A segunda seleção interna de doutorandos para a realização do teste de proficiência de língua inglesa TOEFL® ITP divulga seu resultado final. Ao todo, 15 alunos foram selecionados. A iniciativa ofereceu os testes no âmbito da Política de Internacionalização do Ensino.
Dúvidas e solicitações de informação sobre a chamada devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br com o assunto “Dúvida 2° Chamada TOEFL® 2022”.
Acesse aqui a chamada completa e todos os seus documentos
*matéria divulgada em 24/4/22 e atualizada em 29/4/22 com o resultado final da seleção
Foram prorrogadas as inscrições, até 12h da próxima segunda-feira, 30/5, para a edição de inverno 2022 dos Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A oportunidade é para estudantes de graduação de todo o país desenvolverem ainda mais seus conhecimentos sobre ciência e saúde em uma imersão na realidade técnico-científica do IOC/Fiocruz. Assim, entre os dias 18 e 29 de julho, o IOC receberá, de forma virtual, até 115 graduandos para os cursos de inverno disponíveis neste ano. As inscrições são feitas por meio do Campus Virtual Fiocruz. Confira o link de cada um na lista abaixo.
As vagas são distribuídas entre cinco cursos que apresentam metodologias utilizadas em pesquisa básica e aplicada, além de conceitos e contextos de assuntos relevantes para o campo de pesquisa em saúde no Brasil. Os temas dos cursos em 2022 são: técnicas moleculares, saúde única, genética humana, bioinformática estrutural e artrópodes.
Para se candidatar a uma vaga, basta preencher um formulário eletrônico disponível no Campus Virtual Fiocruz, com atenção aos campos especificados, incluindo a carta de interesse. Vale ressaltar que cada curso possui seu próprio critério de seleção. Acesse aqui a chamada da edição inverno 2022.
As atividades dos Cursos de Férias são planejadas e ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC e coordenadas por pesquisadores do Instituto.
Devido à pandemia de Covid-19, após uma pausa de duas temporadas, o formato on-line foi adotado temporariamente pelos Cursos de Férias do IOC desde a edição de inverno 2021. Mantendo a qualidade e características, como acessibilidade e dinamismo, a iniciativa adaptou sua experiência presencial para uma imersão virtual em uma plataforma interativa.
Confira a lista de cursos disponíveis e o link direto para inscrições em cada um deles:
ATENÇÃO: Para realizar sua inscrição nos cursos disponíveis no Campus Virtual Fiocruz, é necessário ter cadastro no Acesso Fiocruz ou na plataforma UNA-SUS.
O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao carnaval e ao Dia do Choro, celebrado em 23 de abril. Chiquinha Gonzaga foi a primeira pianista de choro e autora da primeira marcha carnavalesca do país, intitulada 'Ó Abre Alas', em 1899. Os versos escolhidos nesta edição são da composição "Passo no Choro", que homenageia o flautista Antonio Maria Passos, integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga ao lado de Arthur Nascimento, o Tute, no violão, e Nelson dos Santos Alves no cavaquinho – formação típica do choro. A música foi gravada pelo Grupo em disco Columbia, lançado em 1912.
Ela nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) no Rio de Janeiro do Segundo Reinado, foi educada como uma sinhazinha e preparada para se tornar uma dama da corte, mas se consagrou como Chiquinha Gonzaga, musicista talentosa que contribuiu para a gênese da música brasileira.
Mulher e mestiça, enfrentou todos os preconceitos da sociedade patriarcal e escravista para se firmar como pianista, compositora, regente e, por fim, líder de classe em defesa dos direitos autorais. Pioneira, Chiquinha Gonzaga abriu alas para todas e todos, deixando seu exemplo de luta pelas liberdades no Brasil.
Com informações do site Chiquinha Gonzaga
A Fiocruz promoveu, em 19/4, a aula inaugural do seu ano acadêmico. O evento teve como destaque a conferência Duzentos anos da “questão indígena”, proferida pela antropóloga luso-brasileira Maria Manuela Carneiro da Cunha, uma referência nos estudos sobre etnologia e antropologia histórica e há décadas militante do direito dos povos indígenas do Brasil. Antes da aula inaugural, ocorreu a cerimônia de filiação da Fiocruz à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
"A filiação à SBPC é institucional, porque participantes somos desde a origem, e com muita satisfação", salientou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. Ela disse que foi uma alegria promover o ato no dia da aula inaugural da Fiocruz, primeiro evento semipresencial desde o início da pandemia de Covid-19, destacando ainda o retorno, gradual e seguro, dos estudantes aos campi da Fiocruz para aulas presenciais. Nísia ressaltou que o pesquisador emérito Renato Cordeiro, da Fiocruz, foi fundamental nesse processo, como conselheiro da SBPC, assim como a secretária regional da SBPC, Lígia Bahia. A presidente também destacou a importância de pensar nos jovens, tanto os pesquisadores quanto os trabalhadores da saúde. “Pensar nos jovens e no seu lugar na ciência, uma vez que estamos enfrentando um problema de evasão, não apenas de cérebros, mas de compromissos, afetos fundamentais para a ciência brasileira”.
Nísia sublinhou que “nosso trabalho tem como objetivo uma ideia central: a ciência e a saúde em defesa da democracia e da soberania. Por essa razão, acolhemos de forma especial nossos estudantes e docentes no dia de hoje e deixamos esta mensagem nesta aula inaugural que enfoca os povos indígenas: é preciso considerar a diversidade como um valor central para a construção de um país democrático e soberano”.
O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, que participou de forma virtual do encontro, elencou uma série de homenagens: ao incansável trabalho da Fiocruz em defesa da saúde e da ciência; à corajosa condução de Nísia à frente da instituição; ao professor Haity Moussatché, um dos pesquisadores da Fiocruz que sofreu com o rude golpe do Massacre de Manguinhos na década de 1970 e, especialmente, por ter sido um dos fundadores da SBPC e, portanto, representando a filiação celebrada entre as instituições; por fim, uma homenagem a Renato Balão Cordeiro, pesquisador da Fiocruz e conselheiro da SBPC, que se empenhou para o desenvolvimento da categoria "Sócios Institucionais da SBPC", resultando na filiação da Fundação.
O vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo Netto, lembrou que as trajetórias de ambas as instituições foram paralelas ao longo das décadas na luta pela ciência, saúde da população e pela redução das desigualdades sociais. No entanto, segundo ele, com foco em um prisma futuro, essa associação será extremamente importante para o país. "Não será uma tarefa fácil. Precisaremos muito mais do que estar associado. Todas as instituições que querem ver um Brasil mais justo, menos desigual, com mais saúde, mais ciência e mais educação precisarão trabalhar juntas, e devemos começar já! A SBPC está renovando suas forças para que, junto com a sociedade civil e a comunidade científica, possamos trabalhar na reconstrução de um Brasil melhor!", afirmou.
"Assinar essa filiação institucional significa que caminharemos juntos no sentido de enfrentarmos os desafios do presente e do futuro, entre os quais eu destaco a importância de pensarmos nos jovens", pontuou a presidente da Fiocruz. Assinaram o termo Renato Janine, Paulo Artaxo, Nísia Trindade e a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado. Segundo Nísia, "é simbólico termos a assinatura dessa vice na filiação, pois a educação, a informação e a comunicação são dimensões também do fazer científico da Fiocruz!".
Retorno presencial e permanência dos estudantes
A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, deu boas-vindas aos estudantes e anunciou o Auxílio à Permanência do Estudante, voltado aos alunos de pós-graduação de cursos stricto sensu. Segundo ela, esse é mais um importante passo da instituição no sentido da inclusão e do apoio ao discente em situação de vulnerabilidade. A ação integra uma ampla política – e um compromisso democrático – da Fiocruz relacionada a ações afirmativas.
Além de Cristina Guilam e de Nísia Trindade, a mesa de abertura da aula inaugural contou com a participação da vice-presidente Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Vieira Machado, da presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da Fiocruz (Asfoc-SN), Michelly Alves, e do vice-coordenador da Associação de Pós-Graduandos da Fiocruz (APG-RJ) e doutorando do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Jacks Bezerra. Ele enalteceu os esforços dos alunos da casa que permaneceram estudando, pesquisando, exaltando a ciência brasileira e a Fiocruz e defendendo suas teses e dissertações em meio aos últimos dois anos de pandemia.
Cristiani Machado também saudou trabalhadores, docentes e especialmente os estudantes, afirmando que a Fiocruz está não somente de portas abertas, mas também de braços abertos para todos. E, de forma muito especial, para aqueles que passaram por todo seu curso de maneira virtual. "Vocês poderão estar conosco presencialmente para assistir às aulas de caráter eletivo, acompanhar as disciplinas... estaremos aqui para recebê-los", disse ela, entusiasmada.
Aula inaugural
Nísia introduziu a temática escolhida para a aula inaugural de 2022 da Fiocruz reforçando que povos e sociedades indígenas e tradicionais tiveram seus direitos garantidos pela Constituição brasileira de 1988, mas ainda precisam tê-los reconhecidos na prática: "A trajetória para a superação das desigualdades no Brasil considera a diversidade como um valor central a ser respeitado. Para que, de maneira efetivamente democrática, possamos trilhar o caminho de um outro futuro para o nosso país".
Autora de diversos livros e uma das grandes estudiosas da história e cultura dos povos indígenas no Brasil, Maria Manuela da Cunha é professora emérita da Universidade de Chicago, onde trabalhou, e dá aulas na Universidade de São Paulo. Ela fez um histórico da relação entre os europeus que chegaram às Américas e os povos indígenas, desde o período colonial aos dias de hoje. Segundo ela, a palavra “questão”, usada no título da aula inaugural, é no sentido de esse ser um tema que tem uma longa história, atravessando os últimos cinco séculos e tendo como ponto de partida os impactos da descoberta do continente.
“O achamento [descoberta] da América trouxe questões para a Igreja, o direito e a filosofia”, afirmou Maria Manuela. Ela citou o frei dominicano espanhol Francisco de Vitória como um dos primeiros defensores, ainda no século 16, logo depois da chegada dos navegadores europeus à América, dos direitos dos povos indígenas. O religioso teve uma pregação humanista, que questionou a legitimidade da conquista europeia das Américas, mesmo que fosse para combater o paganismo ou o canibalismo, e sustentava que os indígenas não eram seres irracionais. Para Vitória, os monarcas europeus e o Papa não tinham direito de controlar ou dividir as terras dos habitantes originais. Segundo o frei, como os espanhóis reagiriam se um grupo de indígenas chegasse ao seu país exigindo o controle do território e o dividindo?
A antropóloga ressaltou que uma das questões da época, a respeito da qual debatiam teólogos e filósofos, era sobre se os indígenas tinham alma e se eram seres humanos. A bula (documento) Sublimis Deus, emitida pelo Papa Paulo III em 1537, deixava claro que os índios são homens, capazes de compreender a fé cristã, e condenava a escravidão desses povos. A bula também abria caminho para a catequização dos povos das terras descobertas, a partir, no caso do Brasil, de 1549, quando começa de fato a colonização do território. Na época, outra questão discutida era como cotejar a existência dos povos indígenas com a Bíblia, já que não são mencionados nas Escrituras. Uma das possibilidades foi relacioná-los às tribos perdidas de Israel.
Do mesmo século 16, a conferencista citou o escritor, jurista e filósofo francês Michel de Montaigne, um humanista que usou a descoberta desses povos das terras ocidentais para criticar a França de sua época, que sofria em guerras religiosas fratricidas. Montaigne aproveitou o contato com três indígenas tupinambás levados à França para fazer um contraponto entre os seus compatriotas e suas instituições e os indígenas. “Montaigne chegou a conversar com eles, auxiliado por um empregado que havia estado no Brasil e serviu de intérprete no diálogo”. Curioso e sem um pingo de superioridade, o filósofo comentava que os indígenas permitiam enxergar o absurdo de certos hábitos e crenças da sociedade europeia.
Maria Manuela também descreveu as questões que surgiram após o início da colonização, quando três grupos de interesse distintos passaram a atuar nos territórios indígenas: a Coroa portuguesa, os missionários jesuítas e os novos moradores (os colonos). E essas relações se davam em constantes conflitos, que também eram agravados pela ação de outros europeus, como os franceses, que intencionavam fundar colônias no Brasil. Volta e meia algum povo indígena se aliava a algum grupo europeu para guerrear e conquistar territórios.
A professora discorreu ainda sobre a ação do marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal que em 1755 proclamou a libertação dos indígenas em todo o Brasil. Em uma só decisão ele agiu contra os proprietários de indígenas escravizados e os jesuítas, que dirigiam a vida das comunidades indígenas nos aldeamentos. Outras iniciativas de Pombal foram as de proibir a discriminação aos indígenas e elaborar uma lei favorecendo o casamento entre eles e portugueses. Ele também criou o Diretório dos Índios, para substituir os jesuítas na administração das missões.
José Bonifácio, o Patriarca da Independência, também foi lembrado por Maria Manuela. Bonifácio tinha um projeto de integração dos índios à sociedade, por meio de catequese e educação. Para ele, essa integração seria feita pela mestiçagem, que tonaria possível a criação de uma cultura comum, na qual, de acordo com suas palavras, prevaleceria o elemento branco e civilizador.
Maria Manuela recordou a atuação dos positivistas, que no final do século 19 tanto inspiraram os líderes do movimento republicano. “Eles tinham ideias bastante incomuns para a época e chegaram a propor, na Assembleia Constituinte de 1891, que elaborou a primeira Constituição da República, a instalação do que chamaram de ‘Estados Confederados Ocidentais’, que seriam ocupados pelos povos indígenas. O objetivo era garantir a esses povos a proteção do Governo Federal contra qualquer violência, contra os povos indígenas e seus territórios. E os territórios não poderiam ser atravessados sem o prévio consentimento dos indígenas, pacificamente solicitado e pacificamente obtido”. Para os positivistas, as populações indígenas estavam no primeiro estágio mental da Humanidade e por isso precisavam de amparo e proteção para que pudessem alcançar a civilização. O projeto, no entanto, não prosperou. Não faltavam, na época, vozes que defendiam o extermínio dos índios que resistissem ao avanço da “civilização”.
Um pouco mais tarde, em 1910, foi criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), vinculado inicialmente ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, e que depois passou pelo Ministério do Trabalho (1930-34), o Ministério da Guerra (1934-39), por meio da Inspetoria de Fronteiras, voltou ao Ministério da Agricultura (1940) e depois passou a integrar o Ministério do Interior até sua extinção, por corrupção, em 1967. Poucos anos depois da criação do Serviço, o Código Civil de 1916 estabeleceu a relativa incapacidade jurídica dos indígenas e o poder de tutela do SPI (da mesma forma que eram tutelados os adolescentes e as mulheres casadas). Era então corrente a ideia de que os indígenas eram seres em estado transitório, destinados a tornarem-se trabalhadores rurais ou proletários urbanos. Essa noção de tutela dos indígenas só foi abolida em 2002, com o novo Código Civil.
Maria Manuela encerrou sua conferência afirmando que os povos indígenas “não são o passado, e sim o futuro”. Segundo ela, todos os estudos recentes mostram que as áreas de florestas controladas por povos indígenas são as mais preservadas, no Brasil e no mundo, como também atestam os documentos dos painéis sobre mudanças climáticas da ONU. “A agricultura e o cultivo da terra feito pelos indígenas já eram modernos séculos atrás. E estima-se que cerca de 10% da Floresta Amazônica tenha origem antropogênica, ou seja, cerca de 700 mil quilômetros quadrados. É muita terra”. Ela citou ainda o arqueólogo Eduardo Neves, que ao rebater críticas de que os indígenas não construíram nenhuma obra de impacto disse que “a Floresta Amazônica é a nossa pirâmide”.
Ao final da aula inaugural, foram sorteados livros da coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz. Confira a íntegra do evento:
*Colaboração: Ciro Oiticica (Agência Fiocruz de Notícias)
*Imagem: Peter Ilicciev (Fiocruz)
O que é Ciência Aberta e por que é um movimento tão importante e atual para a pesquisa científica? Já está disponível para inscrições a disciplina transversal Introdução à Ciência Aberta. Nessa primeira oferta do ano, as aulas acontecerão de maneira remota entre os dias 27 de abril e 8 de junho de 2022. As vagas são destinadas a alunos de pós-graduação Stricto sensu da Fiocruz cujos programas tenham aderido à disciplina.
Para saber se o seu programa de pós-graduação está oferecendo a disciplina, basta verificar pela plataforma SIGA. No total, estão previstas 60 vagas para estudantes interessados. Com carga horária total de 45 horas, o curso apresentará os fundamentos, as perspectivas e as dimensões atuais da Ciência Aberta. Haverá aulas assíncronas e síncronas, com um total de cinco encontros remotos, uma vez por semana.
Inspirada na Formação Modular em Ciência Aberta, curso livre ofertado pela Fiocruz, a disciplina é dividida em quatro módulos (com partes obrigatórias e opcionais):
“A reflexão sobre o movimento de abertura da ciência é necessária não só nas pesquisas realizadas na pós-graduação, mas também nas carreiras científicas. Os pesquisadores precisam estar preparados para as novas demandas, diálogos e desafios do fazer científico na atualidade”, pontuou a coordenadora da disciplina, Vanessa Jorge.
A disciplina transversal é oferecida através da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e foi lançada, pela primeira vez, em outubro de 2021. Há previsão de uma nova oferta ainda no segundo semestre de 2022.
Candidaturas homologadas para as chamadas destinadas ao Programa de Professor Visitante no Exterior Júnior/Sênior (PVEJS), e para bolsas na modalidade Doutorado Sanduíche (DSE), ambas oferecidas no âmbito do Projeto Coopbrass – Edital n°05/2019 da Capes – Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas. A partir de agora, o processo segue para análise de mérito, com avaliação das candidaturas pela Comissão de Avaliação do Projeto. O resultado parcial será divulgado em 13 de maio e os pedidos de recurso/reconsideração poderão ser enviados até 16/5. Por fim, o resultado definitivo será divulgado em 19/5.
Confira a lista nominal:
O Projeto Coopbrass prevê atuação em parceria entre a Fiocruz, o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS) e a Universidade Lúrio (UniLúrio) no desenvolvimento de pesquisas e na formação de gestores, pesquisadores e estudantes em duas áreas estratégicas: doenças infecciosas, negligenciadas e emergências sanitárias; e fortalecimento dos sistemas públicos de saúde. O projeto pretende contribuir ainda para a consolidação de redes de pesquisa já existentes e para a formação de pessoal qualificado.
Todas as bolsas são destinadas para a ida de pesquisadores a Moçambique, não sendo aceitas solicitações referentes à ida a outros países.
O Programa PVEJS tem como público-alvo professores que possuam inserção nos meios acadêmicos ou de pesquisa nacionais e internacionais, com reconhecida produtividade científica e tecnológica na sua área do conhecimento. Ele visa a oferecer bolsas em Moçambique (África) para a realização de estudos avançados e destina-se a pesquisadores com doutorado que possuam vínculo empregatício com a Fiocruz e sejam credenciados como professores dos Programas de Pós-Graduação da instituição. As inscrições das propostas vão até 17 de abril de 2022.
Professor Visitante no Exterior Júnior (PVEJ) – 1 bolsa
A seleção destina-se a pesquisadores, servidores efetivos e ativos da Fiocruz com titulação obtida há, no máximo, dez anos, tendo como referência o último dia para inscrição no processo seletivo, com o objetivo de proporcionar oportunidade de aprofundamento de estudos e pesquisas para pesquisadores em fase de consolidação acadêmica.
Professor Visitante no Exterior Sênior (PVES) – 1 bolsa
A seleção destina-se a pesquisador, servidores efetivos e ativos da Fiocruz com titulação obtida há mais de dez anos, tendo como referência o último dia de inscrição, com o objetivo de atender pesquisadores que possuam comprovada liderança nos meios acadêmicos ou de pesquisa nacionais e internacionais, com reconhecida produtividade científica e tecnológica na sua área do conhecimento.
Ao todo, são oferecidas duas bolsas, uma para cada categoria da seleção com a duração de quatro meses, de acordo com a disponibilidade financeira. Vale ressaltar que não serão aceitos, no âmbito desta Chamada, pedidos de permanência adicionais ou inferiores aos solicitados.
O Programa de Professor Visitante no Exterior Junior e Sênior no âmbito do Projeto Coopbrass tem como objetivos específicos incentivar a expansão de parcerias e a consolidação da cooperação em pesquisas e ensino que envolva a Fiocruz e instituições moçambicanas, com destaque para o INS e a UniLúrio; contribuir para o fortalecimento do intercâmbio científico por meio do desenvolvimento de projetos em colaboração e da continua formação dos pesquisadores; desenvolver a excelência da internacionalização da Fiocruz a partir do aporte de conhecimentos e experiências dos pesquisadores com vivência no exterior; ampliar o nível de colaboração e de publicações conjuntas entre pesquisadores que atuam na Fiocruz e seus colaboradores no exterior, por meio do fomento a execução de projetos conjuntos; além de ampliar o acesso de pesquisadores da Fiocruz a centros internacionais de excelência; e proporcionar maior visibilidade internacional à produção científica e tecnológica da Fiocruz.
Dúvidas e solicitações de informação devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico: edu.internacional@fiocruz.br com o assunto: "Chamada nº 01/2022 - Professor(a) Visitante no Exterior – Categoria Júnior ou Sênior"
As bolsas de Doutorado Sanduíche têm, por finalidade, a realização de estágio para o desenvolvimento de pesquisa em Instituição de Ensino Superior estrangeira, por estudantes regularmente matriculados(as) em curso de Doutorado de Programas de Pós-graduação acadêmicos da Fiocruz, em que o(a) estudante após o período de estudos no exterior, retorna ao Brasil para conclusão e defesa da sua tese. Somente os alunos matriculados em Programas de Pós-graduação acadêmicos da Fiocruz, com informações atualizadas no sistema de gestão acadêmica da instituição, poderão candidatar-se às bolsas no âmbito desta chamada.
Homologação das candidaturas - Chamada Interna nº 02/2022 - bolsas na modalidade Doutorado Sanduíche
Dúvidas e solicitações de informação devem ser encaminhadas para o endereço eletrônico edu.internacional@fiocruz.br com o assunto "Chamada nº02/2022-Doutorado Sanduíche no Exterior"
+Leia também: Confira alterações nas chamadas de mobilidade internacional do Coopbrass
*matéria publicada em 18/4 e atualizada em 26/4 e em 2/5
Prorrogadas as inscrições para o edital de Auxílio à Permanência do Estudante na Pós-Graduação - Chamada Interna – APE-PG Nº 01/2022. A iniciativa da Presidência da Fundação, por intermédio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC), é voltada a alunos de mestrado e doutorado acadêmicos de baixa renda, em situação de vulnerabilidade social, e visa favorecer a continuidade de seus estudos e desempenho acadêmico, contribuindo para a redução das desigualdades na educação de pós-graduação e na ciência. As inscrições estão prorrogadas até 4 de maio!l! Confira também erratas sobre Distância/Localidade dos alunos; Dados Bancários; e alterações na exigência de apresentação do CADÚnico pra as inscrições
Acesse aqui o formulário de inscrições da Chamada Interna – APE-PG Nº 01/2022
!!! Atenção: Para acessar o formulário e realizar a sua inscrição é necessário ter cadastro no Acesso Único Fiocruz. Clique aqui, leia o Guia de acesso ao formulário e tire suas dúvidas sobre as inscrições, assim como o passo a passo para se cadastrar no Acesso Único Fiocruz.
No momento da inscrição, se o aluno perceber alguma inconsistência de dados no preenchimento do cadastro, será necessário entrar em contato diretamente com a secretaria acadêmica do curso ao qual o aluno está vinculado.
O APE-PG destina-se a estudantes com matrícula ativa na Fiocruz e dedicação exclusiva a cursos de pós-graduação Stricto sensu, modalidade mestrado e doutorado acadêmicos, e com renda familiar per capita mensal inferior ou igual a dois salários-mínimos (valor do salário nacional), inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), de que trata o Decreto Nº 6.135, de 26 de junho de 2007; ou para os que se forem membros de família de baixa renda, também nos termos do mesmo Decreto, em condição de vulnerabilidade social que prejudique o desenvolvimento das atividades acadêmicas no curso da Fiocruz em que está matriculado.
A coordenadora-geral de Educação da Fiocruz, Cristina Guilam, descreveu que o auxilio permanencia foi pensado a partir de discussões sobre a Politica de Apoio ao Estudante. Segundo ela, "a Fiocruz está comprometida com a reduçao das desigualdades sociais e esse compromisso assume materialidade na adoção de açoes afirmativas, no investimento em bolsas - ainda que nao sejamos uma agência de fomento - e, neste momento, na criaçao deste auxilio, cujo objetivo é apoiar alunos em situaçao de vulnerabilidade para que possam concluir seus estudos com exito", explicou Cristina Guilam.
Vagas e inscrições
Poderão ser atendidos nesta chamada até 375 estudantes matriculados em cursos de mestrado e doutorado dos Programas de Pós-Graduação acadêmicos stricto sensu da Fiocruz que atendam os critérios estabelecidos. Além disso, o recebimento do APE-PG ocorrerá por 12 meses consecutivos, enquanto o estudante estiver em situação de matrícula ativa e dentro dos prazos regimentais de conclusão do curso em questão, com duração máxima equivalente ao período do curso: até o 24º mês para o mestrado e até o 48º mês para o doutorado.
O auxílio deve ser renovado a cada 12 meses de recebimento, a partir da confirmação das condições de elegibilidade para sua manutenção.
As inscrições foram prorrogadas ate 4 de maio e serão homologadas por cada programa de pós-graduação. O resultado será informado no Portal do Campus Virtual da Fiocruz, de acordo com o calendário previsto na Chamada Pública.
O estudante que tiver dificuldade de realizar sua inscrição no processo seletivo por meio remoto, deve procurar a Secretaria Acadêmica do curso para realizar inscrição na unidade na qual está matriculado.
*matéria publicada em 18/4, atualizada em 20/4/22 com alterações nos procedimentos das informações e em 24/4/22 com prorrogação do prazo de inscrição
*imagem: montagem/fundo Freepik
O Sextas de Poesia dessa semana resgata um poema de Drummond sobre seu sentimento de perda da terra, da infância, da memória, "triturada em 163 vagões de minério e destruição". 19 de abril, dia em que se luta pelos direitos dos povos indigenas, acumula razões para protestos, preocupações e indignações, especialmente após as recentes notícias sobre a situação dos Yanomamis, doentes, ameaçados e mortos por garimpeiros, numa política marcada por abandono, extermínio e desrespeito.
Darcy Ribeiro afirma que desapareceram mais de 80 povos indígenas somente na primeira metade do século XX, sendo que a população total teria diminuído, de acordo com esse autor, de um milhão para 200 mil pessoas. Uma história marcada por conflitos armados, invasões, epidemias levadas às tribos, invasão de terras demarcadas, e, recentemente, por uma política conivente com a destruição da Amazônia.
Para os Yanomami, ''urihi'', a terra-floresta, não é um mero espaço inerte de exploração econômica (o que chamamos de “natureza”). Trata-se de uma entidade viva, única.
Davi Kopenawa, líder dos Yanomami, em seu livro A queda do céu diz: “os brancos dormem muito, mas só conseguem sonhar com eles mesmos”. Em apenas uma frase, a crítica por todo nosso processo civilizatório.
Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, "lá vai o trem maior do mundo. Vai serpenteando, vai sumindo. E um dia, eu sei não voltará. Pois nem terra nem coração existem mais".
No Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, lembrado nesta quinta-feira (14/4), a Fiocruz destaca a importância da conscientização sobre essa doença, negligenciada e silenciosa. Estima-se que no mundo a doença de Chagas afete de 6 a 7 milhões de pessoas. A vigilância ainda é um dos principais desafios no enfrentamento da infecção, já que, desse total, em média 90% não sabem o seu diagnóstico. Por isso, o tema da campanha do Ministério da Saúde (MS) de 2022 é "Onde estamos e quantos somos", para incentivar a notificação e vigilância, possibilitando ações mais efetivas de controle da infecção. Nesta ocasião, o Campus Virtual Fiocruz destaca os livros da Editora Fiocruz sobre a temática, que estão disponíveis em acesso aberto na plataforma SieELO Books.
O Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas é celebrada em 14 de abril e foi instituído em 2019 com o intuito de dar visibilidade às comunidades afetadas pela enfermidade, que integra o grupo de doenças negligenciadas, endêmicas em populações de baixa renda.
Confira as obras publicadas pela Editora Fiocruz em português e inglês:
Carlos Chagas, um cientista do Brasil
SieELO Books
Veja a obra também no site da Editora Fiocruz
Doença de Chagas, doença do Brasil: ciência, saúde e nação, 1909 - 1962
SieELO Books
Veja a obra também no site da Editora Fiocruz
Clássicos em Doença de Chagas: histórias e perspectivas
SieELO Books
Veja a obra também no site da Editora Fiocruz
Para dar visibilidade ao assunto e contribuir com o debate, a Fiocruz programou uma série de atividades e também iluminou seu Castelo Mourisco em alusão ao Dia Mundial de Chagas
O encontro Reflexões e desafios para o futuro, marcado para a próxima segunda-feira, 18/4, das 9h às 17h, transmitido pelo canal da Fiocruz no Youtube. Na ocasião, será lançada a série temática das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que reúne 15 artigos de especialistas do mundo todo. Em seus textos, eles foram convidados a refletir sobre os desafios e oportunidades para o futuro no que diz respeito à doença de Chagas. Esses artigos, que têm caráter propositivo, contêm ainda comentários de diversos autores, como de afetados pela doença.
Clique aqui para conferir a programação completa.
Assista ao vídeo do evento "Chagas Hoje: Quantos Somos e Onde Estamos?", promovido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o MS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), realizado em 13/4. Durante o evento, a Fiocruz apresentou dois projetos conduzidos pela instituição e patrocinados pela pasta com o objetivo de contribuir para a erradicação da Doença de Chagas. O IntegraChagas visa à ampliação da oferta de diagnóstico e tratamento na atenção primária, enquanto o CUIDA Chagas foca no controle da transmissão materno-infantil.
Série temática
O responsável pelo Programa de Controle da Doença de Chagas da OMS e editor da série temática, Pedro Albajar-Viñas, que fará parte da mesa de abertura do evento, explica que a ideia dos artigos partiu na elaboração do roteiro da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle e eliminação das doenças tropicais negligenciadas. Ele afirma que os autores do material conseguiram colocar em seus textos “reflexões, propostas, novos conceitos e reivindicações”.
Nesta quinta-feira. 14/4, às 14h, também será realizado o lançamento do Kardex – Repositório de Informações sobre a Captura de Triatomineos pelo Programa de Controle da Doença de Chagas. Haverá a palestra "Necessidade de uma abordagem multidisciplinar no controle da Doença de Chagas – Lições aprendidas no Brasil", com Israel Molina, pesquisador visitante da Fiocruz Minas. O evento terá transmissão online pelo Zoom.
*com informações de Ana Paula Blower, Ciro Oiticica e Hellen Guimarães (AFN/Fiocruz); e vValentina Carranza (CUIDA Chagas)
Até 2/5, estão abertas as inscrições para o curso de atualização avançado em Ciência em Animais de Laboratório do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz). A formação é voltada a técnicos em biotérios de criação e experimentação que estejam atuando profissionalmente; estudantes de medicina veterinária, zootecnia, ciências biológicas, biomedicina e ciências da saúde; além de professores, graduados e pós-graduados que atuem ou desejem aprofundar o conhecimento na área.
O curso é gratuito e abordará temas relacionados ao manejo de biomodelos e suas aplicações em pesquisas científicas, aspectos éticos e legais, bem-estar animal, biossegurança, qualidade sanitária e biotecnologias. As aulas acontecem de 9 a 20/5, de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h, e serão ministradas on-line, ao vivo, por meio da plataforma Zoom, totalizando 35 horas de carga horária.
Para fazer a inscrição, acesse a Plataforma Siga. A inscrição será efetivada mediante o envio dos documentos exigidos na Chamada Pública para a coordenação de ensino do ICTB/Fiocruz. Serão oferecidas 80 vagas e a seleção será feita com base na avaliação de currículo e carta de intenção, além da análise da documentação.
O resultado final da seleção será divulgado no dia 6/5, pelo e-mail enviado ao candidato e por lista publicada em www.sigaeps.fiocruz.br.
*Imagem: ICTB/Fiocruz