Com o objetivo de formar mestres e doutores para atuarem em pesquisa e docência sobre a biodiversidade e sobre os problemas de saúde humana decorrentes das alterações nos ambientes naturais ou das ações antrópicas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) oferece os cursos presenciais de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Biodiversidade e Saúde. As inscrições estão abertas até 24 de fevereiro.
Esses profissionais poderão atuar no desenvolvimento de projetos de pesquisa básica e aplicada que envolvam a taxonomia com identificação, classificação, caracterização morfológica, fisiológica, bioquímica e/ou molecular, etologia, sistemática filogenética, controle de vetores e biogeografia dos organismos biológicos e suas relações com a saúde humana e o ambiente.
A chamada visa selecionar candidatos para ingresso nos cursos de mestrado e doutorado nas seguintes áreas de concentração e linhas de pesquisa:
Área de concentração – Saúde Ambiental
- Linhas de pesquisa:
1. Biomonitoramento e ecologia de ecossistemas aquáticos;
2. Bionomia, monitoramento e controle de artrópodes vetores e de importância forense;
3. Bionomia, monitoramento e controle de helmintos;
4. Educação em Biodiversidade e Saúde;
5. Estudos interdisciplinares sobre vertebrados terrestres, com ênfase em potenciais hospedeiros e reservatórios de patógenos zoonóticos.
Área de concentração – Taxonomia e Sistemática
- Linhas de pesquisa:
6. Taxonomia de moluscos límnicos Neotropicais;
7. Taxonomia e caracterização bioquímica de fungos, bactérias e protozoários de importância para a saúde;
8. Taxonomia e sistemática de artrópodes de interesse em saúde;
9. Taxonomia e sistemática de helmintos;
10.Taxonomia e sistemática de vertebrados terrestres, com ênfase em potenciais hospedeiros e reservatórios de patógenos zoonóticos.
Confira abaixo as especificações de cada curso:
Mestrado acadêmico em Biodiversidade e Saúde
O público-alvo são portadores de diploma de cursos de graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Terá duração mínima de 12 (doze) meses e máxima de 24 (vinte e quatro) meses.
São oferecidas até 10 (dez) vagas, com reserva de vagas para Ações Afirmativas, sendo 7%, ou seja, 1 (uma) vaga, aos candidatos que se declararem pessoa com deficiência; 20%, 2 (duas) vagas aos candidatos negros (pretos e pardos); e 3%, 1 (uma) vaga aos candidatos que se autodeclararem indígenas.
Acesse o edital e inscreva-se até 24 de fevereiro!
Doutorado em Biodiversidade e Saúde
O público-alvo são portadores de diploma de cursos de graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com, pelo menos, um artigo científico publicado ou aceito para publicação em revista indexada (SciELO, Medline, ISI, SCOPUS e em periódico listado entre os estratos A1 e B4 do Qualis-Capes), como primeiro autor ou autor correspondente.
Terá duração mínima de 24 (vinte e quatro) meses e máxima de 48 (quarenta e oito) meses.
São oferecidas até 10 (dez) vagas, com reserva de vagas para Ações Afirmativas, sendo 7%, ou seja, 1 (uma) vaga, aos candidatos que se declararem pessoa com deficiência; 20%, 2 (duas) vagas aos candidatos negros (pretos e pardos); e 3%, 1 (uma) vaga aos candidatos que se autodeclararem indígenas.
Acesse o edital e inscreva-se até 24 de fevereiro!
Foto: iStok
Com o objetivo de fomentar a reflexão e a discussão de diferentes temas, abordando tanto aspectos conceituais e abstratos quanto desafios práticos associados à infraestrutura, ao uso de dados de saúde e à governança da Saúde Digital, a Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) recebe submissões de artigos para elaboração do Dossiê Saúde Digital. O prazo para submissões dos trabalhos é até 10 de abril.
Confira aqui todas as orientações para submissões dos artigos.
Com a pandemia de covid-19 e o estabelecimento de políticas e ações voltadas à Saúde Digital, houve um aumento significativo no desenvolvimento e na implementação das estratégias de Saúde Digital no Brasil. Sendo assim, faz-se cada vez mais necessária a discussão dos inúmeros aspectos que fazem parte desse vasto campo.
Serão avaliados artigos originais e inéditos nos seguintes eixos temáticos:
Editores convidados: Raquel De Boni (Icict/Fiocruz), Matheus Z. Falcão (Cepedisa/USP) e Rodrigo Murtinho (Icict/Fiocruz),
Prazo de submissão: até 10 de abril de 2023.
Estimativa de publicação: v. 17, n. 3, julho/setembro de 2023.
Ao submeter o trabalho, por favor, use a categoria Dossiê Saúde Digital.
Saúde Digital como ferramenta para acelerar o progresso do Desenvolvimento Sustentável
As tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e a interconectividade foram destacadas na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável como ferramentas “para acelerar o progresso, reduzir a divisão digital e desenvolver sociedades do conhecimento”. O uso das TICs na área da Saúde e os processos socioeconômicos dele decorrentes fazem parte da área de conhecimento e prática que vem sendo denominada de Saúde Digital. A Saúde Digital também englobaria termos anteriores como “e-Saúde” e “Saúde 4.0”, mas é ainda considerada um conceito polissêmico, complexo e em construção.
Em 2005, na Assembleia Mundial de Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instigou os países membros a elaborar planos estratégicos para o desenvolvimento e a implementação de estratégias de e-Saúde. Já em 2021, a OMS publicou a Estratégia Global de Saúde Digital 2020-2025, ressaltando sua importância para ampliar o acesso à saúde e beneficiar as pessoas de maneira ética, segura, confiável, equitativa e sustentável. Nesse sentido, tanto o documento da OMS quanto o manual da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) para o uso de inteligência artificial em saúde enfatizam a importância de princípios orientadores, especialmente: transparência, acessibilidade, escalabilidade, replicabilidade, interoperabilidade, privacidade, segurança e confidencialidade, centralidade nos usuários e não discriminação.
Apesar de seu potencial, a Saúde Digital se apresenta com grandes desafios e riscos. O “Paradoxo da Saúde Digital” é um exemplo. O potencial de ampliar o acesso à saúde se depara com a divisão digital, fazendo com que os indivíduos que poderiam ser os maiores beneficiados sejam os que têm menos condições de utilizá-la (pela exclusão digital, por exemplo), e ainda tornando-os mais vulneráveis em um cenário de infodemia e desinformação, além da possibilidade de uso de seus dados.
Reconhecida recentemente como um direito fundamental na Constituição Federal Brasileira, a proteção de dados pessoais é outro desafio importante diante da rápida digitalização dos serviços de saúde. A Lei Geral de Proteção de Dados classifica os dados de saúde como sensíveis e que, portanto, precisam ser tratados com cuidado redobrado, porque podem gerar algum tipo de preconceito ou discriminação, ampliando a condição vulnerável dos cidadãos.
Com a pandemia de covid-19 e o estabelecimento de políticas e ações voltadas à Saúde Digital, houve um aumento significativo no desenvolvimento e na implementação das estratégias de Saúde Digital no Brasil. Sendo assim, faz-se cada vez mais necessária a discussão dos inúmeros aspectos que fazem parte desse vasto campo.
Com o objetivo de promover interface entre aspectos teóricos e práticos sobre Ciência de Dados, Mineração de Dados, Aprendizagem de Máquina, Análise Preditiva e Análise Visual de grandes ou complexas bases de dados do setor saúde e de seus determinantes socioambientais, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) oferece o curso de atualização em Ciência de Dados 2023. As inscrições estão abertas até 13 de fevereiro.
O curso é direcionado a graduados em Ciências da Saúde ou Ciências Exatas e da Terra ou Probabilidade e Estatística ou Ciência da Computação ou Ciências Sociais Aplicadas ou áreas de interesse para a determinação da saúde, atuantes na área Saúde Pública.
Neste programa, os alunos tomarão conhecimento sobre os seguintes pontos:
-Introdução aos principais conceitos e métodos de armazenamento; manipulação, pacotes e ferramentas úteis para análise de dados em linguagem de programação Python;
-Apresentação e manuseio dos principais sistemas de informação em saúde e de interesse para a saúde;
-Capacitação dos alunos em abordagens teóricas e metodológicas para a coleta, transformação, análise e predição (machine learning) de grandes quantidades de dados em diferentes formatos por meio de estratégias e técnicas relacionadas a Ciência de Dados aplicada à Saúde;
-Fomentar a utilização da Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde do LIS/ICICT promovendo inovação tecnológica e aprendizagem colaborativa.
São oferecidas 10 (dez) vagas. O curso será ministrado às sextas-feiras, das 9h às 13h, com carga horária de 40h presenciais e 20h mediadas por tecnologia, com atividades assíncronas. Terá início em 17 de março, com previsão de término em 7 de julho. O local da realização será no Laboratório de Informática localizado no Campus Maré, localizado na Av. Brasil, 4.036, Maré, Rio de Janeiro.
Acesse o edital e inscreva-se!
Para marcar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Fiocruz, por meio do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, realiza o evento Imersão no Verão, com a participação de 100 alunas do ensino médio de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, que serão recebidas por profissionais em seus laboratórios e espaços de pesquisa. As estudantes vivenciarão o cotidiano de 11 unidades da Fiocruz e da Presidência da instituição.
As atividades ocorrerão nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro, das 9h às 16h, em todas as unidades técnico-científicas da Fiocruz no Rio de Janeiro. O encerramento será realizado no dia 10, sexta-feira, às 9h, com uma grande roda de conversas entre alunas e pesquisadoras para um bate-papo e trocas de experiências. Transmitido pelo canal do Youtube da VideoSaúde da Fiocruz, o evento vai contar com a participação de pesquisadoras da Fiocruz de todo o país.
Ao todo, 291 estudantes de 30 municípios do estado se inscreveram através do hotsite do evento, interessadas em conhecer um pouco mais sobre como se faz ciência na Fundação. Espera-se, com a iniciativa, estimular e promover a inserção de mais jovens na pesquisa em saúde pública.
O evento é promovido pelo Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, da Coordenação de Divulgação Científica, vinculada à Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic), e está em consonância como as políticas afirmativas para educação da instituição, orientadas pela busca por uma sociedade mais justa, equânime e inclusiva.
Para Letícia Meirelles, moradora de Manguinhos e participante do evento Meninas Negras na Ciência, coordenado pela pesquisadora Hilda Gomes, e parte da programação do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência em 2020, o Programa abriu diversas portas para a sua trajetória estudantil. “O projeto foi de suma importância na minha vida. Tive a oportunidade de conhecer laboratórios, cientistas negras, periféricas que fizeram toda a diferença, que me inspiraram e encorajaram a seguir carreira científica. No final do ano, eu vou prestar vestibular para medicina, na UERJ, e a Fiocruz me possibilitou viver esse momento”, afirmou.
A coordenadora do Programa Fiocruz Mulheres e Meninas na Ciência, Cristina Araripe destaca a importância do evento deste ano, que volta a ser presencial, após dois anos no formato virtual, em função da pandemia. "Estamos, finalmente, retornando às atividades presenciais plenas e, com isso, muito animadas e otimistas em relação ao Imersão no Verão 2023.Abriremos as portas da Fiocruz durante três dias para receber 100 jovens estudantes do ensino médio nos nossos espaços de pesquisa.
Cristina ressalta a participação das unidades e de diversas áreas da instituição para o sucesso do evento. “Além dos laboratórios, das unidades de saúde, dos ambulatórios e das unidades de produção de vacinas, imunológicos e medicamentos, mobilizamos equipes inteiras das áreas de gestão, comunicação e informação para nos apoiarem com a organização de ações educativas voltadas para o incentivo ao diálogo. É muito importante para a nossa instituição essa aproximação com a educação básica, em especial, com a juventude que tem curiosidade e interesse em conhecer mais a ciência que fazemos”, destacou.
“O fazer científico é uma das atividades que mais demandam preparação por parte daqueles que querem se dedicar à pesquisa. E começar cedo, ainda na educação básica, é algo muito promissor. Queremos despertar interesse nas jovens e assim contribuir para escolhas profissionais que as aproximem da ciência”, concluiu.
A data do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência – 11 de fevereiro – foi instituída em 2015 pela ONU, e desde 2019 integra o calendário Fiocruz. Sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, o evento acontece em diversos países, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, e dá visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres na ciência e tecnologia, reafirmando e fortalecendo a participação do gênero no âmbito científico.
Programação
8 de fevereiro:
8h30 – Credenciamento e boas-vindas no Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
10h – Visita aos espaços históricos e ao Museu da Vida
13h – Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios
16h - Encerramento
9 de fevereiro:
8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
9h - Atividades nos espaços de pesquisas e laboratórios
16h - Encerramento
10 de fevereiro
8h30 - Centro de Recepção do Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz (próximo à portaria principal)
9h - Roda de conversas: Diversidade de Vozes - Tenda Luís Fernando Ferreira na Escola Politécnica de Saúde Pública Joaquim Venâncio (próximo à portaria da Rua Leopoldo Bulhões
13h30 - Encerramento
A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) está com inscrições abertas para o curso de Especialização em Direitos Humanos, Étnico-raciais e Saúde 2023. O programa será ofertado na modalidade presencial, e está com inscrições abertas até 27 de fevereiro.
O curso é destinado a graduados que atuam ou desejam atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), e tem o objetivo de promover um conjunto de reflexões críticas e propositivas em torno da questão étnico-racial no Brasil e suas múltiplas implicações para a consolidação do direito humano à saúde.
O programa oferece quatro Unidades de Aprendizagem divididas em 22 módulos com aulas expositivas, onde serão explicitadas a parte teórica do conteúdo.
O curso será ministrado às quartas-feiras e quintas-feiras das 8h às 17h e às sextas-feiras das 8h às 12h, com início das aulas no dia 26 de abril. A carga horária é de 540h, distribuídas da seguinte forma: 440h de aulas presenciais e 100h para elaboração do TCC.
O número máximo de vagas disponíveis é de 20 vagas, havendo 30% de vagas reservadas para Ações Afirmativas, distribuídas da seguinte maneira: Negros (pretos e pardos) com reserva de 4 vagas; Pessoas com deficiência, 1 vaga; Indígenas, 1 vaga.
Confira o edital e inscreva-se!
O 3º Prêmio Capes Talento Universitário recebe inscrições até 22 de fevereiro. O concurso reconhece o desempenho de estudantes e concede R$5 mil aos mil primeiros colocados. Interessados podem se candidatar pelo formulário disponível no site da premiação.
O Prêmio tem o objetivo de reconhecer o desempenho dos estudantes que demonstrarem grau destacado de desenvolvimento de competências cognitivas; subsidiar estudos e pesquisas quantitativas e qualitativas que guardem correlacionamento com as competências finalísticas da Capes; e incentivar a formação de discentes que tenham se matriculado no Ensino Superior no ano de 2022.
São 24 mil vagas. De acordo com o Edital nº 1/2023, para concorrer, os candidatos devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021, ingressado na graduação em 2022, e apresentar matrícula regular em instituição de ensino superior pública, privada ou militar. Além disso, o participante não pode ter débito com a Capes ou outras agências de fomento à pesquisa.
Os locais de prova serão divulgados a partir de 2 de março e a aplicação ocorrerá no dia 26 do mesmo mês. O resultado final será divulgado em maio e o prazo para pagamento do prêmio vai até dezembro de 2023.
Serviço:
- Inscrições: Até 22 de fevereiro de 2023
- Site: talentouniversitário.capes.gov.br
- Vagas: 24 mil
- Premiação: R$5 mil aos mil concorrentes que alcançarem as maiores notas na prova.
Legenda das imagens:
Banner e imagem dentro da matéria: Imagem ilustrativa (Foto: iStock)
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
(Brasília – Redação CGCOM/Capes)
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura CGCOM/Capes
O Sextas de Poesia homenageia os 100 anos de nascimento de Eugénio de Andrade, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos. Tem obras publicadas em várias línguas, tendo recebido o Prêmio Camões em 2001.
É dele o poema "Sê tu a palavra", no qual os silêncios e as palavras duelam, superação e liberdade, ausência de palavras e medo de amar.
Eugénio de Andrade, pseudônimo de José Frontinhas Neto, nasceu em Póvoa de Atalaia, pequena aldeia da Beira Baixa, em Portugal, no dia 19 de janeiro de 1923.
Uma ideia que surgiu durante a visita da cônsul geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Jacqueline Ward, à Fiocruz, em 2021, ganhou forma e se concretizará este ano. A participação de três pesquisadores da Fundação no International Visitor Leadership Program (IVLP), uma iniciativa de intercâmbio financiada pelo Departamento de Estado americano, foi um dos temas da reunião com uma nova delegação da representação diplomática americana na última sexta-feira (28/1). No encontro, na sala do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram discutidas ainda as ações da Fiocruz no combate à pandemia de Covid-19, assim como uma possível colaboração entre as bibliotecas da Fundação e a do Congresso dos EUA, além de novas áreas de cooperação com instituições científicas e de educação do país.
Sofia M. Khilji, cônsul chefe do Departamento de Política e Economia, Marco S. Sotelino, cônsul para Assuntos Econômicos, e Paul Losch, diretor da Biblioteca do Congresso, trouxeram atualizações sobre o IVLP. No caso do programa deste ano, o tema escolhido foi a Promoção da Colaboração Bilateral na Ciência em Saúde, elaborado especialmente para um grupo de dez brasileiros, dos quais três serão da Fiocruz. De 10 a 18 de abril, os integrantes deverão visitar instituições como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos), e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), além de universidades e empresas de tecnologia em saúde.
A reunião, no entanto, foi além do IVLP. A delegação foi recebida por Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), que deu uma visão geral da atuação da Fiocruz no território brasileiro, destacando os cursos à distância, elaborados pelo Campus Virtual Fiocruz, rapidamente estabelecidos para treinar profissionais de saúde a lidarem com o novo coronavírus. Rodrigo Correa de Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), contou sobre o legado das ações contra a Covid-19, como o estabelecimento da Rede Genômica Fiocruz, o Biobanco Covid-19 Fiocruz e a pesquisa com vacina com RNA mensageiro. Já Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030), contou não só sobre a realização da G-Stic Rio, conferência global que visa a busca de soluções de desenvolvimento sustentável e que será realizada de 13 a 15 de fevereiro, como sobre o Complexo Industrial e Saúde.
Sofia Khilji lembrou a colaboração de longa data entre a Fiocruz e instituições científicas americanas e destacou o que ouviu sobre tecnologia sustentável. “É muito importante não perdermos o que foi alcançado durante a pandemia, porque outras crises virão. São importantes essa resiliência, as respostas para desastres e em relação a comunidades vulneráveis, como os Yanomamis, assim como defender os recursos naturais da Amazônia e do Pantanal. Essas são áreas em que a parceria pode aumentar com nossos centros epidemiológicos e com os Institutos Nacionais de Saúde”, disse.
Cristiani lembrou a chegada de sete estudantes de Princeton. “Em troca, recebemos duas ‘bolsas sanduíches’. Já chegaram mais propostas. Esse é um tipo de intercâmbio que poderia avançar com outras instituições”.
Participaram ainda do encontro Pedro Burger, coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/ Fiocruz); Valber Frutuoso, assessor de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz; e Vinicius Cotta de Almeida, coordenador adjunto de Educação Internacional (CGE/Vpeic/Fiocruz).
Imagem: Peter Ilicciev
A situação de Emergência em Saúde Pública, declarada pelo Ministério da Saúde (MS), em que se encontra a população Yanomami, causada devido à desassistência sanitária e nutricional que os atinge, levantou inúmeros e importantes debates em relação aos cuidados e atenção à saúde dos povos indígenas, voltando a eles a atenção de todo o país em busca de apoio e soluções humanitárias na luta contra essa situação de extrema vulnerabilidade.
Em face disso, a Fiocruz reuniu diversos trabalhos e obras que abordam temas ligados aos povos indígenas, como: vigilância alimentar e nutricional; direito sanitário; vulnerabilidade; cenários epidemiológicos; medicinas e tradições indígenas, entre outros assuntos.
Os títulos foram disponibilizados pelo portal de livros em acesso aberto Porto Livre, pelo Repositório Institucional da Fiocruz (Arca), pela Editora Fiocruz e pela VideoSaúde.
Confira abaixo as obras:
A plataforma de livros em acesso aberto é coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). Ao todo, estão disponíveis 15 obras para download gratuito sobre o tema. São livros que transitam sobre as mais diversas questões de saúde relacionadas aos povos originários.
Confira:
Vozes indígenas na saúde: trajetórias, memórias e protagonismos
Os autores Ana Lúcia de Moura Pontes, Vanessa Hacon, Luiz Eloy Terena e Ricardo Ventura Santos basearam-se nos relatos de diversas lideranças indígenas acerca de suas trajetórias de vida e de atuação no movimento social indígena, com ênfase no campo da saúde. O livro evidencia o protagonismo indígena na elaboração, estruturação e implementação da política de saúde indígena no Brasil. Vozes indígenas na saúde apresenta um panorama diversificado de narrativas individuais que percorrem experiências pessoais e memórias coletivas sobre a construção da política de saúde indígena no Brasil, ressituando o lugar desses atores no processo, ao explicitar suas múltiplas lutas, debates e embates, diante das distintas realidades culturais, regionais e, ainda, reflexões sobre questões de gênero.
Primeira edição: 2022
Editora: Editora Fiocruz
Covid-19 no Brasil: cenários epidemiológicos e vigilância em saúde
Organizado por Carlos Machado de Freitas, Christovam Barcellos e Daniel Antunes Maciel Villela, o livro apresenta um diagnóstico e constitui uma memória sobre a evolução da pandemia no Brasil, a partir de registros e análises de dados, sistemas de monitoramento e vigilância em saúde. Apesar de não ser uma publicação exclusivamente dedicada à saúde indígena, o volume apresenta um importante capítulo intitulado Vulnerabilidade das populações indígenas à pandemia de Covid19 no Brasil e os desafios para o seu monitoramento.
Historicamente, há inúmeros registros do expressivo e devastador impacto de doenças infecciosas e parasitárias como gripe, sarampo, varíola e malária nos povos indígenas (Walker, Sattenspiel & Hill, 2015). Recentemente, colaboradores demonstraram que a introdução de vírus respiratórios em comunidades indígenas suscetíveis tem elevado potencial de disseminação, resultando em altas taxas de ataque e de internações, podendo causar óbitos. Diante desse preocupante cenário, pesquisadores do campo da saúde dos povos indígenas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Grupo de Trabalho de Saúde Indígena da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), com técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com diversas organizações indígenas e entidades da sociedade civil que apoiam a causa indígena, se mobilizaram para alertar sobre a emergência da nova pandemia em povos indígenas, monitorar a sua disseminação e apoiar o desenvolvimento de estratégias para seu enfrentamento a fim de minimizar seus impactos.
Primeira edição: 2021
Editora: Observatório Covid-19 Fiocruz; Editora Fiocruz
Atenção diferenciada: a formação técnica de agentes indígenas de saúde do Alto Rio Negro
Dos autores Luiza Garnelo, Sully de Souza Sampaio e Ana Lúcia Pontes, o livro, da coleção Fazer Saúde, apresenta as contribuições do curso técnico de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (Ctacis) na região do Alto Rio Negro do Brasil. A obra analisa etapas como o trabalho e a formação dos agentes comunitários e indígenas de saúde, as concepções político-pedagógicas e a organização curricular do Ctacis, os cuidados da saúde de crianças e mulheres indígenas, vigilância alimentar e nutricional em terra indígena, além de temas transversais, como território, cultura e política.
Primeira edição: 2019
Editora: Editora Fiocruz
Vigilância alimentar e nutricional para a saúde Indígena, Vol. 1 e Vol. 2
As publicações levantam relevantes contribuições para a consolidação da vigilância alimentar e nutricional no âmbito da saúde indígena, com destaque para a importância e os desafios da diversidade étnica brasileira.
O primeiro volume aborda a importância da diversidade étnica brasileira e seus desafios, aspectos fundamentais para os profissionais que atuam no campo da saúde indígena. Trata-se de contribuição relevante e inédita ao debate e à consolidação da vigilância alimentar e nutricional no âmbito da saúde indígena. A primeira edição aborda temas como: povos indígenas e o processo saúde-doença; situações e determinantes de saúde e nutrição da população brasileira; sociodiversidade, alimentação e nutrição indígena; políticas públicas e intervenções nutricionais.
Primeira edição: 2007
Acesse aqui o e-book do Vol. 1.
O segundo volume discute a avaliação nutricional de comunidades e indivíduos, em todas as faixas etárias e mesmo na gestação, e destaca as duas faces de um problema: os déficits de crescimento ou subnutrição, de um lado, e o sobrepeso e a obesidade, de outro. Oferece ao leitor as bases para a realização do diagnóstico nutricional na atenção básica; aprofunda o estudo de técnicas e procedimentos usados nas medições antropométricas; destaca como a informação pode orientar ações, reorganizar serviços e melhorar a assistência; e explica as etapas de organização do fluxo de dados, desde a construção até o uso para o planejamento de intervenções, passando pela análise e divulgação de resultados.
Primeira edição: 2008
Acesse aqui o e-book do Vol. 2.
Editora: Editora Fiocruz
Pohã Ñana: nãnombarete, tekoha, guarani ha kaiowá arandu rehegua = Plantas medicinais: fortalecimento, território e memória guarani e kaiowá
Organizado por Paulo Basta, Islândia Sousa, Ananda Bevacqua e Aparecida Benites, o livro é resultado de um amplo processo de diálogo entre o grupo de pesquisa Ambiente, Diversidade e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o povo Guarani e Kaiowá das aldeias Guapo'y (Amambai), Jaguapiré, Guasuty, Kurusu Amba, Tapyi Kora (Limão Verde) e Takuapery, localizadas na região conhecida como cone Sul, no estado de Mato Grosso do Sul. Este livro foi elaborado como produto da pesquisa "Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani e Kaiowá, na região Centro-Oeste" e teve como objetivo identificar e descrever as práticas tradicionais de cura e as plantas medicinais mais prevalentes entre os Guarani e Kaiowá. A ideia é proporcionar aos leitores uma aproximação do conhecimento tradicional Guarani e Kaiowá, a partir dos relatos de experiências ancestrais de ñanderu e ñandesy com o uso de plantas medicinais.
Primeira edição: 2020
Editora: Fiocruz - PE
Equidade Étnicorracial no SUS: pesquisas, reflexões e ações em saúde da população negra e dos povos indígenas
O livro foi organizado por Daniel Canavese, Elaine Oliveira Soares, Fernanda Bairros, Maurício Polidoro e Rosa Maris Rosado com o objetivo de criar subsídios para trabalhadores da saúde que lidam cotidianamente com a questão da equidade étnicorracial no Sistema Único de Saúde (SUS). É divido em tópicos que abordam as ações desenvolvidas para a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra em Porto Alegre e sobre o panorama dos Povos Indígenas no Brasil no contexto da política de atenção à saúde dos Povos Indígenas na capital gaúcha.
Primeira edição: 2018
Editora: Rede UNIDA
O direito sanitário na sociedade de risco: a política nacional de atenção à saúde dos Povos Indígenas
De autoria de Abel Gabriel Gonçalves Junior, a publicação é fruto de pesquisas realizadas durante o curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Direito e Justiça Social da Universidade Federal do Rio Grande (PPGD/Furg), e tem como objetivo demonstrar o tratamento dado ao direto à saúde para os povos indígenas na sociedade de risco.
Primeira edição: 2017
Editora: Editora Fi
Além destas obras, a Editora Fiocruz disponibiliza, também em acesso aberto para download gratuito, nove títulos da coleção Saúde dos Povos Indígenas. Confira a matéria completa no link abaixo e acesse aqui a coleção completa.
+Editora Fiocruz disponibiliza em acesso aberto coleção Saúde dos Povos Indígenas
Arca - Repositório Institucional da Fiocruz
A Arca, plataforma vinculada ao Icict, também apresenta uma série de obras em acesso aberto relacionadas à saúde indígena. São centenas de trabalhos desenvolvidos pela comunidade Fiocruz, que incluem livros, teses, manuais, dissertações e artigos.
Confira: Arca - Povos indígenas.
A VideoSaúde, responsável por produzir, distribuir e preservar material audiovisual sobre saúde, ciência e tecnologia, também disponibilizou uma área temática com sete documentários sobre saúde indígena, produzidos no período de 2005 a 2020. As obras podem ser assistidas gratuitamente na plataforma da VideoSaúde e os vídeos podem ser baixados no Arca.
Confira a lista completa:
Amazônia Sem Garimpo
A animação é parte integrante do projeto de pesquisa “Impactos do Mercúrio em Áreas Protegidas e Povos da Floresta na Amazônia: Uma Abordagem Integrada de Saúde e Meio Ambiente”.
Produção: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Direção: Tiago Carvalho, Julia Bernstein
Ano: 2022
MBORAIHU – O Espírito que nos Une
Por meio de um olhar sensível e por intermédio de uma abordagem etnográfica, o filme retrata a realidade dos povos Guarani e Kaiowá que vivem na região conhecida como Cone Sul, no Estado de Mato Grosso do Sul. São tratados diversos temas relacionados à saúde e ao bem-viver dessas populações, incluindo a apresentação de uma ampla variedade de plantas medicinais, além de práticas tradicionais de cuidados realizadas por rezadores e rezadoras (conhecidos como Ñanderu e Ñandesy) nas comunidades. A película explora o papel dos detentores de conhecimento tradicional na luta pela manutenção de sua cultura e na preservação/retomada de territórios considerados sagrados.
Produção: Baseum Produções
Direção: Davilson Brasileiro
Ano: 2020
Médico Indígena
O documentário conta a história de vida do médico indígena, Sildo Gonzaga e da Lei Arouca, que diz que essa mesma Constituição define a saúde como direito de todos e dever do Estado, consolidando os princípios para a criação do Sistema Único de Saúde/SUS (CF/88 art. … O Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi criado em 1999, por meio da Lei no 9.836/99.
Produção: Canal Saúde
Direção: Rodrigo Ponichi
Ano: 2020
Ehcimakî Kirwañhe: um debate na saúde indígena
Traz para a tela a discussão sobre a estruturação e o funcionamento da rede de saúde indígena no oeste do Pará, na região do Mapuera. Participam do documentário diferentes interlocutores, agentes indígenas de saúde, profissionais da Casa de Apoio à Saúde Indígena, sanitaristas e outros profissionais do Sistema Único de Saúde. A partir do olhar proposto pela Política Nacional de Humanização da Assistência em Saúde, apresenta reflexões e diálogos sobre o uso da medicina tradicional, a produção da demanda pelo serviço de saúde indígena e a relação com a diferença.
produção: Fundação Oswaldo Cruz
direção: Giuliano Jorge, Marcus Leopoldino, Paula Saules, Pedro Perazzo, Tunico Amâncio
Ano: 2008
O índio cor de rosa contra a fera invisível: a peleja de Noel Nutels
O sanitarista Noel Nutels percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos e filmou muitas de suas expedições. Em 1968, foi convidado a falar sobre a questão indígena à CPI do índio. Imagens inéditas do seu acervo e o único registro de sua voz se unem para denunciar o que ele chamou de massacre histórico contra as populações indígenas.
produção: Banda Filmes
direção: Tiago Carvalho
Ano: 2019
Baniwa: Uma história de plantas e curas
As práticas tradicionais de cura estão no cerne da cultura Baniwa, povo indígena do Alto Rio Negro (AM). São os saberes míticos dos Baniwa que orientam suas concepções de saúde e doença e que direcionam as ações de cura dos conhecedores de plantas, dos pajés e dos benzedores. Qual é o espaço de reconhecimento destes saberes hoje? O documentário busca o sentido de permanência dessas práticas no atual contexto do contato.
Produção: Casa de Oswaldo Cruz
Ano: 2005
Diálogos entre saberes e sistema de curas
O Projeto Xingu tornou-se referência na produção de conhecimento e práticas voltadas para o campo da saúde indígena, junto com outros esforços da universidade como a Cátedra Kaapora onde busca a troca de conhecimentos com grupos sociais não hegemônicos. O documentário é um trabalho de extensão universitária da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Produção: Peripécia Filmes
Direção: Caio Polesi
Ano: 2019
Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil) | Arte: Vera L. F. de Pinho (Ascom/Icict)
A Fiocruz acaba de publicar seu Balanço de Gestão: Atuação da Fiocruz na Pandemia de Covid-19 - 2020 – 2022. O documento detalha as ações da instituição no enfrentamento da Covid-19 e os impactos gerados pelas suas intervenções. De forma interativa, a publicação apresenta um balanço das conquistas da Fundação, mas também os obstáculos e as falhas encontradas e enfrentadas nesse período. Na área da educação, o relatório destaca a atuação do Campus Virtual Fiocruz.
Acesse aqui o relatório completo
No mesmo ano em que completou 120 anos de história, a Fiocruz assumiu papel central na resposta aos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. Para isso, todo o sistema articulado da instituição em pesquisa, educação, serviços e produção foi acionado para fornecer respostas eficazes no enfrentamento da doença, tendo alcançado grandes conquistas e avanços, como a produção de vacinas. O relatório destaca, principalmente, o trabalho realizado pelas trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz, que se dedicaram na manutenção das atividades essenciais e no enfrentamento da pandemia, reforçando o comprometimento da Fiocruz com a sociedade brasileira.
Para mais informações e análises sobre o papel da Fundação na pandemia, confira o Balanço de Gestão 2020 – 2022.
Campus Virtual Fiocruz como destaque na formação de profissionais de saúde
A Fiocruz é a principal instituição não-universitária de formação e qualificação para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de Ciência e Tecnologia em Saúde do Brasil. No momento em que o mundo passou a enfrentar uma das maiores crises sanitárias da atualidade, a Fundação ampliou o acesso à educação ao nível regional, nacional e internacional, com destaque para a expansão do Campus Virtual Fiocruz (CVF), uma plataforma voltada à educação aberta e gratuita de grande alcance. Além de reunir informações sobre os 50 programas de pós-graduação stricto sensu, cursos de especialização, programas de residência e educação de nível técnica, o CVF também oferece mais de 30 cursos próprios, 11 deles sobre a temática da Covid-19, que juntos somam mais de 150 mil alunos inscritos.
Tendo em vista os novos cenários impostos pela pandemia, o Campus Virtual passou por uma reestruturação e ampliação de suas ações para seguir atuando no fortalecimento do Sistema de Vigilância em Saúde. A equipe elaborou, de maneira urgente, cursos autoinstrucionais na modalidade à distância para formação em escala, voltados à capacitação de profissionais de saúde em diferentes aspectos da Covid-19. Nesse sentido, houve um crescimento significativo de cursos e materiais disponibilizados na plataforma, bem como no ecossistema Educare durante a pandemia, com um amplo alcance no Brasil e no mundo.
Somente entre os anos de 2020 e 2021, a Fiocruz capacitou mais de 430 mil profissionais de saúde nos cursos de enfrentamento à Covid-19 pelo Campus Virtual Fiocruz e pela rede da UNA-SUS. Orientadas para o enfrentamento da pandemia, as formações foram cruciais na capacitação dos profissionais de saúde de todo o país. Destacamos os cursos: Manejo da infecção causada pelo novo coronavírus (2020), com mais de 60 mil profissionais inscritos; Manejo clínico da Covid-19 na atenção primária à saúde (2021), com quase 73 mil e Vacinação Covid-19: protocolos e procedimentos técnicos (2021, em atendimento ao PNI), com cerca de 40 mil.
O Campus Virtual Fiocruz segue firme, há 6 anos, como uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Crescemos, planejamos, aprendemos e adaptamos, mas sempre buscando fortalecer o SUS e reforçar o papel da Fundação como instituição de pesquisa na área da saúde pública.
Conheça cursos do Campus Virtual Fiocruz com inscrições abertas
*Com informações de Isabela Schincariol
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol