No dia 22/3, às 9h, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inicia oficialmente o ano letivo com a sua grande Aula Inaugural. O tema do encontro será Desafios globais e oportunidades para o avanço das agendas CIPD e 2030: garantindo direitos e escolhas para mulheres e jovens e a convidada deste ano é Natalia Kanem, subsecretária geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Todos são bem-vindos! O local é o Auditório do Museu da Vida (Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro), no campus da Fiocruz.
Além da grande Aula Inaugural, organizada pela Presidência da Fiocruz, há outras aulas inaugurais de unidades da Fundação. São diversos temas relevantes nos campos da ciência, saúde e educação, que fazem parte da agenda de abertura do ano.
A aula da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) da Educação de Jovens e Adultos (EJA-Manguinhos) abordou o tema da cultura na favela e recebeu lideranças e referências culturais das comunidades da Maré e Manguinhos (saiba mais).
Já a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) falou sobre mineração extrativista e o bem-estar das populações, ao abordar o desastre de Brumadinho (saiba mais).
*Atualizado em 1/4/2019.
Este mês a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou as Diretrizes sobre saneamento e saúde (Guidelines on Sanitation and Health), um conjunto de medidas para estimular sistemas e práticas de saneamento seguros para a promoção da saúde. O pesquisador Renato Castiglia Feitosa, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), participou da elaboração do guia a convite do coordenador da Equipe Técnica Regional de Água e Saneamento da Opas (Etras) e também pesquisador da instituição, Teófilo Monteiro.
As orientações apontam a eficácia de várias intervenções de saneamento e fornecem uma estrutura abrangente de proteção da saúde, por meio de ações políticas e de governança, implementação de tecnologias, sistemas e intervenções comportamentais. Faça o download.
As diretrizes abrangem todo o escopo dos serviços de saneamento e se baseiam numa avaliação rigorosa das evidências. O conjunto de medidas responde a vários desafios que, por sua vez, exigem uma abordagem transversal do tema. Sua elaboração enfatizou a adaptação aos contextos locais, levando em consideração aspectos sociais, econômicos, ambientais e de saúde com relevância em diferentes realidades, especialmente em países de baixa e média renda, onde o saneamento é mais desafiador.
Desenvolvimento sustentável
Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o sexto busca “assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos”. Nesse sentido, para o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o guia será uma boa ferramenta para orientar gestores e políticos. "Globalmente, bilhões de pessoas vivem sem acesso até mesmo aos serviços mais básicos de saneamento. Com base nesses desafios, a OMS desenvolveu suas primeiras diretrizes abrangentes sobre saneamento e saúde. Ao definir claramente a necessidade de ação e o fornecimento de ferramentas e recursos, esperamos revigorar o papel das autoridades de saúde", disse. De acordo com Tedros, as medidas reconhecem que os sistemas de saneamento seguro sustentam a missão da OMS e suas prioridades estratégicas. "Espero que essas ações sejam de grande utilidade prática para ministérios, autoridades de saúde e implementadores para realização de investimentos e intervenções para melhores resultados de saúde para todos”, afirmou.
Para Feitosa, apesar da excelente aplicabilidade, as diretrizes poderiam interagir melhor com os demais pilares do saneamento. “As diretrizes visam promover sistemas e práticas de saneamento seguro, voltadas à promoção da saúde. O guia reúne ações de saneamento que devem ser adotadas em locais desprovidos ou não de redes de esgotamento sanitário, de forma a minimizar os riscos associados à saude. O único ponto a ser complementado é que o guia deveria se inter-relacionar não só com o esgoto, mas com outros pilares como o abastecimento de água, resíduos sólidos e drenagem urbana”, ponderou.
Saneamento no mundo
Em todo o mundo, 2,3 bilhões de pessoas carecem de saneamento básico. Elas estão entre 4,5 bilhões sem acesso a serviços de saneamento com segurança gerenciada — em outras palavras, um vaso sanitário conectado a um esgoto, poço ou fossa séptica que evite a exposição a doenças. As metas de desenvolvimento sustentável desafiam todos os países a garantir acesso universal ao saneamento até 2030.
Fonte: Ensp/Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, no dia 8 de novembro, a Plataforma Ágora, uma das iniciativas da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 — que tem como objetivo estimular o desenvolvimento da inteligência cooperativa para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), além de ser uma contribuição da Fundação para a iniciativa global. O lançamento aconteceu no Museu da Vida, durante a Consulta internacional sobre Ciência Tecnologia e Inovação (CT&I) na implementação da Agenda 2030 para o desenvolvimento Sustentável e seus ODS relacionados à saúde. Ao longo do dia, houve uma mostra de tecnologias sociais para visitação.
O evento foi aberto pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que recebeu Shantanu Mukherjee, do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais da ONU; Rômulo Paes de Sousa, do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro RIO+) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil); e Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030.
Plataforma Ágora
A Plataforma Ágora faz parte das estratégias da instituição para a Agenda 2030. Trata-se de um espaço virtual que oferece acesso a uma rede que promove a interação entre diferentes atores em torno de temas relacionados à saúde e a inovações para os ODS. O site traz, ainda, um espaço para notícias e eventos e o convite para um desafio de curadoria de iniciativas para um mundo sustentável. O desafio Ágora 2030 é um aplicativo móvel (app) cujo escopo principal é operacionalizar os desafios de curadoria de soluções para os ODS. Para isso, serão realizados eventos virtuais temáticos, com um universo delimitado de soluções que serão objetos de curadoria social.
A proposta do aplicativo é baseada na metodologia de gamificação, que promove a curadoria social e a qualificação das soluções, além de informar os participantes nos temas concernentes à Agenda 2030, especialmente sobre o ODS 3: saúde e bem-estar. O aplicativo Ágora 2030 tem como pano de fundo o cenário do Castelo Mourisco, sede da Fiocruz. O jogo se desenvolve em um povoado chamado Ágora e que, no decorrer das fases, é reconstruído colocando-se em prática as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
No desafio Ágora 2030, o participante se transforma em curador de inovações para um mundo sustentável, reconstrói o povoado Ágora e ajuda a melhorar o planeta. Assim, ao estimular a interação com soluções para os ODS da Agenda 2030, realizadas no Brasil e no mundo, o aplicativo promoverá a divulgação dessas soluções - estimulando sua reprodução/adaptação para outras realidades - e também a curadoria, qualificando o banco de dados e aumentando a capacidade de gestão do conhecimento.
We App Heroes
Na ocasião, também foi lançado o We App Heroes, aplicativo móvel para inspirar as pessoas comuns a agir sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável através das ações de usuários nas proximidades. Ao reunir pessoas dispostas a oferecer ajuda voluntária, o We App Heroes cria a base para uma economia colaborativa que reduz os custos ambientais, sociais e econômicos dos atos cotidianos, ao mesmo tempo em que aumenta a conscientização sobre como essas ações estão ligadas aos Objetivos Globais da Agenda 2030.
Criado em parceria entre a Sunscious Ltda e o Centro RIO+ do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (ONU), o app propõe o altruísmo a partir da resolução de demandas e problemas reais. Por meio de tecnologia georeferencial, a plataforma possibilita a interação de usuários para proposição de atividades e para participação. Caso seja usado para hortas comunitárias, ações de viagem, tutoria, doações ou limpeza de praia, o aplicativo cria a base para uma nova economia de compartilhamento.
Fonte: Regina Castro (CCS/Fiocruz)