Era 2013 quando o Programa de Pós-graduação Stricto sensuem Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o escritório regional da Fiocruz no Piauí deram as boas-vindas à primeira turma de mestrado da promissora parceria que propiciaria a formação de pesquisadores, docentes e profissionais na área de Medicina Tropical no estado.
Dez anos se passaram e os mais de 40 mestres do Piauí e de estados vizinhos desenvolveram estudos de alto impacto e relevância para a saúde local.
“O Programa tem conseguido, com bastante sucesso, cumprir sua missão de formar pós-graduados que, a partir dos conhecimentos trabalhados no curso, possam enobrecer ainda mais os serviços de pesquisa e saúde da região”, ressaltou Vanessa de Paula, coordenadora do Programa de Pós em Medicina Tropical.
A parceria tem viabilizado o desenvolvimento de estudos inovadores que avaliam impactos provocados por doenças tropicais negligenciadas na região.
Com o olhar sensibilizado de estudantes, cujo perfil da maioria é de atuação profissional na área da saúde, foram elaborados projetos em diferentes agravos, como coqueluche, doença de Chagas, esquistossomose, hepatites, influenza, leishmaniose, malária e parasitoses intestinais.
“Muitos dos alunos que passaram pelo mestrado no Piauí já estavam inseridos no mercado de trabalho, atuando em laboratórios, serviços de referência, universidades e demais instituições de saúde. A partir da Pós-graduação, eles puderam expandir e aprimorar o conhecimento já adquirido”, explicou Vanessa.
“Eles utilizaram suas experiências profissionais para sugerir projetos de pesquisa, como também aproveitaram o curso para promover mudanças nos seus ambientes de trabalho, com revisão de condutas, notas técnicas e dados para boletins epidemiológicos”, completou.
Os primeiros resultados começaram a aparecer pouco tempo depois do estabelecimento da parceria. Em 2015, foram formados os primeiros mestres, com dissertações que evidenciavam o padrão epidemiológico de doenças, mostrando a persistência dessas endemias. Atualmente, está em andamento a quinta turma de mestrado.
Para a coordenadora da Fiocruz Piauí, Jacenir Mallet, a implementação do curso no estado se destaca por abrir portas para elaboração de projetos e cooperações com instituições locais.
“Os trabalhos desenvolvidos por aqui fomentaram a construção de uma rede de colaboradores que têm grande interesse em fortalecer a formação de mestres e doutores no Nordeste brasileiro”, compartilhou.
Entre as instituições que apoiam a parceria estão as Universidades Federal (UFPI) e Estadual (UESPI) do Piauí, o Instituto Federal do Piauí (IFPI), o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, a Secretaria de Estado de Saúde do Piauí, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
“Ao juntar a especialidade acadêmica dos docentes do IOC com a expertise de colaboradores locais e a experiência de estudantes sobre determinantes sociais da região, conseguimos atuar efetivamente nos problemas de saúde de cada estado”, declarou Mallet.
O curso de mestrado da Pós-graduação em Medicina Tropical do IOC implementado na Fiocruz Piauí é decorrente de demandas realizadas por instituições locais durante a criação do escritório da Fundação no estado, como conta Filipe Aníbal, ex-coordenador da PGMT e ex-coordenador de ensino da Fiocruz Piauí.
“Para propor diretrizes e ações do escritório, foi formado um grupo de trabalho com a participação de profissionais de diferentes unidades da Fiocruz e de importantes instituições piauienses. A principal atividade solicitada foi o estabelecimento de um curso de pós-graduação que atendesse as necessidades da região”, lembrou Filipe.
A reivindicação é reflexo da oferta desigual de cursos de pós-graduação no Brasil. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), há maior concentração de cursos de mestrado e doutorado nas regiões Sudeste e Sul.
“Com a abertura de editais no Piauí, passamos a atender uma demanda de vagas de mestrado em um território no qual a oferta desses cursos ainda é muito reprimida”, definiu Filipe.
Dez anos após a instituição da parceria, a Pós do IOC mantém como foco expandir geograficamente a formação de mestres e doutores como forma de contribuir na descentralização das pós-graduações.
“O Piauí ocupa uma posição estratégica no Nordeste e viabiliza o recebimento de estudantes de estados vizinhos, como Ceará e Maranhão. Junto aos profissionais locais, continuaremos a fortalecer o ambiente de pesquisa, capacitando ainda mais pessoas”, garantiu Vanessa de Paula.
“Por enquanto, estamos ajudando no engrandecimento do cenário de pós-graduandos na região. Porém, nossa expectativa é de que esses egressos possam formar outras pessoas localmente, valorizando um ensino de Nordeste para Nordeste”, completou a coordenadora.
Para marcar o decênio da parceria, foi realizado um evento comemorativo na Fiocruz Piauí. A celebração reuniu docentes, discentes, egressos e parceiros para conversas acerca da formação acadêmica e o impacto na saúde pública regional.
Além da coordenação da Fiocruz Piauí e da PGMT, estiveram presentes Tania Araujo Jorge, diretora do IOC; Paulo D'Andrea, vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC; Cristina Guilam, coordenadora-geral de Pós-graduação da Fiocruz; Fabrício Pires de Moura do Amaral, diretor do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (LACEN-PI); João Xavier da Cruz Neto, presidente da Fapepi; e Viriato Campelo, vice-reitor da UFPI.
Confira, na íntegra, a celebração pelos 10 anos da Pós-graduação em Medicina Tropical no Piauí:
#ParaTodosVerem Foto de um grupo de nove pesquisadores da Fiocruz, formado por dois homens e sete mulheres. Os dois homens são brancos e estão vestidos com camisa e calça social. As mulheres são brancas, algumas estão vestindo blusa e calça social e outras vestidos. No fundo da imagem, ao centro, há duas placas, uma do Ministério da Saúde, do núcleo estadual do Piauí e a outra da Fiocruz Piauí.
Foto: Acervo Pessoal.
Edição: Vinicius Ferreira.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
Foram prorrogadas as inscrições para o Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique). A iniciativa é um grande consórcio institucional formado por seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África. O objetivo da chamada especial é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. A nova data para inscrições vai até 2 de maio!
Confira aqui o novo cronograma!
Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).
A chamada especial de seleção pública para candidatos aos cursos oferecidos pelo SIS-Saúde está no ar.
Confira os editais:
O curso será ofertado em regime híbrido, por meio de aulas síncronas e assíncronas, com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Os estudantes deverão acompanhar as aulas síncronas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstos outros momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz, e tais atividades acadêmicas presenciais serão em Maputo, no INS.
O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD).
A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.
A divulgação do resultado final da lista de classificação dos selecionados está prevista para 18 de julho.
SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".
Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".
Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades".
Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.
*Com informações de Isabela Schincariol.
#ParaTodosVerem Banner com fundo na cor bege, na ponta direita superior e na ponta esquerda inferior do banner há imagens gráficas coloridas; no topo da imagem o tema do assunto: SIS-Saúde Brasil/Moçambique, programa Educacional em Sistemas de Saúde para Moçambique. Seleção para mestrado e doutorado, inscrições prorrogadas até 2 de maio. Público-alvo: Profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique. Vagas: 20 para mestrado e 20 para doutorado.Ao final, no canto inferior direito: dúvidas sobre o edital e mais informações, acessar o site progsissaudemz@fiocruz.br.
Estão abertas as inscrições para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), fruto da parceria entre as instituições Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Interessados podem se inscrever até às 10h do dia 30 de abril, através do e-mail selecaoppgbios@gmail.com.
O programa tem como objetivo o desenvolvimento do campo, que inclui a formação de professores/pesquisadores, a pesquisa científica e a inserção social e profissional dos seus egressos. O programa reúne um conjunto de atividades e disciplinas marcados pela pluralidade de abordagens teóricas e perspectivas metodológicas, além de acolher diversas preocupações morais que se inscrevem nos mais diferentes âmbitos de produção da vida, desde questões relativas ao cuidado individual e à justiça social até problemas ligados às políticas e intervenções ambientais.
Confira os editais de mestrado e doutorado
Mestrado
São oferecidas 20 vagas para o mestrado, com 7% (sete por cento) das vagas destinadas a candidatos autodeclarados pessoas com deficiência e 20% (vinte por cento) para autodeclarados negros (pretos e pardos) ou indígenas.
Serão ofertadas também vagas adicionais, sem prejuízo às vagas destinadas às cotas, para candidatos autodeclarados quilombolas e pessoas trans (ou travesti), conforme as políticas afirmativas de cada instituição.
Para mais informações sobre o processo seletivo, confira o edital do mestrado.
Doutorado
São oferecidas 26 vagas para o doutorado, com 7% (sete por cento) das vagas destinadas a candidatos autodeclarados pessoas com deficiência e 20% (vinte por cento) para autodeclarados negros (pretos e pardos) ou indígenas.
Serão ofertadas também vagas adicionais, sem prejuízo às vagas destinadas às cotas, para candidatos autodeclarados quilombolas e pessoas trans (ou travesti), conforme as políticas afirmativas de cada instituição.
Para maiores informações sobre o processo seletivo, confira o edital do doutorado.
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol.
*Com informações do Informe Ensp.
#ParaTodosVerem: banner com fundo branco sobre processo seletivo para o programa de pós-graduação. Inscrições das 10 horas do dia 1° de Abril de 2023 até às 10 horas do dia 30 de Abril de 2023.
A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), torna pública a realização de concurso para a seleção de artigos no âmbito do Prêmio Maria José de Castro Rebello Mendes, instituído pela Portaria FUNAG nº 71, de 8 de março de 2023. Com vistas a estimular mulheres estudantes e pesquisadoras de todo o Brasil, bem como residentes no exterior, a refletir e escrever sobre política externa e relações internacionais, o prêmio será distribuído em duas categorias: estudantes de graduação ou graduadas em qualquer área de formação; e pesquisadoras com título de mestrado ou doutorado em qualquer área de formação.
Acesse aqui o edital completo!
A primeira colocada em cada categoria receberá prêmio em dinheiro no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e terá seu artigo publicado na revista Cadernos de Política Exterior, do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri) da FUNAG. O prazo para inscrições se inicia às 8h do dia 13 de abril de 2023 e vai até às 23h59 do dia 5 de junho de 2023 (horário de Brasília).
As inscrições devem ser realizadas por meio do preenchimento de formulário disponível no site da Funag. O formulário deverá ser assinado e enviado para o seguinte endereço eletrônico: premio@funag.gov.br, com o título do e-mail: "Prêmio Rebello Mendes", e com documentos e comprovantes anexados.
Edital completo e ficha de inscricao disponivel no site da Funag. Nota: em caso de co-autoria, todas as autoras precisam ser elegíveis por uma das duas categorias (graduada ou pós-graduanda).
Na próxima segunda-feira, 3 de abril, às 14h, a coordenação de ensino do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) promove a aula inaugural da turma de 2023 do Mestrado Profissional em Ciência em Animais de Laboratório. O evento, aberto ao público e transmitido via Zoom, abordará as possibilidades abertas pela utilização de recursos audiovisuais como ferramentas no ensino e aprendizagem. A programação conta com palestra do pesquisador João Victor Cabral Costa.
João Victor Cabral Costa é farmacêutico-bioquímico, mestre em Farmacologia e doutor em Bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP). Com experiência em trabalho de campo voluntário e laboratórios de pesquisa, João Victor hoje contribui com sua experiência em convergir ciência, educação e comunicação como especialista acadêmico na JoVE, a maior plataforma mundial de vídeos científicos, disponível gratuitamente à toda comunidade Fiocruz.
Serviço
Aula inaugural do Mestrado Profissional em Ciência em Animais de Laboratório (MPCAL/ICTB/Fiocruz)
Tema: Recursos audiovisuais como ferramentas no ensino, pesquisa e extensão: inovando em métodos alternativos, sustentabilidade e aprendizagem com JoVE
Data: 3/4/23, segunda-feira
Horário: 14h
Local: via Zoom.
Estão abertas as inscrições para o Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique), um grande consórcio institucional de seis diferentes programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África. O objetivo da chamada especial é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. Inscrições podem ser feitas até 17 de abril!
Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).
A chamada especial de seleção pública para candidatos aos cursos oferecidos pelo SIS-Saúde está no ar.
Confira os editais:
O curso será ofertado em regime híbrido, por meio de aulas síncronas e assíncronas, com o uso de Ambiente Virtual de Aprendizagem, com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz. Os estudantes deverão acompanhar as aulas síncronas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstos outros momentos presenciais, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass/Fiocruz, e tais atividades acadêmicas presenciais serão em Maputo, no INS.
O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD).
A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.
SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".
Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".
Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades".
Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.
Em um grande consórcio institucional de seis diferentes programas de pós-graduação, a Fundação Oswaldo Cruz lança hoje - em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África - o edital do Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique). O seu objetivo central é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde.
Integram o SIS-Saúde, os programas de pós-graduação em Saúde Pública (PPGSP), de Saúde Pública e Meio Ambiente (PPGSPMA) e de Epidemiologia em Saúde Pública (PPGEPI) ligados à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz); de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PPGSMCA) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz); de Saúde Pública (PPGSP) do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); e de Saúde Coletiva (PPGSC) do Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas).
A chamada especial de seleção pública para candidatos aos cursos oferecidos pelo SIS-Saúde já está no ar.
Confira os editais:
As inscrições terão início na próxima semana, em 27 de março, e vão até 17 de abril!
Parceria entre a Fiocruz e Moçambique
As coordenadoras do SIS-Saúde Brasil/Moçambique — Cristiani Vieira Machado e Eduarda Cesse, respectivamente, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação e coordenadora-geral adjunta de Educação da Fiocruz —, destacaram a importante história de cooperação entre Brasil e Moçambique. Segundo Cristiani, a parceria da Fiocruz com o Instituto Nacional de Saúde (INS) na área da Educação já tem mais de 15 anos. "Durante esse período, a Fundação formou mais de 60 mestres em Ciências da Saúde e 14 mestres em Saúde Pública". Ela detalhou que essa nova oferta, em parceria com o INS e a Universidade Lúrio, integra o Projeto Coopbrass - Rede de Pesquisa e Formação em Saúde: Cooperação Sul-Sul entre a Fiocruz e Instituições Moçambicanas, que tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Já Eduarda Cesse, ressaltou que o consórcio permitirá a formação de cerca de 40 mestres e doutores em Saúde Publica, e “pretende contribuir para a formação de docentes e o fortalecimento do sistema público de saúde em Moçambique. Portanto, essa iniciativa entre programas de pós é de grande importância para a cooperação Sul-Sul em saúde".
SisSaúde: formação de professores e pesquisadores em Moçambique
A elaboração do Programa SIS-Saúde Brasil/Moçambique iniciou há cerca de um ano, a partir de uma missão da Fiocruz à África, em abril de 2022. Para atender a demandas de formação das instituições moçambicanas, cujo cerne é o fortalecimento dos sistemas de saúde, todos os programas de pós-graduação da Fiocruz envolvidos no consórcio são ligadas à grande área da saúde coletiva.
Os estudantes deverão acompanhar as aulas no Instituto Nacional de Saúde (INS) e na UniLurio. Também estão previstas outras atividades presenciais no INS/Maputo, considerando a ida de pesquisadores visitantes à Moçambique no âmbito do Coopbrass-Capes/Fiocruz . Complementarmente, os estudantes contarão com o apoio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem por meio do Campus Virtual Fiocruz.
O curso de mestrado terá duração de dois anos (24 meses) e o de doutorado quatro anos (48 meses). Ao todo, serão oferecidas 40 vagas para profissionais de saúde que atuem no sistema público de saúde e/ou em instituições públicas de pesquisa e de formação superior em saúde em Moçambique, 20 para o mestrado e 20 para o doutorado, distribuídas pelos seis Programas consorciados, sendo 10% priorizadas a candidatos que se declararem Pessoa com Deficiência (PcD).
Para o diretor Nacional de Formação e Comunicação em Saúde do INS, Rufino Gujamo, este programa integrado vai permitir a formação de recursos humanos moçambicanos altamente qualificados na área de sistemas de saúde. Gujamo acredita que "o programa, seguramente, vai contribuir de forma singular para o fortalecimento do sistema de saúde de Moçambique".
Também com altas expectativas para o início desta formação, a diretora Adjunta de Investigação, Extensão e Pós-Graduação da Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Lúrio, Amélia Mandane, evidenciou a colaboração internacional: "As relações de cooperação com parceiros estratégicos são de grande importância, pois promovem a consolidação e internacionalização da ciência e da inovação técnico-científica, com o fim último de promover um desenvolvimento integrado das sociedades".
Ela frisou também que a Fiocruz e o INS são dois grandes parceiros que têm apoiado de forma estratégica a UniLúrio. "Estamos desenvolvendo com eles disciplinas de mestrado em Saúde Pública desde 2018, e, agora, abraçamos o desafio de avançar como colaboradores na oferta desse consórcio", apontou, indicando ainda ser primordial, além de promover, consolidar essas relações e aproveitar de maneira eficiente tais oportunidades.
A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) anunciou o lançamento do Programa Mestrado e Doutorado Bolsa Nota 10. A chamada se destina a estimular a excelência na pós-graduação no Estado do Rio de Janeiro mediante a concessão de bolsas com valores diferenciados aos alunos de mestrado e doutorado que apresentam destacado desempenho acadêmico.
As submissões poderão ser realizadas em dois períodos distintos no ano de 2023. O prazo para submissão de propostas para implementação de bolsas da primeira cota se estenderá até 30 de março com a vigência inicial a partir de abril. Para implementação da segunda cota do ano de 2023, o prazo de submissão é de 20 de julho a 24 de agosto, com início de vigência das bolsas a partir de setembro.
Nessa edição os contemplados já poderão se beneficiar da nova tabela de valores de bolsas e auxílios divulgada pela Faperj no início de março. Essa alteração se segue às correções de 25% a 70% feitas pelo Governo Federal nas bolsas de incentivo à graduação, pós-graduação e pós-doutorado pagas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Com esta medida, a edição 2023 do Programa Nota 10 concederá bolsas de Mestrado no valor de R$ 2.900 e de Doutorado no valor de R$ 4.100, totalizando um aporte financeiro de cerca de R$ 30 milhões nesta chamada.
De acordo com as regras do programa, as bolsas Nota 10 contemplam apenas os últimos 12 meses de curso para os alunos de mestrado (13º ao 24º mês) e os últimos 24 meses de curso para os alunos de doutorado (25º ao 48º mês) – os meses devem ser contados a partir da data da matrícula na pós-graduação conforme as cláusulas do edital disponibilizado no site da FAPERJ.
Entre as exigências do edital está a necessidade de que os proponentes sejam alunos de programas de pós-graduação stricto sensu, e que estes programas tenham conceitos 5, 6 ou 7, na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Atenção: Essa chamada se refere somente à submissão de propostas para implementação da primeira cota de bolsas de 2023 (prazo de submissão até 30 de março, com vigência inicial a partir de abril). Posteriormente, a Faperj lançará a chamada correspondente à submissão de propostas para implementação da segunda cota de bolsas de 2023, que terá o início de vigência a partir de setembro.
Confira aqui o edital completo.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fiocruz Piauí promovem, em 30 de março, o evento em comemoração aos 10 anos da Pós-graduação em Medicina Tropical no Piauí – Formando Mestres e Doutores para o Nordeste Brasileiro.
O encontro será realizado das 8h30 às 16h, no auditório da Fiocruz Piauí, localizado na Rua Magalhães Filho, 519, Centro (Norte), Teresina/PI.
O início do ano acadêmico de 2023 do Mestrado Profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da COC será marcado pela palestra ‘O lugar das memórias difíceis nos estudos contemporâneos sobre patrimônio’ com a professora da Unicamp, Cristina Meneguello, e pelo lançamento do livro ‘A gestão de riscos como estratégia para a preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde’. O evento acontece presencialmente no dia 28 de março, às 14h, no Salão de Conferências do Centro de Documentação e História da Saúde em Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Doutora em História pela Unicamp, Cristina Meneguello discutirá a questão dos ‘patrimônios difíceis’, aqueles geralmente associados a locais de segregação e sofrimento ou relacionados a memórias de eventos marcados por experiências traumáticas. O objetivo é suscitar o debate acerca do direito à memória que, nesses casos, levantam questões sensíveis, de forte ressonância política. Como patrimonializar tais espaços e memórias? Como representar o indizível? Como gerir demandas, por vezes conflitantes, por lembrança e por esquecimento? Serão algumas reflexões propostas pela especialista.
Na ocasião, também será lançado o e-book ‘A gestão de riscos como estratégia para a preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde’, de autoria de Carla Coelho, Marcos José Pinheiro, Bruno Sá e Nathália Vieira Serrano, profissionais da COC/Fiocruz.
A publicação da Editora Mórula, com recurso da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), visa contribuir para a disseminação da gestão de riscos, a partir da experiência com o patrimônio cultural da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que envolveu diferentes atores, analisando as principais etapas do trabalho, dificuldades enfrentadas e estratégias adotadas para sua realização.
Sobre Cristina Meneguello
Professora da Unicamp nos cursos de história e arquitetura e urbanismo, e com experiência nas áreas de história, cultura visual, divulgação científica e preservação do patrimônio, Cristina Meneguello é coordenadora da Olimpíada Nacional de História do Brasil - que chega à 15ª edição em 2023, vice-presidente do Comitê Brasileiro de Preservação do Patrimônio Industrialprimeira-secretária da ANPUH Brasil (2021-2023).
Em sua atuação profissional, foi representante nacional junto ao Comitê Internacional para a Preservação do Patrimônio Industrial e presidente da ANPUH São Paulo (2012-2014), coordenou o MP em Ensino de História na Unicamp (2016-2020) e foi membro da Comissão Acadêmica Nacional do ProfHistória. Além disso, presidiu, por quatro anos, o Comitê Brasileiro de Preservação do Patrimônio Industrial, do qual é membro fundadora.
Com vários artigos publicados, organizou os seguintes livros nos últimos três anos: Corpos e Pedras: estátuas, monumentalidade e história; Patrimônio industrial na atualidade; Arte e Patrimônio Industrial, e Dicionário Temático de Patrimônio - Debates Contemporâneos.
Já sobre sua formação, possui doutorado em história pela Unicamp, realizou estágio de pós-doutorado na Universidade de Veneza (2005) e na Universidade de Coimbra (2008) e participou do programa de docente visitante na Universidade de Padova (2013).