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Publicado em 03/06/2022

Sextas de Poesia fala sobre a busca infinita do amor

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana traz Mário Cesariny, inaugurando o mês de junho com edições dedicadas ao amor e os namorados. Mário Cesariny de Vasconcelos foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador das atividades surrealistas em Portugal.

É dele o poema "Em todas as ruas te encontro", que fala sobre o lirismo, o amor romântico em sua busca infinita, onde "meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura..."

Cesariny nasceu em 9 de agosto de 1923, em Lisboa, Portugal e morreu em 26 de novembro de 2006. 

Publicado em 20/05/2022

Sextas traz as palavras fortes de Alejandra Pizarnik

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma homenagem a grande escritora Alejandra Pizarnik, com o poema "Festa". Nos últimos cinquenta anos, Alejandra Pizarnik foi a poetisa argentina mais lida na América Latina e no mundo. Seu estilo único e incomparável transcendeu no tempo, além de sua morte trágica. A autora criou um discurso poético muito original, caracterizado por uma linguagem rica e pela abordagem de temas complexos para a sua época.

Mesmo que sua vida tenha sido extremamente curta — tendo se suicidado com apenas 36 anos —, conseguiu construir uma carreira robusta e deixou um legado de obras muito importantes. Com sua primeira postagem, "A terra mais estranha" (1955), Alejandra conquistou milhares de leitores, que permaneceram fiéis o até seu último livro na vida: "As musiquinhas" (1978). Ela estudou filosofia e letras na Universidade de Buenos Aires e posteriormente pintura con Juan Batlle Planas. 

Alejandra era uma poetisa das fortes palavras, da solidão e do esquecimento. "Não sei nada sobre pássaros/não conheço a história do fogo. Mas acho que a minha solidão deve ter asas”.

Em "Festa", sua busca caminha pelo vento: "Os que chegam não me encontram. Os que espero não existem."

Publicado em 06/05/2022

Com Alice Ruiz, Sextas homenageia as mães

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana presta sua homenagem às mães, mulheres que levam outro corpo na barriga, no colo e no coração, pelo caminho e pelas mãos. Como no poema de Alice Ruiz, "enchemos a vida de filhos, que nos enchem a vida" de alegria e esperança. Feliz Dia das mães!

Poeta e haikaista, Alice Ruiz nasceu em Curitiba, Paraná, em 22 de janeiro de 1946. Começou a escrever contos com nove anos de idade, e versos aos 16. Aos 26 anos publicou pela primeira vez seus poemas em revistas e jornais culturais. Lançou seu primeiro livro aos 34 anos. Alguns de seus primeiros poemas foram publicados somente em 1984, quando lançou 'Pelos Pelos' pela editora Brasiliense. Já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia, de 1989, pelo livro 'Vice Versos' e o Jabuti de Poesia, de 2009, pelo livro 'Dois em Um'. O poema "Enchemos a vida", ilustrado nesta edição, faz parte do livro 'Pelos pelos'. 

*Com informações do site de Alice Ruiz

Publicado em 08/04/2022

Sextas celebra a poesia de Lygia Fagundes Telles

Autor(a): 
Ana Furniel

A nossa homenagem esta semana só poderia ser para Lygia Fagundes Telles, escritora, que era membro da Academia Brasileira de Letras, conquistou muitos prêmios, entre eles, vários Jabutis e também o Camões de Literatura Portuguesa. Lygia morreu aos 103 anos no último dia 3 de abril.

Prosadora celebrada por grandes nomes da crítica literária brasileira, Lygia Fagundes Telles transitou à vontade entre o romance e o conto, mas foi, talvez, no último que exerceu seu talento com a mais perfeita expressão. 

Vivendo a realidade de uma escritora do terceiro mundo, Lygia considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com a difícil condição do ser humano em um país de tão frágil educação e saúde. Participante desse tempo e dessa sociedade, a escritora procura apresentar através da palavra escrita a realidade envolta na sedução do imaginário e da fantasia. 

Engajada na luta pela democracia e contra a censura, em 1973, lançou "As Meninas", a história de três jovens estudantes durante a ditadura militar. Narrada de forma brilhante, é considerada uma obra-prima, portanto, escolhemos um trecho dessa obra para ilustrar esta edição do Sextas.

Lorena, Ana Clara e Lia, estudantes, em um pensionato, são de mundos distantes, vivendo impasses muito parecidos e ao mesmo tempo diferentes, mas dividem a mesma  rotina, dúvidas, inquietações e expectativas de três meninas, que de maneiras distintas, convivem com a solidão e a instabilidade da chegada da vida adulta, num país na ditadura. 

As protagonistas carregam sentimentos que todas nós vivenciamos na vida, o amor e a amizade, o medo e a cumplicidade de três meninas.

Publicado em 25/03/2022

'Canção do Outono' ilustra o Sextas de Poesia

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana fala sobre a nova estação com o poema "Canção do Outono" (Chanson D'automne, nome original em francês), de Paul Verlaine e tradução de Alphonsus de Guimaraens. Paul Verlaine (1844-1896), foi um poeta fundamental do Simbolismo, além do uso da sonoridade e da musica que seus poemas cantavam. É célebre seu lema a respeito, que é, aliás, um verso: "De la musique avant tout chose", isto é, "antes de tudo, a música".

Talvez o mais famoso exemplo dessa busca pela música do verso seja seu poema Chanson d’Automne, ou Canção de Outono, nele as aliterações praticamente nos fazem ouvir os violões dos quais falam os versos. Mas além da maestria desses "sanglots longs dês violons de l’automne", o poema tem uma curiosa relação com a história política da França. De fato, foi transmitido pela BBC, na noite de 5 de junho de 1944, como um código de aviso à Resistência Francesa de que o Dia D, a invasão aliada da Normandia, ocorreria na manhã seguinte. 

O poema escolhido já foi traduzido por diversos poetas, entre eles, Manuel Bandeira, Paulo Mendes Campos, Guilherme de Almeida e Alphonsus de Guimaraens. Esse último, mineiro e um dos principais nomes do simbolismo brasileiro, teve a versão escolhida para o "Sextas de Poesia".

Que sejam de paz nossos dias de Outono!


*com informações de Fábio Malavoglia (Rádio Cultura)
 

Publicado em 18/03/2022

Sextas fala sobre o século dos extremos com Murilo Mendes

Autor(a): 
Ana Furniel

Murilo Mendes, nascido em Minas Gerais em 1901, carrega em si a marca do poeta do século XX. Sua sensibilidade às divergências fizeram dele um autor ímpar no século dos extremos: o século das vanguardas, das guerras, das ciências, da busca pela compreensão do lugar do homem na vida e no Universo.

No poema "Reflexões N° 1", escolhido para esta edição do Sextas de Poesia, Mendes lembra que ninguém se banha duas vezes no mesmo rio, com dialética e incompreensão ou inconformismo com o que é dado, ou o destino das coisas e lugar no mundo. Tão atual quanto desconcertante.

Na esteira do Modernismo brasileiro, Murilo Mendes publicou seu livro inaugural, de título simples, "Poemas", em 1930, com influências do movimento surrealista francês, bem como a crítica ao ufanismo. 

Em 1934, Murilo Mendes converte-se ao Catolicismo, então sua veia surrealista, nutrida pela leitura dos franceses, ganha novos motivos. Assim, o poeta dos extremos recebe nova missão: comungar fé, o encanto científico e a crítica modernista em sua poesia.

Conheça mais em: A surreal poesia de Murilo Mendes

Publicado em 11/03/2022

Sextas homenageia Castro Alves, o poeta dos escravos

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana lembra o poeta baiano Castro Alves, nascido em 14 de março, Dia Nacional da Poesia, data criada em sua homenagem. 

Castro Alves ou Antônio Frederico Castro Alves, é um poeta romântico do século XIX. Nasceu em Muritiba, no estado da Bahia, em 1847, e morreu em Salvador, no ano de 1871, com apenas 24 anos, vítima da tuberculose. É conhecido como o “Poeta dos Escravos”, em função de suas poesias de cunho abolicionista. O escritor também escreveu poemas de amor, mas sua poesia de caráter social fez dele o principal nome da terceira geração romântica.

O poema escolhido "O navio negreiro" é o mais conhecido de Castro Alves, dada a sua importância histórica e política. A versão aqui publicada traz partes do poema musicado por Caetano Veloso. Em ritmo tenso e crescente, choram os homens do deserto, guerreiros solitários, homens arqueados, mulheres nuas, espantadas. 
Um de raiva delira, outro enlouquece... 
Outro, que de martírios embrutece, 
Cantando, geme e ri!

Publicado em 25/02/2022

Carnaval e Rio: Sextas celebra as belezas da cidade maravilhosa

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia desta semana faz uma dupla homenagem: ao carnaval e ao Rio de Janeiro, cidade que completa 457 anos no dia 1°/3. Com a pandemia, este é o segundo ano sem carnaval na cidade que vive o samba, as rodas e a alegria em cada personagem e fantasia. Um Rio que, entre a favela e o asfalto, a beleza e o caos, encanta com os enredos da passarela ou seus cartões postais.

Em 1934, o jovem compositor Antônio André de Sá Filho - nascido na Rua da Carioca em 21 de março de 1906 -, com várias músicas gravadas, criou uma marcha em homenagem ao Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa, que acabaria virando um hino para a cidade. 

Essa marchinha abre e fecha os bailes e o carnaval. Desejamos que no ano que vem o Rei Momo esteja a postos para abrir a folia e os cariocas possam festejar novamente nas ruas. Parabéns para esta cidade, berço do samba e das lindas canções. Que ela continue sempre sendo um rio desaguando no mar...

Publicado em 11/02/2022

Sextas de Poesia homenageia o centenário da Semana de Arte de 22

Autor(a): 
Ana Furniel

O Sextas de Poesia faz sua homenagem à Semana de Arte Moderna, conhecida como a Semana de 22. Escolhemos o poeta Manuel Bandeira, que, na época, doente com tuberculose, não participou ativamente, mas foi um dos autores mais importantes do movimento modernista na poesia. Bandeira teve dois poemas lidos durante a semana que causaram grandes manifestações do publico.

"Poética" expõe os princípios estéticos básicos que impulsionaram a primeira revolta pela liberdade formal da poesia do modernismo brasileiro, juntamente com "Os Sapos".

Nesta semana, trazemos "Poética"no qual Bandeira defende que não há lirismo sem libertação. 

100 anos da Semana de 22

Marco oficial do Modernismo brasileiro, a Semana de Arte Moderna aconteceu em São Paulo e reuniu artistas das mais diversas áreas no Theatro Municipal de São Paulo, ao longo dos dias 13 e 18 de fevereiro de 1922. Apresentações musicais e conferências intercalavam-se às exposições de escultura, pintura e arquitetura com o intuito de introduzir ao cenário brasileiro as mais novas tendências da arte.

Publicado em 04/02/2022

Sextas de Poesia homenageia Moïse Kabagambe

Autor(a): 
Ana Furniel

A edição do Sextas de Poesia desta semana faz uma  homenagem a Moïse Mugenyi Kabagambe, da República Democrática do Congo, de 24 anos, que veio para o Brasil com sua família, como refugiado político, fugindo da violência, guerra e fome de seu país, e foi brutalmente assassinado no dia 24 de janeiro, na Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro.

O poema que homenageia o jovem congolês é de Márcio Barbosa e integra a publicação Cadernos Negros - Poemas Afro-brasileiros, Volume 31, de 2008. 

"Não há povo sem história, sem memória coletiva. E é na pele que essa memória continua viva"

 

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