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Publicado em 16/07/2021

Eugénio de Andrade traz a urgência do amor ao Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

Eugénio de Andrade foi um dos maiores poetas portugueses contemporâneos. Além de obras publicadas em várias línguas, recebeu o Prêmio Camões, em 2001. Eugénio de Andrade era pseudônimo de José Frontinhas Neto, poeta que nasceu em Póvoa de Atalaia, pequena aldeia da Beira Baixa, Portugal, em 1923, e  faleceu em 2005, após anos convivendo com uma doença neurológica prolongada.

No poema escolhido para esta semana no Sextas de Poesia, o artista nos clama a viver, reescrever caminhos, palavras, navegar a calmaria e permanecer.

Publicado em 09/07/2021

Pablo Neruda ilustra o Sextas desta semana

Autor(a): 
Ana Furniel

Hoje, o Sextas de Poesia faz uma homenagem a Pablo Neruda, um dos maiores poetas contemporâneos, que emprestou sua sensibilidade e amor à América Latina.

No poema desta semana, Neruda abraça o vento e recorre à sua ligação com as forças da natureza para, mais uma vez, expressar seu sentimento de fuga e pertencimento no mundo, que leva em seus braços.

Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto, nascido na pequena cidade de Parral, em 12 de julho de 1904, no Chile, ficou conhecido pelo seu pseudônimo: Pablo Neruda. O poeta ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1971. Além disso, foi diplomata, representando seu país como cônsul na Espanha e no México, e abandonou a carreira para se tornar senador em 1945. Neruda morreu em Santiago, no dia 23 de setembro de 1973. Apoiador do presidente chileno Salvador Allende, o escritor faleceu poucos dias após o golpe militar comandando pelo general Augusto Pinochet, que colocaria o Chile em uma ditadura de 17 anos.

Publicado em 02/07/2021

Paulo Mendes Campos fala sobre o tempo e a eternidade no Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana homenageia Paulo Mendes Campos, um dos maiores cronistas do Brasil e um grande poeta. Em 1937, conheceu o adolescente de mesma idade Otto Lara Resende, em São João del-Rey, Minas Gerais, que seria seu amigo de toda a vida. No ano seguinte, em Belo Horizonte, onde passou a morar, os dois rapazes juntaram-se a Fernando Sabino e Hélio Pellegrino. Aí formava-se o lendário quarteto que Otto batizaria de “os quatro cavaleiros de um íntimo apocalipse”.

Dia 1° de julho fez 30 anos que o cronista da solidão se foi.

O poema escolhido para hoje nos fala do tempo e da eternidade, onde o instante é tudo. Como nos lembra Guimarães Rosa, "chega um momento na vida da gente em que o único dever é lutar ferozmente por introduzir, no tempo de cada dia, o máximo de "eternidade".

Publicado em 25/06/2021

Adélia Prado encerra mês dedicado ao amor falando sobre a construção da relação no cotidiano

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana encerra o especial do mês de junho com o poema Casamento de Adelia Prado. O amor foi mostrado aqui em diferentes formas... amantes, namorados, a dor da espera, o amor não revelado, a perda do ente amado, encontros e juras de sentimento eterno. Em Casamento, Adelia Prado traz a calmaria do amor na cumplicidade, no silêncio dos olhos que entendem o que não veem, as mãos que seguem juntas lembrando o passado, coisas prateadas que espocam no ar, sendo, enfim, noivo e noiva.

Publicado em 14/05/2021

Sextas de Poesia traz 'Negro forro', de Adão Ventura

Autor(a): 
Ana Furniel

O dia 13 de maio marca a abolição da escravatura no Brasil. Porém, mesmo sendo libertos, os negros continuam prisioneiros - de escravos a excluídos, das fazendas aos cortiços, da senzala ao abandono das ruas - são décadas de ausência de direitos humanos e sociais básicos. Realidade que assistimos pela tela da TV, com invasão das favelas, pretos triturados por máquinas de moer gente, nos presídios, na violência policial, no preconceito racial...

"Brasil, o teu nome é Dandara, e a tua cara é de cariri/ Não veio do céu/ Nem das mãos de Isabel/ A liberdade é um dragão no mar de Aracati".

O verso do samba da Mangueira, expressa a luta por liberdade dos heróis de verdade no Brasil, último país das Américas a abolir a escravidão.

Ser preto é resistência. É de luta a trajetória desses heróis que não estão no retrato. Histórias como a de Zumbi dos Palmares, Xica da Silva ou de Luiza Mahin, ex-escrava que teria se tornado uma liderança nas lutas contra a escravidão na Bahia no início do século XIX. Chico da Matilde, um jangadeiro negro, no Ceará, que ficou conhecido como o Dragão do Mar após liderar uma paralisação de jangadeiros, negando-se a fazer o transporte dos navios negreiros que chegavam no porto, também no século XIX.

Em alusão ao dia oficial da Abolição da Escravatura, mas em homenagem ao marco da centenária luta negra pela cidadania, o "Sextas" desta semana traz o poema "Negro forro", de Adão Ventura. Poeta mineiro, do Vale do Jequitinhonha, neto de escravos e trabalhadores de fazenda e de mina, ele estudou direito e se tornou presidente da Fundação Palmares, sua obra é marcada por sua narrativa do que é ser negro no Brasil.

Adão recebeu varios prémios e o poema "Negro Forro" foi selecionado por Ítalo Moriconi para integrar a antologia "Os cem melhores poemas do século".

 E como nos lembra um outro samba, agora do Acadêmicos do Salgueiro, "nessa abolição que é tão fajuta, onde o negro só labuta, ainda é 12 de maio..."

Ser preto é resistência e é na luta, na arte e na vida que a gente se encontra. 

Publicado em 23/04/2021

Chico Buarque está no Sextas de Poesia com "Tanto Mar"

Autor(a): 
Ana Furniel

O que há em comum entre um soldado da coroa portuguesa, o alferes Tiradentes, um santo guerreiro, Jorge da Capadócia, e a revolução dos cravos? Abril marca eventos e personagens que lutaram por justiça e ideais. Nossa escolha para esta semana é o poema canção "Tanto mar", de Chico Buarque, que, com tantas léguas a nos separar, lembra que é preciso navegar. 

Como disse Rosa Luxemburgo, lutemos "por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Sejamos inconfidentes, guerreiros e revolucionários!

Publicado em 01/04/2021

Lau Siqueira é o poeta do 'Sextas' desta semana

Autor(a): 
Ana Furniel

Lau Siqueira – poeta gaúcho que se apaixonou, mudou e viveu na Paraíba – escreve o poema de hoje do Sextas de Poesia. Ao ver a imagem de um guerrilheiro preso numa jaula, como um animal, disse: "aquilo me roeu os ossos", falando sobre a opressão e a resistência para se manter livre.

Zygmunt Bauman afirma que a utopia precisa de duas condições. A primeira é a forte sensação de que o mundo não está funcionando adequadamente e deve ter seus fundamentos revistos para que se reajuste. A segunda condição é a existência de uma confiança no potencial humano à altura da tarefa de reformar o mundo, a crença de que “nós, seres humanos, podemos fazê-lo”.

Em tempos tão brutais e de tantas perdas, só podemos olhar para o passado, e exaltar a força coletiva e a coragem para construir pontes para a utopia. Sempre!  

Publicado em 26/03/2021

'Sextas' traz o poema Ruínas, de Florbela Espanca

Autor(a): 
Ana Furniel

Encerrando o mês da mulher, o projeto "Sextas" trás o poema Ruínas, de Florbela Espanca, escritora portuguesa que escrevia o que sentia em versos quase confessionais. Expressava as dores, escolhas e a vida das mulheres, com seu olhar sensível, triste, mas com enorme vontade e esperança na superação e felicidade.

Que a chegada do outono faça cair folhas amarelas, derrubar castelos e "sobre as ruínas crescer heras. Deixa-as beijar as pedras e florir!"

Março também é o mês em que se comemora o Dia Mundial da Poesia! Segundo a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a poesia é "forte aliada do entendimento entre os povos, uma impulsora da paz e do diálogo. Os versos reafirmam a humanidade e mostram que pessoas em todas as partes do mundo têm os mesmos anseios, compartilham dos mesmos sentimentos e questões".

O Dia Mundial da Poesia foi criado em 1999 durante a 30ª sessão anual da Unesco, em Paris. Um dos principais objetivos da data é apoiar a diversidade linguística por meio da expressão poética e oferecer às línguas sob risco de extinção a oportunidade de serem ouvidas em suas comunidades. A data também quer incentivar a leitura, a escrita e o ensino da poesia promovendo um diálogo cultural com a dança, as artes dramáticas e a pintura. Em 2020, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, declarou que a poesia tem o poder de lembrar a todos da resiliência do espírito humano.

Publicado em 11/03/2021

Olga Savary ilustra o Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

Olga Savary foi poeta, nunca quis ser chamada de poetisa. Foi voz pelos direitos das mulheres, todos eles. Hoje, nossa homenagem é para essa poeta - que morreu ano passado vítima da Covid-19 -, mas também a todas as vidas perdidas nesta semana em que se completa um ano da declaração oficial da pandemia mundial causada pelo coronavírus.  

Em seu primeiro livro, Ferreira Gullar escreveu o prefácio, uma tradução perfeita:

"Olga Savary nos parece dizer que a multiplicidade dos fenômenos e das vozes mais encobre que revela a essência real da vida. Por isso mesmo, ela está sempre nos chamando para o silêncio, a quietude, para as coisas que dormem esquecidas ou abandonadas, para o que está aparentemente à margem do mundo. Ela busca, ali, aquela integridade, aquela unidade que daria sentido à existência. Mas onde encontrá-la realmente, “se nada termina tudo se renova?” É uma angústia que a dilacera “como uma garra que fecha e abre dentro da fechada carne”. É quase o desespero".

O poema escolhido para esta edição do Sextas de Poesia nos faz navegar num "Mar de esperança", insistindo na alegria como resistência!

Publicado em 04/03/2021

Sextas de Poesia homenageia mulheres com Carolina Maria de Jesus

Autor(a): 
Ana Furniel

Ela é força e resistência, fez da palavra e da escrita sua luta. Carolina Maria de Jesus, mulher, negra e favelada é a escritora e poetisa que ilustra  o Sexta de Poesias desta semana, que também celebra todas as mulheres em suas diferentes representações, lugares e conquistas.

A escritora acaba de receber o título de Doutora Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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