O Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp) está com inscrições abertas, até 19 de junho, para o curso gratuito e remoto 'Protagonismo e incidência de usuários e familiares no campo da saúde mental e reforma psiquiátrica: o Consenso de Brasília assinado em 2013'. Interessados podem se inscrever através de formulário eletrônico. Acesse o edital para mais informações.
O objetivo do curso é fomentar discussões relacionadas ao Consenso de Brasília, assinado em 2013. Neste mesmo ano, a Organização Panamericana da Saúde da Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil convocaram, conjuntamente, a I Reunião Regional de Usuários de Serviços de Saúde Mental e Familiares. Representantes de 18 países das Américas participaram da Reunião. Nela foram acordadas propostas para avançar na ampliação de direitos, autonomia e protagonismo social.
O Curso 'Protagonismo e incidência de usuários e familiares no campo da saúde mental e reforma psiquiátrica: o Consenso de Brasília assinado em 2013' é uma ação formativa gratuita, de âmbito nacional, voltada para usuários, ex-usuários, sobreviventes da psiquiatria, familiares e pessoas em situação de rua.
Ao todo, 80 vagas estão disponíveis para todas as regiões do país. A formação acontecerá de forma remota, com atividades síncronas e assíncronas, ou seja, aulas através da Plataforma Zoom e atividades realizadas fora do horário da aula, com material orientativo. O curso terá carga horária de 24 horas, sendo seis aulas de três horas cada, num total de 18 horas, e seis horas de atividades de dispersão.
PERÍODO DO CURSO
De 9 de julho a 13 de agosto.
Datas: Terças-feiras – 9/7/2024, 16/7/2024, 23/7/2024, 30/7/2024, 6/8/2024 e 13/8/2024.
Horário: 15:00 às 18:00 (horário de Brasília).
INSCRIÇÕES:
De 5 a 19 de junho
Para realizar a inscrição será necessário acessar o formulário eletrônico, preencher o formulário com os dados requeridos, aceitar o Termo de Compromisso e anexar cópia do documento de identidade (frente e verso).
No dia 11 de junho, às 12h, a Rede de Escolas de Saúde Pública da América Latina (Resp) vai promover o webinário Saúde Mental Comunitária na América Latina. O evento será transmitido pelo canal da Resp no Youtube.
A primeira mesa terá como tema Construindo saúde mental na Atenção Primária: uma experiência na Argentina. A palestra será ministrada pelas professoras e pesquisadoras do Instituto de Saúde Juan Lazarte (Universidade Nacional de Rosario/Argentina) e integrantes da Rede Latino-Americana e Caribenha de Direitos Humanos e Saúde Mental, Cecília Augsburger e Sandra Gerlero.
Já a segunda mesa vai contar com debate sobre a experiência da saúde mental comunitária no Peru, liderado pelo diretor executivo de Saúde Mental do Ministério da Saúde peruano, Yuri Cutipé.
O evento será mediado pela professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Monica Nunes.
Segundo as professoras e pesquisadoras do Instituto de Saúde Juan Lazarte, a atividade visa promover a reflexão e o intercâmbio sobre o processo de construção da saúde mental comunitária, buscando, dessa forma, recuperar as características e dinâmicas deste processo nos diferentes contextos latino-americanos. Elas adiantam que o evento apresentará experiências concretas de desenvolvimento na Argentina e no Peru, descrevendo os modos de organização de cada contexto e os problemas mais relevantes na saúde mental dos grupos populacionais.
“Na Argentina, alguns acontecimentos históricos, como a sanção nacional da Lei de Saúde Mental e a formulação de um Plano Nacional de Saúde Mental, mostram a orientação de princípios que estruturam a proteção dos direitos, a organização do sistema de saúde e os problemas mais relevantes. É uma oportunidade para trocar conceitos e práticas que melhorem o espaço sócio territorial das intervenções de saúde mental, assim como intercâmbios que promovam sinergias entre os países participantes”, afirmam.
O diretor executivo de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Peru adianta que, em sua apresentação, abordará a reforma da saúde mental no país. Ele destaca que, desde 2012, tendo como base as experiências de outros países latino-americanos, a Lei Geral de Saúde do Peru foi modificada, possibilitando a aproximação dos serviços de saúde mental da população, por meio da criação de centros de cuidados, cujo objetivo é estar próximo da pessoa, assim como da sua família e comunidade.
“Desta forma, foram criados Centros Comunitários de Saúde Mental. A ideia é que o centro se desloque até o local onde se encontram os seres humanos, os nossos concidadãos. O atual desafio é expandir estes Centros Comunitários de Saúde Mental. Neste processo, tivemos vários aliados estratégicos, entre eles, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)”, conta.
Sem amarras, sem manicômios, sem tortura. Com liberdade. Essa é a bandeira defendida pelos delegados presentes na 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), realizada em dezembro de 2023, e que Radis traz como tema da reportagem de capa de fevereiro (edição 257). Três histórias de vida revelam a luta por direitos no campo da saúde mental e por um tratamento com dignidade para pacientes com transtornos mentais e em recuperação do uso de álcool e drogas. As vivências de pessoas como Evani, Kleidson e Vanete – que ilustram a pauta – demonstram a importância do cuidado em liberdade e o papel transformador da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Confira a edição 257 da Revista Radis na íntegra
Os participantes da 5ª CNSM destacaram que é preciso seguir na reconstrução da Política Nacional de Saúde Mental. Negligenciada desde 2016, a política praticamente se resumiu nos últimos anos ao financiamento a instituições de isolamento e com viés religioso, as chamadas comunidades terapêuticas — que ainda sobrevivem no atual governo, atualizando as violações de direitos praticadas nos antigos manicômios.
Veja também
Na edição, você também confere: Weibe Tapeba faz balanço de um ano à frente da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e aborda a emergência humanitária envolvendo o povo Yanomami; Quem foi Abdias Nascimento, militante negro recentemente incluído no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria; Por que é importante falar em justiça climática quando o assunto é alterações no clima; Uma resenha do premiado livro A Palavra que Resta, de Stenio Gardel.
Leia esses e outros assuntos no site de Radis.
De 4 a 8 de março, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) vai realizar a Semana de Abertura do Ano Letivo 2024, com diversas atividades para os novos alunos e abertas ao público em geral. Na programação, organizada pela Vice-Direção de Ensino, além da aula inaugural, que abordará 'Os desafios das Políticas de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde' no dia 6 de março, serão debatidos temas como: mudanças climáticas, saúde mental e lutas feministas. Todas as mesas acontecerão no Auditório Térreo da Escola e serão transmitidas, ao vivo, pelo canal da Ensp no Youtube. Participe! Veja, abaixo, a programação completa da semana.
Semana de abertura do ano letivo 2024 na Ensp
As atividades para os novos alunos começarão na segunda-feira, dia 4 de março, e seguem até sexta-feira, 8 de março. Nesse primeiro dia, na parte da manhã, os alunos serão recebidos pela direção da Ensp para uma mesa institucional, composta com a presença do diretor da Escola, Marco Menezes, da vice-diretora de Ensino, Enirtes Caetano, e dos coordenadores das modalidades stricto sensu, lato sensu e Educação à Distância, Joviana Avanci, Gideon Borges, e Mauricio de Seta, respectivamente.
Além disso, a mesa terá a participação de Bruno Dias, como representante discente, e Léa Amaral, representando a Associação de Pós-Graduandos (APG). Haverá, ainda, a apresentação do vídeo Institucional da Fiocruz, dos coordenadores de Programa e Residência, da Gestão do Ensino na Ensp, dos vídeos do Guia Discente e de Acessibilidade. No período da tarde, os alunos serão encaminhados para encontros específicos com as respectivas coordenações dos cursos. Acesse a programação completa do dia 4/3.
Na terça-feira, 5 de março, a Escola receberá o cientista Paulo Artaxo, que falará sobre ‘Mudanças Climáticas’. Artaxo é pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Referência internacional quando o assunto é clima, recentemente, ele foi apontado como um dos pesquisadores mais influentes do mundo. A mesa será moderada pelo pesquisador da Fiocruz e docente da Ensp, Cristovam Barcellos. Na tarde de terça-feira, os alunos participarão de visita guiada ao Museu da Vida e de momentos de integração com as coordenações. Acesse a programação completa do dia 5/3.
Já na quarta-feira, 6 de março, pela manhã, será realizada a aula inaugural da Escola com a palestra da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Isabela Cardoso de Matos Pinto, que falará sobre ‘Os desafios das Políticas de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde’. À tarde, os alunos serão convidados para um debate a respeito da ‘Saúde Mental Global: conflitos armados e intervenções’, com a participação de Liliana de Abreu, Fernanda Serpeloni e Glaucia Mayara Niedermeyer. A moderação da atividade ficará a cargo da coordenadora da modalidade stricto sensu da Ensp, Joviana Avanci. Acesse a programação completa do dia 6/3.
Ainda na temática da saúde mental, na quinta-feira, 7 de março, o pesquisador sênior da Fiocruz, Paulo Amarante, referência nacional e internacional no campo da Saúde Mental, estará com os alunos para um debate sobre ‘Saúde Mental e Educação’. A mesa contará com a participação de Sabrina Ferigato e Etinete Nascimento, do Centro de Apoio ao Discente (CAD/Fiocruz). Na parte da tarde, os alunos participarão de visita guiada ao Museu da Vida. Acesse a programação completa do dia 7/3.
Encerrando a Semana de Abertura do Ano Letivo 2024 na Ensp, na sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Escola marcará a data discutindo as ‘Lutas Feministas’. Para a atividade, receberá a antropóloga referência em debate sobre igualdade de gênero e saúde pública no Brasil, Debora Diniz, além da apresentação cultural da poetisa Carla Pepe. A mesa será coordenada pela pesquisadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp), Vera Marques. Acesse a programação completa do dia 8/3.
Todas as mesas acontecerão no Auditório Térreo da Escola e serão transmitidas, ao vivo, pelo canal da Ensp no Youtube. Os debates serão abertos à participação de todos os interessados. Já as atividades denominadas momentos de encontro com a coordenação e visitas guiadas serão voltadas exclusivamente aos alunos dos Programas de Pós-Graduação da Ensp.
'Espaço de Alimentação e Cultura' na Abertura do Ano Letivo 2024
Ao longo da Semana de Abertura do Ano Letivo, a Escola contará com a oferta de alimentação agroecológica e receitas inspiradas na culinária afro-brasileira, além de outras atividades, no Espaço de Alimentação e Cultura, localizado no pátio da Ensp. Confira a programação completa e participe!
Haverá a abertura do ‘Espaço Ensp: Onde a vida acontece’, na segunda-feira, 4 de março, no segundo andar do prédio da Escola, às 16h. Na terça-feira, 5 de março, será realizada a 2ª edição da Feira Preta. Já a tradicional Feira Agroecológica Josué de Castro, acontecerá na quinta-feira, 7 de março. Além disso, vão acontecer duas ações do projeto Livro em Movimento, uma no dia 5, e outra no dia 8. O Serviço de Gestão da Sustentabilidade da Escola, que organiza o Espaço de Alimentação e Cultura, solicita que o público leve sua caneca para beber café e água durante a atividade. A ação atende as diretrizes da Agenda Ambiental da Ensp.
Venha visitar o Espaço de Alimentação e cultura!
Estão abertas as inscrições para o "Curso Internacional em Saúde Global: desafios e soluções a partir de uma perspectiva interdisciplinar" da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O curso será realizado na modalidade presencial entre 4 e 8 de março, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h. A carga horária total será de 30 horas. Para participar, é necessário estar matriculado em cursos de doutorado e mestrado. Caso o número de interessados exceda o de vagas oferecidas, terão prioridade em primeiro lugar os alunos do Programa de Saúde Pública da Ensp, depois os alunos dos outros Programas da Ensp e, por fim, alunos de outros Programas de Pós-graduação. A disciplina é uma iniciativa da Ensp, ofertada com o auxílio do Campus Virtual Fiocruz, responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento dos estudantes no Ambiente Virtual de Aprendizagem. O prazo para se candidatar a uma das 25 vagas na turma vai até 19 de fevereiro.
+ Acesse aqui o formulário de inscrição
Sob a coordenação das pesquisadoras da Ensp, Joviana Avanci, Fernanda Serpeloni, Glaucia Mayara Orth e Simone Assis, o curso terá como professora convidada Liliana Lopes de Abreu, que é pesquisadora pós-doutoranda no Grupo de Políticas de Desenvolvimento da Universidade de Konstanz, Alemanha. Doutora em Saúde Pública em 2018 pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal, tem tido vasta experiência acadêmica internacional e foi bolsista Fulbright na Universidade de Harvard.
Este curso irá abordar de forma abrangente e interdisciplinar questões cruciais relacionadas com a saúde mental global explorando a compreensão da saúde mental e as suas complexidades globais em contextos de recursos limitados. Será discutida a dinâmica das crises humanitárias e o seu impacto na saúde mental nestes contextos. Os alunos irão adquirir conhecimento sobre abordagens para lidar com trauma em populações deslocadas, e examinarão ainda os principais agentes de mudança para interromper os ciclos de violência e trauma, fortalecendo a sua compreensão sobre como as intervenções podem ser implementadas eficazmente.
Os alunos candidatos externos à Ensp deverão enviar o formulário de inscrição (Anexo I deste documento) preenchido e assinado para o e-mail pseletivoss.ensp@gmail.com. Alunos dos Programas da Ensp interessados na disciplina deverão entrar em contato com o Serviço de Gestão Acadêmica (Seca) através do e-mail do Núcleo do Acompanhamento do Programa que está matriculado.
#ParaTodosVerem Banner com uma ilustração no fundo, a ilustração mostra o Planeta Terra cortado ao meio e um cérebro entre as duas partes. No lado esquerdo do banner o nome do Curso Internacional 2024, Saúde Mental Global: Desafios e soluções a partir de uma perspectiva interdisciplinar, no lado direito do banner o período de inscrições, e-mail para contato, período das aulas e o público-alvo, abaixo a foto da pesquisadora pós-doutoranda no Grupo de Políticas de Desenvolvimento da Universidade de Konstanz, da Alemanha, Liliana de Abreu, uma mulher branda de cabelos ondulados castanhos e compridos, ela sorri para a foto.
Nesta sexta-feira, 17 de novembro, às 9h, a Fiocruz Bahia vai promover, em sessão científica, um debate sobre a saúde mental da população negra com a psicóloga e docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Jeane Tavares. A palestra acontece presencialmente no Auditório Aluízio Prata, na Fiocruz Bahia, com transmissão pela plataforma Zoom.
Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em Saúde Comunitária e doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (ISC/UFBA), Tavares é docente do Mestrado Profissional em Saúde da População Negra e Indígena da UFRB e líder do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão em Saúde Coletiva da UFRB (GIPESC).
É também pesquisadora associada do Grupo de Pesquisa e Cooperação Técnica FA-SA: Comunidade, Família e Saúde (FASA- ISC/UFBA), coordenadora do Ambulatório de Atenção Psicológica a Pessoas que Vivem com Condições Crônicas (APC/UFRB) e membro colaborativo do Grupo de Trabalho de saúde da população negra da Sociedade Brasileira de Medicina de família e Comunidade (SBMFC).
Tem experiência em ensino, supervisão de estágio e pesquisa em Saúde Coletiva, Psicologia da Saúde, Metodologia da Pesquisa e Científica. Concentra-se em temáticas relacionadas às redes sociais, família e saúde, cuidado de pessoas com condições crônicas (doenças crônicas não transmissíveis e infecciosas persistentes), saúde mental da população negra, formação e rompimento de vínculos afetivos, Terapia Cognitiva Comportamental. Tem experiência em Psicologia clínica com pessoas com adoecimento de longa duração.
*Com informações da Fiocruz Bahia
*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol
Está no ar o volume 28, número 10, da Revista Ciência e Saúde Coletiva, publicada pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). A edição temática traz as condições de trabalho e saúde mental dos trabalhadores da saúde no contexto da Covid-19 no Brasil. Coordenada pela pesquisadora da Ensp, Maria Helena Machado, a publicação está disponível no SciElo e conta com o editorial 'Aprender com a pandemia - e não repetir os erro', assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira o volume 28, número 10, da Revista Ciência e Saúde Coletiva
O que a pandemia nos ensinou?
A edição da Ciência & Saúde Coletiva, 28.10.2023 nos leva a revisitar o tempo vivido da pandemia da Covid-19, ajudando-nos a perceber os erros, mas sobretudo os ensinamentos sobrevindos desse tempo e que repercutem até hoje. O foco da edição é a ação dos mais diversos profissionais, sem os quais a catástrofe vivida teria sido muito maior. No editorial está escrito: “a pandemia gravou no coração brasileiro um profundo reconhecimento aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde”. Dos quatro milhões hoje existentes, 3,5 milhões estavam diretamente vinculados ao SUS e formaram uma verdadeira barreira a favor da vida.
Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, agentes de saúde, recepcionistas, motoristas de ambulâncias, recepcionistas, profissionais de limpeza, de segurança, maqueiros, trabalhadores da cozinha das unidades de saúde compartilharam a mesma carga extenuante de trabalho, os mesmos riscos, e cumpriram igualmente o papel fundamental de defesa da vida. Não podemos esquecer também todos os agentes dos serviços funerários presentes nos momentos em que os familiares não podiam estar.
Os artigos desta edição percorrem a situação vivida e as consequências ainda presentes na vida desses mais variados trabalhadores que vivenciaram de perto os horrores da pandemia e reverenciam os que pagaram com a própria vida sua dedicação.
Esse triste acontecimento evidenciou também, entre outros, dois pontos positivos conquistados pela sociedade brasileira: o SUS como um sistema universal de saúde, social e culturalmente reconhecido como uma das maiores conquistas democráticas do país; e a ciência nacional internacionalmente articulada e produzindo conhecimento e tecnologia úteis e acessíveis a todos os cidadãos.
#ParaTodosVerem imagem da capa da revista, com a cor verde na parte superior e preta na inferior, uma foto em preto e branco embaçada de um aglomerado de pessoas, e ao lado, o nome da revista Ciências & Saúde Coletiva.
Três experiências estão na centralidade da segunda roda virtual de práticas Sonhar coletivo: experiências de economia solidária na reinvenção da vida, que acontece na próxima quarta-feira, 11 de outubro, às 15h, no YouTube. A live é promovida pela Comunidade de Práticas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (CPSMAP) da Plataforma IdeiaSUS Fiocruz, com apoio do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Laps/Ensp/Fiocruz). A coordenação é de Ana Paula Guljor, do Laps/Ensp/Fiocruz, e Paulo Amarante, curador da CPSMAP.
Cooperativa Social de Saúde Mental Ciranda Samaúma, em Rio Branco (AC): a iniciativa promove a inclusão social e rompe com os estigmas e preconceitos associados às pessoas em sofrimento psíquico, valorizando e estimulando sua autonomia e potencial criativo.
Arte, horta & cia, programa de geração de vida e renda do Museu Bispo do Rosário, no Rio de Janeiro (RJ): projeto que busca estabelecer uma rede de sustentabilidade e autonomia, envolvendo a comunidade local, que inclui oficinas de mosaico, bordado e costura, horta e culinária, tudo baseado na economia solidária.
Rede de Saúde Mental e Economia Solidária de Curitiba e Região Metropolitana - Libersol, em Curitiba (PR): espaço de articulação que congrega instituições e pessoas interessadas em promover ações para fortalecer os princípios da Reforma Psiquiátrica brasileira e da economia solidária, buscando, ainda, contribuir com empreendimentos econômicos solidários da região.
Acompanhe ao vivo:
No dia 30 de setembro, das 9h às 16:30h, acontecerá a primeira Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias, em formato virtual através da plataforma Zoom. O evento é promovido por organizações e coletivos de periferias de todo o Brasil – urbana, do campo, da floresta e das águas - e pretende debater, refletir e elaborar propostas de ação voltadas à promoção de saúde mental de populações que experimentam a vida em condições de múltiplas incidências de sofrimento e adoecimentos nesses territórios, incidindo política e estrategicamente na 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental a ser realizada entre 11 e 14 de dezembro, em Brasília. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas neste link.
Balizado pela assertiva de que “a Política de Saúde Mental é um Direito das populações periféricas”, o evento tem como eixo principal o fortalecimento do SUS, o cuidado de saúde mental em liberdade e o respeito aos Direitos Humanos. Além disso, as políticas de saúde mental, a partir dos princípios de universalidade, integralidade e equidade do SUS; a gestão, o financiamento, formação e participação social na garantia dos serviços de saúde mental; e os impactos sobre a população e os desafios de suporte psicossocial durante e pós-pandemia serão debatidos no encontro. Confira o documento orientador do evento.
A Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias é resultado de uma articulação de diferentes organizações e movimentos de usuários, trabalhadores do SUS, pesquisadores em Saúde Coletiva e coletivos atuantes em periferias diversas. A Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) são os proponentes do encontro, que conta com a participação na concepção e organização do evento: Centro de Apoio Psicossocial (Caps) III Maria do Socorro, da favela da Rocinha (RJ); Cebes Núcleo Paraná (PR); Cia. Encena (RJ); Espaço Casulo Maré (RJ); Espaço Normal/Redes da Maré (RJ); Fórum Favela Universidade (RJ); Fórum dos Prés Vestibulares Populares do Rio de Janeiro (RJ); Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas (SP); Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira/Museu Bispo do Rosário (RJ); Associação Brasileira de Enfermagem/Departamento de Saúde Mental (ABEn); Jornal Fala Roça (RJ); Jornal Fala Manguinhos (RJ); Movimento de Luta Antimanicomial; Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas; Unidade de Acolhimento de Adultos (UAA) Cacildis (RJ); e Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) Marinheiro João Cândido (RJ). A conferência recebe o apoio da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz (CCSP/Fiocruz), da Assessoria de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz, do Programa Institucional de Articulação Intersetorial em Violência e Saúde da Fiocruz e do Programa Institucional sobre Política de Drogas, Direitos Humanos e Saúde Mental da Fiocruz.
Dúvidas e sugestões podem ser enviadas para confsaudementalperiferias@gmail.com.
PROGRAMAÇÃO
9h: Mesa de Abertura
9h30: Falas de Provocação
10h: Leitura de Propostas
12h30 – 13h30: Intervalo de Almoço
13h45: Votação de Propostas / Votação de Delegados(as)
16h30: Encerramento
SERVIÇO
Conferência Livre Nacional de Saúde Mental das Periferias
Data: 30/09/2023 (sábado)
Horário: 9h às 16h30
Inscrição
Documento orientador
Instagram
Redes Sociais das Organizações envolvidas:
@vilaisabelvestibulares, @fpvprj, @forumfavelauniversidade, @cidadesemmovimento, @oficialfiocruz, @uaacacildis, @capsadmarinheirojoaocandido, @redesdamare
“Fortalecer e garantir políticas públicas: o SUS, o cuidado de saúde mental em liberdade e o respeito aos direitos humanos”. Este é o tema da Conferência Livre Nacional de saúde mental com a População em Situação de Rua, que será realizada no dia 29 de setembro, das 8h às 17h, em formato híbrido (presencial na Fiocruz Brasília e virtual pelo Zoom).
Para participar, é necessário preencher o formulário de inscrição. Os inscritos que optarem pela participação virtual receberão, no e-mail cadastrado, o link da sala virtual de discussão. A atividade será transmitida pelo canal da Fiocruz Brasília no Youtube.
Os inscritos irão debater quatro eixos diferentes: Cuidado em Liberdade como Garantia de Direito à Cidadania; Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia de serviços de saúde mental; Política de saúde mental e os princípios do SUS: Universalidade, Integralidade e Equidade; e Impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia. No momento da inscrição, a pessoa deverá informar de que eixo tem interesse em debater.
Integram a programação da atividade a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, o representante do Movimento Nacional de População de Rua (MNPR), Vanilson Torres, o diretor de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Leonardo Pinho, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp) da Fiocruz, Paulo Amarantes e de representantes do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), movimentos sociais da PopRua, trabalhadores do SUS e residentes da Fiocruz Brasília.
Esta Conferência Livre é organizada pelo Núcleo de Populações em Situações de Vulnerabilidade e Saúde Mental na Atenção Básica (Nupop) da Fiocruz Brasília, em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) e a Rede de Consultórios na/de Rua.
As Conferências Livres de saúde mental são espaços que ampliam a participação social nos debates e na formulação de propostas para a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, assim como possibilita a eleição de pessoas delegadas para a etapa nacional.