O Sextas de Poesia desta semana apresenta um poema do mineiro Drummond "Rio em flor de janeiro", feito em homenagem à cidade. O Rio de Janeiro comemora hoje o dia de seu santo padroeiro com feriado da cidade que tem São Sebastião no nome, e carrega toda a mistura que passeia pelas ruas.
Nossa homenagem ao Rio, de São Sebastião e Oxossi, do samba e do forró, do mar e das matas, do caos e do verão. E o Rio continua lindo...
A Presidência da Fiocruz, por meio das Vice-presidências de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), lançou a chamada interna Inova Educação em dezembro de 2022 e nesta quarta-feira, 18/1, publica uma errata referente ao item 3: recursos financeiros. Este edital visa fomentar o desenvolvimento de produtos inovadores no campo educacional, em especial de Recursos Educacionais Abertos (REA), voltados a temas prioritários para a formação de profissionais de saúde no âmbito da educação superior e da pós-graduação.
A seleção tem foco em projetos provenientes das diversas unidades e escritórios da Fundação, e está de acordo com as Políticas para Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência e de Acesso Aberto da Fiocruz, especialmente suas diretrizes para REA. As inscrições terão início em 25 de janeiro de 2023.
+Acesse aqui a chamada Inova Educação - Recursos Educacionais Abertos e a errata referente ao item 3: Recursos Financeiros
Esta chamada integra o Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, denominado Inova Fiocruz, cujo objetivo central é promover a inovação de pesquisas na área de saúde, visando a entrega de conhecimento, produtos e serviços à sociedade, incentivando, ainda, ambientes favoráveis à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde - todas áreas de prática da Fiocruz, reforçando, assim, sua atuação como instituição estratégica do Estado Brasileiro.
Foco no desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (REA)
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa, fixados em qualquer suporte ou mídia, que estejam sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. A publicação da Unesco Diretrizes para Recursos Educacionais Abertos (REA) no ensino superior aponta que REA podem ser cursos completos, materiais de curso, módulos, guias de aluno, anotações de aula, livros didáticos, vídeos, ferramentas e instrumentos de avaliação, materiais interativos, dramatizações, softwares e aplicativos desde que tenham objetivos educacionais.
Com esta seleção interna, espera-se promover à inovação tecnológica-educacional, contribuir para o avanço no desenvolvimento de processos formativos de profissionais de saúde, e incentivar a cooperação entre as unidades da Fiocruz e as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), possibilitando, assim, a criação de recursos educacionais inovadores, bem como a ampliação e adoção de práticas educacionais abertas.
Eixos temáticos e tipologia do projeto
A iniciativa prevê o recebimento de projetos desenvolvidos em cinco eixos temáticos: I. Ações afirmativas, inclusão e acessibilidade na Educação; II. Novas metodologias educacionais e ensino híbrido na saúde; III. Informações em Saúde; IV. Comunicação e Divulgação Científica em Saúde; e V. Violência em Saúde. Em seguida, o projeto deve relacionar o eixo temático ao REA que está alinhado: I. Curso autoinstrucional; II. Videoaula; III. Vídeo curto; IV. Podcast; V. Jogo; VI. E-book; VII. Infográfico interativo; ou VIII. Guia e/ou manual.
Ressaltamos que as inscrições somente terão início em 25 de janeiro de 2023 e vão até 9 de março de 2023. O formulário eletrônico para envio de propostas somente estará disponível na data de início das inscrições, ou seja, 25/1/23, no Portal Fiocruz.
Além da leitura minuciosa do edital, recomendamos ainda a consulta ao Guia de Recursos Educacionais Abertos: Conceitos e Práticas, lançado pelo Campus Virtual Fiocruz no contexto da pandemia de Covid-19 para auxiliar os proponentes na elaboração dos produtos a serem desenvolvidos no âmbito desta chamada.
O Guia apresenta conceitos, princípios e práticas sobre REA, ou Open Educational Resources (OER, na sigla em inglês). Sua ideia é disseminar a importância do uso e o desenvolvimento dos recursos educacionais aberto em suas diferentes utilizações. O Guia conta com uma versão navegável online, mas também pode ser baixado em pfd para impressão e está disponível na Plataforma Educare.
A Presidência da Fiocruz publica nesta terça-feira, 17/1, o resultado final da chamada para Pesquisador Visitante Sênior (PVS), após recurso. Ao todo, foram selecionados cinco professores-pesquisadores visitantes seniores com reconhecida competência profissional, além de mais três suplentes. A ideia é que esses profissionais contribuam para a estruturação e fortalecimento de programas de Pós-Graduação das seguintes unidades ou Escritórios da Fiocruz: Amazônia, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Ceará e Piauí.
+Acesse aqui o documento que traz o resultado final
Esta seleção tem o objetivo central de reduzir as desigualdades regionais e fortalecer a integração do sistema de ensino, pesquisa e inovação nacional da Fiocruz. Para tanto, selecionou pesquisadores com vistas à ampliar e dar densidade às atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico relacionadas à missão institucional, articulada com o ensino para unidades e escritórios da Fiocruz implantados mais recentemente ou em áreas com menor densidade de cursos de pós-graduação Stricto sensu.
A implementação do Plano de Atividades visa também apoiar iniciativas de captação externa de recursos, auxiliar a estruturação e fortalecimento de programas de pós-graduação nos referidos locais e a orientação de alunos de mestrado e doutorado.
As atividades do PVS terão duração de 12 meses e devem ser iniciadas entre março e abril de 2023. Será possível solicitar, no máximo, uma prorrogação por mais um ano.
Veja aqui a chamada completa com todos os seus documentos.
Durante o mês de janeiro, celebramos a conscientização e o combate à hanseníase. A doença, que é tratável e tem cura, ainda sofre com o preconceito, o que dificulta a busca pelo tratamento adequado e rápido. Assim, o Campus Virtual Fiocruz relembra a importância da qualificação de profissionais da saúde para a instrumentalização e melhoria do acolhimento a grupos ou indivíduos acometidos por doenças nos serviços de saúde, promovendo uma atenção mais inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória. Recentemente, lançamos o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos com obtenção de nota maior ou igual a 7 na avaliação final. As inscrições estão abertas!
Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase divulgado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022, entre 2016 e 2020, mais de 150 mil brasileiros foram diagnosticados com a doença. Causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença crônica que afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos, podendo gerar lesões e complicações incapacitantes.
O diagnóstico da doença é, geralmente, acompanhado pelo preconceito da sociedade, visto que ela é crônica e transmissível. Entretanto, a discriminação relacionada a condições de saúde acontece também nos serviços de saúde, reforçando a exclusão, e, sobretudo, causando sofrimento aos pacientes. Por isso, o curso do Campus Virtual Fiocruz visa qualificar profissionais no enfrentamento ao estigma no contexto da atenção à saúde de diversos grupos sociais. O curso, voltado a profissionais da saúde e estudantes, também está aberto a todos os interessados no tema.
Curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Sua elaboração nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Conheça a organização do curso:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol
Em 13 de dezembro de 1968, dia em que a ditadura brasileira instituiu o AI5, o poeta Vinícius de Moraes estava em Lisboa. Do palco, comunica ao público sua tristeza com a situação do Brasil e lê seu poema “Pátria Minha”. Quando sai do hotel, o Poeta se vê cercado por salazaristas revoltados com seu discurso contra a ditadura. É aconselhado a usar uma porta alternativa. Recusa-se. Sai e olha os manifestantes raivosos.
Então, ergue a voz e recita o poema escolhido para o Sextas de Poesia desta semana, “Poética”, onde termina reafirmando:
“Eu morro ontem, Nasço amanhã
Ando onde há espaço: – Meu tempo é quando”.
A obra que ilustra esta edição é de Frans Krajcberg, Galhos e Sombras, que foi vandalizada no Palácio do Planalto, junto a outras tão caras ao patrimônio cultural e artístico brasileiro, como Di Cavalcanti e Bruno Giorgi.
A poesia é subversiva, como a “flor que brota do asfalto”, de Carlos Drummond – que disse sobre Vinícius: Não esquecer que o amor é uma força revolucionária avassaladora, a mais temida por toda forma de opressão.
*com informações do blog Brasil e Desenvolvimento.
Baseado em décadas de experiência e parcerias voltadas à educação com a África, a Fiocruz elabora novo programa de pós-graduação em saúde pública com foco em sistemas de saúde para a região. A ideia é oferecer cursos de mestrado e doutorado a partir de um amplo consórcio de seis programas da Fundação com o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Universidade Lúrio (Unilúrio). Recentemente, foram diplomados 11 mestres pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, totalizando 61 profissionais de saúde moçambicanos também formados em uma parceria da Instituição com o INS, através do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
Novo programa visa à formação de professores e pesquisadores
A partir de uma demanda do INS e a Unilúrio - tratada durante a missão da Fiocruz à Moçambique, em abril de 2022 - a Fundação formou um consórcio de PPGs e começou a elaborar um novo programa de pós, com mestrado e doutorado, desta vez voltado a sistemas de saúde pública e políticas públicas. A ideia é que o processo seletivo aconteça ainda no primeiro semestre de 2023, com início das aulas já no segundo semeste deste ano.
Aderiram ao consórcio seis programas de pós-graduação da Fiocruz: Saúde Pública; Saúde Pública e Meio Ambiente; e Epidemiologia em Saúde Pública (Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz); Saúde da Criança e da Mulher (Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira -IFF/Fiocruz); Saúde Coletiva (Instituto René Rachou - IRR/Fiocruz Minas) e Saúde Pública (Instituto Aggeu Magalhães - IAM/Fiocruz Pernambuco). Para atender à demanda de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.
Para seu pleno desenvolvimento, formou-se um colegiado com representantes de cada um dos programas envolvidos, além de dois diferentes grupos de trabalho, cujo foco está na formação da grade curricular da oferta e a organização do processo seletivo. A oferta está sob a responsabilidade da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado, e a coordenadora adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC), Eduarda Cesse, que são, respectivamente, coordenadora e coordenadora adjunta.
Cristiani falou sobre as parcerias com as instituições moçambicanas até aqui, destacando a importância da conclusão da quinta turma de mestrado em Ciências da Saúde: "Já formamos mais de 60 mestres em Ciências da Saúde, o que é muito relevante para a pesquisa biomédica em Moçambique. Agora, com o início de turmas de mestrado e doutorado em Saúde Publica, a ideia é formar professores, pesquisadores e profissionais preparados para a gestão de sistemas de saúde, retomando uma iniciativa anterior, que formou mais de 10 mestres entre 2014 e 2017", detalhou ela.
O curso será ofertado de modo remoto, por meio de aulas síncronas e com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Também estão previstos momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz.
Em Cooperação com Moçambique, Fiocruz forma mais 11 mestres em Ciências da Saúde em 2022
Estabelecido através da cooperação entre a Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), o Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde concluiu, no final de 2022, sua quinta turma de mestrado acadêmico, com a formação de mais 11 mestres. O curso é oferecido por meio de um consórcio, com participação de três programas de pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (Medicina Tropical, Biologia Parasitária e Biologia Celular e Molecular) e um programa do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Pesquisa Clínica nas Doenças Infecciosas).
Criado em 2008, o curso alcançou a marca de 61 mestres formados. O programa é voltado para profissionais de saúde de Moçambique, principalmente do INS, com o objetivo de fortalecer a pesquisa científica em saúde no país.
Estudantes da quinta turma do mestrado internacional desenvolveram pesquisas sobre doenças com alto impacto na saúde em Moçambique. Como em anos anteriores, as pesquisas desenvolvidas abordaram temas importantes para a saúde pública local, incluindo infecção pelo HIV, tuberculose, parasitoses intestinais e saúde bucal, entre outros.
Professores e estudantes da turma também tiveram que superar desafios para a conclusão do curso em meio à pandemia da Covid-19. Por serem profissionais de saúde, muitos deles precisaram atuar no enfrentamento à doença. Além disso, a dinâmica da pós-graduação teve de ser modificada, com atividades de pesquisa realizadas integralmente em Moçambique.
Contribuição de longo prazo
No sistema de saúde moçambicano, o INS desempenha algumas funções semelhantes às da Fiocruz no Brasil, apoiando as políticas públicas, através de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, serviços de referência e formação de recursos humanos, entre outras atividades. A formação de mestres e doutores na instituição contribui para fortalecer a saúde no país.
O coordenador brasileiro da iniciativa, Renato Porrozzi, que é pesquisador do Laboratório de Toxoplasmose e Outras Protozooses do IOC/Fiocruz e esteve na cerimônia em Moçambique, apontou que o diretor do INS, Ilesh Jani, frisou, em várias oportunidades, que "a contribuição da Fiocruz, neste curso, é fundamental na estruturação do instituto. Nossos ex-alunos são chefes de departamento e líderes de grupos de pesquisa. O INS tem outras colaborações ao redor do mundo, mas não tem outro curso que tenha formado mais pessoal do que o Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde".
Porrozzi pontuou ainda que, nos próximos anos, o programa internacional deve se aproximar do seu objetivo de longo prazo: o estabelecimento de uma pós-graduação oferecida exclusivamente pelo INS. De acordo com ele, a previsão inicial do curso internacional era formar cinco turmas, com 50 mestres, para o INS poder iniciar a sua pós-graduação. Com a conclusão da quinta turma, o número de profissionais titulados superou a expectativa. “O objetivo é que o INS tenha autonomia para formar novos mestres e, futuramente, doutores, que poderão contribuir para a saúde pública e a pesquisa científica na região”, ressaltou Renato.
+Leia aqui a matéria completa publicada pelo IOC/Fiocruz em 4/1/23: Cooperação da Fiocruz em Moçambique forma mais 11 mestres.
*Com informações do IOC/Fiocruz.
O Sextas de poesia faz sua homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, aniversariante em 6/11. O poema escolhido " Escuto" fala da beleza e dúvida da existência, entre Deus ou apenas o silêncio, segue o caminhar "em cada gesto ponho solenidade e risco".
Sophia foi uma das mais importantes poetas portuguesas do século XX e também a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999. O seu corpo está no Panteão Nacional desde 2014 e tem uma biblioteca com o seu nome no país.
#ParaTodosVerem: Foto da silhueta de um homem em pé, de cabeça baixa, ele está em um local rodeado de pedras com o céu nublado ao fundo. No centro da foto o poema "Escuto" de Sophia de Mello Breyner Andresen:
Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou deus
Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planíces do vazio
Ou a consiencia atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e fita
Apenas sei que caminho como quem
É olhado amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco.
A Fundação Oswaldo Cruz torna público a abertura das inscrições da chamada para o programa Mais meninas na Fiocruz - Imersão Verão. A iniciativa - voltada exclusivamente a estudantes mulheres do ensino médio vinculadas a escolas públicas e residentes no Rio de Janeiro - selecionará meninas para vivenciarem atividades de pesquisa durante três dias na Fiocruz-RJ. O projeto se baseia em um movimento que vem se fortalecendo ao longo dos anos em busca da igualdade de gênero para as mulheres, que ainda enfrentam muitos obstáculos na sociedade. Na Fundação Oswaldo Cruz, temos muitas mulheres de referência, e que trabalham e incentivam outras mulheres a estudarem, crescerem e conquistarem seus espaços. As inscrições estão abertas até 22 de janeiro de 2023.
+Acesse a chamada Mais meninas na Fiocruz - Imersão Verão, disponível no Campus Virtual Fiocruz
A atividade tem como principal objetivo estimular e promover a participação de jovens na pesquisa ligada à saúde pública, despertando o interesse nas áreas de ciência, tecnologia e inovação em saúde pública; incentivando o desenvolvimento do pensamento científico e tecnológico; possibilitando o acesso das participantes aos espaços culturais e científicos da Fiocruz-RJ; além de destacar trajetórias de mulheres cientistas na Fiocruz.
Além de conhecerem os espaços históricos da Fiocruz, as alunas selecionadas serão acompanhadas por cientistas mulheres da instituição, que irão apresentar a rotina da profissão. No último dia, as estudantes participarão de um evento aberto ao púbico no qual poderão compartilhar as experiências vividas durante a visita aos laboratórios e espaços de pesquisa da instituição.
Inscrições vão de 2 a 22 de janeiro de 2023
As estudantes selecionadas participarão de atividades relacionadas ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência de 2023, ligado ao Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, e vivenciarão diversas atividades de pesquisa nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2023.
Comemorada em 11 de fevereiro, a data foi instituída em 22 de dezembro de 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas da Organização das Nações Unidas (ONU) e passou a integrar o calendário de eventos da Fiocruz em 2019. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, e dá visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres na ciência e tecnologia, reafirmando e fortalecendo a participação do gênero no âmbito científico.
*Matéria publicada em 28/12/2022 e atualizada em 2/1/2023 com a abertura das inscrições.
Como você cuida da sua saúde, e o que faz para mantê-la em níveis saudáveis? Como você avalia, compreende e aplica as informações sobre saúde que recebe ao longo da vida? Essas são questões tratadas no campo da literacia para a saúde e o autocuidado que, a partir de agora, podem ser aprendidas na nova formação, gratuita e online, do Campus Virtual Fiocruz. Com foco em profissionais de saúde, o curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde já está com inscrições abertas!
A formação, que aborda modelos, estratégias e possibilidades de intervenções para a promoção do autocuidado, busca qualificar profissionais de nível médio e superior, especialmente os que atuam na atenção primária à saúde, mas é aberto a todos os interessados na temática. Ela é dividida em cinco módulos, carga horária de 60 horas e é autoinstrucional, ou seja, não conta com tutoria e pode ser cursado conforme a necessidade do participante. O curso certifica os participantes mediante avaliação dos conhecimentos adquiridos .
A formação surgiu de uma demanda do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), e foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o grupo de estudos e pesquisa Promoção em comunicação, educação e Literacia para a Saúde no Brasil (ProLiSaBr), vinculado ao Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); e está sob a coordenação-geral da médica sanitarista Ana Luiza Pavão, pesquisadora do Laboratório de Informações em Saúde (Lis/Icict/Fiocruz) e docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict), além da coordenação adjunta de Rosane Aparecida de Sousa, da UFTM.
Foram desenvolvidos especialmente para este curso cinco guias, que estão disponíveis como material de apoio à formação: um sobre autocuidado e literacia e outros quatro voltados para o manejo de doenças específicas, como hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica e diabetes tipo 2. O curso disponibiliza ainda oito vídeos relativos às características das referidas doenças e suas formas de prevenção e controle, videoaulas e outros recursos educativos.
A literacia para a saúde e o autocuidado
Ana Luiza explicou que o conceito de literacia para a saúde (LS) versa sobre o conhecimento, as motivações e as competências dos indivíduos para acessar, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de fazer julgamentos e tomar decisões na vida cotidiana relacionadas aos cuidados de saúde, à prevenção de doenças e à promoção da saúde para manter ou melhorar sua qualidade de vida ao longo dos anos. Ela detalhou que a LS vem do termo em inglês health literacy, e que existem outras traduções utilizadas para o conceito, como literacia em saúde, letramento em saúde e até mesmo alfabetização em saúde.
Para Ana Luiza, quanto maior o nível de literacia para a saúde — conceito que está intimamente relacionado ao autocuidado —, melhores serão os desfechos em saúde daquele indivíduo. "O curso tem foco em profissionais da Atenção Primária, pois quando falamos de promoção e prevenção à saúde, nos referimos principalmente a esse nível de atuação, apesar de não ser exclusivo para a APS, sendo essa comprovadamente a abordagem mais eficaz", detalhou Ana Luiza.
Ela comentou ainda que o curso estimula o profissional a se questionar, a pensar, durante a assistência cotidiana do trabalho, sobre o que podem fazer para promover a saúde naquele indivíduo atendido. A ideia é fomentar uma visão focada na saúde e não na doença e suas complicações. "Ao termos uma visão positiva sobre o cuidado, buscamos novas estratégias para melhorar a saúde, com foco na qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, e outros aspectos que influenciam fortemente o dia a dia das pessoas.
A proposta deste curso é trazer uma série de conceitos e reflexões a respeito do autocuidado em saúde e da literacia para a saúde, incluindo também a questão da comunicação em saúde, e a importância da literacia digital em saúde — que é a influência da internet e da capacidade das pessoas de obterem e manejarem informações de saúde provenientes da internet —, além dos fundamentos da promoção da saúde, e da Política Nacional de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde.
Conheça a estrutura do curso Autocuidado em Saúde e a Literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde (APS):
Módulo 1 - A PROMOÇÃO DA SAÚDE, A SALUTOGÊNESE E A LITERACIA PARA A SAÚDE (LS)
Módulo 2 - CUIDADO, AUTOCUIDADO E A LITERACIA PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E A PREVENÇÃO DE DOENÇAS NA APS
Módulo 3 - INTERVENÇÕES PARA EQUIPES E SISTEMAS DE SAÚDE NAS PRÁTICAS DE LS
Módulo 4 - FERRAMENTAS NO COTIDIANO DO TRABALHO DAS EQUIPES DA APS
Módulo 5 - AUTOCUIDADO EM SAÚDE NA APS: AÇÕES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
Primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima é também a primeira mulher à frente do Ministério da Saúde. Seu nome foi anunciado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 22 de dezembro, para integrar o novo governo.
Nísia é pesquisadora da Fiocruz desde 1987. Graduada em Ciências Sociais e com doutorado em Sociologia, como presidente da Fundação, Nísia liderou as ações da Fiocruz no enfrentamento da pandemia. Em sua gestão, a Fiocruz tornou-se referência para a Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas para o diagnóstico de Covid-19. No campo das vacinas contra a Covid-19, Nísia coordenou o acordo da Fiocruz de encomenda tecnológica. E a Fundação tornou-se a primeira instituição do Brasil a produzir uma vacina contra a Covid-19 de forma 100% nacional.
Educação na redução das desigualdade
Na Fiocruz, Nísia também ocupou o cargo de vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, de 2011 a 2016, período em que foi criado o Campus Virtual Fiocruz. A atual presidente e futura ministra da saúde, Nísia Trindade Lima sempre fomentou iniciativas de educação em saúde, impulsionando a formação de profissionais para o SUS - um dos alicerces históricos da Fundação, que se dá por meio da oferta de cursos de qualificação profissional, especialização, residência e ainda no ensino da pós-graduação voltado para o sistema CT&I, de mestrado e doutorado.
+Assista ao depoimento de Nísia no aniversário de 6 anos do Campus Virtual Fiocruz
Ao longo dos últimos anos, a Fiocruz também vem transpondo muros e ampliando fronteiras com o incentivo e o fortalecimento da oferta de cursos à distância de qualificação profissional, ampliando a possibilidade de ofertas, inclusive internacionalmente.
Estão disponíveis formações sobre diferentes temáticas prioritárias e necessárias, como a Covid-19, o enfrentamento ao estigma e à discriminação nos serviços de saúde, a vacinação, a gestão de risco de emergência em saúde pública, a dengue e muitos outros. Tais iniciativas reafirmam o compromisso da Fundação com a qualificação de profissionais de saúde para o SUS e o papel da educação na redução das desigualdades, em parcerias com o Ministério da Saúde. Certamente, teremos muitos desafios e traçaremos inúmeras parcerias para o fortalecimento do nosso SUS na nova gestão!
*com informações de Ciro Oiticica (Agência Fiocruz de Notícias)
**Imagem: Fernando Frazão - Agência Brasil