Estão abertas, até 24 de abril de 2019, as inscrições para a Escola São Paulo de Ciência Avançada sobre Aprendizado de Dados, que será realizada de 29 de julho a 9 de agosto no Centro de Difusão Internacional (CDI) da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, sob a organização do Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP).
O evento conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) por meio da modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA). São oferecidas 100 vagas para alunos de pós-graduação e pesquisadores, sendo 50 para brasileiros e 50 para estrangeiros. Para manutenção dos estudantes selecionados que venham de outras cidades, estados e países, os benefícios são passagens aéreas e diárias na cidade que sediará a Escola.
O curso tem como enfoque quatro áreas da ciência da computação – banco de dados, aprendizado computacional, computação de alto desempenho, processamento de imagens –, todas tendo a matemática como base. O coordenador da ESPCA de aprendizado de dados, João Eduardo Ferreira, comenta sobre as competências que vêm sendo exigidas na área. “Acreditamos que a próxima geração de sistemas computacionais requer do pesquisador e do desenvolvedor de software a capacidade de integrar essas quatro áreas da computação, tendo a matemática como sustentação”, diz.
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Durante dez dias, serão realizados dez minicursos e cinco palestras, visando apresentar uma visão integrada e aprofundada dos fundamentos, tecnologias e aplicações em data science. Como o objetivo da Escola é integrar a ciência de dados a outras áreas do conhecimento, também serão abordadas aplicações de técnicas de data science para problemas reais em astronomia, economia, genética e processamento de imagens.
Os participantes também vão aprender sobre o gerenciamento de dados no contexto de ciência aberta. Haverá ainda um debate entre especialistas sobre o impacto da ciência de dados na sociedade e apresentação dos trabalhos em andamento dos pós-graduandos e pesquisadores participantes.
Inscrições e mais informações em: www.usp.br/data-science/advanced-school
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriu as portas de seus Laboratórios, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para receber mais de 100 estudantes de graduação de todas as regiões do Brasil. Realizada entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro, a 19ª edição dos Cursos de Férias do IOC contou com uma maratona de atividades teóricas e práticas distribuídas em oito disciplinas. A concorrência foi grande: a temporada verão 2018 recebeu mais de 700 inscrições. “A cada edição, buscamos oferecer cursos novos, sobre temas atuais e de importância para a saúde pública e cada vez mais abrangentes em relação aos Programas de Pós-graduação do Instituto. A iniciativa é uma oportunidade para que esses alunos conheçam de perto uma instituição de pesquisa como a Fiocruz e um incentivo para aqueles que desejam seguir carreira acadêmica”, destacou a coordenadora da iniciativa Ana Carolina Ramos Guimarães, pesquisadora do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do IOC.
Diferentes temas de importância para a saúde foram alvo dos encontros preparados e ministrados por alunos de mestrado e doutorado dos Programas de Pós do IOC e coordenados por pesquisadores do Instituto. Avanços da tecnologia aplicada à pesquisa científica nortearam os cursos que abordaram o cultivo de células de mamíferos, modelos in vitro para o estudo da regeneração muscular e o biomonitoramento em ambientes aquáticos. Também foram destaques temas atuais como a genética das doenças que afetam os seres humanos e o uso de redes sociais como estratégia para a mobilização em prol do controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus dengue, zika e chikungunya. A diversidade de zoonoses associadas aos morcegos e o estudo de helmintos parasitos de pequenos mamíferos também foram assuntos abordados nesta edição.
Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a estudante Victória Brandalise, do curso de Ciências Biológicas da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, participou da disciplina Genética das Doenças Humanas: da pesquisa ao diagnóstico. “Aprendemos conceitos importantes de bioinformática, que na minha faculdade é uma disciplina optativa, além de técnicas de sequenciamento, uma área que eu não trabalho no laboratório onde estudo. Pro verão, além de tirar férias, poder aprender foi uma experiência muito legal”, ressaltou Victória, que pretende seguir carreira acadêmica na área de pesquisa em genética e doenças infecciosas.
Já o aluno do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Matheus Ribeiro da Silva Assis participou do curso Métodos de Divulgação Científica. “O curso me deu a base para repassar para a sociedade os conteúdos aprendidos ao longo da faculdade – é fundamental que as pessoas entendam a forma como os medicamentos funcionam, seus benefícios e o modo correto de utilização, por exemplo. Tivemos a oportunidade de fazer trabalhos manuais e produzir materiais didáticos experimentais”, ressaltou.
Ao longo de 11 anos, os Cursos de Férias do IOC já capacitaram mais de 1.800 alunos de universidades públicas e privadas de todo o Brasil.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias