O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) está com inscrições abertas para o curso à distância de Introdução à Gestão da Inovação em Medicamentos da Biodiversidade, oferecido em parceria com o Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS) da Farmanguinhos/Fiocruz. O curso tem carga horária de 60 horas e recebe inscrições até 3 de julho.
Aberto a profissionais de nível superior interessados nas temáticas de medicamentos, biodiversidade e indústria farmacêutica, o curso propõe reflexões sobre a produção de medicamentos da biodiversidade, considerando as especificidades nacionais como país em desenvolvimento de extensões territoriais continentais abrigando uma mega biodiversidade.
Dentre seus objetivos, o curso busca estabelecer uma nova linguagem e construir um novo caminho para a inovação em medicamentos da biodiversidade. Diante de um quadro de mudanças e reformulações nas políticas, programas e projetos de inovação, a formação visa contribuir no diálogo entre os diversos setores da sociedade. Os conceitos abordados pretendem dar base para a elaboração de um novo modelo para o desenvolvimento sustentável de medicamentos no Brasil, visando a superação da defasagem tecnológica nacional e a transição para a perspectiva ecossistêmica.
Conheça a estrutura do curso:
Módulo 1 - Perspectiva Histórica Relacionada aos Medicamentos da Biodiversidade e à Indústria Farmacêutica;
Módulo 2 - Aspectos Teóricos, Conceituais e Práticos Relacionados à Inovação em Medicamentos da Biodiversidade;
Módulo 3 - Introdução às Políticas Aplicadas à Inovação em Medicamentos da Biodiversidade;
Módulo 4 - Desenvolvimento tecnológico em fitomedicamentos.
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
Uma ideia que surgiu durante a visita da cônsul geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Jacqueline Ward, à Fiocruz, em 2021, ganhou forma e se concretizará este ano. A participação de três pesquisadores da Fundação no International Visitor Leadership Program (IVLP), uma iniciativa de intercâmbio financiada pelo Departamento de Estado americano, foi um dos temas da reunião com uma nova delegação da representação diplomática americana na última sexta-feira (28/1). No encontro, na sala do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram discutidas ainda as ações da Fiocruz no combate à pandemia de Covid-19, assim como uma possível colaboração entre as bibliotecas da Fundação e a do Congresso dos EUA, além de novas áreas de cooperação com instituições científicas e de educação do país.
Sofia M. Khilji, cônsul chefe do Departamento de Política e Economia, Marco S. Sotelino, cônsul para Assuntos Econômicos, e Paul Losch, diretor da Biblioteca do Congresso, trouxeram atualizações sobre o IVLP. No caso do programa deste ano, o tema escolhido foi a Promoção da Colaboração Bilateral na Ciência em Saúde, elaborado especialmente para um grupo de dez brasileiros, dos quais três serão da Fiocruz. De 10 a 18 de abril, os integrantes deverão visitar instituições como os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos), e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), além de universidades e empresas de tecnologia em saúde.
A reunião, no entanto, foi além do IVLP. A delegação foi recebida por Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), que deu uma visão geral da atuação da Fiocruz no território brasileiro, destacando os cursos à distância, elaborados pelo Campus Virtual Fiocruz, rapidamente estabelecidos para treinar profissionais de saúde a lidarem com o novo coronavírus. Rodrigo Correa de Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), contou sobre o legado das ações contra a Covid-19, como o estabelecimento da Rede Genômica Fiocruz, o Biobanco Covid-19 Fiocruz e a pesquisa com vacina com RNA mensageiro. Já Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 (EFA 2030), contou não só sobre a realização da G-Stic Rio, conferência global que visa a busca de soluções de desenvolvimento sustentável e que será realizada de 13 a 15 de fevereiro, como sobre o Complexo Industrial e Saúde.
Sofia Khilji lembrou a colaboração de longa data entre a Fiocruz e instituições científicas americanas e destacou o que ouviu sobre tecnologia sustentável. “É muito importante não perdermos o que foi alcançado durante a pandemia, porque outras crises virão. São importantes essa resiliência, as respostas para desastres e em relação a comunidades vulneráveis, como os Yanomamis, assim como defender os recursos naturais da Amazônia e do Pantanal. Essas são áreas em que a parceria pode aumentar com nossos centros epidemiológicos e com os Institutos Nacionais de Saúde”, disse.
Cristiani lembrou a chegada de sete estudantes de Princeton. “Em troca, recebemos duas ‘bolsas sanduíches’. Já chegaram mais propostas. Esse é um tipo de intercâmbio que poderia avançar com outras instituições”.
Participaram ainda do encontro Pedro Burger, coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/ Fiocruz); Valber Frutuoso, assessor de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz; e Vinicius Cotta de Almeida, coordenador adjunto de Educação Internacional (CGE/Vpeic/Fiocruz).
Imagem: Peter Ilicciev
A Fiocruz acaba de publicar seu Balanço de Gestão: Atuação da Fiocruz na Pandemia de Covid-19 - 2020 – 2022. O documento detalha as ações da instituição no enfrentamento da Covid-19 e os impactos gerados pelas suas intervenções. De forma interativa, a publicação apresenta um balanço das conquistas da Fundação, mas também os obstáculos e as falhas encontradas e enfrentadas nesse período. Na área da educação, o relatório destaca a atuação do Campus Virtual Fiocruz.
Acesse aqui o relatório completo
No mesmo ano em que completou 120 anos de história, a Fiocruz assumiu papel central na resposta aos desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus. Para isso, todo o sistema articulado da instituição em pesquisa, educação, serviços e produção foi acionado para fornecer respostas eficazes no enfrentamento da doença, tendo alcançado grandes conquistas e avanços, como a produção de vacinas. O relatório destaca, principalmente, o trabalho realizado pelas trabalhadoras e trabalhadores da Fiocruz, que se dedicaram na manutenção das atividades essenciais e no enfrentamento da pandemia, reforçando o comprometimento da Fiocruz com a sociedade brasileira.
Para mais informações e análises sobre o papel da Fundação na pandemia, confira o Balanço de Gestão 2020 – 2022.
Campus Virtual Fiocruz como destaque na formação de profissionais de saúde
A Fiocruz é a principal instituição não-universitária de formação e qualificação para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de Ciência e Tecnologia em Saúde do Brasil. No momento em que o mundo passou a enfrentar uma das maiores crises sanitárias da atualidade, a Fundação ampliou o acesso à educação ao nível regional, nacional e internacional, com destaque para a expansão do Campus Virtual Fiocruz (CVF), uma plataforma voltada à educação aberta e gratuita de grande alcance. Além de reunir informações sobre os 50 programas de pós-graduação stricto sensu, cursos de especialização, programas de residência e educação de nível técnica, o CVF também oferece mais de 30 cursos próprios, 11 deles sobre a temática da Covid-19, que juntos somam mais de 150 mil alunos inscritos.
Tendo em vista os novos cenários impostos pela pandemia, o Campus Virtual passou por uma reestruturação e ampliação de suas ações para seguir atuando no fortalecimento do Sistema de Vigilância em Saúde. A equipe elaborou, de maneira urgente, cursos autoinstrucionais na modalidade à distância para formação em escala, voltados à capacitação de profissionais de saúde em diferentes aspectos da Covid-19. Nesse sentido, houve um crescimento significativo de cursos e materiais disponibilizados na plataforma, bem como no ecossistema Educare durante a pandemia, com um amplo alcance no Brasil e no mundo.
Somente entre os anos de 2020 e 2021, a Fiocruz capacitou mais de 430 mil profissionais de saúde nos cursos de enfrentamento à Covid-19 pelo Campus Virtual Fiocruz e pela rede da UNA-SUS. Orientadas para o enfrentamento da pandemia, as formações foram cruciais na capacitação dos profissionais de saúde de todo o país. Destacamos os cursos: Manejo da infecção causada pelo novo coronavírus (2020), com mais de 60 mil profissionais inscritos; Manejo clínico da Covid-19 na atenção primária à saúde (2021), com quase 73 mil e Vacinação Covid-19: protocolos e procedimentos técnicos (2021, em atendimento ao PNI), com cerca de 40 mil.
O Campus Virtual Fiocruz segue firme, há 6 anos, como uma rede de conhecimento e aprendizagem voltada à educação em saúde. Crescemos, planejamos, aprendemos e adaptamos, mas sempre buscando fortalecer o SUS e reforçar o papel da Fundação como instituição de pesquisa na área da saúde pública.
Conheça cursos do Campus Virtual Fiocruz com inscrições abertas
*Com informações de Isabela Schincariol
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol
O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) realiza, nesta sexta-feira, 3 de fevereiro, das 14h às 16h, o simpósio “Inovação em Saúde: A Enfermagem na Cocriação do cuidado no INI/Fiocruz”. O evento acontece no Auditório do Ensino do Instituto e terá transmissão ao vivo pelo canal oficial do INI no Youtube.
O Simpósio vai discutir a implementação do projeto “Cocriação em Saúde: Estímulo ao espírito inovador na rede de cuidado em saúde”, que tem por objetivo ampliar a percepção das ações de melhoria e inovação de processos e de serviços de Enfermagem. O evento é voltado para profissionais de saúde, com destaques para as equipes de enfermagem, e gestores que atuam na rede de cuidados no INI e seus parceiros.
A coordenação do Simpósio é das pesquisadoras do INI/Fiocruz, Mirian Miranda Cohen, assessora de Inovação Tecnológica; e de Mariana Machay, coordenadora geral de Enfermagem.
Confira a programação prevista:
Tema I - A Inovação em Saúde como valor no INI Fiocruz
Drª. Mirian Miranda Cohen, especialista em Educação em Saúde Pública (UFF) e em Gestão de Organizações de Saúde, mestre e doutora em Saúde Pública – Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), com ênfase na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de Saúde. Servidora Pública federal, Assessora de Inovação Tecnológica, responsável pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (NIT/INI/Fiocruz) e Pesquisadora e Docente permanente do stricto sensu INI/Fiocruz.
Tema II - Enfermagem como chave para inovação em saúde: protagonismo na saúde 4.0
Drª. Clarice Araújo Rodrigues, enfermeira graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), possui 14 anos de experiência na gestão em saúde, atuando nos temas: liderança, gestão do cuidado, gestão de projetos, gestão da qualidade e gestão de produtos para a saúde. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento, Complexo Econômico Industrial e Inovação em Saúde (GIS/Ensp/Fiocruz) e Doutoranda em Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) com ênfase na Sustentabilidade do Subsistema de Serviços do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis). Servidora pública, coordenadora de Atenção à Saúde e do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats) do Complexo Hospitalar e da Saúde (CHS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Tema III – Inovação no Cuidado à saúde: Linha de Tempo na Enfermagem INI Fiocruz
Profª. Mariana Machay Pinto Nogueira, graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário Augusto Motta (Unisuam, 2007). Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgico pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio, 2010). Especialista em Gestão Hospitalar (2017). Mestre em Pesquisa Clínica INI/Fiocruz (2019). Gerente de Enfermagem no INI/Fiocruz. Docente no programa de especialização de enfermagem em doenças infecciosas.
*Bárbara Clara é estagiária sob supervisão de Alexandre Magno (INI/Fiocruz)
A Fiocruz Mato Grosso do Sul está com processo seletivo aberto para a segunda turma do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da Covid-19 e de outras Doenças Virais. O curso será ofertado na modalidade à distância e está com inscrições prorrogadas até 12 de fevereiro.
O curso tem como objetivos qualificar os trabalhadores de saúde e fortalecer a capacidade de enfrentamento por meio das ações de vigilância relacionadas à Covid-19 e outras doenças transmitidas por vírus; apoiar o planejamento para preparação e resposta às emergências em saúde pública; fortalecer o uso de evidências entre trabalhadores de saúde para tomada de decisão.
O programa oferta 2 (dois) módulos com tutoria, pautado em discussões e reflexões sobre a utilização de evidências nos processos de tomada de decisão, e instrumentalização para produção de respostas rápidas para o enfrentamento da COVID19 e de outras doenças virais de importância para a saúde pública, com vistas à prevenção, controle, segurança, monitoramento, bem como apoio à tomada de decisão em tempos de pandemia/epidemia.
As vagas são destinadas aos interessados que possuam diploma de graduação, preferencialmente trabalhadores da área da saúde. Ao total serão 500 vagas, sendo 150 vagas para ações afirmativas: 7% (35 vagas) para pessoas com deficiência; 20% (100 vagas) para candidatos que se autodeclararem pretos e pardos; 3% (15 vagas) aos que se autodeclararem indígenas.
Confira aqui o novo cronograma, o edital e inscreva-se!
O Centro Latino-Americano de Biotecnologia (CABBIO) está com diversos cursos técnicos abertos. Os cursos são de curta duração, gratuitos, nas modalidades presencial e online e oferecidos no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia. O público-alvo são estudantes de pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e profissionais da área.
Estão disponibilizados um total de 16 cursos de Biotecnologia no ano de 2023. Serão oferecidos oito cursos no Brasil, quatro na Argentina, três no Uruguai e um na Colômbia.
As inscrições para os candidatos brasileiros serão realizadas através do sítio eletrônico do CABBIO Brasil. Na aba Cursos, o candidato terá acesso ao calendário contendo as informações a respeito dos cursos de 2023. Ao selecionar o curso desejado, o aluno terá acesso a todas as informações específicas de cada curso, e ao clicar em Quero me inscrever, será direcionado à plataforma CABBIO Brasil, onde será possível realizar o cadastro e efetivar a inscrição no curso escolhido.
Atenção: deverá ser anexada ao formulário de inscrição a carta de recomendação da chefia imediata (por exemplo, orientador, chefe do grupo de pesquisa) assinada, em papel timbrado da instituição de vínculo. A carta de recomendação deve estar no formato PDF e sua apresentação qualifica o inscrito para o processo de seleção.
Acesse aqui para conferir os cursos abertos!
A partir de fevereiro, o Ministério da Saúde dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). A entrega dos testes coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública. A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, destacou a importância da iniciativa. “Hoje, o Ministério da Saúde anuncia a entrega dos testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, disse ela, durante a cerimônia de abertura do seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, que ocorreu na última terça-feira (24). As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido (sorológico) e o teste de biologia molecular (qPCR). Uma terceira modalidade, de biologia molecular (PCR), também será ofertada pelo SUS e vai auxiliar na detecção da resistência a antimicrobianos. As três tecnologias foram incluídas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença em julho do ano passado.
A ministra reforçou a importância de se combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade de atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável. "Não é apenas a doença que é negligenciada, mas também as pessoas. Por isso esse seminário é tão importante. O esforço conjunto no combate à infeção é essencial para vencer uma doença que, historicamente, é carregada de estigma", comentou. Nesse sentido, o Campus Virtual Fiocruz lembra que recentemente, em novembro de 2022, lançou o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde, uma formação online, gratuita e autoinstrucional, elaborada a partir da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, que são construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações. As inscrições estão abertas!
A formação é uma realização da Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).
+Inscreva-se já: Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
Sobre a importância da presença da sociedade civil no evento, Angélica Espinosa, representante da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), agradeceu às equipes da sociedade que trabalham contra a doença em conjunto com o Ministério da Saúde. “A atuação de vocês é muito importante", afirmou. Angélica também apontou que dar visibilidade à pauta é fundamental, não apenas para vencer a hanseníase, mas também para eliminar "o estigma e discriminação contra os pacientes".
Valorização dos profissionais
No evento, que seguiu até quinta-feira (26), também foi apresentado o resultado de vivências de sucesso no enfrentamento à infecção. Ao todo, a pasta selecionou, por meio do Edital de Mapeamento de Experiência Exitosas em Hanseníase, 10 dentre 52 inscritos para trazer visibilidade às ações bem-sucedidas ao SUS e estimular os profissionais que atuam na linha de frente.
O evento contou, ainda, com o lançamento do Painel Interativo de Indicadores - Hanseníase no Brasil, com acesso a dados da infecção, com base no levantamento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os participantes do seminário também receberam os dados atualizados do Boletim Epidemiológico da Hanseníase 2023.
Tecnologia e informação
Outra novidade apresentada no seminário foi o AppHans, que será usado para a construção de uma política pública de maior acesso e com mais tecnologia. O objetivo do Ministério da Saúde é, com o aplicativo, oferecer conteúdo textual e visual para apoiar os profissionais de saúde no diagnóstico, tratamento, prevenção de incapacidade física e reações hansênicas. Durante o evento, os participantes conheceram a versão Beta do aplicativo e tiveram espaço para apoiar o MS com sugestões para consolidação das versões para Android e iOS, antes que a versão final seja disponibilizada para o usuário.
Estratégia nacional de enfrentamento
A perspectiva é que os estados fomentem a implantação do Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase (PCDT), com novos testes nos municípios, apoiados pela definição da linha do cuidado da doença e alinhada à adoção das ações propostas na Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030, de forma a possibilitar o alcance das metas, que são:
1. Reduzir em 55% a taxa de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos de idade até 2030 – levando em consideração o ano-base de 2019, 3,44 casos novos por 100.000 habitantes;
2. Reduzir em 30% o número absoluto de casos novos com Grau de Incapacidade Física 2 (GIF2) — quando o paciente apresenta lesões consideradas graves nos olhos, mãos e pés — no momento do diagnóstico de hanseníase até 2030 – levando em consideração o ano-base 2019, que registrou 2.351 casos novos com GIF2 no momento do diagnóstico;
3. Dar providência a 100% das manifestações sobre práticas discriminatórias em hanseníase registradas nas Ouvidorias do SUS.
Para além do Janeiro Roxo
Tradicionalmente, o mês de janeiro é destinado às ações e estratégias de enfrentamento à hanseníase e luta pelos direitos das pessoas infectadas. No entanto, o governo pretende que a pauta seja debatida durante todo o ano e, por isso, o compromisso de levar o diagnóstico, informações, cuidados e o tratamento aos pacientes. “A hanseníase tem cura! O Brasil não pode continuar com a triste referência de segundo país no mundo com maior número de novos casos da doença”, ressaltou, em outra oportunidade, Ethel Maciel, titular da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS).
A pasta aponta que nos últimos 11 anos, considerando a série histórica da taxa de detecção de 2010 e 2021, a hanseníase apresentou padrão de redução com pequenas mudanças no período de 2017 a 2019, o que pode ser associado ao fomento de capacitações dos profissionais da Atenção Primária à Saúde com a estratégia de busca ativa dos contatos e de casos suspeitos na comunidade, apoiados pela epidemiologia espacial.
Entre 2020 e 2021 ocorreu a maior redução da taxa de detecção geral, no entanto, o número pode estar relacionado aos efeitos da sobrecarga dos serviços de saúde e pelas restrições durante a pandemia da Covid-19. Vale lembrar que durante os dois primeiros anos de crise sanitária do Sars-CoV-2, os diagnósticos da doença reduziram cerca de 35%.
Brasil sem hanseníase
A Estratégia Nacional para Enfrentamento à Hanseníase 2023-2030 apresenta a visão de um Brasil sem a doença. Para tanto, é encorajado e apoiado que os 75,03% dos municípios do país com casos notificados no período de 2015 e 2019 intensifiquem as ações de enfrentamento, buscando envolver os setores de saúde, educação social, bem como incentivo aos 24,97% dos municípios que não apresentaram casos a adotar medidas específicas para aprimoramento da vigilância em saúde e para a prevenção de incapacidades físicas decorrentes da hanseníase. O documento parte de uma construção tripartite, com a participação de diferentes entidades do setor, e busca apoiar as ações de luta contra a hanseníase.
Participantes
O evento contou com a participação de coordenadores estaduais de programas de hanseníase, centros de referência, pesquisadores da doença, movimentos sociais e sociedades médicas. Além das importantes entidades do setor, o Ministério da Saúde também recebeu, como convidados especiais, os representantes do Programa Global de Hanseníase, da Organização Mundial da Saúde, e representante da Parceria Global para Zero Hanseníase (GPZL).
O que é a doença?
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infecciosa e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. A infecção pode causar lesões neurais, danos irreversíveis e depende de um diagnóstico precoce para evitar o desenvolvimento de sequelas.
Em 2022, mais de 17 mil novos casos foram diagnosticados no país, segundo levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. Devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública e a pasta estabelece como medida obrigatória o aviso compulsório e investigação dos casos suspeitos.
*com informações de Isabela Schincariol sobre o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
Com menos de um mês de lançamento pelo Campus Virtual Fiocruz, o curso de Autocuidado em saúde e literacia para a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde (APS) tem sido um sucesso, com mais de 2.400 inscrições até o momento.
Devido ao grande engajamento e curiosidade do público em relação ao tema, a equipe responsável por esta formação irá apresentar um webinar para conversar e esclarecer alguns pontos sobre o curso, seus módulos, atividades e plataforma de funcionamento.
A atividade terá duração aproximada de 1h e vai ao ar na terça-feira, 31 de janeiro, às 14h, podendo ser acessada tanto pelo Microsoft Teams do Ministério da Saúde quanto pelo canal do DataSUS no Youtube.
Segundo as organizadoras do evento, serão abordados os temas do curso, em especial Autocuidado e Literacia, e haverá uma apresentação sobre as funcionalidades do curso na plataforma do Campus Virtual.
Para melhor aproveitamento do tempo, não haverá interação durante o evento, mas as perguntas e comentários serão respondidos por e-mail pelas organizadoras. Participarão desta sessão as pesquisadoras Ana Luiza Braz Pavão, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), coordenadora geral do curso, Rosane Aparecida de Sousa, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, coordenadora adjunta, e um representante da área de APS do Ministério da Saúde.
Sobre o curso
Com duração de 60h, esta formação é voltada para profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS), o que inclui equipes multiprofissionais de saúde de todas as esferas públicas. As atividades são autoinstrucionais e o conteúdo está dividido em cinco módulos assíncronos, disponíveis para consulta e acompanhamento por meio da plataforma Educare, da Fiocruz.
O participante terá acesso a aulas, vídeos, guias e diversos outros materiais complementares para aprofundar os conhecimentos na temática proposta, que inclui as origens e conceito da promoção da saúde, incluindo um detalhamento da Política Nacional de Promoção da Saúde e o documento mais recente do Ministério da Saúde para sua operacionalização.
Também serão abordados temas como a importância das ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. Os conceitos de cuidado, autocuidado, e autocuidado apoiado serão aprofundados nesta parte do curso. Este curso é uma parceria entre a Fiocruz, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana em Saúde (OPAS).
Acesso ao curso:
Acesso ao Webinar:
Dia: 31/01/2023 (terça-feira)
Horário: 14h
Link do Teams: Conferência virtual - Ministério da Saúde
(Informar na plataforma: Meeting ID: 229 164 344 326 / Passcode: 5qsSK5)
Link de transmissão no Youtube: DataSUS
(A transmissão será aberta, sem necessidade de cadastro ou login).
Para este evento, não é necessário realizar inscrição.
Não serão emitidos certificados de participação ou similares.
A Fiocruz Bahia está com inscrições abertas para o curso “Desvendando a importância da interação parasita-vetor para a transmissão da leishmaniose”, que ocorrerá de 26 de janeiro a 3 de fevereiro, em formato híbrido. O público-alvo são alunos de pós-graduação, pesquisadores, tecnologistas e técnicos da área de saúde. As inscrições vão até 20 de janeiro.
O curso tem carga horária de 32h de aulas teóricas e práticas. Serão abordados os seguintes temas: ciclo de vida da Leishmania no flebotomíneo; a importância da microbiota e outros componentes do flebotomíneo para a sobrevivência da Leishmania; ferramentas para avaliação da transmissibilidade pelo vetor; resposta imune à picada do vetor. Serão realizadas demonstrações práticas como dissecação de flebotomíneos, extração de glândula salivar e avaliação de infecção experimental e natural.
Confira aqui o cronograma completo do curso.
Oferecido no formato híbrido, os alunos que não puderem participar presencialmente poderão se inscrever como ouvintes, pois as palestras teóricas expositivas serão transmitidas online.
Para realizar a inscrição, interessados devem enviar carta de interesse, currículo lattes e declaração de vínculo para o e-mail ciipvh@gmail.com. As vagas são limitadas.
Entenda a Leishmaniose
As Leishmanioses são doenças negligenciadas causadas por protozoários do gênero Leishmania. Essas doenças são mantidas nos centros urbanos por um ciclo de infecção que envolve seres humanos, o vetor flebotomíneo e vertebrados não humanos. A transmissão da leishmaniose ocorre quando o flebotomíneo alimenta-se de um hospedeiro vertebrado infectado e posteriormente realiza o repasto sanguíneo em outro hospedeiro.
Ao alimentar-se, o vetor infectado inocula as formas promastigotas metacíclicas de Leishmania e vários componentes, como saliva, exossomos, parte da microbiota do seu trato digestório e um gel secretado pelo parasito. Esses componentes, junto com o parasito, são reconhecidos pelo sistema imune do hospedeiro e são responsáveis por desencadear diferentes eventos que irão determinar a eliminação ou persistência e multiplicação do parasito.
Durante o mês de janeiro, celebramos a conscientização e o combate à hanseníase. A doença, que é tratável e tem cura, ainda sofre com o preconceito, o que dificulta a busca pelo tratamento adequado e rápido. Assim, o Campus Virtual Fiocruz relembra a importância da qualificação de profissionais da saúde para a instrumentalização e melhoria do acolhimento a grupos ou indivíduos acometidos por doenças nos serviços de saúde, promovendo uma atenção mais inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória. Recentemente, lançamos o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. A formação é online, gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes inscritos com obtenção de nota maior ou igual a 7 na avaliação final. As inscrições estão abertas!
Segundo dados do Boletim Epidemiológico de Hanseníase divulgado pelo Ministério da Saúde em janeiro de 2022, entre 2016 e 2020, mais de 150 mil brasileiros foram diagnosticados com a doença. Causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença crônica que afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos, podendo gerar lesões e complicações incapacitantes.
O diagnóstico da doença é, geralmente, acompanhado pelo preconceito da sociedade, visto que ela é crônica e transmissível. Entretanto, a discriminação relacionada a condições de saúde acontece também nos serviços de saúde, reforçando a exclusão, e, sobretudo, causando sofrimento aos pacientes. Por isso, o curso do Campus Virtual Fiocruz visa qualificar profissionais no enfrentamento ao estigma no contexto da atenção à saúde de diversos grupos sociais. O curso, voltado a profissionais da saúde e estudantes, também está aberto a todos os interessados no tema.
Curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde
O curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Sua elaboração nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.
Conheça a organização do curso:
Bases conceituais:
Módulo 1 - Bases conceituais
Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:
Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças
Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos
Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas
Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação
Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde
*Lucas Leal é estagiário sob a supervisão de Isabela Schincariol