O programa Sala de Convidados, do Canal Saúde, apresentou uma edição especial em comemoração aos 70 anos do Ministério da Saúde. A apresentadora Yasmine Saboya conversou com o médico sanitarista, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministro da Saúde no período de 2007 a 2010, José Gomes Temporão, com o pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Gilberto Hochman, e com o presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Carlos Fidelis Pontes.
Durante o programa, a apresentadora e os convidados debateram assuntos como a função e a importância do Ministério da Saúde, debatendo como seria se não houvesse um ministério exclusivo para cuidar da saúde pública, a politização da saúde e a construção e fortalecimento do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância da primeira mulher como ministra da saúde.
A Saúde Pública no Brasil ganhou uma pasta exclusiva apenas em 1953. Sete décadas se passaram desde o desmembramento do Ministério da Educação e Saúde Pública e a instituição do Ministério da Saúde, ainda no governo de Getúlio Vargas. Anos mais tarde, outro passo importante para a saúde da população brasileira foi a formulação do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal de 1988 e sua regulação nos anos 1990. A Saúde passou a ser considerada direito de todos e dever do Estado e a ter políticas sociais e econômicas garantidas.
Ao longo dessas 7 décadas, o Ministério da Saúde tornou-se responsável pelo maior programa de vacinação do mundo e de outros programas, como o Sistema Único de Saúde, Mais Médicos e grandes campanhas de saúde coletiva, e programas que são exemplos pelo mundo, como de DST’s e hepatites virais e mobilizações nacionais contra surtos, epidemias e pandemias.
Confira o programa completo:
Curso online do Campus Virtual fala sobre a história da saúde pública no Brasil
No contexto das comemorações que giram em torno da história da saúde pública, o Campus Virtual Fiocruz reforça a oferta do curso online e autoinstrucional História da Saúde Pública no Brasil, que segue com inscrições abertas.
O curso é uma iniciativa do Observatório História & Saúde (OHS) em articulação com a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fundação Oswaldo Cruz (VPEIC/Fiocruz). Ele contempla a história da saúde pública no Brasil em seus diversos períodos históricos.
Produzido por docentes da Fiocruz, especialistas da área e integrantes do Observatório História e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz, a formação busca promover o diálogo sistemático entre historiadores, cientistas sociais, formuladores de políticas, professores e trabalhadores da saúde. Sua missão é mobilizar e produzir conhecimento acerca dos processos históricos em saúde, em diálogo privilegiado com a Saúde Coletiva e demais abordagens sociais da Saúde, para apoio aos processos de formulação, monitoramento e avaliação de políticas no âmbito do sistema de saúde brasileiro e aprimoramento das decisões e práticas dos profissionais no campo da saúde.
Podem se inscrever alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento e público em geral interessado na história da saúde no Brasil com foco nas políticas públicas de saúde.
Com carga horária total de 50h, está organizado em três áreas: Pesquisa histórica; Documentação e Informação; e Educação e Divulgação, e estruturado em três unidades:
Unidade 1 – Do império a primeira República: O surgimento da saúde pública
Unidade 2 – Do Período Getulista à Ditadura Civil Militar
Unidade 3 – Da Ditadura Civil Militar à regulamentação do SUS
O foco são as políticas de saúde; as condições de saúde de diversos setores da população e sua relação com os diferentes aspectos da organização social; as correntes de pensamento médico-sanitário que pautaram as ações de saúde; as transformações nos saberes médico-científicos e as práticas de saúde dos diferentes períodos; as epidemias; os diferentes conhecimentos e práticas para o seu controle e o papel das iniciativas privadas e filantrópicas no campo da saúde.
Conheça o curso e inscreva-se!
Além dos 70 anos do Ministério da Saúde, em agosto são celebrados o Dia Nacional da Saúde e o aniversário de Oswaldo Cruz. Para homenagear as datas, a VideoSaúde indica produções que contam a história da saúde no país. Confira:
Mudando o mundo
Em uma sala de aula, brinquedos e objetos ganham vida para ajudar a contar a história de descobertas científicas, na área da saúde, que mudaram o mundo. Em cinco divertidos episódios aprenda sobre Oswaldo Cruz e o combate à varíola; Adolpho Lutz e Emilio Ribas e a experiência sobre a transmissão da febre amarela; Carlos Chagas e a descoberta do inseto transmissor da Doença de Chagas; Manoel Dias de Abreu e a invenção da técnica de abreugrafia e Zé Gotinha e a importância da vacinação.
Revolta da Vacina
Com esquetes teatrais e depoimentos de médicos, pesquisadores e historiadores, este documentário apresenta a história da varíola, da vacina e da revolta popular de 1904, ocorrida no Rio de Janeiro, abordando as questões sociais, políticas e culturais que envolveram a campanha de vacinação do governo de Rodrigues Alves, em plena República Velha.
Oswaldo Cruz na Amazônia
No início do século XX, após a implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz partiu para a Amazônia, em viagem de inspeção sanitária aos portos do Brasil. Em 1910, realizou campanha contra a febre amarela em Belém e, em visita às obras de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, estabeleceu um plano de combate à malária na região. Quase um século depois, utilizando filmes, fotografias, caricaturas, cartas e relatórios do cientista, uma equipe de pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) refez seu percurso e gerou este documentário, que resgata a memória e atualiza as principais questões de saúde por ele levantadas.
Anima Saúde | Rattus rattus
Rio de Janeiro, 1904. Oswaldo Cruz promove intenso combate à peste bubônica. Heitor, um pequeno imigrante, descobre uma maneira inusitada de ganhar dinheiro: caçar ratos.
A história da saúde pública no Brasil
Essa história começa com a chegada dos colonizadores portugueses, quando os problemas sanitários ficaram mais graves e começamos a busca de soluções para as questões de saúde dos brasileiros. Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil República, um passeio pela história da saúde pública no país, sempre marcada pelas diferenças sociais e pela falta de prioridade nos investimentos do governo. Apesar dos muitos avanços e conquistas, continuamos na busca de soluções.
*Com informações do Programa Sala de Convidados/Canal Saúde e da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz.
O Ministério da Saúde acaba de lançar o Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa, que aborda as mudanças esperadas no processo de envelhecimento, os cuidados para viver a longevidade da melhor forma, informações que ajudam a identificar situações de maus-tratos e violência e orientações para cuidadores.
No Brasil, pessoa idosa é quem tem 60 anos ou mais e esse público vem aumentando de forma acelerada. Segundo dados de 2018 do IBGE, o País conta com mais de 30,2 milhões de idosos, o que representa 14,6% da população.
Para a coordenadora de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, Lígia Gualberto, “o guia busca qualificar o conhecimento que se tem sobre a temática do envelhecimento e prepara a sociedade para lidar melhor com essa fase da vida comumente permeada por tantos desafios. A ideia é também, por meio da divulgação de conhecimento qualificado, transformar o modo, muitas vezes negativo, como a nossa cultura ainda tem pensado, sentido e agido diante do envelhecimento, e com isso, combater estereótipos, preconceitos e discriminação contra as pessoas idosas”.
Lígia explica, ainda, que “o Brasil integra a estratégia global proposta pela OMS ‘Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030)’, que visa estruturar uma sociedade com melhores condições de vida para a pessoa idosa, desafio ainda mais relevante diante do contexto atual de acelerada transição demográfica no País. Esse material faz parte das ações que compõem a estratégia”.
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, destaca que o guia é uma das iniciativas para aperfeiçoarmos o atendimento à população dessa faixa etária para triar, estratificar, registrar e orientar melhor o cuidado compartilhado. “A população brasileira segue o padrão de envelhecimento acelerado da América Latina e nosso sistema precisa se preparar para reconhecer e melhorar os processos de cuidado dessa população”, finaliza.
Estrutura
O guia está dividido em quatro módulos para facilitar o entendimento, com informações essenciais sobre as diferentes dimensões da vida da pessoa idosa, organizadas em capítulos.
A primeira parte trata dos aspectos gerais do processo de envelhecimento, senescência e senilidade, além de direitos das pessoas idosas, segundo as políticas públicas vigentes relacionadas ao envelhecimento. Em seguida, a temática da pessoa idosa independente e autônoma, com foco no envelhecimento saudável, e orientações para autocuidado, vacinação, prevenção de doenças e agravos, promoção da saúde e prevenção de maus-tratos e violência.
A obra também traz orientações para quem cuida da pessoa idosa, englobando diferentes condições do processo de envelhecimento que demandam acompanhamento, apoio e cuidados diversos. E as redes de apoio social formal e informal.
A publicação foi produzida pelo Departamento de Gestão do Cuidado Integral (DGCI), por meio da Coordenação-Geral de Articulação do Cuidado Integral e da Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária e contou com a contribuição de especialistas de áreas multidisciplinares.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde realizou, nesta segunda-feira, 22/5, a Oficina de Mestrado Profissional Mais Médicos, organizada conjuntamente pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde e a Secretaria de Atenção Primária à Saúde. O objetivo do encontro, realizado na sede da Organização Pan-Americana de Saúde, em Brasília, foi discutir a proposta de trilhas formativas dos profissionais do programa Mais Médicos, particularmente da oferta de Mestrados Profissionais.
As estratégias de formação dos profissionais visando ao fortalecimento da Atenção Primária são valorizadas na nova edição do Mais Médicos. Além do curso de especialização, os profissionais inseridos no programa terão a oportunidade de se candidatar a mestrados profissionais e a cursos de qualificação na perspectiva da educação permanente voltada à consolidação de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em Saúde.
Segundo o diretor de Programas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, o mestrado faz parte da reformulação do Mais Médicos, que objetiva ser mais atrativo aos profissionais do país, aumentando o tempo de permanência no programa, em especial nas áreas mais vulneráveis e de difícil acesso.
Já a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Isabela Pinto, apontou que a qualificação no âmbito do Programa Mais Médicos é mais um resultado positivo em prol da educação permanente. Para ela, é preciso mapear e levantar todas possibilidades de mestrado profissional; deixar claro os critérios e pensar numa formação com qualidade e cuidado, oferecendo melhores oportunidades ao profissional da saúde, pois assim quem ganha é a população.
Representantes da Educação na Fiocruz participam dos debates
Diferentes gestoras da área da educação da Fiocruz estiveram presentes no encontro, além de representantes das instituições que compõem o mestrado profissional em Saúde da Família (Profsaúde) e da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf).
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fundação, Cristiani Vieira Machado, comentou que a Fiocruz tem coordenado programas de pós-graduação em rede, como o Profsaúde e a Renasf, em parceria com a Abrasco e diversas outras universidades do país. Segundo ela, "isso permite alcançar grande capilaridade nacional. Além de dispor de outros programas de pós-graduação que estão mobilizados para contribuir com a formação no âmbito do Programa Mais Médicos. Estamos comprometidos com o fortalecimento da APS e do SUS, e a oficina foi fundamental para avançar nessa construção coletiva", apontou ela.
Pela Fiocruz, também participaram a Coordenadora-Geral de Educação (CGE/VPEIC), Cristina Guilam, que é ainda coordenadora acadêmica nacional do Profsaúde; a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio; a coordenadora acadêmica adjunta nacional do Profsaúde, Carla Pacheco; a vice-diretora de Ensino da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Enirtes Caetano; e integrantes da coordenação da Renasf, além de representantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Fiocruz Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Brasília que fazem parte da rede.
A partir das sugestões e discussões realizadas durante o encontro, será elaborado um relatório com os encaminhamentos para a próxima oficina, na qual serão definidas as ofertas educacionais nacionais.
#ParaTodosVerem Imagem de um grupo com muitas pessoas brancas e negras, mulheres e homens, a maior parte está em pé e alguns estão sentados e ajoelhados, eles posam e sorriem para câmera. Atrás deles está a sede de Organização Pan-Americana de Saúde, em Brasília.
Em entrevista exclusiva ao Bate Papo na Saúde, Nísia Trindade Lima, primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde, conversou com a coordenadora do Canal Saúde, Márcia Corrêa e Castro, sob o tema "Novas Perspectivas da Saúde Pública no Brasil". No programa exibido no dia 3 de abril, a ministra abordou tópicos como a 17ª Conferência Nacional de Saúde, desafios para a saúde no país e novos caminhos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a ministra, o Brasil vive três grandes desafios na área da saúde: recuperar a confiança no Ministério, situar as ações prioritárias e pensar a saúde como política social e como agenda de futuro do país. Segundo Nísia, além do grande impacto da pandemia, somam-se os desafios de uma conjuntura política desfavorável e difícil para a saúde. "Um país que conta hoje com 33 milhões de pessoas em situação de fome e mais um grande contingente em situação de insegurança alimentar, não pode ser um país de pessoas saudáveis.", afirma. "A saúde deve ser uma base para se pensar numa agenda de futuro para o país, recuperando cidadania, qualidade de vida, mas também recuperando e avançando na capacidade de desenvolvimento sustentável do nosso país."
Confira a entrevista completa no site do Canal Saúde.
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol.
A edição de fevereiro da revista Radis está disponível para download em acesso aberto. Na capa, uma entrevista exclusiva com a ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde (MS). Nísia foi escolhida depois de presidir a Fiocruz durante seis anos (2017 a 2022), incluindo o período de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Agora, tem pela frente a missão de recuperar a autoridade sanitária do Ministério da Saúde, comprometida nos últimos anos.
Na entrevista, a ministra falou ainda sobre as ações prioritárias para os 100 primeiros dias de governo, com destaque para o recém-lançado Movimento Nacional de Vacinação, iniciado em 27 de fevereiro. Ainda nessa edição, Radis traz também um perfil biográfico da nova ministra, socióloga e servidora da Fiocruz desde 1987. Você ainda poderá conferir um raio-X do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do relatório feito pelo Grupo Técnico (GT) da transição, a emergência sanitária Yanomami e os impactos ambientais e sociais do garimpo e muito mais.
Acesse aqui a nova edição da revista Radis.
Durante o mês de janeiro, celebramos a conscientização e o combate à hanseníase. A doença, que é tratável e tem cura, ainda sofre com o preconceito, o que dificulta a busca pelo tratamento adequado e rápido. Assim, o Campus Virtual Fiocruz relembra a importância da qualificação de profissionais da saúde para a instrumentalização e melhoria do acolhimento a grupos ou indivíduos acometidos por doenças nos serviços de saúde, promovendo uma atenção mais inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória. Recentemente, lançamos o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos com obtenção de nota maior ou igual a 7 na avaliação final. As inscrições estão abertas!
Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase divulgado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022, entre 2016 e 2020, mais de 150 mil brasileiros foram diagnosticados com a doença. Causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença crônica que afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos, podendo gerar lesões e complicações incapacitantes.
O diagnóstico da doença é, geralmente, acompanhado pelo preconceito da sociedade, visto que ela é crônica e transmissível. Entretanto, a discriminação relacionada a condições de saúde acontece também nos serviços de saúde, reforçando a exclusão, e, sobretudo, causando sofrimento aos pacientes. Por isso, o curso do Campus Virtual Fiocruz visa qualificar profissionais no enfrentamento ao estigma no contexto da atenção à saúde de diversos grupos sociais. O curso, voltado a profissionais da saúde e estudantes, também está aberto a todos os interessados no tema.
Curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Sua elaboração nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Conheça a organização do curso:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol
"Nossa gestão à frente do Ministério da Saúde será pautada pelo diálogo com a ciência”, declarou emocionada a nova ministra Nísia Trindade, em seu primeiro discurso à frente da Pasta. A cerimônia de investidura no cargo da Ministra de Estado da Saúde aconteceu nesta segunda-feira (2/1), em Brasília (DF). Ela garantiu que o trabalho coletivo com estados, municípios e sociedade será fundamental para alcançar os resultados almejados. "Nossa gestão será pautada pelo imprescindível trabalho colaborativo", resumiu.
Nísia, que foi recebida com aplausos e gritos de “o Brasil voltou a respirar”, foi homenageada por Marilda Gonçalves, servidora da Fiocruz Bahia, em nome de todos os integrantes da instituição. “Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência da Fiocruz em 120 anos. Sempre atuou de forma conciliatória, firme, profissional e humana. Incentivou mulheres no poder e meninas na ciência. Essa foi a tônica da Nísia dentro da Fiocruz e o resultado deste trabalho é uma instituição ainda mais produtiva e unida em torno da defesa do SUS. Temos a certeza que o Ministério da Saúde está recebendo um presente, um tesouro em que está depositada a esperança de tantos brasileiros pelo futuro da saúde no Brasil”, defendeu Marilda.
Para a ministra, a posse do presidente Lula renova as esperanças nessa construção, nesse respirar. “É a vitória da democracia. Democracia como ele proclamou em sua linda cerimônia de posse, juntamente com o vice Geraldo Alckmim, quando recebeu a faixa de representantes da população brasileira. E muito me orgulha, hoje, ter aqui nessa mesa a presença do cacique Raoni e tantos outros, de tamanha representatividade”, afirmou.
“Firmei esse compromisso com muita convicção. A convicção de quem há muito tempo estuda as desigualdades sociais em nosso País e que atua na área de ciência e tecnologia, especialmente a partir da minha história na Fiocruz, para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde [SUS] e também com sentido de urgência que se requer hoje de todos nós que integramos a equipe do presidente Lula e que farei cumprir com todo o empenho no Ministério da Saúde”, acrescentou Nísia.
Na oportunidade, a ministra saudou os ex-ministros da Saúde presentes no evento, entre eles, Saraiva Felipe, Alceni Guerra, Agenor Álvares, Nelson Teich, Humberto Costa e Alexandre Padilha, além de Arthur Chioro e José Gomes Temporão que acompanhavam a solenidade a distância.
Acompanhe abaixo a cerimônia de investidura no cargo de Ministra da Saúde :
*Com informações do Ministério da Saúde.
*Fotos: Julia Prado, Ministério da Saúde.
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que os casos de dengue no Brasil ainda são preocupantes. O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde alerta que a doença teve um aumento considerável em 2022, resultando no recorde de mortes. De acordo com o levantamento, até o dia 26 de dezembro, foram registrados mais de 1,4 milhão de casos e 987 óbitos, o que significa um aumento de 400% em relação ao total de 2021, contabilizando o maior número dos últimos seis anos. O Boletim informa que ainda estão em investigação mais 100 mortes que, se confirmadas, podem levar o total a mais de mil.
Os dados servem de alerta vermelho para uma nova epidemia da doença, que atinge todas as regiões. A região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de casos, com 2.028,4 casos/100 mil hab., seguida das região Sul, com 1.046,8 casos/100 mil hab., Sudeste, com 516,9 casos/100 mil hab., Nordeste, 424,7 casos/100 mil hab. e Norte, (261,5 casos/100 mil hab. Os estados que mais apresentaram óbitos foram: São Paulo (278), Goiás (154), Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).
A pesquisa desperta atenção para os cuidados necessários a serem tomados para prevenção da doença e ressalta a importância de observar o comportamento do mosquito e manter o controle para evitar os focos da dengue e combater o vetor.
+Confira aqui o Boletim Epidemiológico
Diante destes dados alarmantes, o Campus Virtual Fiocruz lembra aos seus seguidores que, em parceria com o Ministério da Saúde, o curso InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis, totalmente online, gratuito e autoinstrucional, permanece com inscrições abertas.
InfoDengue e InfoGripe: Vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis
O programa é voltado a profissionais da vigilância em saúde que atuam nas secretarias municipais e estaduais de Saúde, e é aberto também a interessados no tema.
O objetivo é promover a compreensão de conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis e proporcionar aos profissionais conhecimentos e instrumentos para auxiliar na tomada de decisão em situações dedicadas à vigilância de arboviroses urbanas (dengue, Zika e chikungunya) e de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG).
O curso, que possui carga horário de até 40h, está dividido em dois módulos: módulo base e módulo aplicado, em que o aluno pode optar por estudar um dos sistemas (InfoDengue e InfoGripe) ou ambos. Os módulos trazem apresentações das doenças como problemas de saúde pública e sua epidemiologia no país, seguido de uma introdução ao processo de coleta e organização de dados feitos pelas secretarias de saúde.
Os alunos do curso serão apresentados a conceitos teóricos do monitoramento de doenças transmissíveis, métodos e práticas específicos do Infodengue e do Infogripe, para que sejam capazes cenários de risco e a leitura-interpretação dos boletins em diferentes contextos.
Veja abaixo como estão divididos os módulos:
MÓDULO 1: EPIDEMIOLOGIA E VIGILÂNCIA
- UNIDADE 1: Introdução aos determinantes ambientais, sociais e imunológicos de doenças transmissíveis
AULA 1: pessoa, tempo e lugar
AULA 2: breve história das arboviroses urbanas no Brasil
AULA 3: determinantes da saúde
- UNIDADE 2: Vigilância epidemiológica de arboviroses e doenças respiratórias agudas
AULA 1: Tipos de vigilância em saúde
AULA 2: A importância da definição de caso
- UNIDADE 3: Indicadores de performances
AULA 1: indicadores de performance da vigilância em saúde
AULA 2: Infogripe e Infodengue - plataformas para aumentar performance da vigilância de arboviroses urbanas e síndromes gripais
MÓDULO 2: Vigilância e sistemas de informação
- UNIDADE 1: Infogripe
- UNIDADE 2: Infodengue
- UNIDADE 3: Métodos analíticos dos sistemas Infodengue e Infogripe (formato e-book)
O Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil), da Fundação Oswaldo Cruz, realizou seu 1° Seminário Internacional debatendo o tema: "Vigilância em saúde: aspectos relacionados às fronteiras, ao SUS e ao regulamento sanitário Internacional". O evento, que contou com a participação de especialistas da Fiocruz, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde, aconteceu dia 3 de dezembro e está disponível na íntegra no canal da VideoSaúde Distribuidora no YouTube. Assista!
Na mesa de abertura, a coordenadora-geral Adjunta de Educação da Fiocruz (CGE/VPEIC) e coordenadora do Programa VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, ressaltou a emoção de encontrar os alunos depois de um período de mais de um ano com intenso aprendizado de maneira remota, revelando que 16 disciplinas já foram cursadas e 80% dos alunos de mestrado estão qualificados. "As trocas aqui foram muito fortes e intensas. E isso mostra a importância de levar uma formação dessa natureza para as áreas de fronteira do Brasil com os países sul-americanos vizinhos".
Entre os palestrantes estavam o coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, que falou sobre aspectos da vigilância laboratorial em saúde; o consultor Nacional na Unidade Técnica de Vigilância, Preparação e Resposta às Emergências e Desastres na Opas/OMS-BR Rodrigo Frutuoso, que abordou pontos sobre o Regulamento Sanitário Internacional; e a coordenadora substituta do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Rebeca Campos, que apresentou aspectos relacionados à estruturação dos Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) no Brasil, especialmente nas fronteiras.
O pesquisador da Fiocruz Brasília Eduardo Hage foi debatedor do encontro. Eduarda Cesse e a coordenadora acadêmica do Programa VigiFronteiras-Brasil, Andréa Sobral, foram as responsáveis pela condução das discussões.
Cinco novas oportunidades de apoio a projetos de pesquisa em saúde foram abertas pela Fundação Bill e Melinda Gates no âmbito do Grand Challenges. As chamadas tratam de temas relacionados à ciência de dados, doenças tropicais e saúde materno-infantil e podem ser acessadas separadamente (em inglês).
A Fundação Bill e Melinda Gates (FBMG) é uma instituição sem fins lucrativos que financia pesquisas em diversas áreas do conhecimento. A FBMG atua tanto através de chamadas próprias, do financiamento direto a projetos, como em parceria com várias instituições ao redor do globo. No Brasil, é parceira do CNPq e do Ministério da Saúde em diversas ações de interesse mútuo ao longo dos anos.
Confira as chamadas:
Construindo Capacidade de Modelagem de Malária na África Subsaariana
Inovações na eliminação de doenças tropicais negligenciadas
Sequenciamento Metagenômico de Nova Geração para Detectar, Identificar e Caracterizar Patógenos