Nada melhor para celebrar a geração de conhecimento do que reconhecimento. Como parte das ações de valorização de quem faz a educação na Fiocruz, a Presidência da instituição lançou o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. O anúncio foi feito durante o evento de comemoração pelo Dia do Professor, realizado em 17 de outubro, na Tenda da Ciência, no campus Manguinhos.
Durante o evento – no qual também foram homenageados os alunos que se destacaram em no Prêmio Capes de Tese – a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, comentou a importância de incentivar jovens cientistas. “É fundamental oferecer condições para que os estudantes e novos pesquisadores possam se desenvolver e apresentar suas contribuições para os diversos campos do conhecimento. Estamos felizes em instituir esta premiação como parte das diversas iniciativas que celebram o Ano Oswaldo Cruz”.
Sobre o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2017
O novo edital incentiva a produção de teses de elevado valor, que promovam avanços no campo da saúde nas diversas áreas temáticas de atuação institucional, como destaca o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Manoel Barral. "É mais uma ação indutora, com a intenção de provocar avanços e fomentar inovações, estimulando o pensamento criativo e crítico dos alunos de pós-graduação, o que se expressa nas teses das várias áreas de atuação da Fiocruz”.
As inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses vão até o dia 13 de novembro. Poderão concorrer autores de teses defendidas entre maio de 2016 e abril de 2017 de cursos da Fiocruz e cursos nos quais a Fundação participa de forma compartilhada e que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGE - antiga Coordenação Geral de Pós-graduação - CGPG).
Será selecionada uma tese de cada uma das seguintes áreas: saúde coletiva; ciências biológicas aplicadas à saúde e biomedicina; ciências humanas e sociais; e medicina.
Acesse o edital e o regulamento aqui no Campus Virtual Fiocruz, na área de documentos.
Mais informações
Coordenação Geral de Educação
Telefone: (21) 3885-1715
E-mail: PremioOCTeses2017@fiocruz.br
Por Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz) | Foto: Peter Ilicciev
O Instituto Mercosul Social (ISM), o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO) e o Alto Representante-Geral do Mercosul (ARGM) estão lançando a primeira edição do Prêmio Mercosul de Pesquisas em Políticas Sociais. A iniciativa visa promover o desenvolvimento das capacidades de investigação no domínio das políticas sociais regionais, encorajando a apresentação de trabalhos de pesquisadores residentes no Mercosul (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Venezuela).
O prêmio contará com três categorias: estudantes de graduação, estudantes de pós-graduação e profissionais com diploma de bacharelado em Ciências Sociais.
As inscrições podem ser feitas até o dia 14/4.
Mais informações: http://bit.ly/2jVdpZS
Foto: Peter Ilicciev
Em função dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a coordenação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) anunciou a prorrogação das inscrições da 10ª edição: agora, professores da educação básica de todo o país terão até o dia 13 de dezembro para inscrever os trabalhos de alunos.
Os trabalhos devem ser de estudantes do ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e do ensino Mmédio (incluindo a Educação de Jovens e Adultos – EJA), desenvolvidos entre 2019 e 2020, nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Textos e Projeto de Ciências. Devem ser originais e abordar obrigatoriamente as temáticas relacionadas à saúde e o meio ambiente.
O processo de avaliação será dividido em duas etapas: regional e nacional, sendo que os premiados na etapa regional estarão aptos a concorrer à etapa nacional. A iniciativa premiará os 36 melhores trabalhos com uma viagem ao Rio de Janeiro, para que alunos e professores participem de atividades científicas e culturais na cidade. Além da premiação nacional, também será oferecido o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã a um trabalho desenvolvido especificamente por grupos de alunas e professoras do gênero feminino.
As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo site oficial www.olimpiada.fiocruz.br. Também é fundamental que os professores leiam o regulamento e se atentem ao envio dos trabalhos de acordo com a sua região. Para facilitar a organização, a Olimpíada está dividida em seis coordenações regionais: Centro Oeste, Minas-Sul, Nordeste I, Nordeste II, Norte e Sudeste (os endereços estão disponíveis no site).
Para acompanhar todas as novidades sobre a Obsma, fique atento às redes sociais: Facebook e Instagram. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail olimpiada@fiocruz.br ou pelo telefone (21) 3882-9291. Clique aqui para saber como participar!
Em reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) realizada em Brasília, em agosto, foi divulgada a lista de novos membros da Ordem Nacional do Mérito Científico e a dos que foram promovidos de classe. A Ordem Nacional do Mérito Científico é uma ordem honorífica concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no país. Entre os homenageados estão três pesquisadores da Fiocruz que figuravam na classe Comendador e foram promovidos para a Grã-Cruz: Antoniana Krettl, Manoel Barral Netto e Samuel Goldenberg (os três na categoria Ciências Biomédicas). A pesquisadora Celina Turchi, também da Fiocruz, foi admitida na classe Comendador (Ciências da Saúde). A entrega das insígnias e do diploma ocorrerá amanhã, dia 17 de outubro.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) abriu prazo para indicações de candidatos no último mês de fevereiro. Durante 30 dias, diversas instituições ligadas à ciência puderam indicar nomes de candidatos. Em abril, uma comissão técnica, formada pelo MCTIC, pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) reuniu-se no Rio de Janeiro para avaliar o mérito de todas as indicações e emitir um parecer para o Conselho da Ordem.
Manoel Barral Netto, atual vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, é consultor do CNPq e da Finep e membro do Comitê Assessor da Capes para as áreas de Imunologia, Parasitologia e Microbiologia. Entre 1993 e 1997, foi membro do Comitê Assessor de Imunologia de Micobactérias da OMS. Foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA (1992-1993). É atualmente membro titular do Comitê Assessor de Ciências Biológicas do CNPq, representando a área de Imunologia, tendo coordenado o Comitê Assessor do CNPq em 1996 e 1997. Manoel Barral Netto tem 9 capítulos publicados em livros especializados, e cerca de 80 trabalhos completos, publicados em revistas científicas internacionais, de alto índice de impacto, de 1982 a 1997. É membro da Sociedade Brasileira de Imunologia, sendo seu atual presidente, e membro da American Society of Tropical Medicine and Hygiene.
Formou-se em 1976 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Teve o seu interesse pela pesquisa científica na área da Imunologia Humana originado pela sua formação inicial em Patologia Humana e depois em Imunopatologia, ligado ao grupo de patologia baiano liderado por Zilton Andrade. Logo após a residência médica em Patologia, Manoel Barral Netto passou o período de 1979-1981 obtendo treinamento avançado em imunoparasitologia no Laboratory of Parasitic Diseases dos NIH, onde produziu trabalhos científicos na área de imunologia da esquistossomose humana. No seu retorno, reuniu-se a pesquisadores da UFBA (Edgar Carvalho e Roberto Badaró) interessados no estudo imunológico e epidemiológico das leishmanioses humanas, endêmicas no estado da Bahia. Manoel Barral Netto ingressou no quadro docente da UFBA em 1984, permanecendo até hoje ligado à Faculdade de Medicina. Paralelamente, seguiu carreira de pesquisador no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz, da Fiocruz Bahia, chegando em 1996 ao cargo de pesquisador-titular da instituição. Uma colaboração entre o seu grupo de pesquisa e a Universidade Cornell deu origem a uma série de trabalhos fundamentais em imunologia das leishmanioses humanas. Estes estudos transformaram o grupo de imunologia de leishmanioses da UFBA num dos principais centros de pesquisa mundial no tema. Em 1991, Manoel Barral Netto realizou um estágio “senior” no Seattle Biomedical Research Institute, em Washington. Neste período, e colaborando com Steven G. Reed, descreveu o papel da citocina TGF-b como mecanismo de escape de parasitas do gênero Leishmania da resposta imune do hospedeiro, em publicações que se tornaram citações mandatórias na sua área de atuação.
Graduada pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da UFMG em 1965, Antoniana Krettl cedo se interessou pela pesquisa participando do Departamento de Parasitologia. Seus trabalhos iniciais foram em malária, biologia, epidemiologia e quimioterapia experimental. A partir do seu estágio no exterior, em 1972-74 (New York University Medical School), interessou-se pela imunologia e ao retornar prosseguiu estudando a resposta imune na malária e iniciou, em paralelo, estudos sobre a resposta imune na doença de Chagas. Foi pioneira no cultivo contínuo do Plasmodium falciparum, agente da terçã maligna humana, usado em testes de antimaláricos a partir de plantas da Amazônia, estimulando vários grupos de químicos a fracionar extratos de plantas ativas em busca de um novo antimalárico. Seus estudos incluem ainda pacientes expostos à transmissão da malária na área endêmica ou em novos focos de transmissão, definindo o perfil imunológico da resposta anti-esporozoíta nestes pacientes, visando futuros projetos de vacinação.
Orientou dezenas de estagiários, bolsistas de iniciação científica, de aperfeiçoamento e técnicos, sendo o convênio entre a UFMG e a Fiocruz (Laboratório de Malária do Instituto Oswaldo Cruz) facilitador desse fluxo de pesquisadores. É consultora da Organização Mundial de Saúde no comitê Research and Strengthening Group desde 1992 e membro do Corpo Editorial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e ad hoc de várias outras revistas científicas, no país e exterior. Decidida a se aprofundar no estudo de duas patologias humanas importantes no Brasil, cursou Medicina pela UFMG depois de estar aposentada como professora-titular. Foi ainda a primeira mulher no Instituto de Ciências Biológicas (ICB/UFMG) nesse nível, tendo concorrido com outros quatro candidatos e se classificando em primeiro lugar, com nota máxima.
Samuel Goldenberg, atualmente pesquisador do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), teve sua formação em Biologia Molecular na Universidade de Brasília onde se graduou em 1973 e concluiu o mestrado em 1975, tendo sido sua tese a primeira do Programa de Biologia Molecular da UnB. Concluiu seu doutoramento (Doctorat dÉtat ès Sciences) em 1981 na Universidade de Paris VII, sob orientação de Klaus Scherrer. De regresso ao Brasil em 1982, passou a integrar o Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz), tendo exercido a chefia do mesmo de 1985 a 1989. Na Fiocruz iniciou o estudo dos mecanismos de regulação da expressão gênica durante a diferenciação do Trypanosoma cruzi. Como parte desses estudos, foi desenvolvido um meio quimicamente definido (meio TAU) que permite o estudo in vitro do processo de diferenciação que ocorre no interior do inseto vetor da doença de Chagas. Outra importante contribuição foi o estudo de genes de T. cruzi clonados em seu laboratório e que apresentam uma estrutura contendo epítopos repetidos; as pesquisas levaram ao desenvolvimento de um kit de diagnóstico para doença de Chagas utilizando antígenos recombinantes. Este kit foi considerado como de excelência pela Organização Mundial da Saúde e o desenvolvimento do mesmo resultou na primeira patente internacional da Fiocruz e na outorga do Prêmio Governador do Estado Invento Brasileiro em 1993. Goldenberg participou do desenvolvimento do primeiro micro-array (biochip) contendo genes do T. cruzi, abrindo um importante caminho para os estudos de genômica funcional deste parasita.
Celina Turhci, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco, graduou-se em Medicina (1981) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), tem mestrado em Epidemiologia pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e doutorado em Saúde Pública (1995) pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de epidemiologia das doenças infecciosas. Dentre os prêmios e títulos recebidos, destacam-se Honra ao Mérito (1994) concedida pela Academia Goiana de Medicina; Destaque na área de Saúde (2003) concedido pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia; Comenda da Ordem do Mérito Anhanguera (2007), concedida pelo Governo de Goiás; Eleita entre as dez personalidades mais influentes no ciência pela revista Nature (2016); Medalha do Mérito Heroínas do Tejucupapo (2017), concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi eleita entre as 100 pessoas mais influentes pela revista Time (2017) pelo fundamental papel que teve na descoberta da relação entre a microcefalia e o vírus da zika. Para realizar os estudos que colaboraram com a descoberta da relação entre o virus da zika e a microcefalia, a pesquisadora organizou uma força-tarefa de cientistas do mundo todo, entre epidemiologistas, especialistas em doenças infecciosas, pediatras, neurologistas e biólogos especializados em reprodução.
Ricardo Valverde (Agência Fiocruz de Notícias)
Acaba de sair a relação final de teses premiadas e menções honrosas do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
A premiação, concedida pela Presidência da Fiocruz, reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Parabéns a todos!
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz
Saiu a lista de candidatos com inscrições homologadas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018.
Concedida pela Presidência da Fiocruz, a premiação reconhece o mérito de teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação institucional: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Para ler o regulamento do processo seletivo e acompanhar o cronograma do prêmio, acesse o edital.
*Lista atualizada no dia 8 de agosto de 2018 com a inclusão de mais uma candidata.
Campus Virtual Fiocruz | Foto: Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz |
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2018, concedido pela Presidência da Fiocruz. Com o objetivo de distinguir teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde em diferentes áreas de atuação da Fiocruz, a premiação contemplará uma tese para cada uma das seguintes áreas: saúde coletiva, ciências biológicas aplicadas à saúde, biomedicina, medicina, ciências humanas e sociais.
Podem se inscrever, até o dia 18 de junho, autores de teses defendidas entre os meses de maio de 2017 e abril de 2018 nos cursos da Fiocruz, e cursos em que a Fiocruz participa de forma compartilhada, desde que sejam registrados na Coordenação Geral de Educação (CGEd). Não há restrição ao número de concluintes de cada curso para inscrição.
Para mais informações, acesse o edital.
A pesquisadora chefe do Laboratório de Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), Patrícia Brasil, se tornou a primeira cientista do Brasil a vencer o Prêmio Científico Christophe Mérieux 2018, promovido pela Fondation Christophe et Rodolphe Mérieux e pelo Institut de France para apoiar a pesquisa de doenças infecciosas em países em desenvolvimento. A premiação que reconhece a trajetória acadêmica da cientista e a relevância de seu projeto: A história natural da infecção por zika durante a gestação é exclusivamente para pesquisadores na área de doenças infecciosas em países em desenvolvimento. A cerimônia acontecerá no dia 30 de maio, no Coupole do Palais de L’Institut de France, em Paris. Patrícia também é a segunda sul-americana e a quarta mulher a conseguir tal honraria.
Para concorrer ao prêmio, todos os candidatos enviaram um dossiê para comissão julgadora. Ele deve conter seu currículo como pesquisador líder do grupo, suas realizações anteriores,o projeto de pesquisas, a lista das dez publicações científicas mais relevantes, razões que justificassem a candidatura e duas cartas de recomendação de instituições externas.
Trajetória de sucesso
Patrícia Brasil estudou medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em seguida, fez residência médica em doenças infecciosas e parasitárias no Hospital do Servidores do Estado de Minas Gerais e doutorado em Biologia Parasitária no Instituto Oswaldo Cruz. Em 1992 foi para Paris, através do Programa de Cooperação em AIDS entre Brasil e França, para ser treinada no diagnóstico de doenças oportunistas e micológicas em HIV, e trabalhou durante um ano no Laboratório de Parasitologia et Micologia do Hospital Saint Louis. Em Paris seguiu também Curso de Patologia e Imunologia Parasitária, correspondente ao mestrado, na Université Paris VI. De volta ao Rio de Janeiro, retomou sua carreira como infectologista do Instituto Estadual de Infectologia de São Sebastião, Rio de Janeiro (1993-2004). Em 2006 ingressou na Fiocruz como Pesquisadora em Saúde Pública no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde desenvolveu o Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas (DFA), e coordena uma equipe de especialistas, em projetos financiados por agências internacionais e brasileiras, com foco em medicina tropical, na vigilância de doenças febris agudas emergentes e re-emergentes e no desenvolvimento de protocolos clínicos e treinamento de profissionais da saúde.
Nos últimos nove anos, sua principal área de pesquisa tem sido doenças febris agudas (DFA), com grande parte dos estudos centrados em dengue e malária até 2015, quando foi identificada uma epidemia de uma nova doença exantemática, posteriormente identificada como a infecção pelo vírus Zika. Ao mesmo tempo, uma coorte prospectiva para a vigilância da dengue em pares de mães e bebês, estabelecida desde 2012 em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Seu estudo foi adaptado para possibilitar também o rastreamento da infecção pelo vírus zika, devido à hipótese de associação entre o surto de zika e o surto de microcefalia no nordeste, no final de 2015. Esta coorte permitiu iniciar um estudo prospectivo de arboviroses, cuidadosamente conduzido nessa população, dando origem à principal linha de pesquisa à que se dedica na atualidade.
Fonte: Portal Fiocruz
O Prêmio Para Mulheres na Ciência 2018 está com inscrições abertas. A iniciativa é da L’Oréal Brasil em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e com a Academia Brasileira de Ciências. Serão premiadas cientistas brasileiras que concluíram o doutorado a partir do dia 1º de janeiro de 2011 e têm pesquisas nas áreas de física, química, matemática ou ciências da Vida.
A seleção, cujas inscrições vão até o dia 20 de abril, contempla sete jovens pesquisadoras de diversas áreas de atuação com uma bolsa-auxílio de 50 mil reais a cada edição.
Essa iniciativa existe há 13 anos. Seu objetivo é transformar o panorama da ciência no País, favorecendo o equilíbrio dos gêneros no cenário brasileiro e incentivando a entrada de jovens mulheres no universo científico.
Para mais informações, acesse o site do Prêmio Para Mulheres na Ciência.
No mês das mulheres, uma ex-aluna da Fiocruz recebeu um prêmio internacional que mostra a importância de estimular jovens em programas de iniciação científica. No dia 21 de março, Rafaela Salgado Ferreira, que participou do Programa de Vocação Científica da Fiocruz (Provoc), recebeu o prêmio International Rising Talents, concedido pela Fundação L'Oréal em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Ela foi uma das 15 pesquisadoras eleitas para receber o prêmio, que incentiva a participação de mulheres de todo o mundo na ciência. No ano passado, Rafaela já havia sido laureada pelo Prêmio Nacional para Mulheres na Ciência, também organizado pela Fundação L'Oréal. Rafaela comenta a importância dessas iniciativas. "Não só o meu trabalho ganhou mais visibilidade, mas o prêmio é importante para toda a área da saúde e para a produção de pesquisas como um todo”. Ela observa que apenas 30% dos cientistas são mulheres no mundo. “Ou seja, há uma subrepresentação da mulher nessa área”.
Ciência para transformar a vida da população mais pobre
Seus primeiros passos no universo científico foram no Ensino Médio. Ainda na adolescência, ela participou do Provoc, onde desenvolveu seus primeiros projetos de pesquisa na área de saúde. Ao prestar vestibular, optou pelo curso de farmácia, carreira que lhe proporcionaria continuar suas pesquisas e seguir na tentativa de descobrir novas formas de tratar doenças que afetam principalmente as camadas mais pobres da população brasileira.
Ela se formou na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e seguiu carreira fazendo doutorado na Universidade da Califórnia em São Francisco (Estados Unidos). Depois, regressou ao Brasil e fez pós doutorado na Universidade de São Paulo (USP), tornando-se professora da instituição. Além de lecionar, Rafaela lidera um grupo de pesquisa sobre planejamento racional de fármacos na UFMG. Ela e sua equipe trabalham em novos tratamentos para doenças negligenciadas voltados principalmente a população mais pobre. Suas pesquisas focam em tratamentos para a doença de Chagas, a febre por vírus zika e a doença do sono. Para Rafaela, a ciência pode mudar a realidade vivida pelas populações carentes.
Sobre o Provoc
O Programa de Vocação Científica (Provoc) é uma proposta educacional de iniciação científica na área da saúde para jovens que cursam o nível médio de ensino. Um de seus principais objetivos é estimular a aprendizagem dos conhecimentos técnicos e científicos a partir da experimentação de práticas de pesquisa. O Programa foi criado em março de 1986 no campus da Fiocruz em Manguinhos e é coordenado pela EPSJV.
O Programa é dividido em duas etapas: Iniciação e Avançado. Na Iniciação, que tem duração é de 12 meses, os alunos se familiarizam com as principais técnicas e objetos de pesquisa de ciência e tecnologia em saúde. No Avançado, com duração de 22 meses, o aluno desenvolve todas as etapas de execução de um projeto de pesquisa em Ciência e Tecnologia em Saúde.
Fonte: Revista Galileu | Foto: Divulgação L'Oréal