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Publicado em 11/12/2019

Congresso Brasileiro de Epidemiologia aceita propostas de atividades até o dia 28/12

Autor(a): 
Abrasco

A comissão científica do 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia está com chamada pública aberta para a contribuição de grupos de pesquisa, grupos temáticos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e programas de pós-graduação. Serão aceitas propostas enviadas até 28 de dezembro.

Esta iniciativa visa ampliar o leque de atores envolvidos nas proposições de temas de interesse para a epidemiologia brasileira, bem como ampliar as fontes de recursos financeiros que assegurem a sustentabilidade do evento, mantendo a excelência que vem sendo uma de suas marcas desde a primeira edição. O tema da 11ª edição é Epidemiologia, Democracia e Saúde: conhecimentos e ações para equidade.

As propostas podem ser para a realização de mesas-redondas, palestras ou cursos. As mesas-redondas devem contar com dois a três expositores e um moderador. Terão duração de duas horas, com apresentação e debate. Já as palestras terão duração de uma hora e contarão com apenas um expositor. Os cursos serão oferecidos no pré-congresso, com duração de 8h, 12h ou 16h.

Cada proponente poderá sugerir até duas atividades. O envio das propostas deve ser feito exclusivamente por meio de formulário eletrônico. O resultado da avaliação será comunicado a todos os autores proponentes até 28 de fevereiro de 2020.

Acesse aqui a chamada pública. Para saber mais, visite o site da Abrasco.

Publicado em 05/12/2019

Seminário do PrInt: Fiocruz expande sua rede de educação e lança hub em plataforma internacional de e-learning

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Uma rede internacional forte, que avança e inova, na educação em saúde. Para debater suas ações de internacionalização do ensino, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveu o Seminário Internacional do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt Fiocruz-Capes). Realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, o evento reuniu a comunidade acadêmica e convidados estrangeiros para trocar experiências neste campo.

Na abertura, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, cumprimentou todos que atuam para o desenvolvimento do PrInt Fiocruz-Capes. “Este programa é fruto de um trabalho coletivo, e também de um acúmulo de conquistas que a área da educação alcançou em nossa instituição”, afirmou. “É importante ter uma agenda positiva em meio a um cenário de tantas dificuldades", pontuou. Ela aproveitou para convidar a todos para o Fórum Oswaldo Cruz, que acontece no dia 6/12 na Fundação. Na ocasião, líderes de universidades, associações científicas e especialistas vão debater o tema O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência.

Neste sentido, a vice-presidente de Educação Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, destacou que — mesmo diante de uma conjuntura desfavorável — a Fundação tem sido protagonista em internacionalização. Ela comentou que, apesar de o seminário ser dedicado ao PrInt, há uma série de iniciativas em curso na instituição, como editais de mobilidade acadêmica e parcerias de excelência. “Este foi um ano desafiador para a pesquisa e para o ensino. Mas temos discutido as dificuldades estrategicamente, para fortalecer cada vez mais a articulação e a cooperação internacional”, destacou.

A mesa de abertura também contou com a participação de Luiz Eduardo Fonseca, representante do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz). A coordenadora Geral de Educação e coordenadora do PrInt, Cristina Guilam, parabenizou toda a equipe, os coordenadores e o Comitê Gestor do Programa pelo trabalho que vem sendo desenvolvido (saiba mais nesta entrevista).

The Global Health Network: mais uma conquista internacional

No primeiro dia de seminário, um dos destaques foi o lançamento de um hub da Fiocruz na plataforma The Global Health Network (TGHN), que já pode ser acessado aqui. A iniciativa é fruto de uma parceria firmada este ano com a Universidade de Oxford, responsável pela rede. Bonny Baker, da TGHN, explicou que a proposta é "unir pesquisadores e oferecer recursos e ferramentas para que possam desenvolver pesquisas em rede na área da saúde".

À frente do projeto, Gustavo Matta (da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Ensp/Fiocruz), celebrou o lançamento do hub. "Hoje temos este novo espaço, que poderá contribuir para ampliar a colaboração e estimular o e-learning", disse. Ele lembrou que a parceria surgiu da necessidade de respostas rápidas à epidemia de zika no Brasil, em 2016.

No hub da Fiocruz na plataforma TGHN, estarão disponíveis cursos online desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz. O primeiro deles será sobre febre amarela. É cooperação em rede para levar mais saúde pelo mundo!

*Atualizada em 6/1/2020.

Publicado em 04/12/2019

Fórum Oswaldo Cruz (6/12): líderes em ciência, tecnologia e inovação vão debater o futuro da saúde no Brasil

Autor(a): 
CCS/Fiocruz

Com o tema O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência, Fórum Oswaldo Cruz se reúne no dia 6 de dezembro. O encontro vai reunir líderes de universidades, associações científicas e especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para debater a centralidade da CT&I na concepção nacional de desenvolvimento e bem-estar social. Realizado pela Fundação, o evento é aberto ao público e gratuito, não sendo necessária inscrição prévia. Haverá transmissão online pela Rede Fiocruz, permitindo participação à distância.

Um dos temas em destaque será o papel das universidades públicas como eixo de uma estratégia nacional baseada no conhecimento e nas necessidades da população, de forma sustentável, e não apenas orientada pela extração de recursos naturais. O futuro da saúde no Brasil será discutido em uma perspectiva abrangente, que envolve desde a 4ª Revolução Tecnológica até o seu impacto no bem-estar e na dinâmica de inovação e do desenvolvimento. Será um momento importante para refletir, formular e propor estratégias para os próximos anos, com o objetivo de fortalecer a saúde no contexto da CT&I.

Neurocientista Sidarta Ribeiro abordará o compromisso social da ciência

O evento de prospecção O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência terá como palestrante o neurocientista Sidarta Ribeiro, que é diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Em torno do tema central de sua fala, ele vai abordar questões contemporâneas com enfoque transdisciplinar.

Em seguida, líderes de instituições de ciência, tecnologia e inovação participarão da mesa, que será coordenada pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Os convidados são: Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); Teresa Dib Zambon Atvars, vice-reitora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Denise Pires de Carvalho, Reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O relator do Fórum será Carlos Grabois Gadelha, coordenador das Ações de Prospecção da Presidência da Fiocruz.

Além dos debates, o público do evento será informado sobre os acordos e cooperações entre a Fiocruz e instituições de CT&I para fomentar a inovação, a geração de empregos e o desenvolvimento da saúde no país. Na ocasião, serão anunciadas parcerias institucionais com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Campinas (Unicamp).

Para saber mais, acesse a programação completa na agenda do Campus Virtual Fiocruz.

Fórum Oswaldo Cruz - Ciência, tecnologia e inovação para o acesso universal: desafios para o SUS
Palestra: O futuro da saúde no Brasil, compromisso social da ciência (com o neurocientista Sidarta Ribeiro)
Data: 6/12/2019
Horário: das 9h às 12h30
Local: Fiocruz Rio de Janeiro – Tenda da Ciência (Av. Brasil, 4.365 - Manguinhos)

Publicado em 02/12/2019

Formação para o SUS: Fiocruz realiza seu 1º Seminário de Residências em Saúde nos dias 5/12 e 6/12

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Mudanças no perfil da população. Novas doenças. A reemergência de antigos agravos. Como formar, qualificar e atualizar estudantes e profissionais de saúde para que atendam a estas necessidades? Pensando nisso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza seu o 1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS. O evento acontece nos dias 5 e 6 de dezembro, das 13h30 às 16h30, na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. Estarão reunidos residentes, docentes, preceptores, supervisores, gestores e profissionais dos Programas de Residência da Fiocruz.

Realizado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), o seminário contará com a participação da presidente Nísia Trindade Lima, na mesa de abertura, e representantes dos ministérios da Educação, da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Acesse a programação completa aqui. Haverá transmissão online, para que todos possam acompanhar à distância.

Residências: conhecimento teórico aliado à vivência em serviços de saúde

As residências em saúde são espaços de aprendizado, nos quais estudantes e profissionais de saúde têm a oportunidade de se especializar e de serem treinados, na prática, contando com a orientação de profissionais qualificados e de instituições reconhecidas na área. Atualmente, a Fiocruz tem 23 programas em curso e 1 já credenciado e aguardando a liberação de bolsas. Para 2020, a instituição aguarda o resultado de 5 novas submissões e de mais 2 novos programas em cooperação. (Conheça os cursos de residência médica e residência multiprofissional oferecidos pela Fiocruz).

Diante desta perspectiva, os participantes vão discutir como a Fiocruz pode ampliar sua contribuição com as políticas de formação para o SUS, em cenários cada vez mais desafiadores tanto do ponto de vista epidemiológico quanto político, econômico e social no Brasil. Para isso, além dos debates do primeiro dia, serão realizadas oficinas de trabalho, no dia 6, como explica a coordenadora das Residências em Saúde da Fiocruz e de seu respectivo Fórum, Adriana Coser. “Vamos abordar temas relacionados à atualização dos processos de qualificação dos programas, como: o novo perfil de competências de preceptores, a gestão dos programas e as diretrizes políticos- pedagógicas das residências da Fundação”.

Ela lembra que a iniciativa é um dos desdobramentos do trabalho que vem sendo realizado pelo Fórum de Residências em Saúde da Fiocruz. Criado em junho de 2017, o coletivo agrega coordenadores e membros das diversas unidades, possibilitando que compartilhem experiências e proponham iniciativas de qualificação dos programas. O encontro é aberto convidados de programas de outras instituições.

1º Seminário de Residências em Saúde da Fiocruz: desafios atuais e perspectivas da formação para o SUS

Data: 5/12 e 6/12 (não é necessário se inscrever para o primeiro dia do evento).
Local: Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca
Saiba mais, acessando a programação completa aqui.
Para mais informações sobre o seminário, envie um e-mail para: egf@fiocruz.br

  • Seminário_de_Resid_em_Saude_da_Fiocruz_dez2019.pdf

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Publicado em 02/12/2019

Fiocruz lança plataforma em rede internacional

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

A Fiocruz passará a ter um espaço virtual próprio na plataforma internacional The Global Health Network, a partir de 3 de dezembro. O ambiente virtual, que pode ser acessado aqui, será um espaço de compartilhamento de conhecimento, que tem como objetivo fortalecer redes e aumentar a presença internacional da Fiocruz, contribuindo para melhorar as capacidades de pesquisa em saúde pública regional e globalmente. O lançamento será realizado na próxima terça-feira (3/12) às 10h, durante o Seminário Internacional do Programa de Internacionalização da Fiocruz (Print – Fiocruz/Capes): o evento poderá ser acompanhado online.

O espaço virtual da Fiocruz é fruto de uma parceria firmada em julho entre a Fundação e a Universidade de Oxford, responsável pela Global Health Network. A rede existe há oito anos e busca utilizar a cultura digital para facilitar e acelerar as pesquisas em saúde, fazendo com que seus benefícios cheguem a mais pessoas. Para isso, a TGHN aposta em uma plataforma colaborativa e de acesso aberto para o compartilhamento de experiências, conhecimentos, ferramentas, recursos e métodos entre profissionais, estudantes e pesquisadores da área. 

No espaço da Fiocruz, estarão disponibilizados cursos online, que contam com a expertise do Campus Virtual Fiocruz e já qualificaram mais de 1,8 milhão de profissionais de saúde brasileiros. Entre os cursos oferecidos, destaca-se o de febre amarela, uma das áreas de excelência da Fiocruz, que terá versões adaptadas aos parâmetros internacionais em inglês, espanhol e português. O espaço também será atualizado com publicações com resultados das pesquisas mais recentes, além de informações e notícias sobre a Fiocruz.

Publicado em 28/11/2019

PrInt Fiocruz-Capes: comunidade acadêmica debate internacionalização do ensino nos dias 3/12 e 4/12

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

Nos dias 3 e 4 de dezembro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dá mais um importante passo em suas iniciativas de internacionalização do ensino. Estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados vão participar do Seminário Internacional do Programa Institucional de Internacionalização da Fiocruz (PrInt Fiocruz-Capes). O objetivo do encontro é dar visibilidade ao atual estágio do PrInt, para fortalecer cooperações e ampliar as possibilidades de parcerias e de mobilidade acadêmica. O evento será realizado no 4º andar do CDHS, no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro. Haverá transmissão online, permitindo que o público acompanhe à distância (clique aqui).

A mesa de abertura conta com a presença da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado; e Luiz Eduardo Fonseca, do Centro de Relações Internacionais (Cris).

Na Fundação, o PrInt está sob a responsabilidade da coordenadora geral de Educação, Cristina Guilam, no âmbito da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Ela comenta a importância do engajamento da comunidade acadêmico-científica no seminário: "Este é um tema muito caro à Fiocruz e temos nos orientado no sentido de estabelecer parcerias cada vez mais estruturantes e institucionalizadas. Por isso, é importante trocar ideias com os alunos, docentes e pesquisadores, enriquecendo o debate sobre novas e diversas possibilidades de internacionalização", diz.

No dia anterior ao evento, o Comitê Gestor do PrInt – que é composto por renomados pesquisadores do Brasil e do mundo – irá se reunir para conversar sobre pautas internas.

Acesse aqui a programação completa e participe!

*Atualizado em 04/12/2019.

  • Programação final atualizada - Seminário Internacional.pdf

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Publicado em 27/11/2019

Encontro discute os desafios da relação entre alunos e orientadores

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

O Centro de Apoio ao Discente (CAD), da Vice-Presidência de Educação e Informação (VPEIC/Fiocruz), promoveu na segunda-feira (25/11), na sala de treinamento da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST), o encontro Caminhando juntos: uma conversa sobre a relação orientador-orientando. O evento contou com a participação das orientadoras Cristina Pessolani (IOC/Fiocruz) e Simone Oliveira (Ensp/Fiocruz), do aluno Rodrigo Ramos Lima (COC/Fiocruz) e da egressa Helena D’Anunciação (IOC/Fiocruz). O objetivo foi conversar sobre essa relação que é tão importante para a elaboração de uma dissertação ou tese e também abrir um espaço para compartilhar experiências, expectativas e desafios.

A roda de conversa foi aberta pela coordenadora-geral de Educação, Cristina Guilam. Ela afirmou que o tema do encontro é “sensível e tenso” e que necessita de muita solidariedade e companheirismo de ambas as partes (aluno e orientador). A coordenadora do CAD, Márcia Silveira, disse que a ideia de promover um evento como esse foi a de pensar formas de tornar essa relação favorável e frutífera. Comentou também que a intenção é repetir o encontro.

Segundo a pesquisadora Cristina Pessolani, que está na Fiocruz há 30 anos e orientou numerosas teses e dissertações, cerca de 80% delas ocorreram em uma relação harmoniosa. As restantes 20% se deram em um ambiente tumultuado. “Esse encontro é de fundamental importância, já que o tema é pouco explorado. Um aspecto importante é que os envolvidos saibam exatamente quais seus direitos e deveres, o que não está claro para alguns, sejam professores ou alunos”. De acordo com Cristina, citando Antonio Joaquim Severino, o “orientador deve ser um educador, dentro de um projeto conjunto de construção do conhecimento. Ele não é pai, analista ou advogado. Mas também não é feitor ou tutor. Esta relação precisa ser educativa e ambos precisam conhecer muito bem as regras e os prazos”.

Cristina disse que não existe formação para orientador, por isso muitos não conseguem desempenhar bem a função. Ela sugeriu a criação de uma disciplina específica para que futuros orientadores possam ter resultados melhores. “Nem todo doutor tem vocação para orientador. É necessário respeito, empatia, saber colocar-se no lugar do outro. No mestrado, por exemplo, em que o prazo é mais curto, é muito importante estabelecer cronograma e ter envolvimento e comprometimento”.

'Espaços de fala fundamentais'

Para a pesquisadora Simone Oliveira, da Ensp/Fiocruz, “espaços de fala como este são fundamentais para que possamos enfrentar, de forma potente, as situações difíceis que surgem na relação entre aluno e orientador”. Ela lembrou que “trabalho acadêmico é trabalho. O processo de orientação traz consequências que o trabalho requer. E temos que estar atentos à saúde mental dos envolvidos. Porque, além de estarmos em uma sociedade adoecida, essas relações acadêmicas são, muitas vezes, atravessadas por problemas maiores advindos das relações de poder, hierárquicas e abusivas que existem”.

Simone enfatizou que, para os orientandos, a vida continua. “A pessoa não é apenas aluno. Tem relações profissionais, afetivas, de família, amizades, questões existenciais. Tudo isso, somado a um relacionamento ruim com o orientador, muitas vezes desemboca em adoecimento. O contexto neoliberal em que vivemos, com relações individualizadas, solidariedade rompida e lógica produtivista, também entra na academia, com consequências nefastas”.

De acordo com Simone, os alunos têm acesso a tudo, mas são bastante desinformados quanto a regras acadêmicas. “Há uma dispersão grande e um limite menor para a frustração. No nosso mundo medicalizado, que não enfrenta os sofrimentos, a desinformação se dá em todos os níveis”. Ela também criticou o que chamou de “uberização” da sociedade. “Não existe mais separação entre as horas de trabalho e aquelas que não de trabalho. Estamos disponíveis o tempo todo e as consequências disso nós vemos nas relações sociais. É fundamental recuperar Paulo Freire, porque a tecnologia não resolve tudo”.

A egressa Helena D’Anunciação, que defendeu sua tese de doutorado em agosto, iniciou sua intervenção questionando o contexto político, econômico e acadêmico em que se vive hoje. Segundo ela, os critérios da Capes também interferem na relação aluno-orientador. “Estamos inseridos em uma lógica produtivista e tecnicista, na qual exige-se que o pesquisador tenha um número determinado de publicações e trabalhos para ser competitivo. Mas não se observa se o trabalho acadêmico atingiu e beneficiou a sociedade, que é um dos pilares do que a Fiocruz faz nas comunidades do seu entorno”.

Helena recordou que houve uma mudança positiva no perfil dos alunos de graduação e pós-graduação, com um grande número de alunos vindos da classe trabalhadora entrando no terceiro grau, devido às políticas sociais e de cotas. “No entanto, o atual contexto neoliberal enfraquece essa realidade. Vemos, por causa das pressões e problemas do país em que vivemos, um grande número de adoecimentos entre os orientandos”. Helena também sugeriu que haja investimento no processo de formação de novos orientadores e que os atuais passem por uma reciclagem. Ela pediu que encontros como o promovido pelo CAD sejam frequentes.

O último debatedor a intervir foi o aluno de doutorado Rodrigo Lima, da COC. Ele disse que muitas das questões que emperram a relação aluno-orientador têm a ver com a (falta de) comunicação. “São longos silêncios, uma demora incompreensível até que sejam respondidos, lacunas inexplicáveis. É um trabalho que requer uma responsabilidade afetiva, que, muitas vezes, inexiste”. Ele recomendou a leitura do artigo Orientação de mestrandos e doutorandos como atividade profissional, escrito pela pesquisadora Cecília Minayo e publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, que detalha de maneira bem acurada como deve ser a orientação de mestrandos e doutorandos. O artigo aborda o que é orientar e sobre o que esperar de um orientador e de um orientando. “Este artigo de Cecília Minayo deveria se tornar uma cartilha e circular maciçamente entre alunos e orientadores”. Rodrigo, que espera um dia se tornar ele próprio um orientador, sublinhou que pretende usar de muita sinceridade e objetividade com seus futuros orientandos.

Publicado em 26/11/2019

Doutorado da Fiocruz Piauí teve a primeira defesa de tese

Autor(a): 
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)

Em tempo recorde, o Doutorado em Saúde Pública da Fiocruz Piauí teve a sua primeira defesa de tese hoje, (26/11). O doutorado, constituído por três programas de pós-graduação da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), um do Instituto Nacional de Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e um do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), teve início em 2017. O autor dessa primeira defesa é Breno de Oliveira Ferreira, aluno do IFF, cujo trabalho tem como título Os vários tons de NÃO experiências de profissionais da Atenção Básica na assistência à saúde das populações LGBTT em Teresina, Piauí. A orientadora foi a pesquisadora Claudia Bonan. As demais defesas devem ocorrer em 2021.

Segundo a coordenadora do doutorado, Silvana Granado, o curso conta com 28 alunos — sendo 26 do Piauí, 1 do Maranhão e 1 do Pará. São enfermeiros (a maioria), nutricionistas, médicos e farmacêuticos. “A procura, tanto pelo doutorado quanto pelo mestrado, foi imensa. Fiquei impressionada com a quantidade de inscritos e com o alto percentual de aprovação na avaliação. Eles são bastante estudiosos. A região é muito carente de opções de pós-graduação, em especial na área da saúde coletiva, e a Fiocruz está contribuindo para preencher essa lacuna”, afirma Silvana, lembrando também da parceria com a Universidade Federal do Piauí, que cede as salas para as aulas.

Dos 28 alunos, 8 são da pós-graduação em epidemiologia (Ensp), 8 da saúde pública (Ensp), 4 da saúde e meio ambiente (Ensp), 4 da saúde da mulher (IFF) e 4 da medicina tropical (IOC). Este modelo de doutorado inter programas, financiado pela Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação, já havia sido adotado, no passado, na Fiocruz Amazônia.

Saiba mais sobre a Fiocruz Piauí

Em parceria com a comunidade acadêmica local, as ações de ensino da Fiocruz Piauí incluem a pós-graduação Stricto sensu e cursos de capacitação profissional em saúde.

Entre os parceiros da Fiocruz Piauí para a área de ensino e pesquisa estão a Universidade Federal do Piauí, a Universidade Estadual do Piauí, o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Piauí, o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, a Secretaria de Estado de Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Visite a página da regional aqui.

Publicado em 25/11/2019

ProfSaúde prorroga inscrições para mestrado profissional até 6/12*

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está com inscrições abertas para o processo seletivo do Mestrado Profissional em Saúde da Família. Em sua terceira edição, o curso tem caráter multiprofissional, sendo destinado a médicos, enfermeiros e odontólogos. Ao todo, são 210 vagas distribuídas entre as instituições públicas de ensino associadas à rede ProfSaúde. É possível se candidatar até o dia 6 de dezembro*.

O ProfSaúde é uma proposta de curso em rede nacional, apresentado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e instituições de ensino e pesquisa que atuam no país. Em modalidade semipresencial, o mestrado profissional é oferecido a profissionais de saúde que atuam em saúde da família e atenção básica, nos diversos municípios brasileiros. 

O curso visa formar profissionais que atuem como preceptores para graduação e residência médica em saúde da família, e contribuam para a melhoria do atendimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa também fortalece atividades educacionais de produção do conhecimento e de gestão nas diversas regiões do país, estabelecendo uma relação integradora entre o serviço de saúde, os trabalhadores, os estudantes e os usuários.

Com duração mínima de 18 meses e máxima de 24 meses, o ProfSaúde tem carga horária total de 960 horas.

Inscreva-se através do Campus Virtual Fiocruz.

Para saber mais, acesse o site do ProfSaúde.

 

*Atualizado em 25/11/2019.

Publicado em 19/11/2019

Curso técnico em biotecnologia está com inscrições abertas até 30/11

Autor(a): 
Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

Análises Clínicas, Biologia Celular, Bacteriologia, Animais de Laboratório e Tecnologias de Desenvolvimento de Imunobiológicos. Estes são alguns dos temas que serão abordados no Curso Técnico em Biotecnologia, oferecido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de novembro.

O curso tem por objetivo formar profissionais técnicos que possam atuar nas áreas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde e áreas afins, no controle de parasitos e vetores e auxiliarem na prestação de serviços de diagnóstico.

A capacitação oferece 20 vagas para candidatos com ensino médio completo ou que estejam cursando a última série no momento da inscrição. Serão oferecidas pelo menos 20 bolsas-auxílio (despesas de transporte e alimentação), de acordo com a ordem de classificação dos candidatos.

O curso será realizado em tempo integral, das 8h às 17h, com início em 2 de março e término em 22 de dezembro de 2020. Ao final, após todas as aprovações necessárias, o aluno receberá o diploma de Técnico em Biotecnologia.

Os interessados devem preencher o formulário online e enviar a documentação para o endereço eletrônico: ctb@ioc.fiocruz.br.

Inscreva-se já e acesse a chamada aqui pelo Campus Virtual Fiocruz!

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