Com os inúmeros desafios para consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS), é cada vez mais importante investir permanentemente nos processos que visam a qualificação de futuros profissionais. Segundo Adriana Coser, assessora da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), os cursos de graduação na área de saúde ainda adotam um modelo que valoriza uma dimensão tradicional, mais voltada a questões médicas, hospitalares e biológicas, com pouco ou quase nenhum reconhecimento de questões sociais, subjetividade dos indivíduos, dentre outros aspectos. "Identificamos esta fragilidade no incentivo a articulação junto à rede de atenção do SUS, principalmente nos programas de residência médica. Muitas vezes isso resulta da própria desarticulação da instituição formadora e dos serviços de saúde", afirma. Além disso, ela destaca outros dois desafios nos processos de formação: a baixa apropriação de tecnologias educacionais, assim como a pouca valorização das estratégias de formação permanente de preceptores no SUS.
Buscando soluções para enfrentar estas questões, a VPEIC/Fiocruz ouviu os representantes das diversas unidades institucionais, que resultou na constituição do Fórum dos Programas de Residências em Saúde, em junho deste ano. Desde então, o grupo, que é composto pelos coordenadores dos programas de residências, tem se reunido mensalmente para pensar em propostas comuns. "Abrimos um espaço coletivo de educação permanente para que os participantes identifiquem desafios comuns, troquem experiências, proponham iniciativas, atividades e instrumentos de qualificação permanente dos programas. Queremos promover a articulação das ofertas educacionais no âmbito de cada programa, sempre priorizando a formação para o SUS", conta a coordenadora.
O Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Sistema Único de Saúde (SUS) visa reconhecer e premiar trabalhos técnico-científicos de pesquisadores e profissionais de saúde ou de qualquer área do conhecimento em nível de pós-graduação concluída, com temática na área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e que atendam às necessidades do SUS; pesquisas no âmbito do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS); e projetos apoiados pelo Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (Deciis/SCTIE/MS) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) com aplicação industrial e impacto social e tecnológico.
Os candidatos poderão concorrer em cinco diferentes categorias: trabalho científico publicado (com premiação no valor de R$ 50 mil); tese de doutorado (R$ 50 mil); dissertação de mestrado (R$ 30 mil); Produtos e Inovação em Saúde (R$ 50 mil) e Experiência Exitosa do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde – PPSUS (1º lugar: R$ 50 mil, 2º lugar: R$ 30 mil e 3º lugar: R$ 20 mil).
As inscrições vão o dia 6 de setembro de 2017, às 18h (horário oficial de Brasília - DF) e podem ser feitas somente pelo site: www.saude.gov.br/sisct
Elegibilidade
Fonte: Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde
A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) está com inscrições abertas, até o dia 20 de julho, para o Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social 2017, na modalidade presencial. O conceito ampliado de saúde e a ação sobre os determinantes sociais de saúde são a base do curso, que é coordenado pelas pesquisadoras Maria de Fátima Lobato Tavares e Rosa Maria da Rocha.
Essa especialização é voltada a profissionais graduados na área da saúde, educação e afins que tenham interface com o setor de saúde, membros de organizações comunitárias e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e das esferas do governo.
O curso tem carga horária de 540 horas e oferece 32 vagas (sendo duas para a seleção de candidatos estrangeiros). As aulas serão ministradas às quintas e sextas, das 8h às 17h. O início está previsto para o dia 13 de setembro.
Acesse o edital e o link para inscrições aqui.
Fonte: Ensp/Fiocruz
Quais as possibilidades de contar com um orçamento generoso para o setor de saúde, de modo que o Sistema Único de Saúde (SUS) cumpra seus objetivos constitucionais? Que fontes alternativas de financiamento de políticas públicas podem ser utilizadas? Que estratégias podem ser adotadas para viabilizar esses recursos? Que cara deve ter esse SUS bem financiado? Para debater estas questões, o Centro de Estudos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ceensp/Fiocruz) e o Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz) organizaram o seminário Saúde sem dívida e sem mercado. O evento acontece nos dias 21/7 e 28/7, às 13h30, no Salão Internacional da Ensp/Fiocruz.
Historicamente, o orçamento destinado à saúde tem sido insuficiente, e o cenário tende a se agravar com a Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Além disso, o SUS vem sendo objeto de estratégias privatizantes, mas há alternativas para que se amplie o orçamento do setor. O seminário vai explorar propostas como: a auditoria da dívida pública; a taxação progressiva da propriedade, da renda e do lucro; a revisão das desonerações e a mudança do modelo econômico.
No primeiro dia, 21/6, estarão reunidos na mesa Saúde: fontes de financiamento em disputa os especialistas Maria Lucia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Carlos Ocké-Reis, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Aquilas Mendes, professor da Universidade de São Paulo. Eles deverão abordar as seguintes questões: o processo de crise atual do capitalismo e analisar, nesse contexto, o processo de privatização e subfinanciamento do SUS; as fontes alternativas de recursos e as estimativas do volume de recursos que poderia advir de cada fonte alternativa; e as forças de oposição à efetivação dessas alternativas.
No segundo dia do seminário, 28/6, a mesa Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado contará com o analista político Wladimir Pomar, a pesquisadora Eleonor Conill, da UFSC e do Observatório Ibero-Americano de Políticas e Sistemas de Saúde e o economista Francisco Funcia, assessor do Conselho Nacional de Saúde para orçamento do SUS, consultor da FGV e professor da USCS. Estarão em pauta: a conjuntura política atual e estratégias para a obtenção de mais recursos para as áreas sociais e a saúde a partir das alternativas apontadas; as mudanças na legislação e as prioridades a serem contempladas com os novos recursos para a concretização do SUS sem dívida e sem mercado e o correspondente orçamento.
Os palestrantes deverão dialogar, em suas apresentações, com o plano emergencial de governo lançado pelas Frentes durante o mês de maio. O seminário deverá resultar na produção de um documento a ser divulgado para especialistas do setor, gestores e, especialmente, para partidos políticos e organizações sociais, como subsídio para a elaboração de programas de governo para a área da Saúde. Terá transmissão via internet pelo blog: www.cee.fiocruz.br. Para mais informações: 21 3882-9133 / cee@fiocruz.br
PROGRAMAÇÃO
21/6
Saúde: fontes de financiamento em disputa
Aquilas Mendes (USP)
Maria Lucia Fatorelli (Auditoria Cidadã da Dívida Pública)
Carlos Ocké-Reis (Ipea)
28/6
Correlação de forças e o SUS sem dívida e sem mercado
Wladimir Pomar (WP Consultoria)
Eleonor Conill (UFSC, OIAPSS)
Francisco Funcia, economista (CNS,USCS, FGV)
Coordenação: Letícia Krauss (Fiocruz)
Fonte: Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz
Sobram ou faltam profissionais médicos no Brasil? Onde eles estão concentrados? Por que algumas regiões sofrem mais do que outras para conseguir estruturar seu quadro de profissionais? Um estudo inédito apresenta dados socioeconômicos e os aspectos do mercado de trabalho formal de médicos nas cinco regiões de saúde estudadas pela pesquisa Regiões e Redes: caminho da universalização da saúde no Brasil. A pesquisa tem o objetivo de identificar as condições que favoreçam ou dificultem a regionalização da saúde nos estados e a conformação das redes de atenção à saúde.
Acesse e baixe aqui o estudo Novos Caminhos: mercado formal de trabalho nas regiões de saúde, que lança um olhar especial sobre os recursos humanos que fazem o SUS todos os dias.
Ficam abertas até o dia 17/2 as inscrições para o Curso de Especialização de Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias, oferecido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz). Coordenado por Adriana Silva Muniz, Suze Rosa Sant’Anna, Renato França da Silva e Martha Vieira Rodrigues, o curso busca qualificar os profissionais de enfermagem para atuarem no processo assistencial na área de doenças infecciosas e parasitárias (DIPs).
A especialização está de volta com um novo formato e conteúdos atualizados, explica Adriana: “No programa apresentamos aos alunos as políticas públicas de saúde no Brasil, o modelo de Atenção Primária à Saúde e da Estratégia de Saúde da Família no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), os princípios e práticas fundamentais para segurança do paciente, além promover a vivência, a discussão e a prática do cuidado em enfermagem na área de Doenças Infecciosas e Parasitárias. Adotamos também os principais referenciais teórico-metodológicos para construção de estudos científicos relevantes para atenção à saúde”.
Há oito vagas, destinadas a graduados com nível superior em enfermagem.
As aulas acontecerão no período de 13/3/2017 a 14/12/2017, totalizando uma carga horária de 512 horas.
Acesse a chamada pública aqui.
Fonte: Juana Portugal (INI/Fiocruz)