir para a reconstrução e redirecionamento das políticas públicas relevantes e estratégicas para o Brasil.
Veja aqui todas as informações sobre o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em Salvador.
Curso online e gratuito sobre História da Saúde Pública no Brasil
A formação do Campus Virtual Fiocruz é voltada especialmente a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento, pesquisadores, trabalhadores da saúde pública e coletiva, mas aberta a todo o público interessado na temática. Ele é oferecido em formato autoinstrucional, ou seja, o aluno tem autonomia no aprendizado. Além disso, emite certificado aos aprovados na avaliação final.
Sua proposta é debater temas relevantes sobre a história da saúde no Brasil ao longo dos séculos, com foco em políticas públicas de saúde, ações filantrópicas e privadas, assim como concepções sobre saúde, doença e cuidado. Ele foi desenvolvido em parceria com especialistas em História da Saúde no Brasil, que são professores dos Programas de Pós-Graduação Stricto sensu da Casa de Oswaldo Cruz e integrantes do Observatório História & Saúde (OHS). O OHS é uma estrutura permanente do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (OHS/Depes/COC/Fiocruz) e também faz parte da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (ObservaRH).
Unidade 1 – Do império a primeira República: O surgimento da saúde pública
Unidade 2 – Do Período Getulista à Ditadura Civil Militar
Unidade 3 – Da Ditadura Civil Militar à regulamentação do SUS
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol / com informações da Casa de Oswaldo Cruz