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Publicado em 03/07/2019

Fiocruz Pernambuco lança curso EAD sobre vigilância e controle de mosquitos

Autor(a): 
Valentina Leite (Campus Virtual Fiocruz)

O inimigo mora em todo o lugar: é preciso vigiar os mosquitos. Para isso, o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) está lançando o curso de aperfeiçoamento em bases da vigilância e controle de mosquitos, disponível através do Campus Virtual Fiocruz. As inscrições ficam abertas até 25 de dezembro.

O aperfeiçoamento é voltado, principalmente, à formação dos agentes municipais de endemias, para que aprofundem seus conhecimentos sobre controle e monitoramento de mosquitos vetores. Mas também podem participar profissionais do serviço de saúde que atuem na gestão de controle de vetores, gestores em saúde e o público em geral.

O curso é composto por três módulos:

I. Características biológicas, ecológicas e comportamentais • Carga horária: 15h
II. Controle de mosquitos • Carga horária: 10h
III. Avanços na pesquisa quanto ao controle vetorial • Carga horária: 5h

Também serão abordados assuntos como o contexto histórico da chegada do Aedes aegypti no Brasil junto aos surtos epidêmicos.

As aulas serão oferecidas totalmente na modalidade de educação à distância (EAD), e os participantes terão acesso a recursos como vídeos, áudios e infográficos.

Este curso foi completamente financiado pelo edital de recursos educacionais abertos, iniciativa da Vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz).

Venha se aperfeiçoar na Fiocruz. Inscreva-se já!

Publicado em 21/06/2019

Ministério da Saúde disponibiliza a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde

Autor(a): 
Campus Virtual Fiocruz

São muitos os desafios nas áreas de vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos de importância na saúde pública. Para disseminar conhecimentos e fortalecer estratégias de atuação no setor, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) elaborou a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde (GVS)

A publicação visa aprimorar as práticas da vigilância, de forma integrada aos serviços de saúde em todos os municípios do país. Na nova edição, todo o atual cenário epidemiológico do país foi levado em consideração. O material foi elaborado com base no conhecimento científico disponível e em todas as novas tecnologias incorporadas pelo SUS.

Houve atualizações substanciais nos capítulos sobre: febre amarela; febre do Nilo Ocidental; sarampo; sífilis congênita; sífilis adquirida e em gestante; rubéola; síndrome da rubéola congênita; hepatites virais; e infecção pelo HIV e aids. Outras pequenas atualizações foram realizadas nos capítulos de tétano acidental; difteria; caxumba; e varicela. Foram ainda mantidos conteúdos presentes na edição anterior do GVS, conformando um processo de construção coletiva e histórica.

Dessa forma, o Guia contribui para disseminar informações e procedimentos sobre fluxos, prazos, instrumentos, definições de casos suspeitos e confirmados, funcionamento dos sistemas de informação em saúde, condutas, medidas de controle e demais diretrizes técnicas para operacionalização do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.

Acesse a 3ª edição do Guia de Vigilância em Saúde aqui, informe-se e compartilhe!

Publicado em 27/05/2019

Fiocruz participa do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação da ONU para Agenda 2030

Autor(a): 
Julia Dias (Agência Fiocruz de Notícias)

A sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, recebeu o Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação da ONU para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (STI Forum), entre os dias 14 e 15 de maio. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esteve representada pelo coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha, e sua equipe. O fórum é parte do mandato do Mecanismo de Facilitação Tecnológica da ONU (TFM), do qual Gadelha integra o Grupo dos Dez.

O evento reuniu múltiplos atores, entre representantes da ONU, de governos, cientistas e setor privado, com o objetivo de identificar e examinar as necessidades e lacunas na tecnologia para implementação da Agenda 2030. Cooperação científica, inovação e capacitação, assim como facilitação do desenvolvimento, transferência de disseminação de tecnologias relevantes para o desenvolvimento sustentável forma alguns dos temas tratados.

A agenda de Gadelha e sua equipe incluiu alguns eventos satélites do STI Forum: o Global Solutions Summit 2019 (GSS 2019), que antecedeu o Fórum, no dia 13, e o evento especial do G-STIC (Global Sustainable Technology and Innovation Conference Series), no dia 16. 

No evento do G-STIC, o coordenador da EFA 2030 apresentou o projeto da Wolbachia, uma bactéria que, quando presente no organismo do mosquito Aedes aegypti, tem a capacidade de reduzir a transmissão de arboviroses, como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. O desenvolvimento da tecnologia é supervisionado pelo pesquisador da Fiocruz e líder do World Mosquito Program(WMP) no Brasil, Luciano Moreira. O WMP é um programa internacional de combate a doenças transmitidas por mosquitos e, no Brasil, é conduzido pela Fundação.

A diretora do G-STIC, Veerle Vandeweerd, falou nos dois eventos satélites sobre a importância de facilitar o escalonamento de tecnologias inclusivas e sustentáveis no mercado, de forma a contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. O G-STIC é tido como uma plataforma que reúne governos, investidores, cientistas e sociedade civil com esse objetivo. E citou a presença da Fiocruz, coorganizadora do G-STIC, como importante apoiadora de todas essas iniciativas.

“Mesmo que as tecnologias sustentáveis e inclusivas existentes sejam escalonáveis, sem investimento não é possível garantir acesso a todos. Devemos, então, pensar estrategicamente sobre como implementar essas tecnologias. O G-STIC surgiu para isso”, esclareceu Vandeweerd.

O ex-presidente da Fiocruz também participou do evento de lançamento da exposição Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação, organizado pela ONU Mulheres, no dia 14 de maio. A exibição contemplou pôsteres de mulheres que influenciaram fortemente a ciência mundial.

“Ao assumir a liderança no campo da ciência, as mulheres trouxeram uma nova perspectiva. Não só por enriquecerem o fazer científico, mas também por pensarem questões que não haviam sido sugeridas até então”, afirmou Paulo Gadelha, ao reconhecer a importância fundamental da participação das mulheres no processo científico e reforçar o compromisso da a Fiocruz e do Grupo dos Dez para o maior envolvimento delas nesse campo. 

No mesmo dia, aconteceu a mesa A revolução digital e o Desenvolvimento Sustentável: Oportunidade e Desafios, organizada pela iniciativa The World In 2050 (TWI 2050, ou o Mundo em 2050, em tradução livre). Gadelha dividiu a mesa com outros membros do Grupo dos Dez e trouxe à tona alguns desafios da área da saúde nesse contexto: “Quando pensamos em revolução digital e tecnológica, a saúde é uma área fundamental. Ou as tecnologias emergem da área da saúde, ou as tecnologias surtem grande impacto na área da saúde”.

No dia 15, a equipe da EFA 2030 esteve presente, juntamente com os outros membros do Grupo dos Dez, em uma mesa-redonda para elaboração de Roadmaps (quadro de referência, em tradução livre) de ciência, tecnologia e inovação para os ODS sob uma perspectiva técnica. O evento discutiu o trabalho da ONU e sua colaboração para o desenvolvimento de um guia para os Estados-Membros sobre a construção de Roadmaps como ferramenta de comunicação e de construção de políticas públicas. A sessão também apresentou uma proposta global de Roadmap piloto de Ciência, Tecnologia e Inovação para os ODS com intuito de capacitar e escalonar sua adoção pelos Estados-membros.

Publicado em 01/02/2019

Fiocruz apresenta estudos sobre os impactos imediatos do desastre em Brumadinho

Autor(a): 
CCS/Fiocruz

Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que avaliou os impactos imediatos do desastre da mineradora Vale em Brumadinho, alerta para a possibilidade de surtos de doenças infecciosas - dengue, febre amarela e esquistossomose - mudanças no bioma e agravamento de problemas crônicos de saúde, como hipertensão, diabetes e doenças mentais. Mapas construídos pela Instituição permitiram identificar residências e unidades de saúde afetadas, comunidades potencialmente isoladas e as áreas soterradas pela lama. Os resultados serão apresentados durante um evento na instituição, na terça-feira (5/2)

A análise foi realizada pelo Observatório Nacional de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Emergência de Desastres em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional das Águas (ANA) e do Datasus. O estudo tem como referência o Marco de Sendai da ONU (2015-2030), Miyagi, no Japão, conferência que adota novo marco para reduzir riscos de desastres naturais no mundo. 

Os resultados apontam para os riscos sistêmicos das barragens no Brasil: são mais de 24 mil barragens, sendo que mais de 600 relacionadas às de mineração e cavas exauridas. E também para as vulnerabilidades organizacionais e institucionais diante de marcos legais, operação e monitoramento para a prevenção dos desastres.  

A partir da sistematização de estudos internacionais sobre causas e consequências de desastres com barragens de mineração e da experiência sobre os impactos do desastre da Samarco sobre a saúde das populações, a Fiocruz apresentará nesta terca-feira (5/2), os desafios e propostas para prevenção de desastres futuros; o enfrentamento dos riscos atuais existentes; as políticas e estratégias de planos de preparação e respostas, incluindo sistemas de alerta e alarme, bem como de recuperação e reconstrução das condições de vida e saúde no médio e longo prazos.
 

Agravamento de doenças crônicas

A pesquisa chama a atenção para a perda de condições de acesso a serviços de saúde, que pode agravar doenças crônicas já existentes na população afetada, assim como provocar novas situações de saúde deletérias, como doenças mentais (depressão e ansiedade), crises hipertensivas, doenças respiratórias e acidentes domésticos, além de surtos de doenças infecciosas. 

Christovam Barcellos, pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict) da Fiocruz, integra a equipe que realizou o estudo. Ele cita o aumento de casos de acidentes vascular-cerebrais observado após as enchentes de Santa Catarina em 2008 e do acidente de Fukujima, Japão, mesmo depois de meses dos eventos disparadores. "Estes casos podem ser consequência tanto de situações de estresse e transtornos pós-traumáticos, quanto da perda de vínculo com os sistemas de atenção básica de saúde. Neste sentido, as doenças mentais decorrentes de grandes desastres ambientais podem ser sentidas alguns anos após o evento traumático, como relatado em Mariana".

Segundo ele, a contaminação do rio pelos rejeitos da mina pode ser percebida facilmente pelo aumento da turbidez das águas. "A presença de uma grande quantidade de material em suspensão nas águas dos rios afetados causou a imediata mortandade de peixes e inviabiliza a captação e tratamento da água para consumo humano", diz o especialista. No entanto, afirmou o pesquisador, outros componentes químicos da água podem estar presentes na lama do rejeito e serem transportados a longas distâncias pelo rio Paraopeba e, posteriormente, pelo rio São Francisco. "Por isso, é necessário o exame da presença de metais pesados nos rejeitos e seu monitoramento ao longo destes rios para evitar o consumo e uso de águas contaminadas nos próximos anos. O sedimento enriquecido por metais pesados pode ser remobilizado para os rios com as chuvas intensas, ações de dragagem e operação de barragens hidrelétricas ao longo dos próximos anos", alerta.

Além disso, o pesquisador destaca as alterações ecológicas provocadas pelo desastre podem promover a transmissão de esquistossomose, principalmente considerando que grande parte do município de Brumadinho e municípios ao longo do rio Paraopeba não é coberta por sistemas de coleta e tratamento de esgotos. "A transmissão de esquistossomose é facilitada pelo contato com rios contaminados por esgotos domésticos e com presença de caramujos infectados". 

Barcellos observa, ainda, que a degradação do leito do rio Paraopeba e de seu entorno vai produzir alterações significativas na fauna, flora e qualidade da água, como perda de biodiversidade, mortandade de peixes e répteis. “A bacia do rio Paraopeba é uma área de transmissão de febre amarela e um novo surto da doença não pode ser descartado. É urgente a vacinação da população”, ressalta.

Acesse as informações do evento na agenda e participe: Desastre da Vale em Brumadinho – Impactos sobre a saúde e desafios para a gestão de riscos

Fontes

Carlos Machado: é graduado em História pela Universidade Federal Fluminense (1989), com mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1996) e pós-doutorado pelo Programa de Ciências Ambientais da Universidade de São Paulo (2007-2008). Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), desenvolve atividades de pesquisa e ensino sobre temas relacionados à saúde ambiental e aos desastres. Atualmente, coordena o Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde. Integrante do Comitê Técnico Assessor de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública (CTA-ESP), Secretaria de Vigilância em Saúde (Ministério da Saúde) e do Grupo de Aconselhamento Técnico e Científico da Estratégia Internacional de Redução de Riscos de Desastres da Organização das Nações Unidas (STAG-UNISDR/ONU). É também editor científico da Editora Fiocruz.

Christovam Barcellos: é graduado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Ciências Biológicas pela UFRJ e doutor em Geociências pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é pesquisador titular do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Lis/Icict). Trabalhou como sanitarista das secretarias estaduais de saúde do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde, com ênfase em Vigilância em Saúde, principalmente nos seguintes temas: geoprocessamento, análise espacial, indicadores de saúde e sistemas de informações geográficas.

 

Publicado em 21/11/2018

Fiocruz disponibiliza dois microcursos gratuitos sobre febre amarela*

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está sempre de prontidão contra as doenças tropicais. A febre amarela é um dos agravos que tem exigido atenção redobrada quanto à prevenção e vigilância epidemiológica. Para manter profissionais e outros agentes da área da saúde sempre atualizados, a Fiocruz lançou dois microcursos sobre febre amarela.

Os cursos, que são online e gratuitos, foram produzidos pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e o Campus Virtual Fiocruz, com apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas). O conteúdo foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), sob a coordenação acadêmica da pesquisadora Marília Santini. Os interessados já podem se matricular nos dois microcursos: Transmissão, vigilância e controle e Vacinação.

Saiba mais sobre os microcursos

A estrutura de um microcurso é baseada em microlearning (microaprendizagem), trazendo conteúdos que reforçam conhecimentos, conceitos e condutas para qualificar o atendimento. Os participantes aprendem de uma forma rápida e objetiva. Exemplo disso é o próprio material de divulgação do curso, que traz cartões ilustrados com questões e fatos relacionados ao conhecimento da doença (veja alguns na galeria de fotos). Há também um miniquiz com perguntas rápidas para testar conhecimentos (clique aqui para responder).

Saiba mais sobre os cursos abaixo e clique nos links para acessar a área de inscrições.

1. Transmissão, vigilância e controle

Apresenta os conceitos gerais sobre febre amarela, sendo indicado para os profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas é aberto para qualquer pessoa interessada. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:

  • reconhecer áreas de risco de transmissão da doença;
  • identificar ciclos urbanos e silvestres;
  • rever procedimentos de vigilância
  • definir os diferentes tipos de caso de febre amarela nos diferentes cenários epidemiológicos;
  • encontrar informações atualizadas sobre a situação epidemiológica da doença e
  • rever as medidas gerais de controle da febre amarela e formas de prevenção adicionais à vacina.

2. Vacinação

Em forma de perguntas e respostas, o minicurso apresenta situações diversas sobre vacinação para febre amarela, trazendo orientações e reflexões para qualificar a recomendação de vacina e outras condutas associadas. É indicado para profissionais de saúde que atuam na atenção básica e em postos de vacinação. Mas qualquer pessoa pode se matricular. Ao final desse minicurso, o participante vai ser capaz de:

  • identificar as pessoas para as quais a vacina é recomendada;
  • orientar os usuários nos casos controversos;
  • orientar sobre eventos adversos e
  • identificar casos de eventos adversos.

As matrículas para os microcursos ficarão abertas até junho de 2019. Caso tenha alguma dificuldade em se inscrever, envie uma mensagem para: suporte.campus@fiocruz.br

Sobre a febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus que é transmitido pela picada dos mosquitos infectados. O período de maior transmissão é no verão, entre dezembro e maio, quando há maior proliferação de mosquitos. Vale lembrar que não há transmissão direta, ou seja, de pessoa a pessoa.

Por sua gravidade clínica e potencial de disseminação, as ações preventivas, de vigilância e controle epidemiológico são consideradas muito importantes para evitar que a doença se propague.

O vírus – após décadas sem ser registrado na costa leste do Brasil – voltou a atingir a região no ano passado. Entre julho de 2017 e junho de 2018, foram confirmados 1.376 casos humanos de febre amarela. Destes, 483 pessoas morreram. Além disso, houve a confirmação de 864 macacos com o vírus (dados do Boletim Epidemiológico n 27/2018).

 

Por Campus Virtual Fiocruz e Universidade Aberta do SUS
*Atualizada em 14/02/2019.

Publicado em 10/08/2017

Organização de Estados Ibero-Americanos sela acordo com a Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) — especializada em educação, ciência e cultura que reúne países ibéricos e latino-americanos — assinaram um protocolo de intenções de cooperação técnica na segunda-feira (7/8) no Castelo Mourisco, sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O acordo visa o desenvolvimento de programas conjuntos e o intercâmbio científico, incentivando ações nos campos da saúde, ciência, tecnologia e desenvolvimento social. A cooperação prevê a realização de projetos, cursos, conferências, encontros, palestras, seminários, intercâmbios de profissionais e serviços de consultoria, entre outras atividades que reúnam especialistas de diversas áreas do conhecimento. De acordo com o documento, serão estimuladas parcerias com ministérios, órgãos governamentais e outros organismos para apoiar e disseminar as iniciativas.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, observou que a cooperação foi propiciada, em grande parte, devido aos esforços do vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto. “Esse acordo nos põe no sentido de caminharmos juntos, sendo extremamente positivo para a Fiocruz, e que imediatamente pensemos em ações de intercâmbio de pesquisa e mobilidade”, disse Nísia.

Ela também destacou que a OEI tem expandido sua atuação para países da África de língua portuguesa como Cabo Verde e Moçambique, que atualmente participam da organização como observadores, Nísia afirmou que esse direcionamento está em conformidade com a atuação da própria Fiocruz no continente. “No caso de nossa cooperação com a África, acabamos de formar a quinta turma de mestrado em ciências da saúde em Moçambique. A cooperação com o país tem vertido toda área da ciência da saúde aplicada, e pensamos em estender e aprofundar laços com outros países da África de língua portuguesa e da América Latina. Recentemente recebemos a presença do diretor da Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina, e caminhamos para uma parceria muito importante no que se refere à produção e disseminação de vacinas contra febre amarela”, acrescentou a presidente.

Por sua vez, o secretário geral da OEI, Paulo Speller, destacou a importância do acordo para a sua própria instituição. “O Brasil é um parceiro imprescindível para a OEI, e a primeira referência que temos [aqui] é sempre a Fiocruz. É a instituição brasileira de maior tradição, com presença nos campos de ciência e tecnologia, com presença internacional inclusive”, afirmou. Ele enfatizou que o acordo se deu de modo ágil – a negociação começou em abril deste ano.

Speller também ressaltou a esperança de uma atuação significativa no continente africano. “Há uma expectativa muito grande fora do Brasil, tanto na América Latina quanto na Espanha e em Portugal, de que a Fiocruz esteja presente na OEI, além de órgãos brasileiros de incentivo à pesquisa e do Ministério de Ciência e Tecnologia. A participação de Cabo Verde e de Moçambique como observadores na OEI complementam ações que a Fiocruz historicamente já vem fazendo na América Latina. O mundo ibero-americano vai além do que pensamos”, disse o secretário.

Segundo o vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Manoel Barral-Netto, dada a longa história de atividade da OEI em países ibero-americanos, o acordo permitirá que a Fiocruz amplie sua integração com instituições dessa região. "Isto poderá ocorrer em vários campos, a começar com ações na área educacional e de pesquisa". Ele disse que a OEI demonstrou interesse em cooperar com o Campus Virtual Fiocruz para utilizar seu conteúdo nos esforços educacionais dos países da região. "Além da tradução do conteúdo para o castelhano, vislumbramos a possibilidade de enriquecer o conteúdo do Campus com o material de outras instituições", afirmou o vice-presidente. 


Fonte: André Costa (Agência Fiocruz de Notícias) | Foto: Peter Ilicciev

Publicado em 13/07/2017

Feira apoiada pela ONU recebe inscrições de trabalhos científicos sobre zika e outras arboviroses

Até 14 de julho, pesquisadores, professores, alunos de graduação e pós-graduação podem inscrever trabalhos científicos para participação na Feira de Soluções para a Saúde – Zika — Nordeste. O evento acontece de 8 a 10 de agosto, em Salvador. O objetivo é reunir interessados pelas chamadas arboviroses, como dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

Após o encerramento das inscrições, haverá um processo de seleção para definir quais produções serão levadas à Feira e o resultado do processo seletivo será divulgado em 24 de julho. Os trabalhos escolhidos serão incluídos na programação do evento e contarão com um espaço para apresentações orais de até 15 minutos no primeiro dia da Feira. Em 9 de agosto, os autores que tiverem se destacado nessa primeira rodada terão os pôsteres de seus trabalhos exibidos na 1ª Maratona de Desenvolvimento de Soluções Tecnológicas para Enfrentamento da Dengue, Chikungunya, Zika e Síndrome Congênita – Hackathon Zika, uma das atividades da Feira.

Os eixos temáticos para envio dos trabalhos são: Comunicação e Informação sobre Zika (Arboviroses); Políticas Públicas para Zika (Arboviroses); Desenvolvimento e Sociedade: prevenção, soluções e práticas; Promoção da Saúde: tratamento e discussão.

Para se inscrever, é necessário enviar um resumo do trabalho. Faça a inscrição no site http://conferencias.brasilia.fiocruz.br/index.php/feirazika/feirabahia. Dúvidas podem ser encaminhadas para: colaboratorio@fiocruz.br.

A Feira faz parte da Plataforma de Vigilância de Longo Prazo para Zika Vírus e Microcefalia no âmbito do SUS, um projeto financiado pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A iniciativa tem apoio da ONU Mulheres, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O evento em Salvador conta ainda com financiamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Fonte: ONU BR

 

 

Publicado em 08/05/2018

Oficinas Pedagógicas das Olimpíadas de Saúde e Meio Ambiente chegam a Conde, na Paraíba

No dia 25 de abril, Conde, cidade no estado da Paraíba, recebeu a Oficina Pedagógica das Olimpíadas de Saúde e Meio Ambiente 2018 (Obsma). O evento, realizado através de uma parceria com a Prefeitura, foi coordenado pela Regional Nordeste I e reuniu professores da rede pública na Escola Municipal Professora Noemia Alves de Sousa.

A pesquisadora Maria de Lourdes Maia, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), promoveu um debate com os professores sobre a importância da educação no processo de saúde. Natural da Paraíba, a médica coordena a Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos e integra a pesquisa sobre a vacina da febre amarela realizada pela Fiocruz em Conde, Caaporã e Alhandra. Os estudos são feitos em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB,) a Secretaria de Estado de Saúde e as prefeituras dessas três cidades. 

As coordenadoras das Olimpíadas, Cristina Araripe, Ana Lucia Soutto Mayor e Zulma Medeiros também participaram das atividades em Conde (PB).

DVDs da VideoSaúde, a produtora de materiais audiovisuais em saúde da Fiocruz, foram distribuídos aos professores ao final da oficina.

Para saber como levar as Oficinas Pedagógicas para a sua cidade, acesse o site das Olimpíadas de Saúde e Meio Ambiente.

Fonte: Assessoria de comunicação da Obsma

Publicado em 02/04/2018

Febre amarela: guia do Ministério traz orientações para profissionais da saúde

O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha com instruções sobre a Febre Amarela para auxiliar o trabalho de profissionais e gestores no diagnóstico e tratamento da doença em regiões com surtos constatados. O documento contou com a colaboração de quatro pesquisadores do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) em sua redação: André Siqueira, José Cerbino Neto, Juliana Arruda de Matos e Marília Santini de Oliveira. 

Além de cooperar para o aumento da qualidade do tratamento da doença dentro das unidades básicas de saúde por meio de informações destinada a gestores e profissionais do Sistema único de Saúde (SUS), o guia também apresenta medidas de controle e prevenção, identificação e manejo de eventos adversos pós-vacinação e conceitos de vigilância de febre amarela.

Para saber todos os tipos de tratamento e dicas de prevenção, acesse a cartilha Febre amarela: guia para profissionais de saúde.

 

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