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Publicado em 10/11/2023

Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente abre seleção para doutorandos: última semana de inscrições

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) divulga chamada de seleção de doutorandos dos programas de pós-graduação de todas as unidades técnico-científicas e escritórios da Fundação para participarem de suas atividades pedagógicas. A iniciativa, que está em sua edição, visa promover a participação de estudantes na construção e realização de ações educativas da Obsma. Reconhecendo a importância da educação e da divulgação científica para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país, a ampliação de seu impacto na sociedade, e, sobretudo, a importância da formação de novos pesquisadores comprometidos com a qualidade da educação básica, em 2023, a Olimpíada oferecerá três diferentes modalidades de participação para os doutorandos. O prazo para candidaturas está na sua última semana e podem ser enviadas até 16 de novembro.

Acesse aqui a chamada!

Os interessados podem concorrer às vagas nas seguintes modalidades: Oficinas Pedagógicas Saúde e Meio Ambiente e Alunos em Ação nas Escolas (Modalidade 1); Recursos Educacionais Abertos para a Educação Básica (Modalidade 2); e Informação e comunicação nas áreas temáticas interdisciplinares da saúde e meio ambiente (Modalidade 3). Estão disponíveis 24 vagas, sendo 8 por modalidade. 

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) é um programa educacional bienal voltado a estudantes da educação básica, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental (2º segmento) e do Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos. Ela tem como objetivo estimular ações, projetos e atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país que contribuam para a educação de qualidade para todos, inclusiva e com mais oportunidades de aprendizagem relevantes e dinâmicas no campo da saúde, abrangendo ainda o conceito de uma vida saudável indissociável de um ambiente ecologicamente equilibrado e sustentável. Com ênfase em metodologias ativas de aprendizagem, este programa — já existe há 22 anos — tem o processo de construção de conhecimento como um de seus eixos centrais e estruturantes. Assim, a Obsma busca incentivar professores e alunos a abordarem, de forma crítica e criativa, temas transversais provocando discussões e reflexões sobre os desafios atuais no campo da saúde e ambiente. 

Leia os detalhes sobre cada uma das modalidades de participação de doutorandos em 2023:

Modalidade 1: Oficinas Pedagógicas Saúde e Meio Ambiente e Alunos em Ação nas Escolas

Seu objetivo é possibilitar que estudantes de doutorado da Fiocruz participem da realização de Oficinas Pedagógicas, Alunos em Ação e/ou outras ações educativas da Obsma.

Carga horária: 45h
Vagas: 8 

Descrição de atividades: A Obsma promove atividades pedagógicas visando criar espaços de diálogo e informação com professores e estudantes sobre as relações entre educação, saúde, meio ambiente, ciência e desenvolvimento de projetos interdisciplinares na sala de aula. Dentre as atividades, destacam-se as Oficinas Pedagógicas (presenciais e online) – espaço de formação docente que busca contribuir para a atualização e o aperfeiçoamento de profissionais da educação básica que atua em sala de aula – e os Alunos em Ação, que propõe realizar dinâmicas dialéticas com os estudantes nos temas de saúde, meio ambiente, ciência e sustentabilidade. 

Espera-se que os/as estudantes de doutorado contribuam para a construção e aperfeiçoamento de novas práticas pedagógicas a serem oferecidas aos professores e estudantes durante as Oficinas Pedagógicas e Alunos em Ação. Os/as doutorandos/as poderão também atuar em outras atividades educativas da Obsma, interagindo com os/as professores/as e estudantes da educação básica nas temáticas ciência, educação, saúde e meio ambiente.

Modalidade 2: Recursos Educacionais Abertos para a Educação Básica

Esta modalidade visa estimular estudantes de doutorado da Fiocruz a proporem e desenvolverem Recursos Educacionais Abertos com foco na promoção da saúde e educação ambiental, contribuindo de modo efetivo para a melhoria da qualidade do ensino nas áreas curriculares transversais saúde e meio ambiente.

Carga horária: 45h
Vagas: 8 

Descrição de atividades: De acordo com o portal Fiocruz, os Recursos Educacionais Abertos (REA) são qualquer recurso educacional disponível abertamente para uso por educadores e alunos, sem a necessidade de pagar direitos autorais ou taxas de licença para sua utilização. Nesta modalidade, espera-se que o/a estudante de doutorado possa desenvolver, criar e produzir novas propostas de REA a partir de uma das seguintes temáticas na interface saúde e meio ambiente: Alimentação e nutrição; Ambiente, ecologia e biodiversidade; Arboviroses e doenças tropicais; Biotecnologia; Comunicação e saúde; Determinantes sociais da saúde; Divulgação científica; Doenças crônicas; Doenças infecciosas; Doenças negligenciadas; Economia e saúde; Educação Ambiental / Educação para a sustentabilidade; Educação em ciências; Educação em saúde; Entomologia e controle de vetores; Epidemiologia; Ética em pesquisa; Formação docente; Genética e biologia molecular; História, saúde e ciência; Informação em saúde; Medicamentos e vacinas; Microbiologia em saúde e resistência microbiana; Mulheres e meninas na ciência; Nanotecnologia e novos materiais; Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma); Parasitologia e paleoparasitologia; Políticas identitárias; Políticas públicas; Saúde da família; Saúde do idoso; Saúde e direitos humanos; Saúde e gênero; Saúde perinatal, da criança e do adolescente; Saúde Única; e Sistema Único de Saúde (SUS). 

Modalidade 3: Informação e comunicação nas áreas temáticas interdisciplinares da saúde e meio ambiente

O objetivo desta modalidade é estimular estudantes de doutorado da Fiocruz a contribuírem com novas estratégias de educação, divulgação científica e engajamento voltadas para a informação e a comunicação em saúde e meio ambiente na educação básica, e suas interfaces com a promoção da saúde e a educação ambiental, com ênfase na sustentabilidade.

Carga horária: 45h 
Vagas: 8

Descrição de atividades: Nesta modalidade espera-se que o/a estudante de doutorado proponha estratégias de interação com o público-alvo da Obsma, tendo como finalidade estimular a participação de professores e estudantes nas atividades pedagógicas, assim como no certame da 12ª edição da Obsma. Os exemplos de trabalhos a serem desenvolvidos incluem a criação de materiais informativos e de comunicação sobre a Olimpíada; a criação de estratégias de interação com o público e aprimoramento do site da Obsma que tornem o acesso aos seus conteúdos mais intuitivos e dinâmicos; e a criação de espaços de diálogos (presenciais ou virtuais) para trocas de experiências e compartilhamento de conteúdos sobre a Olimpíada, sobre saúde e meio ambiente.

Acesse aqui a chamada

 

#ParaTodosVerem Banner colorido com colagens de imagens, no topo uma imagem do castelo da Fiocruz em tons lilás, junto de uma pilha de livros, claquete de cinema, o rosto do Oswaldo Cruz e uma prancheta com caneta, no centro os dizeres: OBSMA abre seleção para doutorandos 2023.2, inscrições até 16/11. Na parte inferior do banner imagens de estudantes lendo livros.

Publicado em 01/11/2023

Chamada interna para concessão de auxílio para artigo em periódico científico: inscrições prorrogadas até 11/12

Autor(a): 
Fabiano Gama

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Coordenação-Geral de Educação, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (CGE/VPEIC), informa que a Chamada Interna 07/2023 - Seleção para concessão de auxílio para artigo em periódico científico foi prorrogada. O novo prazo para inscrições vai até 11 de dezembro. A Coordenação-Geral de Educação será responsável pela coordenação do processo de seleção, divulgação do resultado, gerenciamento e execução dos recursos, segundo as regras do Capes/PrInt-Fiocruz.

A chamada tem como finalidade a concessão de auxílio financeiro para artigo científico que sejam produtos direto da mobilidade promovida através de bolsas do Programa Capes/Print- Fiocruz ou de uma parceria internacional que tenham coautor afiliado a Instituição de Ensino Superior estrangeira através de pagamento de taxa de publicação de artigos científicos já aceitos e/ou serviços técnicos com empresa especializada, visando à revisão técnica/edição do manuscrito submetido, em outro idioma.

Somente serão aceitos artigos em coautoria de discentes e docentes de programa de Pós-graduação vinculado ao Programa Capes/PrInt-Fiocruz. O primeiro autor ou o autor correspondente do artigo deve ser docente e servidor da Fiocruz, podendo o discente (ativo ou egresso há, no máximo 5 anos) ocupar qualquer posição de autoria.

Período de Solicitação: até 11/12/2023 ou até o término dos recursos financeiros disponibilizados.

Acesse aqui a página da Chamada para visualizar o edital e inscrever-se.

Dúvidas poderão ser sanadas por e-mail e através do FAQ no nosso site.

 

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo cinza e um mapa mundi, no topo os dizeres: Chamada Interna Print 2023 - Chamada 07/2023: Concessão de auxílio para artigo em periódico científico. Inscrições prorrogadas até 11/12.

Publicado em 30/10/2023

Fiocruz lança edição internacional de curso sobre boas práticas clínicas. A formação é online

Autor(a): 
Isabela Schincariol

O Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) lançam hoje a edição internacional do curso Boas Práticas Clínicas, uma formação online e gratuita. O curso é voltado à capacitação de profissionais já atuantes ou com interesse na área de Pesquisa Clínica e alunos de pós-graduação. Esta edição internacional diferencia-se por abordar a regulamentação de pesquisa clínica de diferentes nações que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e nasceu de uma aproximação entre os profissionais do INI e do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) por meio do  Projeto Coopbrass da Capes. Nesta terça-feira, 31/10, a partir das 9h, o INI promoverá uma cerimônia de lançamento do curso com a palestra 'Experiência do INS na condução de pesquisa clínica na pandemia de Covid-19', proferida pela chefe da Repartição de Pesquisa Clínica do INS, Bindiya Meggi. O evento será transmitido pelo canal do INI no youtube. As inscrições para o curso já estão abertas!

Inscreva-se já!

A pesquisa clínica é um campo de crescimento exponencial e o curso oportuniza a capacitação desses profissionais com um material de qualidade, em formato intuitivo, leve e moderno, integralmente online, em língua portuguesa e inteiramente gratuito. Segundo a diretora do INI, Valdiléa Veloso, através dessa nova formação, "procuramos compartilhar a experiência dos profissionais do INI, que foi o primeiro hospital do país, construído em 1912, com o objetivo de fazer pesquisa clínica em doenças infecciosas. Desta forma, o INI reafirma seu compromisso com a sociedade de contribuir para o avanço do ensino, pesquisa e assistência no âmbito da Saúde e, em especial, da Pesquisa Clínica.

Para Valdiléa, esta iniciativa reforça os laços de cooperação no eixo Sul-Sul e se insere em um contexto catalizador e impulsionador dos ambientes de pesquisa brasileiro e moçambicano. O curso busca apresentar um arcabouço histórico-ético-regulatório da pesquisa clínica dos países envolvidos na cooperação — Brasil e Moçambique —, bem como o papel de seus atores e manejo de eventos adversos.

+Saiba mais sobre a palestra de lançamento realizada pelo INI/Fiocruz com a participação de representantes da educação de ambas as instituições. 

Conheça a estrutura do curso Boas Práticas Clínicas - Edição Internacional

Módulo 1 - Conceitos, histórico e diretrizes

  • Aula 1 - Introdução e conceitos básicos
  • Aula 2 - Histórico e diretrizes éticas internacionais

Módulo 2 - Regulamentações e fluxos

  • Aula 1 - Regulamentação brasileira para pesquisa envolvendo seres humanos: contexto e evolução
  • Aula 2 - Fluxo ético-regulatório da pesquisa clínica no Brasil
  • Aula 3 - Regulamentação ética-sanitária e fluxo de tramitação em Moçambique 

MÓDULO 3 - Atores em pesquisa clínica

  • Aula 1 - Pesquisador e patrocinador: papéis, responsabilidades e documentos essenciais
  • Aula 2 - Participantes da pesquisa

MÓDULO 4 - Eventos Adversos

  • Aula 1 - Eventos adversos: tipos, monitoramento e ações

Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas

O Coopbrass é um Programa de Cooperação Científica Estratégica com o Sul Global (Edital Nº 5/ 2019 Coopbrass/Capes), cujo objetivo é fomentar a cooperação com instituições moçambicanas, em redes de pesquisa e formação de pessoal, visando ao enfrentamento de doenças infecciosas e ao fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde. A cooperação Sul-Sul estruturante, diretriz da ação internacional da Fiocruz proposta no projeto, busca romper com o modelo tradicional e unidirecional de transferência de conhecimento e tecnologia, procurando priorizar o aproveitamento da capacidade e recursos dos países parceiros. Assim, o Coopbrass contempla duas grandes temáticas de ação da Fiocruz relevantes para os países do Sul Global: Enfrentamento de doenças infecciosas, doenças negligenciadas e emergências sanitárias; e o Fortalecimento dos sistemas de saúde com vistas à melhoria das condições de saúde e redução das desigualdades. 

Baseada em experiências recentes, a Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), que é a responsável pela condução do Coopbrass na Fiocruz, acredita que o conhecimento sobre o uso de estratégias de ensino remoto, a incorporação de ambientes virtuais de aprendizagem e a realização de cursos híbridos têm-se mostrado essenciais em um cenário de formação pós-pandemia de Covid-19.

Publicado em 27/10/2023

Sextas homenageia Drummond, o poeta do mundo

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia o aniversário de Carlos Drummond de Andrade, celebrado em 31 de outubro, além do dia do servidor público, em 28/10. Drummond, que foi funcionário público por 35 anos, é considerado um dos poetas brasileiros mais influentes do século XX, e um dos principais artistas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos.

Carlos Drummond de Andrade, que também foi contista e cronista, nasceu em Itabira do Mato Dentro - hoje apenas Itabira -, em Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902. E vem de suas memórias de Itabira o poema em sua homenagem: "Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!". Drummond merece todas as homenagens! É o poeta que traduz o “ferro nas calçadas" e a dor do "ferro nas almas”. O homem que viu o mundo tão grande que cabia na janela sobre o mar, e que fazia da poesia seus braços pra alcançar. "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo". 

Viva Drummond, o poeta do mundo!

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo claro amarelado, na parte inferior do banner desenhos de casas com telhados de tijolos e no canto direito um desenho do rosto de Carlos Drummond de Andrade (um senhor com óculos com armação escura), na parte esquerda do banner um trecho de “Confidência do Itabirano” de Carlos Drummond de Andrade: 

Tive ouro, tive gado, tive 

fazendas.

Hoje sou funcionário público.

Itabiara é apenas uma 

fotografia na parede.

Mas como dói!

Publicado em 27/10/2023

Alunos da Fiocruz são contemplados no Programa Bolsa Nota 10 da Faperj

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) divulgou a relação de aprovados na segunda janela anual de inscrições do programa Bolsa Nota 10. Onze estudantes da Fiocruz de cinco diferentes unidades foram contemplados nesta edição. No total, 110 bolsas nas modalidades mestrado e doutorado foram concedidas a alunos de diversas instituições de ensino e pesquisa. O Bolsa Nota 10 valoriza e incentiva programas de pós-graduação com significativa excelência. Entre as exigências do edital está a necessidade de que os proponentes sejam estudantes de PPG que tenham alcançado conceito 5, 6 ou 7 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

+Leia mais: Faperj divulga resultado da segunda chamada anual do edital Bolsa Nota 10

As bolsas do programa contemplam apenas os últimos 12 meses de curso para os alunos de mestrado (13º ao 24º mês) e os últimos 24 meses de curso para os alunos de doutorado (25º ao 48º mês). As bolsas têm valores diferenciados para alunos de mestrado e doutorado com desempenho acadêmico em destaque.

Confira os contemplados da Fiocruz nesta edição:

Doutorado Nota 10

Aluna Cristina Moreira Jalil, do Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, ligado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a orientação de Emilia Moreira Jalil. 

Aluna Daniela del Rosário Flores Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a orientação de Marcelo Alves Pinto. 

Aluna Juliana Magalhaes Chaves Barbosa, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a orientação de Kelly Salomão Salem.

Aluna Laís Vargas Botelho, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), sob a orientação de Letícia Oliveira Cardoso.

Aluna Larissa Coelho Auto Gomes, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), sob a orientação de Jaime Lopes da Mota Oliveira. 

Aluna Pamela Rosa Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a orientação de Cláudio Tadeu Daniel Ribeiro. 

Aluno Robson Evangelista Dos Santos Filho, do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), sob a orientação de Igor Pinto Sacramento. 

Aluna Thaíssa Fernanda Kratochwill de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), sob a orientação de Patricia Constantino. 

Acesse aqui a listagem completa

Mestrado Nota 10 

Aluna Evellyn Araujo Dias, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a orientação de Andréa Henriques Pons. 

Aluna Juliana Marins Reeve, do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), sob a orientação de Suely Ferreira Deslandes. 

Aluna Thaís Barbosa Ferreira Sant´anna, do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), sob a orientação de Natalia Motta de Araujo.

Acesse aqui a listagem completa

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo claro, no topo no canto direito está escrito: Programa Bolsa Nota 10, abaixo uma foto de livros empilhados, no lado esquerdo do banner informações sobre os alunos Fiocruz contemplados no programa da Faperj 2023

Publicado em 24/10/2023

Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente abre seleção para doutorandos

Autor(a): 
Isabela Schincariol

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) acaba de divulgar chamada de seleção de doutorandos dos programas de pós-graduação de todas as unidades técnico-científicas e escritórios da Fundação para participarem de suas atividades pedagógicas. A iniciativa, que está em sua edição, visa promover a participação de estudantes na construção e realização de ações educativas da Obsma. Reconhecendo a importância da educação e da divulgação científica para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país, a ampliação de seu impacto na sociedade, e, sobretudo, a importância da formação de novos pesquisadores comprometidos com a qualidade da educação básica, em 2023, a Olimpíada oferecerá três diferentes modalidades de participação para os doutorandos. Candidaturas podem ser enviadas até 16 de novembro.

Acesse aqui a chamada!

Os interessados podem concorrer às vagas nas seguintes modalidades: Oficinas Pedagógicas Saúde e Meio Ambiente e Alunos em Ação nas Escolas (Modalidade 1); Recursos Educacionais Abertos para a Educação Básica (Modalidade 2); e Informação e comunicação nas áreas temáticas interdisciplinares da saúde e meio ambiente (Modalidade 3). Estão disponíveis 24 vagas, sendo 8 por modalidade. 

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) é um programa educacional bienal voltado a estudantes da educação básica, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental (2º segmento) e do Ensino Médio, incluindo a Educação de Jovens e Adultos. Ela tem como objetivo estimular ações, projetos e atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o país que contribuam para a educação de qualidade para todos, inclusiva e com mais oportunidades de aprendizagem relevantes e dinâmicas no campo da saúde, abrangendo ainda o conceito de uma vida saudável indissociável de um ambiente ecologicamente equilibrado e sustentável. Com ênfase em metodologias ativas de aprendizagem, este programa — já existe há 22 anos — tem o processo de construção de conhecimento como um de seus eixos centrais e estruturantes. Assim, a Obsma busca incentivar professores e alunos a abordarem, de forma crítica e criativa, temas transversais provocando discussões e reflexões sobre os desafios atuais no campo da saúde e ambiente. 

Leia os detalhes sobre cada uma das modalidades de participação de doutorandos em 2023:

Modalidade 1: Oficinas Pedagógicas Saúde e Meio Ambiente e Alunos em Ação nas Escolas

Seu objetivo é possibilitar que estudantes de doutorado da Fiocruz participem da realização de Oficinas Pedagógicas, Alunos em Ação e/ou outras ações educativas da Obsma.

Carga horária: 45h
Vagas: 8 

Descrição de atividades: A Obsma promove atividades pedagógicas visando criar espaços de diálogo e informação com professores e estudantes sobre as relações entre educação, saúde, meio ambiente, ciência e desenvolvimento de projetos interdisciplinares na sala de aula. Dentre as atividades, destacam-se as Oficinas Pedagógicas (presenciais e online) – espaço de formação docente que busca contribuir para a atualização e o aperfeiçoamento de profissionais da educação básica que atua em sala de aula – e os Alunos em Ação, que propõe realizar dinâmicas dialéticas com os estudantes nos temas de saúde, meio ambiente, ciência e sustentabilidade. 

Espera-se que os/as estudantes de doutorado contribuam para a construção e aperfeiçoamento de novas práticas pedagógicas a serem oferecidas aos professores e estudantes durante as Oficinas Pedagógicas e Alunos em Ação. Os/as doutorandos/as poderão também atuar em outras atividades educativas da Obsma, interagindo com os/as professores/as e estudantes da educação básica nas temáticas ciência, educação, saúde e meio ambiente.

Modalidade 2: Recursos Educacionais Abertos para a Educação Básica

Esta modalidade visa estimular estudantes de doutorado da Fiocruz a proporem e desenvolverem Recursos Educacionais Abertos com foco na promoção da saúde e educação ambiental, contribuindo de modo efetivo para a melhoria da qualidade do ensino nas áreas curriculares transversais saúde e meio ambiente.

Carga horária: 45h
Vagas: 8 

Descrição de atividades: De acordo com o portal Fiocruz, os Recursos Educacionais Abertos (REA) são qualquer recurso educacional disponível abertamente para uso por educadores e alunos, sem a necessidade de pagar direitos autorais ou taxas de licença para sua utilização. Nesta modalidade, espera-se que o/a estudante de doutorado possa desenvolver, criar e produzir novas propostas de REA a partir de uma das seguintes temáticas na interface saúde e meio ambiente: Alimentação e nutrição; Ambiente, ecologia e biodiversidade; Arboviroses e doenças tropicais; Biotecnologia; Comunicação e saúde; Determinantes sociais da saúde; Divulgação científica; Doenças crônicas; Doenças infecciosas; Doenças negligenciadas; Economia e saúde; Educação Ambiental / Educação para a sustentabilidade; Educação em ciências; Educação em saúde; Entomologia e controle de vetores; Epidemiologia; Ética em pesquisa; Formação docente; Genética e biologia molecular; História, saúde e ciência; Informação em saúde; Medicamentos e vacinas; Microbiologia em saúde e resistência microbiana; Mulheres e meninas na ciência; Nanotecnologia e novos materiais; Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma); Parasitologia e paleoparasitologia; Políticas identitárias; Políticas públicas; Saúde da família; Saúde do idoso; Saúde e direitos humanos; Saúde e gênero; Saúde perinatal, da criança e do adolescente; Saúde Única; e Sistema Único de Saúde (SUS). 

Modalidade 3: Informação e comunicação nas áreas temáticas interdisciplinares da saúde e meio ambiente

O objetivo desta modalidade é estimular estudantes de doutorado da Fiocruz a contribuírem com novas estratégias de educação, divulgação científica e engajamento voltadas para a informação e a comunicação em saúde e meio ambiente na educação básica, e suas interfaces com a promoção da saúde e a educação ambiental, com ênfase na sustentabilidade.

Carga horária: 45h 
Vagas: 8

Descrição de atividades: Nesta modalidade espera-se que o/a estudante de doutorado proponha estratégias de interação com o público-alvo da Obsma, tendo como finalidade estimular a participação de professores e estudantes nas atividades pedagógicas, assim como no certame da 12ª edição da Obsma. Os exemplos de trabalhos a serem desenvolvidos incluem a criação de materiais informativos e de comunicação sobre a Olimpíada; a criação de estratégias de interação com o público e aprimoramento do site da Obsma que tornem o acesso aos seus conteúdos mais intuitivos e dinâmicos; e a criação de espaços de diálogos (presenciais ou virtuais) para trocas de experiências e compartilhamento de conteúdos sobre a Olimpíada, sobre saúde e meio ambiente.

Acesse aqui a chamada

 

#ParaTodosVerem Banner colorido com colagens de imagens, no topo uma imagem do castelo da Fiocruz em tons lilás, junto de uma pilha de livros, claquete de cinema, o rosto do Oswaldo Cruz e uma prancheta com caneta, no centro os dizeres: OBSMA abre seleção para doutorandos 2023.2, inscrições até 16/11. Na parte inferior do banner imagens de estudantes lendo livros.

Publicado em 20/10/2023

Com Portinari, Sextas fala sobre a guerra e a resistência na arte

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz o poema de Fernando Brant para a obra Guerra e Paz de Portinari. Em tempos tristes e sombrios que a guerra nos impõe, é na arte que buscamos abrigo, resistência e esperança.

Guerra e Paz são dois painéis gigantescos produzidos pelo pintor brasileiro Candido Portinari entre 1952 e 1956. A obra foi um presente do governo brasileiro à Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2010, os painéis foram retirados para serem restaurados e itinerarem para o Brasil e outros países. Para a festa da volta das obras ao Brasil, realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Fernando Brant escreveu a letra que hoje ilustra o Sextas para que Milton Nascimento musicasse.

O pintor Candido Portinari viveu 59 anos e, nesse pouco tempo, traçou um extraordinário panorama do povo brasileiro: os músicos, os trabalhadores no campo, a infância pobre do interior com seus jogos, a cidadezinha, a gente simples, as mulheres, as noivas de branco, os santos, os nordestinos morrendo de fome e seca, os pescadores, suas velas e arrastões. “Sabe por que eu pinto menina e menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar feito anjo”, disse ele certa vez.

Proibido de continuar pintando, atacado gravemente pelo veneno das tintas que usava, Portinari foi convidado a criar uma obra grandiosa. Diante do desafio e da possibilidade de realizar uma obra monumental, que fosse síntese do que ele era, pensava e criava, Candinho, como era conhecido pelos amigos, escolheu arriscar a vida em nome de sua arte. Durante quatro anos, dos esboços iniciais até a finalização, trabalhou com amor e genialidade e fez "Guerra e Paz" como um presente à humanidade. A obra foi inaugurada, na ONU, em 6 de setembro de 1957, sem a presença do autor, impedido pelo governo americano de entrar naquele país.

As pinturas foram instaladas em um dos pontos de maior relevância da sede, localizada em Nova York. O painel “Guerra” encontra-se na entrada da Assembleia Geral, enquanto “Paz” está na saída. Assim, o trabalho do brasileiro serve de lembrete aos líderes do mundo do que estava em jogo durante as assembleias, e qual o objetivo final que se busca: transformar guerra em paz.

Publicado em 13/10/2023

Sextas homenageia crianças e professores

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz uma dupla homenagem esta semana: às crianças e aos professores. Com o poema-canção, de Vinicius e Toquinho, "Aquarela", ele encanta, faz rir ou chorar, onde um menino "caminhando chega num muro. E, ali logo em frente, a esperar pela gente o futuro está. Basta imaginar e ele virá!"

Publicado em 05/10/2023

Fiocruz e Moçambique lançam SIS-Saúde: consórcio de programas de pós da Fiocruz que visa fortalecer os sistemas de saúde da região

Autor(a): 
Isabela Schincariol

Nesta sexta-feira, 6 de outubro, acontecerá o lançamento do Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique), a partir das 9h (horário de Brasília), na África, mas com transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde Distribuidora Fiocruz no Youtube. O programa é um grande consórcio institucional de seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique. 

O SIS-Saúde tem como objetivo central o fortalecimento dos sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).

A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há pouco mais de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva. 

Evento híbrido e presença de representantes da Fiocruz

O evento acontecerá de forma integrada nos dois países. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, e a coordenadora adjunta de Educação da Fiocruz, Eduarda Cesse - ambas coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique - participarão presencialmente da solenidade, juntamente com os representantes africanos: o diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), Eduardo Samo Gudo, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, e a diretora de Cooperação da Embaixada do Brasil, Natasha Pinheiro. Já pelo Brasil, participando remotamente, o encontro conta com as presenças do presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e da presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante. 

Acompanhe aqui a transmissão na sexta-feira, a partir das 9h

Parceria entre a Fiocruz e Moçambique
 
Sobre o novo Programa, Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Cristiani lembrou que a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Eduarda Cesse ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".

O programa SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique

O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD). 

Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".

Também com altas expectativas para o início desta formação, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades". Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.

Os estudantes irão acompanhar as aulas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstas outras atividades presenciais no INS/Maputo, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass-Capes/Fiocruz. Complementarmente, os estudantes contarão com o apoio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem por meio do Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 04/10/2023

O sequestro da internet: especialistas apontam colonialismo de dados, concentração tecnológica e disputa política sobre a perspectiva de sociedade

Autor(a): 
Fabiano Gama, Isabela Schincariol e Lucas Leal*

"Não podemos jogar fora a história do desenvolvimento da tecnologia e da sociedade, mas é preciso saber de forma clara o que está em jogo — e não é somente a tecnologia. A expectativa revolucionária da internet 'todos-todos' foi transformada em um jardim murado, e a experiência humana passou a ser matéria-prima gratuita para a tradução em dados comportamentais. O que é extremamente grave", assegurou Nelson Pretto, durante a mesa "Educação: da inclusão digital à inteligência artificial", realizada no âmbito das comemorações de aniversário do Campus Virtual Fiocruz. Além de Pretto, o também especialista da área, Mariano Pimentel, integrou a mesa de debates e falou acerca da inteligência artifical para a educação, apontando a apropriação e posterior venda do que deveria ser livre como "o maior roubo da humanidade". As palestras estão disponíveis na íntegra no canal do Campus Virtual Fiocruz no Youtube.

Capilaridade das iniciativas e articulação institucional

Durante a mesa de abertura do evento, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado, falou sobre a alegria que é acompanhar o desenvolvimento do Campus Virtual Fiocruz, fruto de um esforço coletivo, criado na perspectiva de estender a possibilidade de apoio à educação por meio virtual para toda a Fiocruz. Para Cristiani, vivenciar o crescimento do Campus tem sido um rico processo, do qual ela muito se orgulha. "Ao longo dos anos, o CVF vem ampliando e diversificando suas ações, e é impressionante a quantidade de funções que desempenha atualmente", comentou ela, apontando que nossas ações tem sido fundamentais na disseminação de informações sobre a educação da Fiocruz; como plataforma de inscrições em cursos presenciais; no apoio aos cursos de qualificação; na oferta de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) para os cursos presenciais e híbridos; além de inovar na criação da plataforma Educare de Recursos Educacionais Abertos (REA), e já ter outros importantes projetos em desenvolvimento, como o auxilio à elaboração de indicadores de avaliação da educação e o portal dos estudantes e egressos. Tudo isso "em permanente diálogo com as diversas unidades e instâncias da Fundação, pois o Campus não é da vice-presidência de Educação, ele é da Fiocruz inteira", evidenciou. 

A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, destacou a grande capilaridade das ações e iniciativas educacionais nas quais o Campus está inserido, como, por exemplo, os cursos em rede e as disciplinas transversais: "O CVF apoia a Fiocruz nessa missão de ser uma instituição nacional e internacional", disse ela. Já a vice-diretora de Ensino da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Enirtes Caetano — que no evento representou o diretor da Ensp, Marco Menezes —, falou sobre a alegria de poder celebrar a potência que é o Campus Virtual, além da satisfação de receber as integrantes da mesa, todas com história e forte vínculo com a Ensp. "Mais do que debater esse importante tema, celebramos e agradecemos especialmente o componente de cooperação presente na Vpeic, que, a todo momento, acolhe as unidades e nos convida a participar das diversas discussões institucionais para a Educação".

A coordenadora do Campus Virtual, Ana Furniel disse estar muito emocionada e agradeço a sua equipe que "trabalha, se dedica, está junta em todas as dificuldades e é também responsável por todos os avanços e conquistas". Ana agradeceu ainda aos que já passaram pelo CVF e rememorou sua trajetória na Fiocruz até dar início ao CVF. "A ideia na cabeça não veio só de uma inspiração, vem de muito trabalho e foi permeada por experiências e aprendizados ao longo dos quase 30 anos de Fiocruz. Nosso grande objetivo é qualificar profissionais para o SUS, e ajudar a fortalecer o nosso Sistema Único de Saúde. E eu acredito que se a gente pode sonhar, pode fazer!", defendeu ela com alegria.  

A internet e as novas formas de colonização social

Nelson Pretto trouxe uma ampla leitura sobre o passado, presente e futuro, mostrando que as tecnologias sempre estiveram presentes em nossas vidas, especialmente na educação, e sempre foram um desafio para a área. Além dos obstáculos, o digital traz grandes novidades e possibilidade, pois os avanços transformaram a nossa forma de ver e viver a tecnologia. Segundo ele, aqueles que viram o nascimento da internet acreditaram no sonho do verdadeiro potencial revolucionário dessas tecnologias: transformar radicalmente a comunicação tradicional, de massa, de 'um para todos' para uma comunicação de 'todos para todos'. Era a possibilidade de sermos autores, e a produção do conhecimento ser democratizada, mas isso, segundo ele, é uma doce ilusão. 

"A internet com a expectativa revolucionária foi sequestrada e se transformou em um jardim murado. Hoje, 99,9% das pessoas acham que navegam na internet quando estão em suas redes. Isso não é a internet. O poder é concentrado nas grandes empresas de Big Data, que se apropriam das nossas produções e decidem o que compartilham e como distribuem a partir de algoritmos opacos. É uma desanimadora batalha contra um enorme poder financeiro. Há que se estudar mais seriamente essa questão. Não podemos jogar fora a história do desenvolvimento da tecnologia e da sociedade, mas temos que ter claro o que está em jogo - e não é só a tecnologia. Há uma apropriação de tudo que fazemos e produzimos nas redes para alimentar a riqueza dessas poucas e grandes empresas. A disputa política sobre a perspectiva de sociedade nos faz pensar naquilo que vejo como fundamental, que é a não-neutralidade das tecnologias e a ameaça sempre presente de outra forma de colonização social, provocada por uma nova configuração da indústria tecnológica e cultural, advertiu Nelson, citando Shoshana Zuboff, professora da Harvard Business sobre o que ela aponta como a era do capitalismo de vigilância: "A experiência humana como matéria-prima gratuita para a tradução em dados comportamentais. Embora alguns desses dados sejam aplicados para o aprimoramento de produtos e serviços, o restante é declarado como superavit comportamental do proprietário", o que é, para Nelson, extremamente grave. 

Esse "sequestro" de informações na internet equivale a um "roubo à humanidade", segundo o doutor em Informática e professor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Mariano Pimentel. Para ele, tecnologias de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, processaram grandes quantidades de informações e "emparedaram" todo o conhecimento sob um pagamento, em contrapartida à visão democrática de acesso que se esperava da internet. "Quando ele [o ChatGPT] começou a cobrar por uma tecnologia de ponta, uma inteligencia com maior capacidade de raciocínio, ficou claro que se tratava, então, do maior roubo da humanidade. Isso porque essa ferramenta se apropria de textos que estavam públicos, coloca nessa parede, como foi ilustrado pelo Nelson Pretto, sorri pra você e diz: me faz uma pergunta e eu te respondo. Só que você tem que pagar 20 dólares por mês", afirmou.

Em sua fala acerca dos riscos da inteligência artifical (IA), Mariano alertou que o uso dessa tecnologia na educação está se difundindo de forma acelerada, em especial no ensino superior, mas que logo deve se enraizar também no ensino médio e na educação básica. Ele levantou ainda a questão da suposta substituição do papel do professor pela IA. Segundo Mariano, a resposta não é obvia, pois há muita coisa em jogo. "No nosso país, a educação superior se tornou hegemonicamente à distância, e essa modalidade de educação já estava implementando a arte de ensinar sem professores ou com tutor não qualificado. Portanto, essa tecnologia se apresenta como mais uma das tecnologias para apoiar o cibertecnicismo. Então, essa questão precisa ser amplamente discutida", concluiu Mariano.

Além da mesa de debates, realizada na manhã do dia 28 de setembro, no auditório da Ensp/Fiocruz, a programação do aniversário incluiu ainda a realização de duas oficinas que abordaram temas centrais sobre nossos processos de trabalho cotidianos: a construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais, e a implementação de tecnologias assistivas para uma educação de fato inclusiva. 

A oficina 'Construção e desenvolvimento de cursos online autoinstrucionais em formato Mooc' foi apresentada pela gerente de produção do CVF, Renata David, e discorreu sobre as etapas fundamentais para a produção de cursos online, abertos e massivo (Mooc, na sigla em inglês). Esse formato é o utilizado nos cursos desenvolvidos pelo Campus Virtual Fiocruz e, durante a pandemia de Covid-19, permitiu o acesso de milhares de alunos em todo o Brasil e em diferentes partes do mundo a cursarem nossas formações. A oficina abordou conceitos, ferramentas e modelos para cursos autoinstrucionais, reforçando os papéis e responsabilidades da equipe transdisciplinar envolvida, e de acordo com a política institucional de acesso aberto ao conhecimento da Fiocruz, além de descrever as etapas de produção de conteúdo bruto, storyboards e aulas, conceitos e usos de recursos educacionais abertos (REA) e o apontamento dos processos de produção e inclusão dos REAs nos cursos. Renata detalhou que a proposta da atividade foi auxiliar os interessados em desenvolver cursos online a identificar os pontos prioritários de uma produção.

Os cursos Mooc são utilizados em diversas plataformas pelo mundo, e nasceram da necessidade da ampliação de acesso ao conhecimento com a intenção de serem abertos. Devido ao seu formato autoinstrucional, o aluno acompanha o conteúdo sem a presença de um tutor. No CVF, todo o material é disponibilizado em uma plataforma, onde qualquer pessoa pode acessar o material sem inscrição, ou seja, o aluno visualiza o material, mas não se certifica. Para a certificação, é necessário se inscrever para ter acesso à plataforma Moodle, na qual participará também de avaliações para conseguir o certificado.

A oficina "Inclusão e pós-graduação - Ranços e avanços: da Declaração de Salamanca ao período pandêmico" discutiu as diferentes necessidades de acessibilidade para a efetiva inclusão na educação online, e apresentou caminhos para esse processo de adaptação. A atividade foi conduzida pela pedagoga do Campus Virtual Claudia Reis, que discorreu sobre a sistematização da organização pedagógica de um curso — da ideia e planejamento à publicação e acompanhamento dos estudantes. "Trabalhar com educação pressupõe outros processos. É preciso pensar sistematicamente sobre ensinar alguma coisa, planejar, avaliar, costurar e, se necessário, retificar a metodologia adotada a partir da resposta dos estudantes", explicou ela. 

 

 

*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol.

#ParaTodosVerem Fotomontagem com as imagens do evento em comemoração aos 7 anos do Campus virtual Fiocruz. Nas fotos na parte do superior é possível ver um senhor assinando um quadro, quatro mulheres posando para a foto e detalhes do quadro, onde está escrito: Campus virtual é Fiocruz, Fiocruz é SUS, SUS é democracia. Na parte inferior há um grupo diverso com várias mulheres e dois homens posando para foto em frente ao quadro com várias assinaturas, também há uma foto dos palestrantes durante a palestra com um powerpoint atrás deles, no centro uma foto maior com os participantes da palestra, Mariano Pimentel veste uma blusa social bege e usa óculos, Nelson Pretto veste uma blusa azul, usa óculos e tem cabelos brancos, Ana Furniel veste uma blusa preta com bolinhas laranja e tem cabelos cacheados castanhos e Cristiani Machado com blusa social vermelha e cabelos castanhos lisos na altura do ombro, na frente deles uma cadeira acolchoada e um microfone, atrás uma tela com powerpoint.

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