A Fiocruz lança nesta quarta-feira, dia 13 de setembro, o primeiro Programa de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) para o Ecossistema da Ciência Aberta do país - uma iniciativa pioneira para capacitar cerca de 200 trabalhadores da administração pública federal com objetivo de tornar a pesquisa mais acessível para a comunidade científica e para a sociedade brasileira. O lançamento do programa será realizado às 9h30 em uma transmissão ao vivo pelo canal da VídeoSaúde no YouTube.
O PDP Ecossistema da Ciência Aberta da Fiocruz é uma iniciativa precursora entre instituições públicas de ensino e pesquisa brasileira para o desenvolvimento de competências, conhecimentos e habilidades demandados pela Ciência Aberta para seus trabalhadores. A ideia é que os profissionais se tornem aptos a promover e monitorar ações de implantação da Ciência Aberta, disponibilizando dados e informações científicas para a sociedade brasileira, além de fomentar a gestão, compartilhamento e abertura de processos de pesquisa com a participação de cidadãos.
De acordo com a Vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado, o lançamento do PDP inaugura um processo de educação permanente dos trabalhadores que atuam nos Núcleos de Ciência Aberta. "É uma iniciativa que cria oportunidades de atualização e crescimento dos profissionais que, por sua vez, fortalecem a atuação da Fiocruz em um cenário global de profundas transformações no campo científico” - afirma Cristiani Machado.
Programa de Desenvolvimento de Pessoas consolida a Ciência Aberta na Fiocruz
Desde 2014, a Fiocruz vem construindo um ecossistema robusto para promover a Ciência Aberta na instituição e, nos últimos anos, o maior foco é a capacitação de pessoas. Vanessa Jorge, coordenadora do Fórum de Ciência Aberta, instância de caráter executivo que elabora estratégias de implantação da Ciência Aberta na Fiocruz, relembra os marcos dessa trajetória:
“Formulamos as políticas de Acesso Aberto em 2014, diretrizes para Recurso Educacionais Aberto em 2019 e a de gestão, compartilhamento de dados para pesquisa em 2020. Associadas a essas políticas, implementamos infraestruturas como o Arca, Educare e o Arca Dados. Atualmente, mantemos nove revistas científicas e centenas de livros da editora Fiocruz em Acesso Aberto. Além disso, oferecermos serviços de depósito assistido e oportunidades de capacitação. Só no Programa de Formação Modular em Ciência Aberta são oito cursos na modalidade de ensino à distância, abertos, gratuitos com mais de 20 mil inscritos. Temos ainda o curso “Introdução à Ciência Aberta”, que adquiriu o status de disciplina transversal aos Programas de Pós-Graduação da Fiocruz por ser considerado estratégico na formação de profissionais do campo da Saúde”
E complementa: “A qualificação e engajamento desses profissionais foi considerada imprescindível para a plena adoção da Ciência Aberta na instituição. Por isso, nesse primeiro momento, o Programa irá trabalhar preferencialmente com os 200 integrantes dos 21 Núcleos de Ciência Aberta indicados pelas unidades. O nosso principal objetivo é preencher lacunas de conhecimento, competências técnicas e habilidades pessoais, mas a programação do PDP inclui atividades de planejamento e apoio a estruturação dos próprios núcleos”, destaca a coordenadora Vanessa Jorge.
Primeira oferta do programa prevê quatro percursos de aprendizagem
O PDP Ecossistema da Ciência Aberta é formado por diversos percursos de aprendizagem. No primeiro percurso “Introdução à Ciência Aberta” são oferecidas informações relacionadas às suas principais dimensões, um panorama geral sobre iniciativas nacionais e internacionais, marcos legais, além de políticas institucionais da Fiocruz.
Em breve, novos percursos irão contemplar temas como o Acesso Aberto, a gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa e a Educação Aberta.
Tanto o Programa de Desenvolvimento de Pessoas quanto os percursos de aprendizagem estão sendo desenvolvidos em uma parceria entre a Vice-presidência da Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e a Escola Corporativa Fiocruz, que em 2018, participou da elaboração do Programa de Formação Modular em Ciência Aberta.
A coordenadora da Escola Corporativa Fiocruz, Carla Kaufman, ressalta que o programa foi elaborado para contribuir com a organização dos Núcleos de Ciência Aberta bem como com o fomento do sistema ao instrumentalizar os membros dos NCAs para que possam operacionalizar a política de Ciência Aberta. "A nossa equipe desenvolveu o programa de modo customizado, usando soluções educacionais específicas que promovem a geração, assimilação, difusão e aplicação do conhecimento por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua para promover o ecossistema", reforça.
Como funciona um percurso de aprendizagem?
O Percurso de Aprendizagem é um modelo de aprendizado que oferece ações integradas, síncronas e assíncronas, para promover os novos conhecimentos e comportamentos sobre o tema estudado.
Os participantes poderão navegar pelo percurso conforme as suas escolhas, com acesso aos diversos materiais e atividades, prosseguindo de acordo com os seus interesses e revendo o que mais lhe interessa.
Durante o percurso, além do acesso a materiais educacionais (textos, vídeos e cursos) o participante poderá realizar atividades interativas para reforçar seu entendimento sobre os temas, assim como acompanhar o seu desempenho por meio da barra de progresso.
Acompanhe ao vivo:
O Sextas de Poesia apresenta Laura Erber, escritora, editora, artista visual e poeta. O intenso e eletrizante encontro de corpos “sôfregos”, que trocam verdades numa dimensão descarnada, abstrata, emerge em cadência ritmada na inédita obra poética “as palavras trocadas” de Laura Erber. O poema segue na permanente trilha de um novo começo: “As coisas não terminam no fim, não terminam quando acabam. O poema está sempre em direção, não ao fim, mas do começo".
O livro inaugura a coleção Arco, voltada à ficção brasileira (prosa e poesia), da Editora Âyiné, que há cinco anos dedica-se a autores estrangeiros.
Nascida no Rio de Janeiro, Laura coordena o programa de pós-doutorado do International Institute for Asian Studies (IIAS), na Holanda, onde, assim como no Brasil, também vive e trabalha. Publicou os livros de poemas “Os corpos e os dias”, pela Editora de Cultura, em 2008; “A retornada”, pela Relicário, em 2016; e As palavras trocadas, pela Editora Âyiné, em 2023.
Com informações do jornal Estado de Minas
Todos os dias somos atravessados por novas tecnologias e recursos; e inundados por diferentes formas de comunicar, trabalhar, acessar, postar e de aprender. Mas esses avanços tecnológicos estão ao alcance de todos? Em setembro de 2023, o Campus Virtual Fiocruz vai comemorar seus 7 anos de existência discutindo o papel das tecnologias digitais na educação, tendo como pano de fundo questões contemporâneas e absolutamente balizadoras, como a inclusão digital, a educação digital e as tecnologias abertas, além da inteligência artificial na educação. O encontro acontecerá em 28 de setembro, às 9h, no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), no Rio de Janeiro. A mesa Educação: da inclusão digital à inteligência artificial será proferida pelos especialistas da área Nelson Pretto (Ufba) e Mariano Pimentel (UNIRIO). A palestra é aberta a educadores, estudantes, profissionais de tecnologia e todos os interessados em explorar o futuro das tecnologias educacionais. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube. Reserve a data e participe conosco deste momento especial!
A programação do aniversário inclui ainda oficinas sobre Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais e Educação Inclusiva e tecnologias assistivas, que estão com inscrições abertas e as vagas são limitadas. Leia mais aqui!
Educação: da inclusão digital à inteligência artificial
As tecnologias digitais avançam rapidamente e ocupam cada vez mais espaço na educação ao passo que aumentam, dia após dia, as desigualdades sociais no país, agravando a disparidade de acesso à tecnologia e à educação de qualidade, o que traz esse paradoxo a todos que lidam de alguma forma com a área da educação. Na mesa Educação: da inclusão digital à inteligência artificial, os convidados abordarão questões que se contrapõem e, ao mesmo tempo, estão imbricadas e são determinantes para o futuro do cenário educacional brasileiro. O evento é aberto aos interessados no tema, não sendo necessário inscrição para participação.
Para falar sobre Educação digital aberta com tecnologias livres e a forma como essas impactam a forma de aprender e ensinar, nosso convidado é Nelson Pretto, pesquisador e docente da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e especialista na área de educação, tecnologia e cultura. Pretto foi diretor da Faculdade de Educação da Ufba e é pioneiro em estudos sobre o uso de tecnologias na educação. Já sobre o ChatGPT e as potencialidades e riscos da inteligência artificial para a educação, o palestrante será Mariano Pimentel, pesquisador e docente da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Ele falará sobre os desafios da era da Inteligência Artificial (IA) e sua relação com os sistemas tradicionais de avaliação educacional.
Oficinas sobre desenvolvimento de cursos autoinstrucionais e Educação Inclusiva
No âmbito das comemorações do nosso aniversário, o Campus Virtual promoverá duas oficinas voltadas especificamente a profissionais da área da educação da Fiocruz interessados nas temáticas. Ambas acontecerão na tarde do dia 28/9, a partir das 14h. As atividades contam com inscrições e acontecerão de forma presencial, nas salas 501 e 410 da Ensp, no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Inscreva-se já!
A oficina Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais em formato Mooc terá 30 vagas e abordará conceitos, ferramentas e modelos autoinstrucionais de experiências de aprendizagem online, reiterando os papéis e responsabilidades da equipe transdisciplinar no desenvolvimento de cursos para EAD, com ênfase no formato Mooc. Serão evidenciadas metodologias para a produção e organização de conteúdos e estratégias de ensino-aprendizagem a serem aplicadas em um curso online autoinstrucional.
A oficina Inclusão e pós-graduação - Ranços e avanços: da Declaração de Salamanca ao período pandêmico também oferece 30 vagas e trará a legislação vigente sobre inclusão em educação, propostas de educação inclusiva com ênfase na pós-graduação, assim como recursos, estratégias e metodologias de Tecnologia Assistiva (TA). Seu objetivo é discutir criticamente o processo de inclusão de estudantes com as mais variadas necessidades específicas, nas modalidades presencial e EAD, desde a publicação da Declaração de Salamanca até o período pandêmico causado pela Covid-19, assim como vivenciar a aplicabilidade de alguns recursos educacionais. Esta oficina oferecerá apoio técnico para acesso aos equipamentos, e tradutor de libras em caso de cursista surdo. A atividade está sob a responsabilidade de Cláudia Reis, pedagoga do CVF.
Acompanhe ao vivo:
#ParaTodosVerem Banner com fundo rosa e lilás, no topo está escrito: Campus Virtual Fiocruz, 7 anos - Dia 28 de Setembro, 9 horas. No centro do banner o tema do evento "Educação: da inclusão digital à inteligência artificial", abaixo o nome dos pesquisadores, Nelson Pretto (docente na Ufba) e Mariano Pimentel (docente da UNIRIO)
A Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), divulga nesta sexta-feira, 1º de setembro, o resultado preliminar da segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG). A iniciativa visa promover a permanência de estudantes de baixa renda da Fiocruz, em situação de vulnerabilidade social, ligados aos programas de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Confira aqui o resultado preliminar das inscrições validadas!
+Acesse aqui a segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG)
O estudante que desejar interpor recurso deverá enviar e-mail para cad@fiocruz.br, conforme o cronograma disponível na Chamada, até 4 de setembro.
Ao todo, poderão ser atendidos até 50 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
Fundação e Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) confirmam a oferta de nova turma do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) da Fiocruz. A iniciativa visa dar continuidade à qualificação dos profissionais na área de vigilância em saúde para atuarem na resposta a emergências de saúde pública de importância nacional e internacional nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países vizinhos. O acordo prevê ainda, a partir de 2024, a formação de uma rede de qualificação de profissionais da área da vigilância em saúde na Região Amazônica, sob a coordenação de nossa instituição. O processo de ampliação da parceria e fomento da rede de qualificação profissional voltada ao enfrentamento dos desafios sanitários da região Amazônica foi conduzido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz) e a SVSA/MS, por meio da Coordenação-Geral de Desenvolvimento e Epidemiologia em Serviços (CGDEP), do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (Daevs), e do Departamento de Emergências em saúde Pública (Demsp).
De acordo com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, esse amplo processo de formação em parceria com a SVSA/MS é estratégico para fortalecer as ações do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do SUS, dada a histórica contribuição da Fiocruz no campo da vigilância em saúde em seus diversos componentes. “Pretendemos atender uma demanda reprimida por capacitações voltadas a profissionais que atuam nas fronteiras, demonstrada recentemente pelo número de candidatos inscritos no primeiro processo seletivo do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz, um total de 466 candidatos. Desde o início das aulas, há uma demanda crescente nos polos de oferta quando em momentos presenciais e uma grande procura por informações sobre próximas turmas nos canais de comunicação do programa”, comentou Cristiani.
A primeira turma do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz está em curso e sendo realizada por meio de um consórcio entre os programas de pós-graduação em Saúde Pública, Epidemiologia em Saúde Pública e Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), o Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia, oferecido pelo Instituto Leonidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas); e a participação de docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul. O programa conta com a parceria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), além da SVSA/MS.
Um grupo de trabalho formado entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz vai começar, em breve, a preparar o processo seletivo para a segunda edição do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz - ainda sem previsão de lançamento do edital. A próxima oferta também oferecerá vagas para brasileiros e estrangeiros que sejam profissionais e/ou gestores de saúde e atuem na área de vigilância em saúde, em especial em doenças transmissíveis, nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos.
Foco na Amazônia: a formação de uma rede de qualificação de profissionais
A Fiocruz é a principal instituição não universitária de formação e qualificação de profissionais para o SUS e para a área de ciência e tecnologia em saúde do Brasil. A bem-sucedida experiência com o VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz e outras iniciativas que vêm sendo realizadas com foco na vigilância em saúde a credenciam para liderar a formação de uma rede de qualificação de profissionais da área da vigilância em saúde na Região Amazônica em todos os níveis, conforme demanda da SVSA/MS.
Para o Diretor do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (Daevs/SVSA/MS), Guilherme Werneck, a iniciativa é fundamental para ampliar a formação de profissionais altamente qualificados para atuarem em regiões de difícil acesso nas quais os desafios sociais, ambientais e operacionais são imensos. Segundo ele, “a preparação para o enfrentamento de novas epidemias exige uma atuação da vigilância em saúde que seja amparada numa gestão capacitada para buscar soluções criativas para problemas complexos com base nas melhores evidências científicas, considerando o contexto histórico, social, cultural e ambiental em que se está inserido. A segunda turma do VigiFronteiras-Brasil se associa a outras ações de qualificação profissional desenvolvidas pela SVSA/MS, por meio da CGDEP/Daevs e do Demsp, para fortalecer ainda mais a capacidade do Sistema Único de Saúde de atender às necessidades da população brasileira”, comentou ele.
A Fiocruz pretende mobilizar uma força tarefa interna de docentes na área da Vigilância em Saúde e disponibilizar a experiência e capacidade instalada da instituição para a coordenação de redes colaborativas e ações integradas, a exemplo do que já acontece com outras secretarias do Ministério da Saúde e instituições de ensino e pesquisa, em prol da agenda estratégica nacional e internacional relacionada também à preparação para emergências em saúde pública.
Na visão da coordenadora-geral Adjunta de Educação da Fiocruz e coordenadora do Programa VigiFronteiras-Brasil, Eduarda Cesse, diante do cenário epidemiológico atual, as necessidades de qualificação e de redução das desigualdades de acesso à educação e à formação de profissionais para atuação no SUS na Amazônia são complexas e desafiadoras. “Devido à vasta extensão geográfica e à diversidade de populações e ecossistemas, é fundamental proporcionar oportunidades de capacitação de profissionais em vários níveis, levando em consideração as especificidades locais e regionais, as particularidades socioculturais e ambientais, a logística e a infraestrutura da região”, disse Eduarda.
Os sistemas e portais integrados ao Campus Virtual Fiocruz ficarão fora do ar na tarde desta sexta-feira, 25/8. A paralisação, que terá início às 17h, com previsão de duração de aproximadamente uma hora, se faz necessária por conta de uma manutenção evolutiva do serviço de Login Único Fiocruz.
Com a atualização, todos os nossos usuários - professores, coordenadores, alunos dos cursos oferecidos pelo Campus Virtual Fiocruz; os alunos da pós-graduação que fazem aulas e realizam outras atividades à distância por meio de nossas plataformas, bem como nossos leitores - ficarão sem acesso aos nossos sistemas nesse período.
A equipe técnica acompanhará o processo, e a previsão é que às 18h todas as nossas ferramentas estejam funcionando normalmente.
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O Sextas de Poesia homenageia Paulo Leminski, aniversariante da semana. O poema escolhido, Já disse, denuncia a fugacidade do tempo. Em apenas nove versos, Leminski resume o seu projeto poético (falar de si, falar de nós e falar do mundo) e o seu fôlego para a escrita (eu já disse muito). E, ao mesmo tempo, transparece uma espécie de saudosismo com aquilo que viveu. Se vivo, o crítico literário, tradutor, escritor, poeta, jornalista e músico, completaria 79 anos em 24 de agosto.
Leminski foi um dos mais expressivos poetas de sua geração. Em 1995, ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia com o livro Metamorfose, que trazia uma construção marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai. Leminsky, que foi influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que, passados 34 anos de sua morte, continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros.
#ParaTodosverem, banner com uma foto do lado esquerdo, a foto é de um homem branco com cabelos e bigode escuros, usando um óculos de aviador, ele segura uma flor que está desfocada enquanto a assopra. No lado direito do banner está o poema de Paulo Leminski, "Já disse":
Já disse de nós.
Já disse de mim.
Já disse do mundo.
Já disse agora,
eu que já disse nunca. Todo
mundo sabe,
eu já disse muito.
Tenho a impressão
que já disse tudo.
E tudo foi tão de repente...
Esta semana faz 36 anos que Drummond encantou-se, como diz Guimarães Rosa. A trajetória pessoal e literária de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) merece ser ainda muito iluminada. Um dos maiores nomes da poesia brasileira de todos os tempos, Drummond levou uma existência aparentemente modesta e avessa aos holofotes, enquanto burilava uma obra vasta e vigorosa. Vivendo no Rio de Janeiro entre 1934 e 1987, o mineiro atravessaria boa parte do século XX produzindo poesia, crônicas para os jornais e marcando, sobretudo com sua obra, todas as gerações posteriores da literatura produzida no Brasil.
A produção poética Drummond tem como um dos seus focos principais a reflexão sobre a passagem do tempo, a memória e a saudade. O poema escolhido para homenagear o grande poeta neste Sextas de Poesia é “Ausência”, que fala da diferença entre a ausência e a falta. Assim como seu poema, Drummond nunca será falta, mas seu oposto: uma presença constante. Viva Drummond!
*Com informações da bibliogragia oficial de Carlos Drummond de Andrade.
Banner com a foto de uma praia de fundo, na foto está o mar, céu azul e uma mulher negra de vestido rosa no primeiro plano. No banner está escrito o poema de Carlos Drummond de Andrade, o tema é Ausência.
Por muito tempo achei
que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante,
a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na
ausência.
A ausência é um estar
em mim.
E sinto-a, branca, tão
pegada, aconchegada
nos meus braços,
que rio e danço e
invento exclamações
alegres,
porque a ausência, essa
ausência assimilada,
ninguém a rouba mais
de mim.
A Presidência da Fiocruz, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), torna pública a segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG). Voltada a alunos de baixa renda da Fiocruz, em situação de vulnerabilidade social, ligados aos programas de mestrado e doutorado acadêmicos da instituição, a iniciativa visa promover a permanência desses estudantes nos programas de pós, favorecendo a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, e, assim, contribuir para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência em nosso país. Inscrições podem ser feitas até 24 de agosto.
+Acesse aqui a segunda chamada 2023 do Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação (APE-PG)
!!! Atenção: Para acessar o formulário e realizar a sua inscrição é necessário ter cadastro no Acesso Único Fiocruz. Clique aqui e leia o Guia de acesso ao formulário e tire suas dúvidas sobre as inscrições, assim como o passo a passo para se cadastrar no Acesso Único Fiocruz.
No momento da inscrição, se o aluno perceber alguma inconsistência de dados no preenchimento do cadastro, será necessário entrar em contato diretamente com a secretaria acadêmica do curso ao qual o aluno está vinculado.
Ao todo, poderão ser atendidos até 50 estudantes regularmente matriculados em programas Stricto sensu da Fiocruz e que atendam aos critérios de elegibilidade descritos no Artigo 4 da Chamada.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz, dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação, com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a 2,0 (dois) salários mínimos, e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ainda se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas do curso da Fiocruz em que está matriculado, mediante autodeclaração.
O recebimento do Auxílio acontecerá por até 12 (doze) meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso (até o 24º mês no mestrado e até o 48º mês no doutorado), e desde que mantidas ao longo de todo o período as condições de elegibilidade ao recebimento do auxílio. Além disso, a qualquer momento, caso o aluno supere a situação de vulnerabilidade que o levou ao recebimento do auxílio ou passe a exercer atividade remunerada, ele deverá solicitar à coordenação do Programa, em sua unidade, a suspensão do benefício.
O Sextas de Poesia desta semana traz um poema do segundo livro que será publicado por Debora Reis, que é pedagoga e trabalha na Universidade de Santa Teresinha. "O que não foi dito - e a poesia ainda é protesto" reúne poesias sobre a condição do ser humano e, sobretudo, da mulher, na vida cotidiana de um mundo ferido pelo seu aspecto mais brutal: a perda da humanização nas relações objetivas e intersubjetivas. Essa desumanização é algo visto dentro das poesias de maneira ampla, porém, sobretudo no discurso. É a palavra que reivindica tanto a crítica sobre um mundo cruel, individualista, patriarcal tanto quanto é o lugar da resistência. O que não foi dito é a palavra engasgada, que se coloca na ponta da língua, mas morre na matéria por ser interditada, suprimida. No livro, assim, há a liberdade do rompimento do medo de dizer, e por isso, é um protesto.
A obra está sendo construída ainda, a partir da reinvenção da própria autora, que anda se autorizando falar após a histeria, reivindicada no primeiro livro "Histérica – poesias de quem sobreviveu mulher", que estabelece um marco temporal não só sobre sua história inicial como poeta, mas também sobre sua trajetória como mulher e fases que marcaram a sua vida, indo dos relacionamentos amorosos aos casamentos, divórcio e maternidade.
Pode-se dizer que o livro se trata de uma continuação da sua primeira obra, entretanto, a solidez das poesias se apresenta demarcando uma nova fase da poeta.