O Arca é o Repositório Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), criado em 2007 e lançado oficialmente em 2011. Sua missão principal é reunir, hospedar, preservar, disponibilizar e dar visibilidade à produção intelectual da Fiocruz, promovendo o livre acesso à informação em saúde. O objetivo é incentivar a circulação do conhecimento, além de garantir transparência e estimular a comunicação científica entre pesquisadores, educadores, gestores e a sociedade civil.
A entrevista com Claudete Queiroz, coordenadora técnica do Arca – Repositório Institucional da Fiocruz, e os especialistas Rita de Cassia da Silva e Raphael Belchior, discute a importância do repositório em promover o acesso aberto à ciência em saúde e como ele contribui para a democratização do conhecimento científico.
Quais são as principais vantagens de repositórios institucionais como o Arca para o avanço da pesquisa científica e para a solução de problemas de saúde pública?
A Saúde é um bem essencial para a manutenção da vida e imprescindível para o desempenho das atividades cotidianas do indivíduo, além de ser um direito previsto na Constituição Federal do Brasil. É importante a disseminação sistêmica das informações e pesquisas científicas para conscientizar a sociedade quanto aos cuidados e formas de tratamentos existentes, porque além das doenças comumente conhecidas, temos vivenciado pandemias e epidemias, onde a sociedade se torna vítima pelo surgimento de novas enfermidades com alta capacidade de contaminação, proliferação e letalidade que afetam a saúde mundial. Portanto, é crucial o investimento em pesquisas clínicas e ferramentas tecnológicas avançadas que resultem no desenvolvimento de vacinas, insumos, remédios e tratamentos. Essas pesquisas precisam do capital intelectual das instituições para a produção de fontes diversificadas de informação, como artigos científicos, dissertações e teses que possam ser disponibilizadas o mais breve possível em bases de dados nacionais e internacionais.
Nesse sentido, destacamos o Repositório Institucional Arca como uma base de dados que reúne, armazena, dissemina e preserva a produção intelectual em saúde, entendendo que o conhecimento produzido é um bem público e, por isso, deve ser compartilhado com a sociedade. Após a publicação da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz, em 2014, o Repositório se tornou o principal instrumento de realização do acesso aberto na Instituição, estimulando a circulação do conhecimento, além de conferir transparência e incentivar a comunicação científica entre seus pesquisadores. Como principais benefícios, podemos citar: integridade dos documentos; confiabilidade das informações; aumento da visibilidade; gerenciamento das descobertas científicas; difusão do conhecimento e preservação da memória institucional. O Repositório Arca se tornou um grande aliado por ser uma base online que incorpora o conhecimento científico gerado e produzido pelos profissionais da Fiocruz, de forma a colaborar na busca de soluções para os problemas de saúde identificados.
Quais os principais benefícios do acesso aberto à informação científica para a sociedade?
O Movimento do acesso aberto surgiu como um caminho para a democratização do conhecimento, através da implantação dos repositórios institucionais (via verde) e dos periódicos científicos eletrônicos (via dourada) e diz respeito a divulgação dos trabalhos resultantes de investigação científica, desde que autorizados pelo autor. Podemos elencar diversos benefícios promovidos pelo acesso aberto, tais como: disponibilização dos documentos de forma gratuita através dos Repositórios Institucionais; aumento da visibilidade dos resultados das pesquisas; colaboração internacional entre os pesquisadores de diferentes instituições; redução das desigualdades com relação ao acesso aos documentos; transparência das informações; e a preservação da produção intelectual produzida. Na Fundação Oswaldo Cruz, podemos encontrar diferentes iniciativas de acesso aberto, como o Repositório Institucional Arca, o Repositório Institucional de Dados de Pesquisa Arca Dados, Porto Livre, VideoSaúde, Bibliotecas Virtuais em Saúde, Portal de Periódicos e a Rede de Bibliotecas.
De que maneira o Arca fortalece o compromisso da Fiocruz com a ciência aberta e a transparência na pesquisa em saúde?
O compromisso institucional é fortalecido a partir da validação do Repositório Arca como o principal instrumento de realização do Acesso Aberto, conforme descrito na Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que também instituiu como mandatário o depósito das dissertações e teses defendidas nos Programas de Pós-graduação da Fiocruz e dos artigos científicos publicados em periódicos, propiciando assim a transparência das pesquisas em saúde.
É importante ressaltar que a Ciência Aberta, como uma Ciência que organiza, compartilha e reusa o conhecimento, pressupõe uma estratégia da Fundação que envolve outros atores além do Repositório Arca, como a criação do Repositório de Dados de Pesquisa, o Arca Dados. Essas fontes de informação ressaltam a importância vital da Ciência, considerando suas características colaborativas e inclusivas, através da circulação das descobertas científicas, inclusive por meio da Ciência Cidadã e participativa, e no combate à desinformação e desigualdades sociais e culturais. O Arca, além de armazenar a produção institucional, ele também se tornou um Indicador Global de Desempenho para o Governo Federal, por intermédio da Portaria Nº 775/2015-PR, fortalecendo, desta forma, o autoarquivamento e o crescimento anual dos depósitos, consolidando assim, o comprometimento das Unidades da Fiocruz para o alcance da meta institucional. No site da Instituição, estão disponibilizadas diversas informações sobre Ciência Aberta e outros temas ligados à temática.
Como o Arca pode influenciar a maneira como a ciência em saúde é produzida e compartilhada no futuro?
Ao disseminar o acesso ao conhecimento científico em saúde e reunir o conteúdo institucional em um único local, o Repositório Arca se consolida como uma ferramenta essencial para divulgar as pesquisas da Fiocruz e fortalecer o Sistema Único de Saúde. Esse “conhecimento explícito” inserido no Repositório está organizado em Comunidades que correspondem às unidades técnico científicas da Fiocruz, reunindo os seus documentos em diferentes coleções que contribuem para ampliar, consolidar e preservar a memória institucional, garantindo autenticidade, confiabilidade e padronização das informações a longo prazo. O compartilhamento das informações na área da saúde, disponibilizadas no Repositório, estão intrinsecamente ligadas ao processo de comunicação científica e intensificam o debate em torno da democratização do conhecimento com toda sociedade.
Como tem transformado a maneira como a produção científica da Fiocruz é disseminada e acessada globalmente?
A evolução nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) promoveu grandes avanços para que diferentes conteúdos em saúde estejam armazenados e possam ser recuperados de forma rápida e ágil, resultando assim, em um maior entendimento dos processos e características das doenças pela população leiga. Cabe ressaltar que ao mesmo tempo que essas novas tecnologias podem ajudar para que o conhecimento seja acessado prontamente, também podem gerar problemas com a disseminação e utilização de fontes não confiáveis. Portanto, a gestão dessas ferramentas tecnológicas precisam estar alinhadas com as estratégias institucionais e os critérios de Governança Digital da Fiocruz. Essas inovações têm permitido o vasto crescimento da divulgação das pesquisas realizadas utilizando canais importantes como o uso de mídias corporativas, informes, notícias, campanhas de saúde, etc.
No caso do Repositório Institucional Arca, diversas ações de divulgação da sua produção científica têm sido realizadas, visando, assim, promover e ampliar todo conteúdo de forma global. Dentre estas, podemos destacar algumas, como as atividades para o incremento do número de registros no Repositório (autoarquivamento, migrações, importações), apresentação de trabalhos em eventos nacionais e internacionais, publicação de artigos, a utilização dos documentos depositados para o fortalecimento das campanhas de saúde promovidas pelo Ministério da Saúde, divulgação em redes sociais através dos canais formais e a utilização de métricas e citações.
Como se dá a curadoria e organização dos conteúdos disponíveis no Arca?
A Curadoria é uma atividade compartilhada e executada pela Equipe Executiva do Arca e pelos Núcleos de Ciência Aberta (NCAs) de cada Unidade da Fiocruz. Os documentos institucionais que respaldam esta ação são a Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, o Plano Operativo e o Manual de Preenchimento de Metadados, todos disponíveis na página principal do Repositório.
No processo de curadoria são realizadas diversas etapas como o monitoramento sistêmico das comunidades e das coleções, consistência dos campos, verificação das inconformidades, formatos de arquivo, critérios de preservação, dentre outros tópicos. A gestão desse conhecimento é de responsabilidade dos profissionais de informação dos NCAs, que precisam estar atentos para a correta entrada e certificação dos dados.
Quais são os maiores desafios enfrentados pela equipe de gestão do Arca?
Investimentos financeiros que subsidiem as demandas técnicas e de evolução tecnológica dos sistemas e fluxos informáticos, e a busca contínua por atualização das equipes e agentes envolvidos nos processos, abrangendo as diferentes esferas necessárias para a manutenção e continuidade do Repositório.
Quais são os planos de expansão ou aprimoramento do Arca para os próximos anos? Existem novas funcionalidades ou tipologias de documentos que serão incorporadas ao Arca no futuro?
Os planos são centrados nas constantes atualizações da Ciência Aberta, como exemplo obter a certificação e auditoria do Repositório, implementação de vocabulários controlados, controle de autoridade, simplificação do autoarquivamento, aplicação de algoritmos de inteligência artificial, geração automática de relatórios para as Unidades, estabelecer requisitos e critérios de acessibilidade ao Sistema, dentre outras questões que a comunicação científica e os fluxos acadêmicos demandam.
Quanto às novas funcionalidades do sistema, elas são incorporadas à medida que o DSPACE, sistema de acesso livre que comporta o Arca, disponibiliza novas versões que apresentam melhorias significativas ao nível do desempenho, acessibilidade e correções de bugs, facilitando a utilização para os gestores dos NCAs. Sobre a criação de novas tipologias, é importante destacar que é um trabalho realizado entre a Equipe Executiva do Arca e os profissionais de informação das Unidades da Fiocruz, que precisam verificar o tipo de documento e quais os metadados que serão definidos nesta etapa.
* Estagiária sob supervisão de Claudio Oliveira
Estão abertas as inscrições para o 'Workshop internacional de ferramentas para vigilância genômica e estudos epidemiológicos virais'. Organizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, em parceria com Centro Latino-Americano de Biotecnologia (Cabbio), a atividade abordará desde conceitos de sequenciamento de nova geração e otimização de protocolos laboratoriais até análises de genomas virais com foco na vigilância genômica. Os interessados têm até o dia 12 de março para efetuar a inscrição, via Campus Virtual Fiocruz.
O workshop acontecerá de 7 a 11 de abril na modalidade presencial (sala 5 do Módulo de expansão do Ensino – Pav. Arthur Neiva).
Ao todo, serão oferecidas 20 vagas.
Para mais informações, clique aqui.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
O ano letivo de 2025 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) será oficialmente aberto no dia 10 de março, segunda-feira. A aula inaugural será ministrada pela convidada especial Sonia Fleury. Doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do CEE-Fiocruz e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a palestrante abordará o tema “Ameaças à democracia no contexto de incertezas globais”. A atividade será às 13h no auditório térreo da Ensp e contará com a mediação da vice-diretora de Ensino, Enirtes Caetano. Ela lembra que, embora a Ensp inicie cursos de janeiro a janeiro, a aula inaugural é uma tradição na qual o convidado lança a tônica do ano iniciado. “Será uma programação voltada para o Lato Senso e Qualificação Profissional e para o Stricto Sensu. Uma oportunidade de receber e saudar os alunos novos, que conhecerão um pouco a Escola e seus valores. É um momento de integração e de celebração”, afirma.
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A vice-diretora destaca um diferencial de 2025: a atualização do Projeto Político Pedagógico da Ensp, que teve sua última versão há dez anos. “Vamos renovar em relação às políticas e aos temas. O PPP traz as ideias fundadoras da Escola e os elementos que compõem a missão da Ensp”, explica Enirtes. A professora ressalta que a programação da Semana de Abertura do Ano Letivo foi construída a partir do PPP: “O Projeto orientou a escolha de cada convidado e dos temas. Portanto, teremos debates que alimentam o compromisso da Ensp com a autonomia, democracia e participação, perspectiva emancipatória e com a prática e a interdisciplinaridade”. Após apresentado no dia 10/3, o PPP ficará disponível para consulta pública até o fim de março.
Na manhã de segunda-feira (10/3), haverá uma mesa institucional com a presença do diretor da Ensp, Marco Menezes, da vice-diretora Enirtes Caetano, da coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, do coordenador-geral do Lato Sensu e Qualificação Profissional da Ensp, Gideon Borges, da coordenadora-geral do Stricto Sensu da Ensp, Joviana Avanci e do coordenador do Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da Ensp, Maurício De Seta. Como representação discente, participará a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública Ramila Alencar. Na sequência, o debate "Ensino: organizando o presente em diálogo com o futuro" será realizado pelo diretor Marco Menezes, Enirtes Caetano e Gideon Borges. Em seguida, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo fará uma palestra sobre “Desafios para o futuro da Saúde Pública”.
Já a manhã de terça-feira (11/3), será dedicada ao tema “Desigualdade, Diversidade e Inclusão”, com participação das seguintes palestrantes: Jamile Borges (UFBA), Maria Alice Gonçalves (UERJ) e Gersem Baniwa (UnB), líder e fundador do Fórum do Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI). O moderador será Gideon Borges. À tarde, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e a ex-diretora da Ensp, pesquisadora Maria do Carmo Leal, tratarão da temática “Educação e Transformação: Formação da Ensp para o SUS”, com moderação da coordenadora de Pós-Graduação Stricto Sensu da Escola, Joviana Avanci.
“Ciência e Comunicação” será o tema em debate na manhã da quarta-feira (12/3). O palestrante convidado é Manoel Barral Netto, pesquisador titular da Fiocruz Bahia, presidente de Academia de Ciências da Bahia e titular da Academia Brasileira de Ciências. A atividade terá como debatedores o coordenador da Radis, Rogerio Lannes, e a co-editora-chefe de Cadernos de Saúde Pública, Marilia Sá Carvalho. A moderadora será Enirtes Caetano. No mesmo dia, haverá uma edição especial do Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos, o CeEnsp. O tema em debate será “Uso de Inteligência Artificial nas pesquisas e publicações científicas da Saúde Coletiva”.
Na quinta-feira (13/3), será realizada a recepção dos ingressantes nos cursos Stricto Sensu, Lato Sensu e Residências no auditório térreo. Também está programada uma visita à Feira Agroecológica Josué de Castro Saberes e Sabores, no pátio da Ensp, e pelo campus da Fiocruz. Na sexta (14/3), a partir das 10h, vai ter Feira Preta. O evento, que também integra a 9ª edição da campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, terá como tema "Hoje é Dia do Quilombo" e homenageará as escritoras Carolina Maria de Jesus e Celeste Estrela, ícones da cultura negra no Brasil.
Esta edição da Feira Preta ainda conta com culinária afro-brasileira, artesanato, moda, cosméticos naturais e acessórios (trabalhos e serviços de empreendedores negros e quilombolas). Haverá também ação do Livro em Movimento, um espaço para troca de livros e incentivo à leitura. Além disso, está marcada para às 10h30 uma Roda de Conversa com o Quilombo Quilombá. À tarde, estão previstas outras atividades culturais, como uma sessão de cinema que vai exibir os filmes "Carolina Maria de Jesus" e "Atrás Não É Mais o Meu Lugar", que conta a história da poetiza Celeste Estrela. Ela vai participar de uma Roda de conversa com o produtor Edilano Cavalcante. O encerramento será com apresentações do cantor Wanderson Lemos e do trabalho América Negra.
O Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do IOC/Fiocruz torna pública a chamada de seleção para o curso de Mestrado 2025, nas áreas de concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) e em Diagnóstico, Epidemiologia e Controle (DEC). O período de inscrição vai de 6 a 26 de março de 2025. Interessados podem se inscrever pelo Campus Virtual Fiocruz.
Podem participar: profissionais de nível superior com graduação em Ciências Biológicas, Biomedicina, Enfermagem, Nutrição, Farmácia, Medicina Veterinária, Microbiologia, Biotecnologia, Fisioterapia, Saúde Coletiva e áreas afins.
O Programa visa a formação de pesquisadores e docentes de nível superior qualificando-os para o desenvolvimento de pesquisas básicas e aplicadas no campo da Medicina Tropical, proporcionando a identificação, manejo de questões associadas a aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e integrar tecnologias estabelecidas e inovadoras para pesquisa na área biomédica para o reconhecimento dos determinantes socioambientais das doenças transmissíveis.
Serão oferecidas até 15 vagas, sendo 10 (dez) vagas destinadas à área DEC e 5 (cinco) vagas destinadas à área DIP.
O curso será desenvolvido em regime integral, necessitando que os alunos tenham dedicação de 40 horas semanais. O prazo mínimo de conclusão do curso é de 12 meses e o máximo de 24 meses.
Acesse a Chamada e saiba mais.
O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem esta semana: ao Rio de Janeiro, que completa 460 anos em 1° de março, e ao Carnaval, uma das maiores festas populares brasileira, que é comemorada em nossa cidade, mas também é comemorada em todo país.
O texto escolhido hoje é a música de Noel Rosa, "Cidade mulher", na qual ele exalta o Rio e o samba:
"Cidade que ninguém resiste
Na beleza triste
De um samba-canção".
Parabéns ao Rio, cidade que resiste e que sempre desagua no mar. Bom Carnaval a todos!
O ano letivo de 2025 da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) será oficialmente aberto no dia 10 de março, segunda-feira. A aula inaugural será ministrada pela convidada especial Sonia Fleury. Doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do CEE-Fiocruz e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, a palestrante abordará o tema “Ameaças à democracia no contexto de incertezas globais”. A atividade será às 13h no auditório térreo da Ensp e contará com a mediação da vice-diretora de Ensino, Enirtes Caetano.
Outras atividades marcarão a semana dedicada à recepção dos novos alunos da Escola. Também na segunda-feira, 10 de março, pela manhã, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo fará uma palestra sobre “Desafios para o futuro da Saúde Pública”. Antes dessa participação especial, haverá uma mesa institucional com a presença do diretor da Ensp, Marco Menezes, da vice-diretora Enirtes Caetano, da coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse, do coordenador-geral do Lato Sensu e Qualificação Profissional da Ensp, Gideon Borges, da coordenadora-geral do Stricto Sensu da Ensp, Joviana Avanci e do coordenador do Desenvolvimento Educacional e Educação a Distância da Ensp, Maurício De Seta. Como representação discente, participará a doutoranda do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia em Saúde Pública Ramila Alencar. Na sequência, o debate "Ensino: organizando o presente em diálogo com o futuro" será realizado pelo diretor Marco Menezes, Enirtes Caetano e Gideon Borges.
Já a manhã de terça-feira, 11 de março, será dedicada ao tema “Desigualdade, Diversidade e Inclusão”, com participação das seguintes palestrantes: Jamile Borges (UFBA), Maria Alice Gonçalves (Uerj) e Gersem Baniwa (UnB), líder e fundador do Fórum do Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI). O moderador será Gideon Borges. À tarde, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e a ex-diretora da Ensp, pesquisadora Maria do Carmo Leal, tratarão da temática “Educação e Transformação: Formação da Ensp para o SUS”, com moderação da coordenadora de Pós-Graduação Stricto Sensu da Escola, Joviana Avanci.
“Ciência e Comunicação” será o tema em debate na manhã da quarta-feira, 12 de março. O palestrante convidado é Manoel Barral Netto, pesquisador titular da Fiocruz Bahia, presidente de Academia de Ciências da Bahia e titular da Academia Brasileira de Ciências. A atividade terá como debatedores o coordenador da Radis, Rogerio Lannes, e a co-editora-chefe de Cadernos de Saúde Pública, Marilia Sá Carvalho. A moderadora será Enirtes Caetano. No mesmo dia, haverá uma edição especial do Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos, o CeEnsp. O tema em debate será “Uso de Inteligência Artificial nas pesquisas e publicações científicas da Saúde Coletiva”.
Na quinta-feira, 13 de março, será realizada a recepção dos ingressantes nos cursos Stricto Sensu, Lato Sensu e Residências no auditório térreo. Também está programada uma visita à Feira Agroecológica Josué de Castro Saberes e Sabores, no pátio da Ensp, e pelo campus da Fiocruz. Na sexta, 14 de março, a partir das 10h, vai ter Feira Preta. O evento, que também integra a 9ª edição da campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo, terá como tema "Hoje é Dia do Quilombo" e homenageará as escritoras Carolina Maria de Jesus e Celeste Estrela, ícones da cultura negra no Brasil.
Esta edição da Feira Preta ainda conta com culinária afro-brasileira, artesanato, moda, cosméticos naturais e acessórios (trabalhos e serviços de empreendedores negros e quilombolas). Haverá também ação do Livro em Movimento, um espaço para troca de livros e incentivo à leitura. Além disso, está marcada para às 10h30 uma Roda de Conversa com o Quilombo Quilombá.
À tarde, estão previstas outras atividades culturais, como uma sessão de cinema que vai exibir os filmes "Carolina Maria de Jesus" e "Atrás Não É Mais o Meu Lugar", que conta a história da poetiza Celeste Estrela. Ela vai participar de uma Roda de conversa com o produtor Edilano Cavalcante. O encerramento será com apresentações do cantor Wanderson Lemos e do trabalho América Negra.
Aprofundamento, troca, oportunidade e descobertas. Essas foram palavras ditas pelos alunos presenciais do Seminário Internacional Desafios para os sistemas de saúde na América Latina pós-pandemia durante a conversa final de avaliação. O evento teve duração de três dias, cinco diferentes mesas, um total de 15h de palestras e a participação de 40 alunos presenciais, cerca de 300 online, além quase 3 mil ouvintes pelo canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube. O Seminário foi parte da disciplina de verão 'Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional', oferecida pela Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (PPGSP/Ensp/Fiocruz) e está disponível na íntegra no canal da Videosaúde Distribuidora no Youtube.
O evento aconteceu nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro e explorou casos do Chile, Colômbia, Argentina e México, países de renda média alta, populosos e de relevância geopolítica e econômica regional, marcados por diversidades e desigualdades. A mesa de abertura foi composta pela vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, a coordenadora-geral de Educação, Eduarda Cesse, a vice-diretora de Ensino da Ensp/Fiocruz, Enirtes Caetano, e o coordenador do PPGSP/Ensp, Rondineli Mendes da Silva. Nesse momento de boas-vindas, os integrantes falaram sobre a alegria e satisfação com o encontro, pois todos dedicaram-se muito para sua realização. "Esse é um evento múltiplo e os diversos arranjos feitos para a sua realização fortalecem a pós-graduação", disse Eduarda Cesse.
Segundo a vice-presidente, Cristini Machado, o evento buscou debater temas transversais, desafios comuns aos sistemas de saúdes elencados para o debate. "A ideia foi discutir as transformações globais, demográficas e sociais do capitalismos, bem como suas implicações para os sistemas de saúde, o racismo, as migrações, a saúde nas fronteiras, entre outras coisas. Então, foi um momento muito rico de troca de experiências, conhecimento e ideias no qual nós todos aprendemos muito", apontou ela, dizendo que a disciplina, oferecida pela Ensp/Fiocruz há mais que 20 anos, é estruturante na medida em que apresenta aos alunos as similaridades e diferenças entre os diversos sistemas de saúde do mundo, discutindo casos e modelos, e ainda, neste ano em especial, oportunizou aos participantes aulas com professores locais que apresentaram particularidades das realidades que vivem, desafios, bem como dificuldades para o fortalecimento dos sistemas de saúde na América Latina.
Sistema de saúde do Chile e Colômbia
A primeira grande mesa do evento debateu o sistema de saúde do Chile, e para tanto, recebeu Alex Alarcón Hein, da Universidade do Chile, que falou sobre contextos, atores e agendas da reforma do sistema de saúde chileno; Isabel Domingos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que abordou a resposta setorial à Covid-19 no Chile sob o enfoque na vigilância em saúde pública; e Patty Fidelis, da UFF abordando a universalização da Atenção Primária à Saúde como um caminho para a reforma do sistema de saúde no Chile. A mesa teve a coordenação da pós-doutoranda da Ensp Suelen Oliveira e comentários da também pesquisadora da Ensp/Fiocruz Ligia Giovanella.
A parte da tarde teve foco na Colômbia e recebeu Yadira Borrero, da Universidade de Antioquia, Colômbia para falar sobre a configuração das alianças público privadas em seu pais; e Monica Uribe-Gomez, da Universidade Nacional da Colômbia, que abordou as disputas pela orientação do sistema de saúde colombiano no contexto de um governo alternativo. A mesa foi coordenada e comentada por Adriana Mendoza Ruiz da Ensp/Fiocruz.
Assista, na íntegra, aos vídeos, em português e em espanhol, do dia 19/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
Sistemas de Saúde da Argentina e México
O segundo dia de apresentações, 20/2, tiveram início com debates sobre questões dos sistemas de saúde da Argentina e México, e também discutiram o contexto global e as políticas nacionais frente aos desafios para o direito à saúde no pós-pandemia. Participaram das apresentações Evangelina Martich, da Universidad Carlos III de Madrid, que falou sobre as tendências para uma possível reforma sobre os sistema de saúde da Argentina; e Oliva Lopez Arellano, da Universidade Autônoma Metropolitana, de Xichimilco, que debateu sobre as transformações recentes e os desafios estruturais do sistema público de saúde no México. A mesa teve comentários da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, e foi coordenada pela aluna de doutorado da Ensp/Fiocruz Eduarda dos Anjos. As discussões da tarde trataram sobre os desafios para o direito à saúde no contexto global e recebeu Leonardo Castro, da Ensp/Fiocruz, que falou sobre as perspectivas para as políticas e sistemas de saúde no contexto da América Latina; Anna Christina Nowak, da Universidade Bielefeld da Alemanha, que trouxe questões relacionadas aos desafios dos sistemas de saúde para a atenção aos refugiados na Europa; e, finalizando o dia, a pesquisadora da Ensp/Fiocruz, Roberta Gondim, fez uma rica apresentação sobre as tramas históricas e as reificações cotidianas do racismo e as desigualdades em saúde.
Assista, na íntegra, aos vídeos, em português e em espanhol, do dia 20/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
A recuperação transfronteiriça para uma resposta mais eficaz às emergências sanitárias
O terceiro e último dia de debates apresentou a mesa "O desafio da Vigilância em Saúde nas fronteiras no cenário pós-pandêmico", falou sobre a recuperação transfronteiriça para garantir respostas mais eficazes às emergências sanitárias e a construção de um sistema de saúde mais resiliente, e foi moderada pela coordenadora-geral de Educação da Fiocruz e também coordenadora do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) - uma iniciativa da Fiocruz (Ensp, Fiocruz Amazônia e Fiocruz Mato Grosso do Sul) em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério das Saúde e com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) - Eduarda Cesse, e pela pesquisadora da Ensp e coordenadora acadêmica do VigiFronteiras, Andrea Sobral. Eduarda trouxe números da primeira turma, que se encerra em 2025, e anunciou a previsão de lançamento do edital para uma segunda turma, no segundo semestre de 2025 com ainda mais vagas.
Além de Eduarda e Andrea, a mesa contou com Carmen Seijas, encarregada da Área de Vigilância Sanitária da População do Governo do Uruguai, participando de forma remota, que compartilhou a experiência do Uruguai e falou sobre os desafios da vigilância sanitária em fronteiras, destacando a necessidade de manter altas coberturas vacinais e aprimorar a comunicação estratégica para combater a desinformação e fortalecer a confiança da população em medidas de saúde pública; Cristian Carey Angeles, coordenador regional de Malária e OTV (Peru), falando sobre os impactos da pandemia na Tríplice Fronteira daregião Amazônica (Brasil, Peru e Colômbia); Rodrigo Lins Frutuoso, da Coordenação de Vigilância, Preparação e Resposta à Emergências e Desastres da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), com uma exposição sobre a preparação e resiliência para ameaças emergentes e os riscos de uma nova pandemia; e Sebastián Tobar, assessor do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), ex-coordenador nacional pela Argentina do Mercosul Saúde e do Conselho de Saúde da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que falou sobre a governança sanitária das fronteiras sul-americanas, e apresentando os desafios para a vigilância epidemiológica e a importância dos comitês de fronteiras e saúde.
Assista, na íntegra, ao vídeo, disponível em português e em espanhol, do dia 21/2:
Transmissão em português:
Transmissão em espanhol:
A Radis de fevereiro (269) traz à pauta os seguintes questionamentos: existe vida além do trabalho? Para quem? Balconistas de farmácia, caixas de supermercado, operadores de logística, atendentes de telemarketing, garçons e tantas outras profissões vivem a rotina da chamada escala 6x1: seis dias para o trabalho e apenas um para o descanso, o lazer, a saúde, o convívio com a família e a resolução dos problemas cotidianos. O Movimento que ganhou as redes e as ruas denuncia os impactos de jornadas de trabalho exaustivas na saúde e na qualidade de vida. Leia a respeito e saiba o que esperar do futuro dessa discussão, no ano em que o Brasil se prepara para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.
A reportagem de capa da edição mostra ainda como a escala 6x1 afeta a saúde das pessoas. O texto aborda os impactos de jornadas exaustivas, que estão associadas ao aumento de transtornos mentais e acidentes de trabalho, e traz o relato de trabalhadores que vivem ou já viveram esse esquema de trabalho.
Outra matéria de destaque aborda a capoeira e sua relação com a saúde. Jogo, luta, dança, arte popular, a capoeira promove saúde, não somente física, mas também mental. Na Radis 269, você confere ainda: Medidas do novo presidente dos EUA, Donald Trump, afetam saúde, acordos sobre o clima, diversidade e imigrantes; A escritora Lilia Guerra, que também é auxiliar de enfermagem no SUS, fala sobre direito à cidade, memória e literatura e muito mais.
Leia a edição completa no site da Radis.
Confira as informações da Aula Inaugural da Fiocruz e das unidades da Fundação. A relação foi elaborada pela Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz (CCS), em parceria com a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e as assessorias de comunicação das unidades.
Agenda
10 de março
Unidade: IFF
Horário: 9h30
Tema: Saúde Digital: Panorama e perspectivas
Palestrante: Raquel Rachid, advogada e pesquisadora no Laboratório de Políticas Públicas e Internet (Lapin)
Local: Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ (Av. Rui Barbosa, 762 - Flamengo)
Transmissão: canal do IFF no YouTube.
Unidade: Ensp
Horário: 13h30
Tema: Ameaças à democracia no contexto de incertezas globais
Palestrante: Sonia Fleury, doutora em Ciência Política, pesquisadora sênior do CEE-Fiocruz e coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco
Local: Auditório térreo da Ensp
Transmissão: canal da Ensp no YouTube.
Unidade: Fiocruz Minas
Horário: 14h
Tema: Mudanças climáticas e saúde: O que nos espera nas próximas décadas?
Palestrante: Paulo Eduardo Artaxo Netto, professor titular do Departamento de Física Aplicada - USP
Local: Auditório do Instituto René Rachou
Transmissão via Zoom.
14 de março
Unidade: Fiocruz Pernambuco
Horário: 9h
Tema: Integridade e Ética em Pesquisa
Palestrante: Olival Freire Junior, diretor científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Local: Auditório Fiocruz Pernambuco.
17 de março
Unidade: EPSJV
Horário: 10h
Tema: A escala 6x1 e as lutas pela redução da jornada de trabalho
Palestrante: Rick Azevedo, vereador do Rio de Janeiro)
Local: Tenda da EPSJV
Transmissão: canal da EPSJV no YouTube.
Unidade: ICTB
Horário: 14h
Tema: Inteligência artificial na educação: critérios éticos e aplicabilidade
Palestrante: José Mouran, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP)
Transmissão via Zoom.
18 de março
Unidade: Fiocruz Amazônia
Horário: 9h
Tema: Complexidade e desafios emergentes: formação, ciência e prática da saúde coletiva
Palestrante: Enirtes Caetano Prates Melo (Ensp)
Local: Salão Canoas
Transmissão: canal da Fiocruz Amazônia no YouTube.
#ParaTodosVerem Banner com fundo laranja no topo e preto na parte inferior, no centro há uma foto do Castelo Mourisco da Fiocruz, com o ângulo de baixo para cima, o céu está azul. No centro do banner está escrito: Aulas inaugurais, Fiocruz. Confira a programação da aula inaugural da Fiocruz e das unidades da Fundação.
No dia 17 de março, às 14h, a Coordenação de Ensino do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) promove a aula inaugural do ano acadêmico do instituto. O evento será aberto ao público e transmitido via Zoom. Com o tema “Inteligência artificial na educação: critérios éticos e aplicabilidade”, a aula contará com a participação do pesquisador José Moran para compartilhar conhecimento e experiências sobre o assunto.
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), José Mouran atuou como professor na mesma instituição, onde também fundou o projeto Escola do Futuro. Referência no setor de desenvolvimento de projetos inovadores na educação, com ênfase em metodologias ativas, modelos híbridos, tecnologias digitais e projeto de vida. Mouran também implantou e gerenciou programas de Ensino Híbrido (Blended) e de Educação à Distância. Como escritor, publicou diversos livros sobre educação inovadora.
Serviço
Aula inaugural do ano acadêmico do ICTB/Fiocruz
Tema: Inteligência artificial na educação: critérios éticos e aplicabilidade
Data: 17/3/25, segunda-feira
Horário: 14h
Local: via Zoom, link https://bit.ly/AulaInauguralICTB2025 (ID da reunião: 860 1533 4236).