O Sextas de Poesia desta semana homenageia Carlos Drummond de Andrade, celebrando os 120 anos de seu nascimento, em 31 de outubro de 2022. Com o poema "O amor antigo", Drummond, que é um dos maiores nomes da poesia brasileira de todos os tempos - reforça a força do amor, pois, mesmo onde tudo está desmoronando, "o antigo amor, porém, nunca fenece e a cada dia surge mais amante".
O poeta mineiro, nascido na cidade de Itabira do Mato Dentro (MG), em 1902, também foi foi contista e cronista, além de ser formado em farmácia. Ele é considerado ainda um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos. Drummond apresenta uma poesia com liberdade formal e temática sociopolítica. No entanto, seus textos são marcados, principalmente, por temas do cotidiano, que, mesmo culturalmente localizados, assumem um caráter universal.
*com informações do site Carlos Drummond de Andrade
Hoje, o Sextas faz sua homenagem a todos os poetas que escrevem para nos emocionar. O Dia Nacional do Poeta foi escolhido por uma razão bastante especial: no dia 20 de outubro de 1976, em São Paulo, surgia o Movimento Poético Nacional, na casa do jornalista, romancista, advogado e pintor brasileiro Paulo Menotti Del Picchia. Vale pontuar que esta é uma comemoração extraoficial, pois não há uma lei que oficializa a data.
Para tanto, a edição de hoje, 20/10, do Sextas traz o poema O Voo do poeta Del Picchia. Nele, o autor nos convida a resistir e voar alto "Canta para conservar a ilusão de festa e de vitória. Talvez as canções adormeçam as feras que esperam devorar o pássaro". E, como num alerta, ele diz: "Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-o de estrelas".
Que essas estrelas iluminem nossos caminhos!
O Sextas de Poesia faz uma homenagem aos professores com o poema "Exaltação de Aninha", de Cora Coralina. No texto, a poetisa destaca o trabalho do professor pela vida, com seus saberes e escolhas para compartilhar conhecimento.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto era o nome de batismo de Cora Coralina, uma brasileira que começou a publicar os seus trabalhos quando tinha 76 anos.
Para celebrar o aniversário de 6 anos do Campus Virtual Fiocruz, comemorado em 27 de setembro, trazemos hoje uma edição espeial do projeto Sextas de Poesia, destacando nosso crescimento e conquistas. Com ele, a ideia é enaltecer a construção coletiva, seja na vida pessoal, seja no trabalho. No trecho do poema 'De mãos dadas', de Carlos Drummond de Andrade, ele diz: "Estou preso à vida e olho meus companheiros. (...) O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito".
Que possamos sempre seguir "de mãos dadas"!
O Sextas de Poesia desta semana traz um poema de Emily Dickinson, uma das mais importantes escritoras norte-americanas do século XIX. Com uma poesia intimista e ao mesmo tempo universal, Emily não foi reconhecida em vida. Entretanto, após sua morte, teve seus textos publicados e contribuiu para construir as bases da poesia moderna.
Vivendo em reclusão, a autora mantinha contato com amigas e amigos por meio de cartas. Não publicou mais que 10 poemas em vida, mas deixou mais de 2 mil poemas escritos. Poemas Envelope reúne um conjunto de poesias escritos por Emily Dickinson em envelopes, que eram previamente usados para as correspondências. Esses poemas não são apenas escritos nos envelopes escrupulosamente guardados pela autora para reutilizar, mas têm características que resultam do suporte precário em que foram escritos e que torna a sua leitura instável, tanto quanto a sua escrita.
Assim, os poemas são, com toda a propriedade, poemas envelope, e a palavra “envelope” torna-se um qualificativo, uma vez que a direcção, o corte do verso, a separação entre palavras, a contenção, as variantes, são guiados pela forma do papel.
Esta semana o Sextas de Poesia faz uma homenagem à amizade nos versos do poeta Alexandre O'Neill: "Amigo é a solidão derrotada!" Um brinde àqueles que povoam nossas memórias, que resistem ao tempo, aos dias difíceis, que são nossas melhores companhias nas gargalhadas e cúmplices da vida.
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões (1924-1986) foi um importante poeta do movimento surrealista português, sendo um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. O’Neill, que foi autodidata, era descendente de irlandeses.
O Sextas de Poesia desta semana presta uma homenagem ao grande escritor uruguaio Eduardo Galeano, que faria 82 anos neste sábado, 3 de setembro. "Noite" faz parte da obra "O Livro dos abraços", uma colcha de retalhos recheada de histórias e vida de uma América Latina.
Como descreve Godoy, "o Livro dos Abraços é uma leitura de encantamentos rumo à percepção de pequenas sutilezas que dão sentido à vida"! A editora alerta: "abra este livro com cuidado: ele é delicado e afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida, vale a pena?."
Confira! E viva Galeano!
*Com informações de Blog Gilberto Godoy
Nesta semana, o Sextas de Poesia homenageia Paulo Leminski, crítico literário e tradutor, que foi um dos mais expressivos poetas de sua geração. Influenciado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, deixou uma obra vasta que, passados 32 anos de sua morte, continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros.
Seu livro “Metamorfose” foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Tinha uma poesia marcante, pois inventou um jeito próprio de escrever, com trocadilhos, brincadeiras com ditados populares e influência do haicai.
O poema Amor bastante foi o escolhido para homenagear o poeta que faria aniversário essa semana, dia 24 de agosto.
"Basta um instante e você tem amor bastante" Leminsk é sempre sucinto nas palavras e certeiro na emoção, nas antinomias que desmentem a lógica. Viva o poeta do arrebatamento.
Na primeira obra poética de José Saramago descobre-se uma poesia de liberdade, de fraternidade e de luta. Uma luta disfarçada, por dentro das palavras. Pelo interior labiríntico de respirações que habitam todos estes poemas, publicados pela primeira vez em 1966. Digamos que eram os «poemas possíveis» da altura, quando a censura espiava a alma dos escritores.
Hoje, o Sextas de Poesia apresenta "Poente", que faz parte da obra "Os poemas possíveis" do escritor português, José de Sousa Saramago. Este ano, em novembro, comemora-se os 100 anos do seu nascimento. Ele recebeu o Nobel de Literatura de 1998 e Prêmio Camões, em 1995, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. O escritor faleceu em junho de 2010, deixando uma vasta obra literária e vários filmes adaptados de seus livros.
*com informações de Revista Prosa, Verso e Arte.
O Sextas de Poesia desta semana faz sua homenagem ao pernambucano Miró da Muribeca, nome poético e encarnado de João Flávio Cordeiro da Silva, poeta e performer. Nascido na periferia de Recife (PE), no bairro Muribeca, é figura conhecida no circuito artístico alternativo da cidade. O poeta nos deixou há 10 dias.
Hoje, em sua homenagem, a poesia escolhida é "Alguns desertos", que faz parte do livro aDeus, de 2015. Além desse, ele publicou diversos outros livros de forma independente, entre os quais Quem descobriu o azul anil? (1984), Pra não dizer que não falei de flúor (2004), DizCrição (2012), a coletânea Miró até agora (2016) e O céu é no sexto andar (2021), o mais recente.
Siga em paz, poeta!