O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) em parceria com o Programa USP Diversidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disponibilizaram o Repositório de Educação Integral em Saúde, HIV/Aids e Diversidade. Nele é possível encontrar artigos científicos, planos de aula e vídeos, pesquisas, materiais didático-pedagógicos, estatísticas além de outros documentos normativos de temas como educação, saúde e diversidade, HIV, Aids, sexualidade, direitos humanos e inclusão. O acesso é realizado de forma aberta, online e para livre consulta, o que favorece a inclusão de pessoas da sociedade civil e acadêmica. O Repositório ainda disponibiliza materiais em inglês e espanhol, além do português, para que os conteúdos tenham o potencial de serem disseminados também por pessoas de outros países.
O Repositório é um dos produtos do Programa USP Diversidade, que é vinculado ao Programa USP Comunidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e tem por objetivo desenvolver ações que estimulem a igualdade, a solidariedade, a inclusão, a promoção e fortalecimento do respeito aos direitos humanos. “A diversidade promove o desenvolvimento de talentos, perspectivas e experiências que constroem uma sociedade mais inovadora, próspera e inclusiva. Neste contexto, a universidade tem o potencial de gerar e de disseminar conhecimentos, ideias e informações corretas e seguras que corroboram o desenvolvimento social”, explica a professora da USP e coordenadora da iniciativa, Ana Paula Morais Fernandes. “Assim, este Repositório tem o papel de reunir, oferecer, disseminar e possibilitar o acesso à informações confiáveis para serem utilizadas em pesquisas, educação e formação cidadã”, finaliza.
Como acessar
Para acessar a plataforma e acompanhar os conteúdos disponíveis, não é necessário criar uma conta. Basta acessar o site do Repositório e navegar pelas categorias Cultura e extensão, Documentos Normativos, Ensino e Pesquisa. Para sugerir materiais ou deixar feedbacks sobre o Repositório, basta entrar em contato pelo e-mail diversidade@usp.br.
Alinhamento com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Como parte do mandato do Unaids, o apoio ao Repositório auxilia o desenvolvimento de 3 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda 2030: 3. Boa saúde e bem-estar; 4. Educação de Qualidade e 5. Igualdade de gênero. A utilização desses materiais por pessoas da sociedade civil, estudantes, professores e professoras e comunidade acadêmica contribui para que os ODS sejam buscados de forma interconectada e atuem de forma preventiva em relação ao futuro do planeta.
É com muita alegria que participamos dessa iniciativa, com parceiros da importância do Unaids e da USP”, destaca Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil. “O Repositório é um marco para avançarmos em ações que promovam a inclusão, a igualdade, a solidariedade e o fortalecimento do respeito aos direitos humanos. O acesso à educação de qualidade é essencial para a construção da paz, do desenvolvimento socioeconômico sustentável e também do diálogo intercultural”, afirma.
“Promover espaços como o Repositório é essencial para que o HIV seja tratado de forma educativa e que possamos prevenir novas infecções por HIV em pessoas jovens”, comenta Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil. O relatório "Agarrar a oportunidade: enfrentando as desigualdades enraizadas para acabar com epidemias", lançado pelo Unaids, em julho deste 2020, mostra que 21% das novas infecções por HIV na América Latina em 2019 aconteceram em pessoas entre 15 e 24 anos. “Falar sobre HIV na juventude é necessário para que essa porcentagem diminua nos próximos anos e que possamos acabar com a epidemia da Aids como ameaça à saúde pública até 2030”, finaliza Claudia. Já a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, professora Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, ressalta o momento oportuno do lançamento da plataforma: "Apesar de já estar sendo construído há alguns meses, este material chega ao público em um contexto em que é importante lembrar que diversos vírus e epidemias seguem ativos e relevantes. Não podemos relegar nenhum deles a segundo plano, sob riscos não somente sanitários, mas também sociais", comenta.
O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove a 5ª edição do seu curso de inverno, que terá como tema A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades. Devido às medidas de isolamento social, o evento será realizado no formato de seminário, portanto não haverá inscrição e nem certificação. As apresentações serão transmitidas pela internet, ao vivo, entre 20 e 24 de julho, das 15h às 16h30. O link da transmissão estará disponível na página da COC nos dias do evento. Acompanhe e participe!
A atual pandemia de Covid-19 impôs transformações abruptas no cotidiano de quase um terço da população mundial. Diante da novidade de um vírus desconhecido, identificado pelos cientistas como SARS-CoV-2, cujas características ainda são objeto de intenso debate entre pesquisadores, a prática do isolamento social emergiu como o único método eficaz para retardar a espantosa velocidade de contágio da doença causada pelo novo patógeno. Trata-se de um desafio sanitário de dimensões inéditas para o último século, cuja escala é somente comparável ao surto de gripe espanhola em 1918.
Contudo, epidemias, assim como seus desdobramentos sociais e econômicos, acompanham a experiência humana em seus mais variados tempos e contextos históricos. Taxas de mortalidade atípicas, quarentenas, estigmas associados aos doentes, promessas de curas milagrosas, resistências a medidas profiláticas, são alguns dos elementos que atravessam a história das epidemias, e que agora ocupam de forma quase integral os nossos dias.
Dividido em cinco módulos — cada um dedicado a uma doença e analisado à luz da atual pandemia —, a 5ª edição do curso de inverno visa encorajar a reflexão acerca das relações entre a atual pandemia e outras crises sanitárias marcantes na história da saúde no Brasil. Coordenado pelos pesquisadores Ricardo Cabral e Carolina Arouca, o curso discutirá temas como a atuação do poder público, o perfil da população mais vulnerável ao contágio, as possibilidades de identificação e combate do patógeno, ou a natureza dos medicamentos, entre outros.
Programação
Aula 1: As epidemias de cólera do século 19 no Brasil: raça, ciência e saúde
Professora: Dra. Kaori Kodama
Aula 2: Epidemias de Varíola e Pandemia de Covid: políticas públicas, conhecimento científico e educação popular - diferenças históricas no século 20
Professora: Dra. Tania Maria Fernandes
Aula 3: Epidemia de HIV/Aids no Brasil: do estigma às respostas públicas
Professora: Dra. Eliza Vianna
Aula 4: As epidemias nas páginas dos jornais: a gripe espanhola e a atuação do Instituto Oswaldo Cruz
Professoras: Dra. Lorenna Ribeiro Zem El-Dine e Dra. Vanessa P. da Silva e Mello
Aula 5: Epidemias de febre amarela no Brasil
Professor: Dr. Jaime Larry Benchimol
Serviço
Tema: A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades
Coordenação: Ricardo Cabral e Carolina Arouca
Data: 20/7 a 24/7
Horário: 15h às 16h30
Informações: ppghistoriasaude@fiocruz.br
Estão abertas, até 3 de junho, as inscrições para o curso de doutorado do Programa em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz). A formação tem o objetivo de desenvolver nos alunos uma visão integral da pesquisa clínica, através do estudo multidisciplinar das doenças virais, bacterianas, parasitárias e fúngicas — em especial, HIV/AIDS, HTLV e suas manifestações clínicas, micobacterioses, doença de Chagas, leishmanioses e micoses.
O programa do curso é abrangente, interdisciplinar e multiprofissional na pesquisa clínica em doenças infecciosas, buscando a excelência em ciência, tecnologia e inovação. Os candidatos devem ter graduação completa e, preferencialmente, o título de mestre. É necessário que o projeto de doutorado seja na área de pesquisa clínica em doenças infecciosas nas linhas de pesquisa do programa.
O regime do curso é de tempo integral, com duração máxima de 48 meses. O número de vagas poderá variar de acordo com o número de bolsas para esta chamada semestral, além da disponibilidade dos orientadores para o doutorado. Do total de vagas, 90% serão de livre concorrência e 10% são destinadas a candidatos que se declararem pessoa com deficiência ou se autodeclarem negros (pretos e pardos) ou indígenas, desde que aprovados no processo seletivo.
Acesse o edital e inscreva-se através do Campus Virtual Fiocruz.
Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail cpg@ini.fiocruz.br.
Entre os dias 24/2 e 28/2, os educadores comunitários do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids (LaPClin-Aids) do INI/Fiocruz estarão pelas ruas do Carnaval do Rio de Janeiro conscientizando o público sobre a importância do sexo seguro para a prevenção do HIV e das doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis ou hepatite B. Além de esclarecer dúvidas, a equipe apresentará as pesquisas realizadas pelo laboratório - PrEParadas e A.M.P. – e distribuirá preservativos, géis, brindes e materiais informativos. Confira as datas e locais de atuação dos educadores:
Sexta, 24/2
Festa Impulse (Santa Teresa)
Bloco das Piranhas (São João de Meriti)
Sábado, 25/2
Bloco Sereias da Guanabara (Praça XV)
Carnaval da Gafieira Elite (Centro)
Carnaval Site Club (Nova Iguaçu)
Domingo, 26/2
Sambódromo/"Balança mas não cai"
Segunda, 27/2
Parque de Madureira/Blocos e bandas
Baile da Gafieira Elite (Centro)
Sambódromo/"Balança mas não cai"
Terça, 28/2
Banda de Ipanema
Bloco das Quengas (Lapa)
A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), tratamento para quem manteve relações sexuais sem a proteção de preservativos, também faz parte da campanha de divulgação. A PEP consiste no uso de um medicamento contra o HIV por 28 dias, a fim de evitar a infecção da doença, e está disponível gratuitamente no ambulatório do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz – Av. Brasil 4365- Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ). O tratamento também é encontrado nos serviços de saúde ou emergências públicas de todo o país e a recomendação é que seja iniciado até 72 horas depois da exposição ao risco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 9090 (21) 2260-6700 (ligação gratuita).
Lembre-se! A PEP não previne as demais doenças sexualmente transmissíveis e, quanto mais rápido o tratamento for iniciado, melhor será seu resultado. A camisinha ainda é a forma mais eficaz de prevenir o HIV e outras DST. Aproveite o Carnaval sem descuidar da sua saúde!
Fonte: Antonio Fuchs e Juana Portugal (INI/Fiocruz)