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Publicado em 08/07/2022

Sextas homenageia poetisa portuguesa

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais relevantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1999. Esta semana faz 18 anos de sua morte. 

No poema escolhido, a autora ressalta: "Eu me perdi na sordidez do mundo. Eu me salvei na limpidez da terra".
 

Publicado em 24/06/2022

Sextas traz a religiosidade de José Régio

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas desta semana apresenta Cântico Negro, de José Régio, pseudônimo de José Maria dos Reis Pereira. Nele o autor reforça que a individualidade reside nas escolhas: não seguir o caminho de todos, procurar um caminho diferente, mesmo que seja mais difícil e obscuro.
 
Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

Cântico Negro é considerado um poema-manifesto, pois dentro dele há elementos comuns da poética de José Régio. Esta poesia, cujo tema central é a religiosidade, foi publicada em seu primeiro livro, chamado Poemas de Deus e do Diabo, publicado em 1926.

Com informações de https://www.culturagenial.com/poema-cantico-negro-de-jose-regio/

 

Publicado em 17/06/2022

Sextas traz Fernando Pessoa e suas várias almas

Autor(a): 
Ana Furniel

Em "Não sei quantas almas tenho", Fernando Pessoa, o poeta escolhido para esta edição do Sextas, faz uma reflexão sobre si mesmo trazendo seus "múltiplos eus", com numa autoanálise em que busca por si próprio. O poema foi escrito em 1930, no período de maturidade artística do autor. 

Neste mês em que comemoramos o amor, também é lembrado o aniversário desse, que é um dos mais importantes poetas da língua portuguesa. Nascido em 13 de junho de 1888, Fernando Pessoa escreveu poesia, prosa, teatro, ensaios críticos e filosóficos. Ele ficou conhecido ainda por ser vários poetas ao mesmo tempo, não se tratando de pseudônimos, mas de heterônimos, ou seja, entidades individuais que revelavam seus próprios gostos, estilos, influências, valores e crenças. 

Publicado em 10/06/2022

Sextas traz Vinícius de Moraes falando sobre o tempo do amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem aos namorados e ao amor na voz do poetinha, Vinícius de Moraes, com seu "Soneto do Amor Total".

Nele, o poeta se debruça sobre o tempo do amor - que vive no presente e também na expectativa de futuro.

Escrito em 1951 para a então companheira de Vinícius, Lila Bôscoli, Soneto do Amor Total é uma das composições mais celebradas do poeta Vinicius de Moraes.

 

Publicado em 20/05/2022

Sextas traz as palavras fortes de Alejandra Pizarnik

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem a grande escritora Alejandra Pizarnik, com o poema "Festa". Nos últimos cinquenta anos, Alejandra Pizarnik foi a poetisa argentina mais lida na América Latina e no mundo. Seu estilo único e incomparável transcendeu no tempo, além de sua morte trágica. A autora criou um discurso poético muito original, caracterizado por uma linguagem rica e pela abordagem de temas complexos para a sua época.

Mesmo que sua vida tenha sido extremamente curta — tendo se suicidado com apenas 36 anos —, conseguiu construir uma carreira robusta e deixou um legado de obras muito importantes. Com sua primeira postagem, "A terra mais estranha" (1955), Alejandra conquistou milhares de leitores, que permaneceram fiéis o até seu último livro na vida: "As musiquinhas" (1978). Ela estudou filosofia e letras na Universidade de Buenos Aires e posteriormente pintura con Juan Batlle Planas. 

Alejandra era uma poetisa das fortes palavras, da solidão e do esquecimento. "Não sei nada sobre pássaros/não conheço a história do fogo. Mas acho que a minha solidão deve ter asas”.

Em "Festa", sua busca caminha pelo vento: "Os que chegam não me encontram. Os que espero não existem."

Publicado em 13/05/2022

Sextas de Poesia traz a resistência de Solano Trindade

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas desta semana traz a poesia de resistência de Solano Trindade. Em "O canto da liberdade", o poeta, pintor, teatrólogo, ator e folclorista, fala sobre identidade, idealismo e liberdade.

O dia 13 de maio marca a abolição da escravatura no Brasil. No entanto, mesmo após 134 anos da assinatura da lei Áurea, a luta pela liberdade e direitos de negras e negros segue de forma cotidiana e sem motivos para comemoração. É um dia de luta!   

Solano Trindade nasceu em Recife, em 1908, e foi uma importante figura na cena cultural brasileira, abordando em seus versos e poesias a sua identidade negra.

#vidasnegrasimportam 
 

Publicado em 06/05/2022

Com Alice Ruiz, Sextas homenageia as mães

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana presta sua homenagem às mães, mulheres que levam outro corpo na barriga, no colo e no coração, pelo caminho e pelas mãos. Como no poema de Alice Ruiz, "enchemos a vida de filhos, que nos enchem a vida" de alegria e esperança. Feliz Dia das mães!

Poeta e haikaista, Alice Ruiz nasceu em Curitiba, Paraná, em 22 de janeiro de 1946. Começou a escrever contos com nove anos de idade, e versos aos 16. Aos 26 anos publicou pela primeira vez seus poemas em revistas e jornais culturais. Lançou seu primeiro livro aos 34 anos. Alguns de seus primeiros poemas foram publicados somente em 1984, quando lançou 'Pelos Pelos' pela editora Brasiliense. Já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia, de 1989, pelo livro 'Vice Versos' e o Jabuti de Poesia, de 2009, pelo livro 'Dois em Um'. O poema "Enchemos a vida", ilustrado nesta edição, faz parte do livro 'Pelos pelos'. 

*Com informações do site de Alice Ruiz

Publicado em 29/04/2022

Sextas homenageia trabalhadores com João Cabral de Melo Neto

Autor(a): 
Ana Furniel

Morte e Vida Severina é um poema do escritor brasileiro João Cabral de Melo Neto, homenageado desta edição Sextas de Poesia. A obra, escrita entre 1954 e 1955, conta a história de Severino, um retirante entre tantos outros, e o poema escolhido nesta semana, que mesmo sendo um auto de Natal, fala sobre o povo brasileiro, sua sina e a luta por uma vida melhor. Com ele, homenageamos também todas as trabalhadoras e trabalhadores, esse povo que trabalha e segura o rojão. 

Morte e Vida Severina retrata a trajetória de um homem que deixa o sertão nordestino em direção ao litoral em busca de melhores condições de vida. Severino encontra no caminho outros nordestinos que, como ele, passam pelas privações impostas ao sertão.

Ele assiste a muitas mortes e, de tanto vagar, termina por descobrir que é justamente ela, a morte, a maior empregadora do sertão. É a ela que devem os empregos, do médico ao coveiro, da rezadeira ao farmacêutico. Mas retrata, contudo, que a persistência da vida é a única maneira de vencer a morte.

Publicado em 22/04/2022

Sextas faz sua homenagem ao carnaval e ao Dia do Choro com Chiquinha Gonzaga

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao carnaval e ao Dia do Choro, celebrado em 23 de abril. Chiquinha Gonzaga foi a primeira pianista de choro e autora da primeira marcha carnavalesca do país, intitulada 'Ó Abre Alas', em 1899. Os versos escolhidos nesta edição são da composição "Passo no Choro", que homenageia o flautista Antonio Maria Passos, integrante do grupo de Chiquinha Gonzaga ao lado de Arthur Nascimento, o Tute, no violão, e Nelson dos Santos Alves no cavaquinho – formação típica do choro. A música foi gravada pelo Grupo em disco Columbia, lançado em 1912.

Ela nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) no Rio de Janeiro do Segundo Reinado, foi educada como uma sinhazinha e preparada para se tornar uma dama da corte, mas se consagrou como Chiquinha Gonzaga, musicista talentosa que contribuiu para a gênese da música brasileira.

Mulher e mestiça, enfrentou todos os preconceitos da sociedade patriarcal e escravista para se firmar como pianista, compositora, regente e, por fim, líder de classe em defesa dos direitos autorais. Pioneira, Chiquinha Gonzaga abriu alas para todas e todos, deixando seu exemplo de luta pelas liberdades no Brasil.

Com informações do site Chiquinha Gonzaga

Publicado em 14/04/2022

Sextas fala sobre pertencimento com Drummond de Andrade

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia dessa semana resgata um poema de Drummond sobre seu sentimento de perda da terra, da infância, da memória, "triturada em 163 vagões de minério e destruição".  19 de abril, dia em que se luta pelos direitos dos povos indigenas, acumula razões para protestos, preocupações e indignações, especialmente após as recentes notícias sobre a situação dos Yanomamis, doentes, ameaçados e mortos por garimpeiros, numa política marcada por abandono, extermínio e desrespeito.

Darcy Ribeiro afirma que desapareceram mais de 80 povos indígenas somente na primeira metade do século XX, sendo que a população total teria diminuído, de acordo com esse autor, de um milhão para 200 mil pessoas. Uma história marcada por conflitos armados, invasões, epidemias levadas às tribos, invasão de terras demarcadas, e, recentemente, por uma política conivente com a destruição da Amazônia.

Para os Yanomami, ''urihi'', a terra-floresta, não é um mero espaço inerte de exploração econômica (o que chamamos de “natureza”). Trata-se de uma entidade viva, única.

Davi Kopenawa, líder dos Yanomami, em seu livro A queda do céu diz: “os brancos dormem muito, mas só conseguem sonhar com eles mesmos”. Em apenas uma frase, a crítica por todo nosso processo civilizatório. 

Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, "lá vai o trem maior do mundo. Vai serpenteando, vai sumindo. E um dia, eu sei não voltará. Pois nem terra nem coração existem mais".

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