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Publicado em 09/08/2019

Comunicação, informação e saúde: Jornada debate potenciais e desafios da interdisciplinaridade em pesquisa

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz, com informações da Ascom Icict/Fiocruz

Entre os dias 12 e 14 de agosto, pesquisadores, estudantes e representantes de agências de fomento debatem os potenciais e desafios da interdisciplinaridade em pesquisa. O encontro será durante a 3ª Jornada do  Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), que celebra 10 anos neste segundo semestre de 2019.

Este é o único programa de pós-graduação do país construído na interseção entre o campo da comunicação, o da informação e o da saúde pública. Um espaço que pensa o ensino e a pesquisa tendo como norte os princípios do Sistema Único de Saúde, o SUS: equidade, universalidade e integralidade. Um pólo que já formou mais de 100 mestres e 50 doutores, profissionais e pesquisadores que elaboraram investigações com ao menos um aspecto em comum: a premissa de que o direito à comunicação e à informação é inerente ao direito à saúde. O programa é oferecido pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), e avaliado com nota 5 pela Capes.

O coordenador Wilson Borges comenta que a interdisciplinaridade permite lançar um olhar multidimensional sobre vários fenômenos de nossos tempos: "As pesquisas desenvolvidas pelo PPGICS aliam objetos e conceitos de diferentes áreas para investigar, de forma mais complexa, temas tão desafiadores quanto as fake news, a cobertura jornalística de epidemias atuais ou sistemas de informação em prol da ciência aberta, apenas para citar alguns exemplos”.

Ao mesmo tempo em que a interdisciplinaridade confere vigor às investigações, também traz desafios, na prática. Por isso, o Icict convidou pesquisadores, ex-alunos e representantes de agências de fomento para apresentarem suas experiências para debater estas questões na 3ª Jornada do PPGICS.  O evento tem, ainda, o papel de chamar atenção para o quanto ainda há inúmeros desafios nas áreas que abarca. Afinal, o próprio campo da comunicação e da informação é, hoje, um grande desafio para toda a sociedade. É o que afirma Christovam Barcellos, vice-diretor de Pesquisa do Icict. "Houve uma profunda mudança na maneira com que as pessoas se informam e transmitem informação. As redes de comunicação interpessoal e social dominam hoje grande parte dos fluxos de informação no mundo. Perdeu-se uma certa centralidade que tinham os veículos de comunicação de massa no passado". 

O pesquisador aponta como são contundentes as consequências disso para a saúde coletiva. "Nestas redes circulam mensagens que esclarecem sobre riscos à saúde, que apoiam pessoas com problemas de saúde, que indicam encaminhamentos no sistema de saúde, mas também que espalham mentiras ou exageram situações reais. Nosso trabalho como pesquisadores e professores ganhou novas perguntas. O ciclo de produção-circulação-consumo de informação foi alterado, com a incorporação de novos atores e novos instrumentos de difusão e interação".

3ª Jornada do PPGICS: confira a programação, inscreva-se e participe!

Data: 12/8 a 14/8
Locais: Prédio da Expansão e Salão de Conferência do Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), no campus central da Fiocruz.
Acesse a programação completa
Inscrições: eventos.icict.fiocruz.br
Saiba mais sobre o seminário “Acolhimento à mesa: comensalidade e produção social de saúde entre refugiados”

Publicado em 07/08/2019

Casa de Oswaldo Cruz promove oficina de obras raras e preservação

Autor(a): 
COC/Fiocruz

Com 60 vagas oferecidas, a Oficina de Obras Raras: preservação do patrimônio cultural das ciências e da saúde recebe inscrições até o dia 26 de agosto. Em sua 7º edição, a oficina tem o objetivo de discutir a preservação dos acervos bibliográficos, arquivísticos e museológicos com abordagem nas práticas profissionais, soluções e o uso dos recursos disponíveis. A iniciativa é uma parceria da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação (Icict/Fiocruz). 

A oficina é direcionada a bibliotecários, estudantes de biblioteconomia, pesquisadores de coleções bibliográficas especiais e demais profissionais interessados no tema. A aula será ministrada no dia 30 de agosto, das 9h às 16h30, no Centro de Documentação e História da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro). Também haverá versão online da oficina.

Entre os destaques da programação está a palestra "Raridade e materialidade da informação no livro raro: outros olhares sobre a apreensão do conhecimento científico", que será ministrada por Ana Virgínia Pinheir, que é bibliotecária, chefe da Divisão e curadora de obras raras na Biblioteca Nacional. A atividade conta ainda com a "Roda de conversa entre os profissionais da Fundação Oswaldo Cruz responsáveis pelos acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos", com Marcelo Lima, que é coordenador da Seção de Preservação do Icict; Felipe Almeida Vieira, do Departamento de Arquivo e Documentação da COC; e Juliana Fernandes Albuquerque, chefe do Serviço de Museologia do Museu da Vida da COC. A atividade será mediada pela Bibliotecária Jeorgina Gentil Rodrigues. Confira a programação

Inscreva-se aqui e participe!


Obras raras na Fiocruz

A Seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos, localizada no Castelo Mourisco, guarda um dos acervos bibliográficos científicos mais importantes da América Latina. São cerca de 50 mil volumes, entre livros, periódicos, folhetos e manuscritos. No acervo de periódicos encontram-se mais de 600 títulos de revistas científicas internacionais e nacionais de reconhecido valor histórico. Integram esse conjunto importantes periódicos brasileiros dos séculos 18, 19 e 20. Também estão lá o primeiro tratado sobre História Natural do Brasil, de William Piso e Georg Marggraf (1648), o Formulário Médico, manuscrito com prescrições atribuído aos jesuítas, de 1703 e a tese de doutorado de Oswaldo Cruz: "A vehiculação microbiana pelas águas" (1893). 

A Seção de Obras Raras é gerida pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Para consultar o acervo físico é necessário o agendamento prévio por telefone, e-mail ou pessoalmente. Telefone: (21) 2598-4460, 3885-1728. E-mail: obrasraras@icict.fiocruz.br. Acesse o site e saiba mais: https://www.obrasraras.fiocruz.br/

 

Publicado em 25/07/2019

Mostra VideoSaúde recebe inscrições para obras audiovisuais até 5/8

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

Até 5 de agosto ficam abertas as inscrições abertas para a 6ª Mostra VideoSaúde, que apresenta produções do audiovisual dedicadas exclusivamente a temas de saúde. Nessa edição, a VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, que está à frente da iniciativa, traz uma novidade: a mostra acontecerá pela primeira vez na internet. A exibição será online, na mostra que ficará disponível no Portal Fiocruz.

A chamada está aberta a realizadores independentes, coletivos, movimentos sociais, empresas, escolas, sindicatos, associações, organizações não governamentais e demais instituições públicas ou privadas que tenham obras audiovisuais relacionadas ao tema. Podem concorrer filmes de qualquer formato (curta, média ou longa-metragem), que tenham sido produzidos nos últimos dez anos. O objetivo da iniciativa é conhecer a produção audiovisual relacionada a temas de saúde e selecionar obras para integrar seu acervo.

Como se inscrever

As inscrições para a 6ª Mostra VideoSaúde podem ser feitas pela internet, presencialmente e pelos Correios, de acordo com as necessidades do proponente. Pela Internet, o interessado deverá preencher a ficha de inscrição online e enviar as informações necessárias sobre a obra inscrita, bem como os links para acesso à obra. 

Para inscrição presencial ou via Correios, serão aceitos suportes digitais como DVD, pendrive ou HD externo, com os arquivos em integridade para exibição online. As obras devem ter sido finalizadas a partir de 2009 e não podem ter sido exibidas na edição anterior da mostra (2008). Ao se se inscreverem, os participantes autorizam, no ato da inscrição, o termo de cessão ao acrevo da Fundação Oswaldo Cruz, em consonância com as diretrizes da Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz.

Prêmios

Serão selecionados audiovisuais de acordo com critérios definidos pela chamada. Um júri técnico e um júri popular, formado pelo público, decidirá quem serão os premiados.

Os filmes e vídeos participantes da mostra concorrem aos seguintes prêmios: Melhor Longa - R$ 15.000,00 (quinze mil reais); Melhor Média - R$ 10.000,00 (dez mil reais); Melhor Curta - R$ 8.000,00 (oito mil reais); Prêmio Especial do Júri - R$ 5.000,00 (cinco mil reais); e Prêmio Júri Popular - R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O júri também poderá conceder até três menções honrosas a obras destacadas durante a mostra. Os filmes e vídeos selecionados para a mostra serão incorporados ao catálogo e podem fazer parte de ações de divulgação e difusão da distribuidora.

A cerimônia de premiação da 6ª Mostra VideoSaúde está prevista para acontecer em outubro de 2019, no Rio de Janeiro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. 

Todas as informações sobre a chamada pública, conteúdos exclusivos da VideoSaúde, além de materiais de divulgação e o formulário de inscrição encontram-se disponíveis aqui. Dúvidas e outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail inscricoesvimostravsd@icict.fiocruz.br ou telefones: (21) 3882-9101/9111/9209 e tel/fax: (21) 2290-4745.

Comunicação em saúde

As mostras VideoSaúde, realizadas desde 1992, são atividades estratégicas de comunicação no campo audiovisual. O objetivo é ampliar a circulação de produções e debates sociais sobre temas, conflitos, histórias e desafios da saúde pública e da ciência – elementos fundamentais para a consolidação da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) como direitos constitucionais de toda a população brasileira.

Publicado em 18/07/2019

Ciência Aberta: novo curso da Fiocruz trata de direito de acesso à informação e proteção de dados

Autor(a): 
Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Ciência aberta e para todos. Mas até que ponto a lei permite que cidadãos tenham acesso a informações sobre dados da administração pública quando se trata da pesquisa? Para esclarecer o assunto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) oferece o segundo curso da série Marcos Legais – Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais – que integra a Formação Modular em Ciência Aberta.

Neste novo curso, já disponível no Campus Virtual Fiocruz, os participantes vão estudar sobre a abrangência do direito de acesso à informação. É o que explica o professor Francisco José Tavares do Nascimento, autor de cinco das seis aulas. “Nosso o bjetivo é fazer com que os alunos saibam reconhecer as informações que podem ser concedidas ou negadas, em função da publicidade ou do sigilo dos dados, com mais segurança jurídica”, afirma. “Esperamos que, ao final, eles compreendam também como esses conceitos se aplicam à gestão de dados de pesquisa”.

Conheça o curso

O curso Direito de acesso à informação e proteção de dados pessoais apresenta noções e conceitos para que os participantes avaliem se podem ou não publicar, em formato aberto, dados de pesquisas realizadas pela administração pública. São seis aulas, elaboradas pelos professores Francisco José Tavares do Nascimento (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e Danilo Doneda (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Com carga horária de 10h/aula, no total, o curso é oferecido online, na modalidade de educação à distância (EAD) e está organizado da seguinte forma: 

Aula 1: Acesso à informação pública como Direito Fundamental do cidadão | Aula 2: Princípios que regem o direito de acesso à informação | Aula 3: Dados públicos administrativos no contexto da pesquisa | Aula 4: As restrições ao acesso às informações sigilosas | Aula 5: Segurança da informação | Aula 6: Proteção de dados pessoais e a pesquisa científica.

Os alunos devem concluir o curso e fazer a avaliação final online até o dia 18 de julho de 2020.

As inscrições já estão abertas aqui!

Saiba mais sobre Marcos Legais

A série Marcos Legais apresenta aspectos do  ordenamento jurídico nacional que incidem sobre temas vinculados à abertura de dados para pesquisa, como: propriedade intelectual, especialmente direitos autorais e propriedade industrial, acesso e segurança da informação e proteção de dados pessoais, sensíveis ou sigilosos. É composta por dois cursos, elaborados com base em um estudo dos pesquisadores do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta da Fiocruz.

Formação Modular em Ciência Aberta

Até o final de 2019, a Fiocruz oferecerá quatro séries desta formação. No total, são oito cursos. Até agora, já foram lançados os cursos O que é ciência aberta? e Panorama histórico da ciência aberta (ambos da Série 1) e Propriedade intelectual aplicada à ciência aberta (primeiro curso da Série 2, Marcos Legais).

Todos os microcursos são oferecidos na modalidade de educação à distância (EAD). Os inscritos podem acessar as aulas online, quando e de onde quiserem, gratuitamente. Os cursos são independentes entre si. Ou seja: não é preciso cursar um para se inscrever em outro. Mas, na Fiocruz entendemos que quanto mais completa a formação, melhor.

A cada curso, é feita uma avaliação. É necessário obter nota igual ou maior que 70 para ser aprovado(a) e receber o certificado de conclusão — emitido em até cinco dias úteis.

A Formação Modular em Ciência Aberta é uma realização da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), através do Campus Virtual Fiocruz. Os microcursos são resultados de uma parceria entre a Coordenação de Informação e Comunicação (VPEIC), o Campus Virtual Fiocruz, a Escola Corporativa Fiocruz e a Universidade do Minho (Portugal).

Para saber mais sobre a Formação Modular em Ciência Aberta e ter acesso aos outros cursos, clique aqui.

Publicado em 11/07/2019

Fiocruz Minas recebe a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação

Autor(a): 
Fiocruz Minas | Foto: Peter Ilicciev (CCS/Fiocruz)

Os desafios e as perspectivas da educação na Fiocruz estiveram em pauta recentemente, no Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), durante a visita da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz), Cristiani Vieira Machado. Pesquisadores, estudantes e profissionais de outras áreas da unidade assistiram à apresentação, em que foi abordado também o atual cenário do ensino no país e no âmbito da Fundação.

“Trata-se de um momento difícil do ponto de vista financeiro, com uma série de cortes no orçamento que estão trazendo impactos significativos para a pesquisa. Na Fundação, perdemos, só pela Capes, 21 bolsas, até o momento. Há ainda uma previsão de novos cortes para os programas nota 3, mas que não devem nos atingir por não termos programas nessa situação”, afirmou.  

De acordo com a vice-presidente, a Fiocruz conta com 43 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo 16 profissionais e 27 acadêmicos, distribuídos por todas as unidades da federação em que a Fundação está presente. Dispõe ainda de centenas de cursos lato sensu, oferecidos em modalidades presenciais e a distância. No nível médio, há também uma forte atuação, especialmente por meio da Escola Politécnica Joaquim Venâncio, que oferece ainda formação complementar ao ensino médio.

"É uma atuação bastante diversificada e há muitos desafios a serem enfrentados. Por exemplo, precisamos fortalecer a internacionalização da educação na Fiocruz e, no âmbito nacional, contribuir para a redução das desigualdades na formação do SUS”, destacou.

Segundo Cristiani, algumas ações já vêm sendo adotadas visando à internacionalização, como a implementação de programas de incentivo à mobilidade de docentes e alunos, bem como o esforço de trazer à Fundação pesquisadores de outros países para a realização de atividades pontuais. “Além disso, temos buscado captar projetos apoiados pela Capes, com ênfase em parcerias internacionais, como Print e Coopbrass”, contou.

Para auxiliar na redução das desigualdades, a Fiocruz tem procurado ofertar cursos nas diversas unidades regionais, com foco na formação em áreas estratégicas para o SUS. Busca ainda a expansão na formação de mestres e doutores em regiões onde há escassez de oferta de pós-graduação.

Para além do ensino, Cristiani ressaltou também a importância de atuar em áreas correlatas à educação, como comunicação e divulgação científica, com o intuito de fomentar as estratégias que visem dialogar com a sociedade. Exemplo disso, segundo ela, é a Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente, promovida pela Fiocruz nas cinco regiões do país. “Editora Fiocruz e Canal Saúde também são parceiros importantes para estarmos em contato com os diversos públicos, bem como divulgar o trabalho desenvolvido pela Fundação”, reforçou. 

A vice-presidente lembrou que é necessário avançar na promoção da ciência aberta. “Esta é uma discussão complexa, que demanda o envolvimento de toda a comunidade Fiocruz. Precisamos desenvolver um plano de gestão de dados, de forma a nos preparar institucionalmente para promover o acesso aberto ao conhecimento e aos recursos educacionais”, ressaltou.

À frente da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação desde novembro do ano passado, esta foi a primeira visita de Cristiani ao IRR. Durante a manhã, ela se reuniu com os coordenadores dos programas de pós-graduação da unidade. “Trata-se de uma aproximação fundamental, pois permite alinhar ações, que possibilitam caminhar de forma integrada”, destacou a diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta. 

Publicado em 08/07/2019

Fiocruz oferece curso online em Introdução à Divulgação Científica

Autor(a): 
Valentina Leite e Flávia Lobato (Campus Virtual Fiocruz)

Quem faz ciência tem o compromisso de comunicar suas ações e resultados para toda a sociedade, principalmente se pensarmos no trabalho de organizações públicas. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), reconhecida pela sua atuação na área, acaba de abrir as inscrições para o curso online de Introdução à Divulgação Científica. A oferta é em formato MOOC e aberta a todos os públicos. 

Oferecido através do Campus Virtual Fiocruz, com carga horária de 30h/aula, o curso é livre, autoinstrucional, na modalidade de educação à distância (EAD) e no formato MOOC. Isso significa que qualquer pessoa interessada pode se inscrever e participar das aulas. É possível seguir seu próprio ritmo e acessar os materiais nos lugares e horários mais convenientes.

Divulgar ciência, questão de sobrevivência

Mas por que a sociedade deve estar engajada nas discussões sobre ciência? É o que explica Luisa Massarani, divulgadora científica e pesquisadora responsável pelo curso. “Cientistas e instituições são financiados, em grande parte, por recursos públicos. Então, é necessário dar retorno sobre estes investimentos e resultados. Diz respeito à responsabilidade social", afirma. Ela também comenta o contexto atual que afeta a área. "São tempos de fake news, em que se propagam mensagens de descrença nas evidências e no pensamento científico, além de enfrentarmos cortes de recursos públicos destinados à pesquisa em vários países. Com isso, a ciência se depara com o desafio de dar maior visibilidade ao público geral e aos tomadores de decisão e financiadores, mostrando a sua importância para o desenvolvimento econômico e social. É uma questão de sobrevivência”.

Para isso, o curso apresenta conceitos e também oferece ferramentas e orientações práticas sobre como realizar a divulgação científica. Ao final, os participantes serão capazes de:

- compreender o percurso histórico da divulgação científica no Brasil e no mundo,
- reconhecer a importância de manter um diálogo com a sociedade,
- utilizar ferramentas para realizar ações de divulgação científica.

Para ampliar os conhecimentos, os participantes têm acesso a materiais complementares em diferentes formatos. 

O curso Introdução à Divulgação Científica é uma iniciativa da Vice-Presidência Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC/Fiocruz) e do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT), com apoio do Campus Virtual Fiocruz

O que é MOOC

O curso está disponível em formato MOOC. A sigla vem do inglês Massive Open Online Course, que significa curso online aberto e massivo. É um curso à distância, aberto a todos, e autoinstrucional – ou seja, que não precisa do acompanhamento de um professor, sendo o próprio aluno quem determina como se dedicará ao curso. A aprovação depende do cumprimento das atividades propostas e horas de num determinado prazo.

Geralmente, os MOOC são constituídos de palestras ou aulas gravadas em vídeo e transmitidas pela internet, através de ambientes virtuais de aprendizagem, ferramentas da web 2.0 e de redes sociais. Os cursos também podem incluir outros formatos multimídia, como: jogos, quiz, áudios, infográficos sobre conteúdos de diversas áreas do conhecimento.

No Brasil, um país de grandes dimensões, a educação à distância (EAD) tem sido bastante difundida, já que as tecnologias digitais facilitam e ampliam o acesso ao ensino de qualidade, ao mesmo tempo que reduzem os custos do aprendizado.

Muitas universidades, empresas e outras organizações públicas e privadas têm se utilizado destas soluções para compartilhar conhecimentos de uma forma mais simples e aberta. 

Faça sua inscrição aqui para acessar o curso e conheça o MOOC!

Publicado em 02/07/2019

Jovem brasileiro tem interesse por temas de ciência e tecnologia, mas desconhece cientistas e instituições de pesquisa nacionais

Autor(a): 
Casa de Oswaldo Cruz | Foto: Museu da Vida

Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro. A constatação é da pesquisa O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT).

Realizado pela primeira vez no Brasil, o estudo teve abrangência nacional e emprego da técnica de survey, para aplicação de questionário estruturado, presencial, junto a amostra da população brasileira de jovens entre 15 e 24 anos. A pesquisa quantitativa ouviu 2.206 pessoas e foi conduzida entre os dias 23 de março e 28 de abril deste ano. Envolveu também etapas cognitiva e qualitativa, para saber dos jovens suas opiniões e atitudes sobre ciência e tecnologia.

Novidades da pesquisa

Divulgado no dia 24 de junho na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo mensurou, pela primeira vez no Brasil, acesso ao conhecimento científico, desinformação e percepção sobre fake news. Buscou também medir a influência das trajetórias de vida e do posicionamento moral e político dos jovens sobre as atitudes relacionadas à ciência e tecnologia.

Os jovens manifestaram apoio e confiança na ciência e defenderam investimentos no setor. Em geral, eles possuem uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista e devem ter as mesmas oportunidades. Outro resultado diz respeito aos movimentos antivacina, que vêm gnhando repercussão. Segundo a pesquisa, 75% dos jovens defenderam que não é perigoso vacinar crianças.

A pesquisadora Luisa Massarani, que líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa, diz que ainda há poucos estudos nessa direção no Brasil. "É fundamental entender como os jovens interagem e se engajam em temas de ciência e tecnologia. Nosso objetivo com este estudo — que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão — é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos jovens”.

O evento na Fiocruz contou com a presença de especialistas na área da percepção pública sobre ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Além da apresentação dos resultados da survey, foram discutidas as contribuições mais recentes do campo e possibilidades de uso dos dados gerados.

Para seleção dos entrevistados, foi utilizada amostra probabilística até o penúltimo estágio, com aplicação de cotas amostrais de sexo, idade e escolaridade no último estágio. O intervalo de confiança é de 95%. As entrevistas, realizadas por equipe treinada, foram feitas em domicílio entre março e abril de 2019.

Principais resultados

  • A maioria dos jovens brasileiros manifesta grande interesse para temas de ciência e tecnologia, tanto as mulheres quanto os homens, e em quase todos os grupos sociais.
  • O interesse por ciência e tecnologia, em geral, é maior que o por esportes, e comparável com o interesse por religião.
  • Os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista.
  • A maioria dos jovens acredita que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista, e devem ter as mesmas oportunidades.
  • A maioria dos jovens, até mesmo os que estão frequentando cursos superiores, não consegue mencionar o nome de sequer uma instituição brasileira que faça pesquisa, nem de algum(a) cientista brasileiro(a).
  • Os jovens manifestam dúvidas também sobre controvérsias sociais e políticas que atravessam a ciência, hoje: 25% acreditam que vacinar as crianças pode ser perigoso; 54% concordam que os cientistas possam estar “exagerando” sobre os efeitos das mudanças climáticas; 40% dos jovens dizem não concordar com a afirmação de que os seres humanos evoluíram ao longo do tempo e descendem de outros animais.

Entrevistas e grupos de discussão

Além da realização da survey, foram conduzidos grupos de discussão e entrevistas com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). A técnica de grupos de discussão foi selecionada para o estudo por permitir captar não apenas o que as pessoas pensam e expressam, mas também como elas pensam e o porquê. Um dos aspectos analisados foi a forma como os jovens lidam com as fake news (notícias falsas) em especial aquelas relacionadas à ciência e tecnologia. Destacam-se, entre os resultados:

  • O estudo sinaliza uma mudança no ecossistema de informações. A informação deixa de ser “buscada” e passa a ser “encontrada”: os jovens passam a “tropeçar” em vários conteúdos e a ciência e tecnologia se insere neste cenário.
  • Os jovens reclamam da dificuldade em identificar a veracidade das informações que circulam, tanto na grande mídia como na internet. Relatam angústia e insegurança em relação ao que acontece no mundo: é cada vez mais difícil identificar o que é verdadeiro.
  • Jovens mais engajados politicamente, com maior escolaridade, e que consomem mais frequentemente informação científica conseguem perceber melhor possíveis notícias falsas em ciência e tecnologia.
  • A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais (visitação a museus, participação em eventos etc.).

O estudo contou com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Acesse aqui o resumo executivo da pesquisa.

Publicado em 02/07/2019

Acesso à informação científica e tecnológica em saúde: inscreva-se para qualificação até 18/7

Autor(a): 
Icict/Fiocruz | Foto: Unsplash

Estão abertas as inscrições da próxima turma do Curso de Qualificação em Acesso à Informação Científica e Tecnológica em Saúde, oferecido pela gestão acadêmica do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). É possível se inscrever até o dia 18 de julho. 

Realizado em modalidade semi-presencial, o curso visa treinar profissionais das áreas de informação relacionadas à pesquisa acadêmica, serviços e inovação tecnológica em saúde, compreendendo os processos de trabalho de bibliotecas, departamentos de informação, dentre outros, além de ampliação do conhecimento sobre bases de dados especializadas e fontes de informação.

O curso é aberto a profissionais ou estudantes de áreas de desenvolvimento e apoio à pesquisa em ciência e tecnologia em saúde. Há 20 vagas disponíveis e a carga horária total é de 72 horas. As aulas têm acontecem entre os dias 12/8 e 30/9, no prédio da Expansão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Inscreva-se aqui pelo Campus Virtual Fiocruz.

Publicado em 26/06/2019

Parceria cria matriz analítica para indicadores de saúde

Autor(a): 
Icict/Fiocruz

O que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Paraguai, Peru, Portugal e Uruguai têm em comum? Todos esses países integram o Observatório Iberoamericano de Políticas e Sistemas de Saúde (OIAPSS), no qual os países membros partilham de um sistema que lhes permite realizar uma abordagem que relacione “determinantes sociais, condicionantes e desempenho, além de incorporar nós críticos pouco explorados em matrizes”, podendo, a partir daí, produzir uma análise dos resultados e das tendências apresentadas “numa perspectiva comparada que procura destacar desafios comuns no contexto da crescente internacionalização das relações sociais e de produção”.

O OIAPSS é formado por uma rede marcada pela diversidade de parcerias que variam conforme o país: observatórios, universidades, Federación en Defensa dela Sanidad Publica, entre outros. Como uma iniciativa inter-institucional e intergovernamental, se notabiliza por ser um espaço de comunicação e intercâmbio de informações, com o propósito fundamental de defender e fortalecer os sistemas públicos e universais de saúde. O projeto sempre contou com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). 

Participação da Fiocruz

Os pesquisadores do Laboratório de Informação em Saúde (LIS) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict/Fiocruz) Diego Xavier e Heglaucio Barros foram os responsáveis pela continuidade e finalização da matriz de indicadores para esse  sistema, que havia sido iniciado pelos pesquisadores Francisco Viacava e Josué Laguardia, do Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess). Segundo eles, este trabalho “possibilitou ao LIS o desenvolvimento de ferramentas de consulta e análise em ambiente web, capazes de acelerar o processo de interpretação e resumo dos dados. Além disso, o processo de elaboração dos bancos de dados e das aplicações demandaram novas estratégias dentro do processo de trabalho, o que seguramente será aproveitado em projetos correntes e em futuros trabalhos”, explica Heglaucio Barros.

A equipe do LIS, juntamente com a Coordenação do projeto, avaliou, revisou e supervisionou as informações que compõem a matriz de indicadores: “foram examinadas as bases de dados internacionais utilizadas pela matriz de indicadores, como por exemplo, as do Banco Mundial, OCDE, Cepal, WHO, Eurostat, PAHO, WIPO, WTO e Unesco”, explica Diego Xavier. Mais do que mostrar o panorama das políticas públicas e sistemas de saúde em alguns países da América Latina, além de Portugal e Espanha, com arranjos de indicadores  e sistemas de saúde,o OIAPSS, vai muito além, pois como explica Vanderlei Pascoal, "(o OIAPSS) mostra os arranjos de indicadores entre os países que enfrentam limitações materiais significativas – mas, que possuem expertise, relativa capacidade material e potencialidades de cooperação em saúde entre eles." 

Entendendo o OIAPSS

O Observatório tem um sistema de indicadores (66 ao todo), com dados a partirda primeira década do século 21, distribuídos da seguinte forma: Determinantes Sociais (Demográficos, Sócio-econônomicos e Condições de vida); Construção Social de Política de Saúde (Marco legal); Condicionantes (Complexo produtivo, Financiamento e Atenção Primária); e Desempenho (Acesso, Efetividade e Adequação Técnica), que são comparados entre os países que o compõem, utilizando o sistema de comparação entre os dados dos países como um recurso para “identificar as tendências de blocos regionais ou intervenções que contribuam para a qualidade dos serviços”.

Além de comparar os indicadores, “o OIAPSS enfoca a análise de temáticas e desafios no contexto da crescente internacionalização das reações sociais e de produção com suas repercussões no âmbito da saúde”, conforme está descrito no projeto Desenvolvimento de matriz analítica para acompanhamento dos países do OIAPSS: história, fundamentos e metodologia, escrito por Eleonor Minho Conill, coordenadora do projeto e uma de suas fundadoras. Conill é professora aposentada do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Acesso facilitado

Para a construção do Observatório, a participação dos países membros na formação da base de dados foi fundamental. Heglaucio Barros destaca que os países integantes contribuíram na elaboração dos indicadores e no processo de escolha das fontes de dados – “e com isso se construiu uma rede interdisciplinar de colaboração”, afirma.

Uma das estratégias usadas pelos pesquisadores do Icict foi a construção da matriz de indicadores do OIAPSS com softwares de licença livre, garantindo assim, “a possibilidade de continuidade sem ônus extras, decorrentes de pagamento de mensalidades ou licenças de uso de softwares pagos”, como explica Barros. O modo de utilização pelo usuário também é facilitado por um acesso dinâmico e distribuído de forma intuitiva ao usuário, como exemplifica Diego Xavier: “por exemplo, uma consulta do sistema do OIAPSS conta com ferramentas capazes de realizar o cruzamento de indicadores de diferentes dimensões de análise e países em ambiente web.”

Base Proadess

Em entrevista ao site do Icict, Elonor Conill faz um panorama geral do OIAPSS, explica que a ideia do Observatório baseou-se no Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (Proadess) e as suas perspectivas. Ouça aqui.

Confira a matriz de indicadores no site da OIAPSS.

Publicado em 21/06/2019

Ministério da Saúde disponibiliza a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

São muitos os desafios nas áreas de vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos de importância na saúde pública. Para disseminar conhecimentos e fortalecer estratégias de atuação no setor, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) elaborou a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde (GVS)

A publicação visa aprimorar as práticas da vigilância, de forma integrada aos serviços de saúde em todos os municípios do país. Na nova edição, todo o atual cenário epidemiológico do país foi levado em consideração. O material foi elaborado com base no conhecimento científico disponível e em todas as novas tecnologias incorporadas pelo SUS.

Houve atualizações substanciais nos capítulos sobre: febre amarela; febre do Nilo Ocidental; sarampo; sífilis congênita; sífilis adquirida e em gestante; rubéola; síndrome da rubéola congênita; hepatites virais; e infecção pelo HIV e aids. Outras pequenas atualizações foram realizadas nos capítulos de tétano acidental; difteria; caxumba; e varicela. Foram ainda mantidos conteúdos presentes na edição anterior do GVS, conformando um processo de construção coletiva e histórica.

Dessa forma, o Guia contribui para disseminar informações e procedimentos sobre fluxos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de informação em saúde, condutas, medidas de controle e demais diretrizes técnicas para operacionalização do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.

Acesse a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde aqui, informe-se e compartilhe!

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