Durante a 6ª edição do Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), realizada em novembro e que teve como tema “Trabalho, Educação e Saúde: construindo pontes para as diversidades no SUS”, aconteceu o lançamento do livro "Diálogos sobre Educação, Trabalho e Saúde diante da pandemia da covid-19: Seminários Discentes do Mestrado da EPSJV", um e-book que reúne trabalhos dos estudantes das turmas 2020 e 2021.
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O livro reúne 16 trabalhos apresentados nos Seminários Discentes de 2020 – Educação, Trabalho e Saúde: diálogos sobre o passado, o presente e o futuro diante da pandemia da Covid-19, e 2021 – Educação, Trabalho e Saúde: intensificação e precarização do trabalho durante a pandemia da covid-19, que, após avaliação da Comissão Organizadora, foram aprovados para publicação.
Os Seminários Discentes foram idealizados em 2018 pela turma de Mestrado em Educação Profissional em Saúde da Escola Politécnica. Com o objetivo principal de socializar as pesquisas desenvolvidas dentro da Escola, o Seminário Discente buscavam também, dialogar com outras instituições, permitindo a troca e o fortalecimento do pensamento crítico de trabalhadores que acessam ou acessaram o ensino superior.
Da mesma maneira, o e-book surge com o objetivo de divulgar os Seminários de 2020 e 2021, realizados de forma remota em meio à pandemia de Covid-19. Nesse contexto, a publicação reúne algumas produções de discentes, em sua maioria trabalhadoras(es) da saúde que atuaram na linha de frente na pandemia. Os trabalhos fazem parte do eixo Trabalho, Educação e Saúde, mas também partem, por exemplo, de debates sobre o fazer profissional diante de momentos históricos como a pandemia.
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está com inscrições abertas até 12 de janeiro de 2024 para o curso de Especialização em Coordenação de Estudos Clínicos. Com a coordenação dos integrantes da Plataforma de Pesquisa Clínica do INI/Fiocruz, Jennifer Salgueiro, Michelle Morata, Tiago Porto, Marcella Barboza e Lucimar Salgado. Inscrições podem ser realizadas pelo Campus Virtual Fiocruz.
O curso oferece seis vagas (quatro em ampla concorrência, uma para pessoas negras e uma para pessoas indígenas ou pessoas com deficiência). O curso tem carga horária de 444 horas, e tem por objetivo especializar profissionais de nível superior críticos e reflexivos para atuar como coordenadores em estudos clínicos de qualquer especialidade, em centros públicos ou privados, de acordo com as políticas do SUS.
O público-alvo são os profissionais de nível superior de qualquer área de formação, preferencialmente das ciências da saúde, que tenham, pelo menos um ano de experiência em pesquisa clínica, em qualquer cargo em algum momento da sua vida acadêmica ou profissional.
Para mais informações e inscrição, acesse o edital!
A partir de experiências práticas, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) acaba de lançar o guia Orientações para a Gestão de Riscos de Desastres e Emergências em Saúde: Abordagem Integrada Atenção Primária e Vigilância em Saúde. O documento foi produzido pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Ensp/Fiocruz. O estudo está disponível para download gratuito e contou com financiamento do Programa Fiocruz de Fomento à Inovação, o Inova Fiocruz (Edital Emergência em Saúde Pública – Encomendas Estratégicas). O guia é destinado a gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais da saúde, organizações comunitárias e Conselhos de Saúde.
A publicação reúne os principais processos-chave da Gestão de Riscos de Desastres e Emergências (GRDE). As ações da GRDE visam minimizar os impactos de situações de desastres ou emergências em saúde pública, que sobrecarregam serviços de saúde. Com as mudanças climáticas, a sobreposição de riscos, eventos, agravos e doenças se torna mais frequente, o que indica cada vez mais a necessidade de sistemas de saúde preparados e organizados para uma GRDE eficiente. O documento orienta sobre tópicos fundamentais para uma boa gestão de riscos, como planejamento, orçamento, políticas e leis, comunicação para o público geral e comunidades, bem como envolvendo os agentes de saúde, capacitação para atuar nas situações de desastres e emergências, além de infraestrutura e serviços relacionados à saúde.
“Creio que estas lições e ações sistematizadas, organizadas, adaptáveis a diferentes realidades e disponíveis em uma linguagem simples, acessível são uma inovação importante e necessária para o SUS”, diz o pesquisador da Ensp/Fiocruz e coordenador do Cepedes, Carlos Machado.
O documento foca na integração entre a atenção primária e a vigilância em saúde. “Durante a pandemia ficou evidente que esta integração necessita ter constante aprimoramento e reforço diante de emergências e desastres em saúde pública que ainda estão por vir”, afirma o pesquisador. O trabalho levou em consideração pesquisas sobre o tema, documentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as atividades desenvolvidas no Brasil no combate as emergências em saúde pública e desastres ambientais.
O Cepedes analisou o enfrentamento do setor de saúde ao coronavírus, à zika e às quedas das barragens em Mariana e Brumadinho (Minas Gerais) e ao derramamento de petróleo na costa brasileira em 2019, além de desastres de origem natural. Com base nestas situações, envolvendo entrevistas com profissionais e gestores, o guia traz “experiências exitosas realizadas em municípios de diferentes tamanhos populacionais, bem como favelas e território indígena, demonstrando o quanto o SUS é diverso em vários aspectos e exige criatividade e inovação”, destaca.
Neste guia, o Cepedes considerou experiências em municípios de 5 mil, 10 mil, 40 mil, 700 mil e 2,3 milhões de habitantes, além de uma comunidade com 140 mil moradores. Para a finalização do guia, o Centro realizou uma oficina com profissionais de diferentes instituições como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Fiocruz Rio, Brasília e Manaus, as Universidades Federais do Amapá, de Pernambuco e a Universidade de Brasília, secretarias de saúde da Bahia, do Distrito Federal, de Brumadinho e do Rio de Janeiro, além do Conexão Saúde e Redes Maré.
Campus Virtual Fiocruz oferece curso sobre enfrentamento de emergências de saúde pública
Com o objetivo de promover o diálogo entre conhecimentos técnico-científicos já consolidados e as experiências sobre eventos extraordinários de risco à saúde pública protagonizados pela sociedade civil organizada, O Campus Virtual Fiocruz, em parceria com a plataforma The Global Health Network (TGHN), oferece o curso internacional, online e gratuito, Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil.
Oferecido em três línguas — em inglês e espanhol através da plataforma The Global Health Network (TGHN) e em português pelo Campus Virtual Fiocruz, o curso é composto de nove aulas que somam uma carga horária de 30h, e é voltado a representantes e envolvidos com movimentos sociais, mas aberto também a todos interessados nessa temática.
A ideia central do curso é oferecer instrumentos a partir do conhecimento dialogado, que propiciem a garantia do direito à saúde e à informação, bem como estabelecer trocas com os movimentos sociais e colaborar com a sua atuação como mediadores e produtores de conhecimento. A construção do curso foi feita por meio de pequenos workshops realizados com representantes de diferentes movimentos na América Latina ao longo de 2021, e a elaboração do conteúdo buscou uma diversidade de perfis entre pesquisadores de saúde global, clínica médica, e também pesquisadores advindos de movimentos, cientistas sociais e comunicadores.
Conheça a estrutura do curso internacional Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil:
*Com informações de João Guilherme Tuasco/supervisão de Barbara Souza (Ensp/Fiocruz) e Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz).
#ParaTodosVerem Foto 1: Imagem do curso Instrumentos para o enfrentamento de emergências de saúde pública no contexto da sociedade civil, com os desenhos de três pessoas negras, um homem e duas mulheres, conversando usando máscaras. Há um balão de fala em uma delas, onde é possível visualizar o planeta Terra cercado de vírus.
#ParaTodosVerem Foto 2: Fotomontagem com quatro imagens. Na primeira, uma enfermeira amarra máscara no rosto de um homem; na segunda, dois homens estão em frente a um computador; na terceira, uma mulher realiza o teste de Covid em um homem; e na última, um enfermeiro aplica uma injeção no braço de uma mulher. No topo da imagem, está escrito o nome do Guia "Orientações para a Gestão de Risco de Desastres e Emergências em Saúde Pública: Abordagem Integrada Atenção Primária e Vigilância em Saúde".
Com um trecho do livro "A descoberta do mundo", o Sextas de Poesia homenageia a grande escritora Clarice Lispector, que faria 103 anos no ultimo dia 10 de dezembro. O poema nos apresenta um cotidiano transfigurado pelo olhar de Clarice, que redescobre nas Macabéas de todo dia a luminosidade de uma presença estelar. Entre flanelas e vassouras, mulheres simples e humildes se transformam em personagens que se eternizam.
A escritora brasileira marcou a literatura do século XX com seu estilo intimista e complexo, linguagem poética e perturbadora. Clarice Lispector (1920-1977) é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais lidas no país.
A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
#ParaTodosVerem Banner com uma pintura ao fundo, a cor cinza predomina mas também há verde, laranja e amarelo, na pintura há o desenho de vários corpos em pé e sentados em um tom de cinza mais claro, não é possível ver as suas feições. No centro da pintura, um trecho de Clarice Lispector em A descoberta do mundo: "...que prazer de os outros existirem e de a gente se encontrar nos outros".
Qual a situação do Brasil para o alcance das metas propostas pela Agenda 2030? Quais as perspectivas de futuro, considerando a vinda da Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30) para o Brasil, no ano que vem?
Estas são as perguntas que vão nortear o 3º Fórum Terra 2030, evento organizado pela Fiocruz, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
A mesa principal do evento vai reunir o secretário-executivo da Comissão Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Secretaria-Geral da Presidência da República, Sérgio Godoy; a coordenadora geral da Gestos e Cofacilitadora do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 no Brasil, Alessandra Nilo; e o pesquisador da Fiocruz e Coordenador do Grupo de Pesquisa de Políticas em Saúde e Proteção Social, Rômulo Paes.
Na ocasião, será lançado o 2º Edital Terra 2030, que vai selecionar projetos da Fiocruz que atuam em articulação com movimentos e organizações sociais em prol da Agenda 2030.
O Fórum é direcionado a estudantes, pesquisadores, movimentos sociais, entusiastas do tema do desenvolvimento sustentável e Agenda 2030, diretores, assessores, sociedade civil, governos, desenvolvedores de tecnologias sociais.
O Fórum é gratuito e pode ser acompanhado pelo canal da Fiocruz no Youtube.
Mais informações sobre o evento você encontra no site do Fórum Terra 2030.
Acompanhe:
3º Fórum Terra 2030 - manhã
3º Fórum Terra 2030 - tarde
A Academia de Ciências da Bahia convida para o Seminário de Enfrentamento e Prevenção à Desinformação Científica em Saúde e Ambiente, no dia 14 de dezembro, às 9h de Brasília. O evento será presencial, na Fiocruz Brasilia, com transmissão ao vivo pelo canal da Academia no Youtube.
No evento haverá a apresentação dos relatórios do Projeto Enfrenta, realizado pela parceria Academia de Ciências da Bahia (ACB) e Fundação Conrado Wessel (FCW).
O Acadêmico Manoel Barral Netto, pesquisador da Fiocruz e presidente da Academia de Ciências da Bahia, será um dos palestrantes, junto com Ana Caetano, Ana Valéria Mendonça, Clarissa Terenzi, Daniel Gobbi, Luisa Massarani, Patricia de Campos e Samara Mariana. Não perca!
Acompanhe:
Visando oferecer uma gestão de qualidade da Associação de Pós-Graduandos/Rio da Fiocruz e uma maior participação do corpo discente no dia a dia da instituição, a diretoria da entidade reuniu-se com a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, e com a coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, para apresentar e debater pontos importantes, na segunda-feira, 4 de dezembro.
+Leia mais: Pluralidade e diversidade norteiam a nova gestão da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz-RJ
As propostas apresentadas passaram por demandas que visam fortalecer a atuação e a presença estudantil nos debates do SUS, da ciência e da educação no país e na Fundação, movimentando a Fiocruz por mais participação, mais assistência, mais democracia e mais direitos.
Participaram da reunião com a VPEIC os coordenadores-gerais da APG-Rio, Bruno C. Dias e Gutiele Gonçalves dos Santos; o vice-coordenador-geral, Thassio Ferraz; o coordenador de Articulação Política, Luis Cláudio Ventura; o coordenador de Ensino, Matheus Rodriguez; a coordenadora de Comunicação, Beatriz Maria; e a coordenadora de Finanças, Tarciane Ornelas.
Os representantes da APG trouxeram como pautas a importância da participação estudantil nos espaços de deliberação e construção das políticas estratégicas da Fiocruz e nas agendas e na vida institucional da Fundação e dos Programas de Pós-graduação, bem como ações e atividades de aproximação entre estudantes e representações discentes (RD) dos PPGs e cursos, e o fortalecimento das relações da APG-Rio com as APGs dos demais estados e das relações com as demais entidades estudantis de representação discente da pós-graduação brasileira, como a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), indicação para assento na ANPG e fortalecimento do diálogo com as coordenações dos PPGs, unidades e Presidência, visando formar ações e atividades para que os discentes possam conhecer e ampliar a interação com a APG Fiocruz-RJ.
O coordenador-geral da APG-Rio, Bruno Dias, explicou a importância da reunião: "Essa pauta que apresentamos orienta a nossa gestão, tanto nas questões das necessidades estudantis como também a participação política dos estudantes na instituição. Nós vemos como muito necessária essa ampliação estudantil na vida política da Fiocruz, e o fato de sermos uma APG tão próxima da presidência facilita essa interlocução".
Também complementaram a pauta a sugestão de elaboração e atualização de documentos, como a Cartilha de boas-vindas e construção do acolhimento 2024 e o documento orientador para a organização e funcionamento das Representações Discentes (RD) e a reformulação do Estatuto da APG Fiocruz-RJ. Sugeriu-se a realização de um congresso ou jornada entre todos os PPGs da Fiocruz em 2024 e atividades discentes para a recepção dos novos estudantes.
Outros pontos apresentados foram a discussão junto à Presidência e Vices da Fundação para a participação efetiva da APG nos conselhos deliberativos gerais da instituição; participação e fortalecimento nas ações pautadas na Política de Apoio ao Estudante (PAE) da Fiocruz; ampliação das ações de apoio às mães em período de amamentação; participação ativa nas ações pautadas na Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa).
A concessão de bolsas e auxílios foi debatida, com foco em compreender os critérios de elegibilidade e visando abranger todos os estudantes. Em questão de infraestrutura, foram reivindicadas melhorias no transporte, bem como o uso de crachás para facilitar a mobilidade entre os campi, a sugestão da criação de um bandejão para alimentação, e a elaboração do Código de Conduta do Alojamento Unificado.
Bruno explicou que a APG-Rio luta em prol dos estudantes, e que as melhorias podem também se estender às demais APGs: "Vamos repassar muito do que conversamos aqui com os demais colegas para ampliar essa participação política dos estudantes na Fiocruz, que passa pelas eleições, congressos internos, a vida dos estudantes de pós-graduação dentro de seus Programas, questões de moradia, assistência estudantil e apoio científico".
+Conheça o Programa da nova gestão da APG-Rio: Pluralidade em Ação - Movimentando a Fiocruz
#ParaTodosVerem fotomontagem com quatro imagens da reunião entre a VPEIC e a APG-Rio.
O Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) convida para a ‘I Oficina de Atualização Pedagógica e Gestão’ do Curso de Especialização em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social (CEPSDS), que completa 15 anos de realização. O encontro será nos dias 12 e 13 de dezembro, a partir das 8h30, na sala 410 da Escola. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“A programação da oficina tem o intuito de fortalecer e circunscrever as possibilidades e limites do CEPSDS em âmbito institucional e na sua relação com a formação orientada à promoção da saúde, perante os desafios que esse campo nos coloca na atualidade”, explicam os organizadores. Aberto ao público, o evento é voltado especialmente para os profissionais envolvidos com a discussão conceitual, o processo de formulação, desenho, implementação e avaliação de programas de formação/educação permanente em saúde pública em diferentes marcos institucionais, além de egressos do CEPSDS (alunos e professores tutores). Todos os interessados serão bem-vindos.
O evento será composto por mesas de palestras sobre os temas “Programa de formação orientada à promoção da saúde – alguns aprendizados de uma travessia ética, estética, técnica e política” e “Promoção da Saúde e Formação – perspectivas conceituais e desafios práticos”, além de roda de conversa para discutir o “Processo de trabalho em saúde e reorientação das práticas”. Está prevista ainda a sessão temática “Criação de capacidades e reorientação das práticas perante os desafios históricos e contemporâneos na produção da saúde em todas as dimensões”, bem como grupos de trabalho e uma plenária para apresentação e debate das sínteses coletivas para encaminhamentos e desdobramentos da oficina.
A abertura da oficina contará com as presenças do diretor da Ensp, Marco Menezes, do vice-presidente de Atenção, Ambiente e Promoção da Saúde/Fiocruz, Hermano Albuquerque de Castro, da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação/Fiocruz, Cristiani Machado, da vice-diretora de Ensino da Ensp, Enirtes Caetano, do coordenador do Lato Sensu da Ensp, Gideon Borges, da chefe do Daps, Carla Tavares de Andrade, e da pesquisadora do Daps e coordenadora-geral do CEPSDS, Maria de Fátima Lobato Tavares. Além de pesquisadores da Ensp, o evento terá a participação de convidados da Universidade de São Paulo, do Instituto Fernandes Figueira, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Confira a programação completa abaixo ou baixe aqui no formato PDF:
O abortamento inseguro é uma das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil, sendo considerado um problema de saúde pública. O tema — cuja discussão envolve um complexo conjunto de aspectos —, é tratado no novo curso ofertado pela Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, em parceria com a ONG Bloco A: Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto. A formação, com carga horária de 30h, é voltada a profissionais de saúde envolvidos nos cuidados imediatos e abrangentes a mulheres que passaram por essa situação, apresentando ferramentas efetivas para a qualificação dos profissionais na assistência ao abortamento. O curso é online, gratuito e autoinstrucional. As inscrições estão abertas!
No Brasil, o aborto é criminalizado – exceto em casos de violência sexual, anencefalia fetal e risco de vida para a pessoa gestante. Por conta disso, o debate sobre essa temática sempre traz à tona questões legais, morais, religiosas, sociais e culturais. Para tanto, o curso oferece uma abordagem baseada em direitos e políticas de saúde sexual e reprodutiva, democratizando o acesso à informação e promovendo estratégias de redução de danos por aborto. A ideia é subsidiar profissionais de saúde, além de promover alternativas para o planejamento sexual e reprodutivo, reconhecendo a importância da humanização do atendimento e incentivando uma postura ética e de respeito aos direitos humanos das mulheres.
Pela Fiocruz, a coordenação acadêmica do curso é formada pelas professoras e pesquisadoras da Fundação Claudia Bonan Jannotti, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Maria do Carmo Leal, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e Adriana Coser Gutierrez, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz). Já pela Bloco A, integram a equipe a coordenadora da organização, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB e a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra.
Por meio da ONG Bloco A, o Ampara já foi ofertado para quase 500 profissionais da saúde, em parceria com o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) em 2022. Esta parceria com a Fiocruz, em 2023, oferece uma nova edição do curso, revista e ampliada. A Bloco A é uma organização que faz parcerias com instituições de saúde para mobilizar e desenvolver habilidades de ginecologistas, enfermeiras, parteiras e psicólogos para fornecer cuidados contraceptivos de alta qualidade e compassivos, aborto e assistência pós-aborto. A organização acredita que os provedores de saúde são os melhores parceiros no apoio às mulheres para tomar decisões informadas sobre sua saúde, pois podem fornecer informações precisas e sem julgamentos e prestar serviços com segurança.
Claudia Bonan detalhou que o curso Ampara tem como objetivos ampliar os conhecimentos clínicos, epidemiológicos, jurídicos e bioéticos às diversas situações de aborto e no pós-abortamento, além de fortalecer as habilidades dos trabalhadores da área da saúde para o acolhimento e a oferta de cuidados integrais e longitudinais a esse grupo. Segundo ela, o aborto é um evento que pode acontecer na vida reprodutiva das mulheres e “não é incomum que em nossa atuação profissional, seja na Atenção Primária em Saúde (APS), seja na atenção especializada, nos deparemos com mulheres que necessitam de cuidados por motivo de aborto – seja espontâneo, provocado ou previsto por lei – e cuidados pós-aborto”, especificou.
A especialista apontou que o aborto realizado em condições inseguras – com pessoas não bem treinadas para isso, com métodos inadequados e ambiente insalubres - é uma causa importante da morbidade e da mortalidade materna no Brasil. “O adoecimento e o óbito por motivo de aborto são evitáveis, em quase sua totalidade, se a pessoa recebe um tratamento em tempo oportuno, baseado nas melhores práticas clínicas, que são aquelas fundamentadas em evidências científicas e no respeito aos direitos fundamentais, especialmente, aos direitos sexuais e reprodutivos. Portanto, ao oferecermos uma atenção de qualidade, baseada em evidências científicas, em princípios bioéticos e no respeito aos direitos reprodutivos, podemos melhorar os indicadores de saúde das pessoas que abortam e enfrentar o grave problema de saúde pública representado pelo aborto”, concluiu.
Conheça a estrutura do curso Ampara – Acolhimento de pessoas em situação de abortamento e pós-aborto
Aula 1: O Abortamento no Mundo e no Brasil
Aula 2: Serviços de Abortamento Previstos em Lei no Brasil
Aula 3: Abortamento e Evidências Científicas
Aula 4: Cuidados Pré e Pós-abortamento
Aula 5: Acolhimento à Gestação Indesejada e Redução de Danos
Aula 6: Violência Obstétrica no Abortamento e no Cuidado Pós-aborto
IFF/Fiocruz lança curso em encontro online sobre temática na segunda-feira, 11/12
Na segunda-feira, 11 de dezembro, às 15h, o IFF/Fiocruz vai promover um encontro virtual com especialistas, no âmbito de seu Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente e, na ocasião, acontecerá também o lançamento do novo curso. O encontro “Acolhimento de Pessoas em Situação de Abortamento e Pós-aborto (Ampara), será transmitido ao vivo no canal de Boas Práticas do IFF/Fiocruz no Youtube, e, além de Claudia Bonan como moderadora, o evento conta com a participação da coordenadora da ONG Bloco A, Janaína Penalva, que é advogada e também professora da Faculdade de Direito da UNB; a coordenadora de projetos da Bloco A e enfermeira, Mariana Seabra; a médica e integrante do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, Halana Faria; a assistente social, professora e vice-coordenadora do curso de serviço social na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) Nathália Diórgenes; e o médico obstetra, pesquisador e docente do IFF/Fiocruz, Marcos Dias.
Envie suas dúvidas pelo Portal de Boas Práticas do IFF e acompanhe a transmissão ao vivo no Youtube:
A linguagem é elemento essencial para promover a inclusão e garantir direitos. Imagine que você trabalha numa instituição pública, por exemplo. Quanto mais claro e objetivo você for, ao se comunicar com seu público, mais pessoas poderão compreender as informações que está transmitindo. E, assim, terão mais condições de acesso ao serviço que está promovendo.
Não à toa, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 5/12, projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, com procedimentos que devem ser adotados por órgãos e entidades da administração pública para a comunicação com a população. A matéria será enviada ao Senado. Após a aprovação da lei, as instituições terão 90 dias para se adaptarem.
O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já está há alguns anos assumindo a linguagem simples como parâmetro para suas atividades. E, agora, lança seu Guia de Linguagem Simples, como forma de estimular ainda mais a consciência a respeito do tema.
+Acesse o Guia de Linguagem Simples do Icict.
Os leitores como bússola
A publicação — disponível online, de forma gratuita — reúne dicas para tornar a escrita mais objetiva, chamando atenção para chavões e vícios muito comuns na comunicação de instituições. Convida seus leitores a refletirem sobre como podem tornar sua comunicação mais eficiente. E, também, a adotarem práticas que levam em conta os diferentes públicos que podem ter como foco, direcionando sua linguagem às características de cada um.
“Não podemos falar em linguagem simples sem levar em conta a busca por uma comunicação mais acessível, que contemple por exemplo a leitura de pessoas com deficiência”, explica Valéria Machado, profissional do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), do Icict, e uma das autoras do Guia. “Essa preocupação deve integrar não apenas o ato da escrita, mas também a produção de imagens, websites e formulários, por exemplo. Ou seja: a ideia de linguagem simples não diz respeito apenas ao texto escrito, mas às diferentes formas de comunicação.”
O conceito de “linguagem simples” surgiu no bojo do movimento por direitos civis, nos Estados Unidos. Linguagem simples é um conjunto de técnicas que ajudam a tornar a comunicação mais objetiva e inclusiva, ao levar em conta as necessidades dos diferentes leitores. Adotar a linguagem simples nas práticas cotidianas de instituições públicas é, também, um passo muito importante para assegurar os direitos da população. E, por isso, é uma ferramenta que fortalece as próprias instituições.
O Guia de Linguagem Simples do Icict é dirigido não só a jornalistas e redatores, mas também a cientistas, gestores e profissionais de saúde em geral.
Divulgação científica
“Não são apenas os textos jornalísticos que podem ser escritos em linguagem simples. Mesmo artigos científicos ou relatórios de pesquisa podem se beneficiar de suas técnicas”, esclarece Liana Paraguassu, linguista pesquisadora das áreas de Comunicação Acessível em Saúde e Letramento em Saúde e uma das autoras do guia. “É perfeitamente possível manter os termos técnicos, essenciais a esse tipo de publicação, mas buscar uma construção textual e um vocabulário mais amigáveis. A linguagem simples é muito importante para a divulgação científica, por exemplo. E a pandemia nos mostrou como fortalecer a divulgação científica é uma questão urgente.”
O Guia de Linguagem Simples do Icict/Fiocruz é um dos resultados do projeto “Criação da Rede Integrada de Relacionamento com o Cidadão (RIRC) para apoio à comunicação integrada da Fiocruz com o cidadão” – do Edital Inova Gestão (2020/2021), coordenado pela Ouvidoria em parceria com a equipe do Fale Conosco do Portal Fiocruz. E está integrado também a outras iniciativas, como o projeto de reformulação do site do Icict e os projetos de desenvolvimento de chatbots. Todos esses projetos fazem parte do Programa Inova, da Fiocruz, lançado em 2018, que tem como objetivo fomentar a pesquisa e a inovação, resultando na entrega de produtos, conhecimento e serviços para a sociedade.