Estão disponíveis no canal da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) no YouTube três novos episódios do projeto Ciência em Gotas, lançados na programação de abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Por meio de uma abordagem simples, lúdica e dinâmica, a série de animação apresenta a trajetória e a atuação de cientistas brasileiros no campo da saúde pública e do meio ambiente. Nesta segunda edição, foram homenageados os pesquisadores Luiz Hildebrando Pereira da Silva, Juliano Moreia e Maria José Deane.
Os três novos episódios foram primeiramente exibidos na programação de emissoras públicas de televisão do país e, posteriormente, disponibilizados no Youtube.
“A linguagem audiovisual apresenta grande potencial para a transmissão de informação, porque utiliza formas sofisticadas e multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, convertendo-se em suporte eficaz para a popularização do conhecimento. Além disso, transformou-se hoje em dia na linguagem dominante das redes sociais. É nesse contexto que esse projeto foi concebido, apresentando-se como uma iniciativa para divulgar e popularizar a história da ciência e da saúde no Brasil, bem como ampliar ações de divulgação científica, por meio da produção de pequenas pílulas de animação e de sua veiculação por diferentes mídias”, explica o coordenador do projeto, Heverton de Oliveira.
O Ciência em Gotas é um produto do projeto Memórias da Cultura Científica, aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, com gestão cultural da SPCOC. Tem patrocínio da Transegur, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Secretaria Municipal de Cultura, com realização da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). A primeira edição da série de vídeos do Ciência em Gotas está disponível no canal da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) no YouTube.
O Ensino do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) está com inscrições abertas até 3 de fevereiro para o curso de especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública – Simasp 2025. Antes ofertado a cada dois anos, em 2025 a oferta passa a ser anual.
Segundo Aline Marques, uma das três coordenadoras do curso de especialização, juntamente com Carolina Carvalho e Maria Angela Esteves, o número de inscrições foi o determinante para a mudança: “nas edições anteriores sempre foi grande o número de inscrições, o que fez com que a coordenação, juntamente com o corpo docente, entendesse que a oferta anual seria importante para suprir a alta demanda pelo curso. Um diferencial do Simasp é que grande parte da carga horária envolve atividades práticas, nas quais os alunos aprendem fazendo, e por isso é muito procurado por profissionais que atuam nas secretarias de saúde”.
São vagas para profissionais de todas as áreas que tenham interesse no tema e a expectativa é “atender a demanda por capacitação das trabalhadoras e dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), no campo da utilização e análise de dados em saúde, sob a perspectiva da saúde coletiva”, como explica Maria Angela Esteves.
Carolina Carvalho destaca outras novidades da próxima edição: “a partir das experiências com as últimas edições e das avaliações das turmas sobre o curso, fizemos algumas mudanças. Consolidamos alguns conteúdos e incluímos outros, reduzindo o número de disciplinas e aumentando a carga horária de cada uma. Também reorganizamos a sequência das disciplinas e incluímos no planejamento seminários sobre temas emergentes, como clima e saúde e saúde digital”.
O curso terá as disciplinas de: Metodologia de Pesquisa; Fontes de dados e Sistemas de Informação para o SUS; Indicadores sociais e de saúde: bases teóricas e práticas; Análise e interpretação de dados em saúde; Ciência de Dados aplicada à Saúde Pública; Geoprocessamento em saúde; e Avaliação de políticas sociais e análise de situação de saúde.
A especialização tem carga horária de 378 horas. As aulas ocorrerão de 25 de março a 12 de dezembro de 2025, sempre às terças-feiras, das 9h às 17h.
Para se inscrever, siga os passos abaixo:
a) Leia atentamente a Chamada Pública (https://bit.ly/especializacao-Simasp2025-chamadapublica);
b) Acesse o Campus Virtual Fiocruz e clique em "Inscreva-se".
#ParaTodosVerem Banner com fundo verde e listras brancas, no banner está escrito: Curso de Especialização, Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública. As inscrições vão de 6 de janeiro a 3 de fevereiro de 2025, com 20 vagas.
A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) está com inscrições abertas para os Cursos de Verão de 2025 e para disciplinas do primeiro semestre que aceitam alunos externos. No total, os três Programas de Pós-Graduação da Ensp - Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Epidemiologia em Saúde Pública - disponibilizaram 23 opções este ano. O prazo para se candidatar termina no dia 10 de janeiro. As inscrições devem ser realizadas pelo portal acesso.fiocruz.br. Na página, após se cadastrar, acesse a opção 'Serviços Fiocruz' no menu à esquerda, clique em 'Ensino' e depois em 'Inscrição em Disciplina Isolada'. Nos editais, há mais detalhes e instruções para a inscrição. Para tirar dúvidas e obter mais informações, entre em contato através do e-mail secaexterno.ensp@fiocruz.br.
Confira abaixo as disciplinas e cursos ofertados e clique no nome do programa de seu interesse para acessar o edital correspondente:
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
DISCIPLINAS DO 1º SEMESTRE DE 2025
- Direitos Humanos e Saúde
Início: 18/3/2025 Término: 17/6/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professora responsável: Maria Helena Barros
- Estado e Política de Saúde no Brasil
Início: 19/3/2025 Término: 2/7/2025
Professores responsáveis: Nilson do Rosário e Cristiani Vieira Machado
- Leituras em Violência e Saúde
Início: 18/3/2025 Término: 27/5/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professoras responsáveis: Edinilsa Ramos e Patricia Constantino
- Migrações, feminismos decoloniais e cuidado
Início: 19/3/2025 Término: 21/5/2025
Professora responsável: Cristiane Batista Andrade
- Modelos de Análise de Políticas Públicas e Trajetórias Institucionais
Início: 3/4/2025 Término: 17/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professor responsável: José Mendes Ribeiro
- O Direito Humano à Saúde na Atenção às Urgências e no Acesso Hospitalar
Início: 21/3/2025 Término: 4/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professora responsável: Gisele O'Dwyer de Oliveira
- Políticas, Sistemas e Serviços de Saúde
Início: 21/3/2025 Término: 4/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professora responsável: Luciana Dias de Lima
- Teoria Social
Início: 20/3/2025 Término: 3/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora.
Professora responsável: Delaine Martins Costa
- Tópicos em Política de Medicamentos
Início: 20/3/2025 Término: 12/6/2025
Público: alunos de Mestrado, Doutorado e Especialização
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu e Lato Sensu da Fiocruz e de fora.
Professora responsável: Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro
DISCIPLINAS DE VERÃO 2025
- Análise de políticas e sistemas de saúde em perspectiva comparada internacional
Início: 10/2/2025 Término: 21/2/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Strictu Sensu da Fiocruz e de fora
Professora responsável: Cristiani Vieira Machado
- Avaliação: Métodos, Modelos e práticas
Início: 10/2/2025 Término: 14/2/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado.
Candidatos externos: alunos dos Programas de Stricto Sensu da Ensp, da Fiocruz e de fora
Professora responsável: Gisela Cordeiro Pereira Cardoso
- Desastres e Emergências em Saúde Pública
Início: 17/2/2025 Término: 28/2/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos dos Programas de Stricto Sensu da Ensp, de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora, além de alunos de cursos de Lato Sensu
Professor responsável: Carlos Machado de Freitas
- Encontros de Saberes e Diálogos Interculturais na Saúde Coletiva
Início: 17/2/2025 Término: 21/2/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: docentes e discentes de cursos de pós-graduação de outros programas da Fiocruz e de fora, além de alunos com graduação vinculados a movimentos sociais relacionados à temática
Professor responsável: Marcelo Firpo de Souza Porto
Obs.: Será solicitada uma carta de intenção para a seleção explicando o motivo para realizar o curso.
- Práticas de Pesquisa em Saúde Coletiva
Início: 6/2/2025 Término: 14/2/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado.
Candidatos externos: alunos dos Programas de Stricto Sensu da Ensp, de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora
Professora responsável: Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro
Obs.: esta disciplina é direcionada prioritariamente a candidatos qualificados, que iniciam o 2º ano de Mestrado ou o 3º ano de Doutorado.
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública
DISCIPLINAS DO 1º SEMESTRE DE 2025
- Estudos de coorte: do delineamento à análise de dados
Início: 6/5/2025 Término: 01/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Pré-requisito: ter cursado Estatística e Epidemiologia I e II.
Candidatos externos:alunos dos Programas de Strictu Sensu da Ensp, de outros Programas de Strictu Sensu da Fiocruz e de fora que tenham cursado Estatística e Epidemiologia I e II.
Professoras responsáveis: Rosane Harter Griep e Maria de Jesus Mendes da Fonseca
- Introdução à Análise Multivariada
Início: 21/3/2025 Término: 6/6/2025
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora, alunos de cursos de Lato Sensu e graduados.
Professor responsável: Cléber Nascimento do Carmo
- Introdução à Epidemiologia
Início: 18/3/2025 Término: 30/4/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos dos Programas de Stricto Sensu da Ensp
Professoras responsáveis: Claudia Torres Codeço e Marina Campos Araújo
- Modelos Estatísticos
Início: 18/3/2025 Término: 1/7/2025
Público: alunos de Mestrado e Doutorado
Candidatos externos: alunos dos Programas de Stricto Sensu da Ensp, alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora, alunos de cursos de Lato Sensu.
Professores responsáveis: Cléber Nascimento do Carmo e Geraldo Marcelo da Cunha
- Saúde Bucal e Saúde Pública – Estudo Dirigido
Início: 22/4/2025 Término: 24/6/2025
Público: alunos de mestrado, doutorado e de cursos Lato Sensu
Candidatos externos: alunos de outros Programas Stricto Sensu da Fiocruz ede fora, alunos de cursos de Lato Sensu e graduados.
Professor responsável: Paulo Nadanovsky
- Tópicos em Saúde Pública
Início: 18/3/2025 Término: 29/4/2025
Público: alunos de mestrado e doutorado
Candidatos externos: alunos de outros Programas de Stricto Sensu da Fiocruz e de fora
Professores responsáveis: Elvira Maria Godinho de Seixas Maciel e José Ueleres Braga
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente
DISCIPLINAS DO 1º SEMESTRE DE 2025
- Epidemiologia e Estatística Aplicada à Saúde Pública e Meio Ambiente
Início: 17/3/2025 Término: 21/3/2025
Professor responsável: André Reynaldo Santos Périssé
- Toxicologia Ambiental Avançada
Início: 19/3/2025 Término: 2/7/2025
Público: Alunos de Mestrado e Doutorado
Professor responsável: Fabio Veríssimo Correia
DISCIPLINA DE VERÃO 2025
- Zoonoses relevantes em saúde pública e meio ambiente
Início: 10/2/2025 Término: 14/2/2025
Professora responsável: Joseli Maria da Rocha Nogueira
Uma conceituação de resiliência sintonizada com os sistemas públicos e universais de saúde e os caminhos para levar à frente políticas de saúde voltadas ao desempenho resiliente, frente aos desafios contemporâneos. Esse será o foco das discussões do Workshop Internacional Resiliência em Saúde Pública: desafios e perspectivas, que será realizado no dia 9 de dezembro de 2024, pelo projeto Tecnologia, Informação e Resiliência em Saúde Pública (Lab ResiliSUS) do CEE-Fiocruz.
O evento será transmitido online, das 9h às 12h, pelo canal do Youtube da Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz, para todos os interessados, e contará com um painel de especialistas reunidos de forma presencial, no CEE-Fiocruz, para dialogar com três palestrantes internacionais convidadas – Victoria Haldane, da Universidade de Toronto, Canadá; Ann Sophie Jung, da Universidade de Leeds, Reino Unido; e Connie Junhghans-Minton, do Imperial College London, também do Reino Unido. Estará na mesa, ainda, o pesquisador Alessandro Jatobá, coordenador do ResiliSUS/CEE.
“Queremos chegar a uma forma de operacionalizar resiliência em saúde pública em um momento de desafios e riscos crescentes para os sistemas universais em geral e o SUS em particular, como, por exemplo, o avanço de uma agenda econômica restritiva de recursos, quando a demanda sobre os sistemas é tensionada por novas doenças, crise climática e outros fatores”, explica Jatobá. “Temos interesse em que todos os interessados em resiliência estejam em contato, para que possamos discutir o tema de forma mais sistematizada, principalmente, no que diz respeito aos sistemas de saúde que têm características semelhantes às do nosso SUS”, observa Paula de Castro Nunes, pesquisadora do ResiliSUS/CEE e que participa da organização do evento.
Conforme os pesquisadores, o workshop será também uma oportunidade de dar início à formação de uma rede internacional de pesquisa em resiliência dos sistemas de saúde, tendo em vista que há diferentes formas de se pensar o tema. “Queremos trazer esses olhares para um espaço comum de discussão, buscar documentos de consenso, lançar recomendações para os sistemas de saúde se tornarem mais resilientes. Sobretudo, por conta do risco potencial de termos novas pandemias, como se anuncia”, diz Paulo Victor Rodrigues de Carvalho, pesquisador do ResiliSUS/CEE.
O workshop deverá culminar com a produção de um documento final que contemple os principais pontos discutidos.
Estão abertas trinta vagas aos interessados em participar das discussões presencialmente, ao lado dos especialistas convidados a debater com as palestrantes. As inscrições podem ser feitas pelo formulário de inscrição!
Workshop Internacional de Resiliência em Saúde Pública: desafios e perspectivas
Dia: 9/12/2024
Horário: 9h às 12h
Transmissão: Youtube da VideoSaúde
Inscrições para participação presencial (30 vagas): Formulário de inscrição
Acompanhe ao vivo:
O terceiro webinário da série Transformação Digital na Saúde Pública, produzida pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antonio Ivo de Carvalho (CEE/Fiocruz), terá como tema As tecnologias digitais na Atenção Primária à Saúde: Desafios e estratégias para o Sistema Único de Saúde. O evento será realizado no dia 5 de dezembro, às 10 horas, com transmissão ao vivo pelo canal da Vídeo Saúde Distribuidora da Fiocruz. Nele será discutido o uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) para melhorar a gestão, o diagnóstico e o cuidado dos usuários do SUS.O público poderá participar com comentários e perguntas enviadas pelo chat.
A mediação desse episódio será das pesquisadoras Ligia Giovanella e Maria Helena Mendonça, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e do CEE-Fiocruz, à frente do projeto Atenção Primária na Rede SUS, do Centro. A mesa de abertura contará com a participação do secretário executivo do CEE, Marco Nascimento. “Vamos abordar os principais tipos de tecnologias digitais aplicadas à Atenção Primária à Saúde e debater as contribuições dessas inovações para a melhoria do cuidado”, diz Ligia Giovanella. “Queremos discutir também os desafios e estratégias para que essas tecnologias sejam de fato integradas à rede assistencial melhorando o acesso e a qualidade da atenção”, completa Maria Helena Mendonça.
Participam como palestrantes a pesquisadora do CEE, Virgínia Maria Dalfior Fava, trazendo a questão de como assegurar a melhoria do cuidado, utilizando a saúde digital na Atenção Primária; a coordenadora dos Núcleos de Telessaúde da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Alaneir de Fátima dos Santos, discutindo as contribuições da telessaúde para a melhoria do acesso e qualidade da atenção; o coordenador geral de Inovação e Aceleração Digital da Atenção Primária do Ministério da Saúde (Saps/MS), Rodrigo Gaete, abordando os desafios e estratégias para implementação da saúde digital na Atenção Primária do SUS; e o coordenador do Laboratório de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, apresentando a Plataforma de Inteligência Cooperativa com a Atenção Primária à Saúde (Picaps).
A saúde digital é um campo que reúne conhecimentos da informática médica, saúde pública e negócios. Embora diversos tipos de softwares e aplicações digitais em saúde venham sendo desenvolvidos e disponibilizados desde a década de 2000, foi a partir da pandemia de Covid-19 que a transformação digital da saúde se acelerou, com o uso das tecnologias digitais sendo implementadas em larga escala, principalmente na atenção primária, para melhorar o cuidado à saúde em escala local, regional e global.
“A relevância desse tema em nível global é demonstrada pelo lançamento da nova Iniciativa Global sobre Saúde Digital (GIDH), uma rede para difundir a saúde digital, por meio do desenvolvimento das capacidades dos países e da cooperação internacional”, explica Virgínia, ressaltando a importância de se ampliar o debate sobre a aplicação das tecnologias digitais na Atenção Primária à Saúde.
Sobre a série ‘Transformação digital na saúde pública’
Profundas mudanças na saúde promovidas pelas novas tecnologias digitais já estão acontecendo. Os novos recursos tecnológicos alteram padrões na atenção à saúde e nos aspectos produtivos, tecnológicos e de geração de conhecimento, no contexto da Quarta Revolução Industrial.
Assim, o CEE-Fiocruz abriu espaço para esse debate, com a realização da série Transformação Digital na Saúde Pública, voltando-se à incorporação dessas inovações em prol da garantia de acesso universal à saúde e da sustentabilidade e resiliência do SUS.
Série de Webinários 'Transformação Digital na Saúde Pública'
3º evento: As tecnologias digitais na Atenção Primária à Saúde: Desafios e estratégias para o Sistema Único de Saúde
Data: 5 de dezembro de 2024
Horário: 10h
Transmissão: Canal da Vídeo Saúde Distribuidora
Informações: cee@fiocruz.br e 21 38829134
A Fiocruz Minas vai realizar a mesa-redonda com o tema 'Desafios da saúde pública diante das mudanças no perfil demográfico e epidemiológico brasileiro', no dia 5 de novembro, das 14h às 16h. O evento será ao vivo via Zoom. O acesso é livre para todas as pessoas!
Participe da discussão promovida pelo Centro de Estudos da Fiocruz Minas sobre os desafios da saúde pública diante das mudanças no perfil demográfico e epidemiológico brasileiro.
Acesse pelo QR Code ou pelo link da plataforma Zoom com a senha 149334.
A aluna Lívia Moura, egressa do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), foi selecionada como uma das três finalistas do Prêmio RESS Evidencia 2024. Este prêmio reconhece anualmente o melhor artigo publicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde. Lívia concorre com seu estudo intitulado "Tendência temporal da taxa de abandono e da cobertura da vacina tríplice viral no Brasil (2014-2021)". Além de sua trajetória acadêmica como mestre e doutora pela Ensp, ela atua na Coordenação do Programa de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, focando em epidemiologia e doenças imunopreveníveis. A votação para o prêmio é online e permanecerá aberta até o dia 30 de outubro.
O estudo, orientado pelo pesquisador e docente Reinaldo Souza dos Santos, analisou a cobertura vacinal e a taxa de abandono da vacina tríplice viral, considerada essencial para a saúde infantil no Brasil. A pesquisa revelou tendências preocupantes, como a diminuição da cobertura vacinal e o aumento da taxa de abandono em diversas regiões do país ao longo de sete anos.
Segundo Lívia, as coberturas vacinais anuais no Brasil ficaram abaixo de 95%, percentual recomendado pelo Ministério da Saúde, com variações de 92,3% em 2015 a 54,4% em 2021. “A segunda dose da vacina apresentou tendência de queda ao longo do período estudado. Nas Unidades da Federação, observou-se que tanto a primeira quanto a segunda dose vacinal tiveram tendências estacionárias ou decrescentes. A taxa de abandono, que considera aqueles que não completaram o esquema vacinal, manteve-se estacionária tanto em âmbito nacional quanto nas grandes regiões do Brasil”, detalhou.
Para Lívia, os resultados da pesquisa, que consideram a heterogeneidade temporal, podem ser fundamentais para a gestão de ações prioritárias em saúde pública, adaptadas às particularidades das diversas regiões e estados do país. Além disso, a pesquisa pode auxiliar na formulação de novas estratégias para aumentar a adesão da população às vacinas. “Esses subsídios seriam destinados aos gestores dos serviços de saúde em níveis regionais e estaduais”, enfatizou.
Ingressando na Ensp em 2017, ainda no mestrado, Lívia vê sua nomeação entre as finalistas como um reconhecimento significativo de seu trabalho acadêmico e da importância de pesquisas que busquem melhorar a saúde pública da nossa população.
O orientador da pesquisa, Reinaldo Souza dos Santos, destacou que a relevância do estudo, ao fornecer dados importantes para a gestão de políticas públicas de vacinação, é evidenciada pelo fato de o artigo estar entre os finalistas do Prêmio RESS Evidencia 2024. “Esse reconhecimento sublinha a importância da pesquisa para aprimorar as ações de vigilância e prevenção de doenças no Brasil, fortalecendo seu impacto na saúde pública e contribuindo para políticas de imunização mais eficazes”, comemorou.
Para a coordenação do PPG, a inclusão de Lívia entre os finalistas reflete a importância de sua contribuição para o entendimento da situação vacinal no Brasil, especialmente em um período em que a cobertura de vacinas e o controle de doenças transmissíveis são temas críticos para a saúde pública.
"A indicação de Lívia ao Prêmio RESS Evidencia é uma conquista que vai além do reconhecimento individual da pesquisadora. Ele traz o reconhecimento do papel do Programa como um ambiente de excelência para a formação de futuros epidemiologistas, fortalece o corpo acadêmico e científico do Programa, aumenta o reconhecimento externo da qualidade e da relevância das pesquisas realizadas no âmbito do PPP Epi, além de incentivar a produção científica, buscando a excelência e a inovação em suas pesquisas", destacou Maria de Jesus Fonseca, coordenadora do Programa de Epidemiologia da Ensp.
Estão abertas as inscrições para o 5º Curso de Geoprocessamento e Análise Espacial em Saúde – turma 2025. Serão oferecidas 20 vagas, para profissionais graduados que atuem no campo da Saúde Pública e alunos de pós-graduação em Saúde Pública e afins. As inscrições seguirão até 14 de novembro pelo Campus Virtual Fiocruz.
O curso será realizado no período de 17 a 28 de fevereiro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, com uma duração total de 80 horas. A modalidade é presencial, com aulas teórico-práticas realizadas na área de Ensino do IAM. Seu objetivo é capacitar profissionais que atuam nos serviços de saúde/SUS para o uso de geotecnologias e análise espacial direcionadas a abordagem prática de situações-problemas comuns à rotina dos serviços. As aulas envolverão desde a organização e tabulação de dados até a construção de mapas temáticos e cartogramas que envolvem princípios básicos da análise e estatística espacial.
O aluno irá manipular softwares de geoprocessamento e equipamentos necessários para aquisição e georreferenciamento de dados espaciais. Serão feitos exercícios de montagem de bases cartográficas, construção de indicadores, formulação de hipóteses no espaço, bem como a análise espacial dos agravos em saúde.
Veja mais detalhes na chamada pública e inscreva-se já!
A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), por meio da Assessoria de Cooperação Internacional e do Observatório do SUS, promoverá, de 3 a 4 de outubro de 2024, um seminário internacional para discutir os sistemas de saúde do Brasil e da França. O evento terá como foco a governança territorial e a Atenção Primária à Saúde, reunindo especialistas e pesquisadores dos dois países para trocar experiências, aprofundar análises sobre os desafios e avanços em seus respectivos contextos, bem como identificar possibilidades de novas parcerias entre as três instituições envolvidas. O seminário será transmitido ao vivo pelo canal da Ensp no YouTube, com tradução simultânea em português e francês.
Intitulado "Políticas de Saúde, Desafios Territoriais e Atenção Primária à Saúde no Brasil e na França", o seminário oferecerá uma oportunidade para examinar as diferentes trajetórias históricas e institucionais que moldaram os sistemas de saúde dos dois países. O evento também abordará a crescente importância da Atenção Primária na organização dos sistemas de saúde, comparando as abordagens adotadas por Brasil e França. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem como um de seus pilares a Estratégia de Saúde da Família, enquanto a França tem buscado estruturar e integrar os cuidados primários por meio de estratégias como as Casas de Saúde Multiprofissionais. Ambos os países enfrentam, cada um a seu modo, desafios relacionados à distribuição geográfica dos profissionais de saúde, às lógicas de financiamento, às desigualdades e vulnerabilidades e à integração dos cuidados, questões que também serão discutidas durante o seminário.
Para o Vice-Diretor da Escola de Governo em Saúde e coordenador do Observatório do SUS da Ensp, Eduardo Melo, o evento, além de ser a primeira iniciativa em parceria com a Chaire Santé da universidade Sciences Po, oferece a possibilidade de reflexão e aprofundamento a partir dos contrastes e proximidades entre os temas, situações e abordagens nos dois países e nas três instituições e abre novas frentes de colaboração dentro da parceria existente entre a Ensp e a EHESP:
"Iremos refletir sobre as implicações das crises democráticas, socio-sanitárias e do neoliberalismo, enquanto forma atual do capitalismo, para as políticas públicas e os sistemas de saúde. Esperamos que, a partir do seminário, sejam identificadas possibilidades de cooperação técnica com a política de saúde nos respectivos países, principalmente no campo da Atenção Primária à Saúde”, afirma Melo.
A programação conta com sessões temáticas e mesas-redondas sobre os sistemas de saúde, a territorialização das políticas públicas de saúde e a organização e coordenação dos cuidados primários. Entre os palestrantes confirmados estão Daniel Benamouzig (Sciences Po), Cristiani Machado (Ensp/Fiocruz), François Xavier Schweyer (EHESP), Sonia Fleury (CEE/Fiocruz), Lígia Giovanella (Ensp/Fiocruz), entre outros.
O evento acontece em parceria com a Escola de Altos Estudos em Saúde Pública da França (EHESP) e a Chaire Santé (Sciences Po) e conta com o apoio da Embaixada da França no Brasil, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Ministério da Saúde.
O segundo webinário da série Transformação digital na saúde pública, produzido pelo Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antonio Ivo de Carvalho (CEE/Fiocruz), discutirá como as tecnologias digitais podem contribuir para aumentar a resiliência dos sistemas públicos de saúde, e em particular do SUS. Em um mundo em rápida evolução tecnológica, impulsionado por inteligência artificial e grandes volumes de dados, é fundamental que o SUS abrace continuamente as inovações digitais, expandindo o acesso à saúde e adaptando-se aos diversos contextos nacionais, para garantir o direito à saúde e fortalecer sua resiliência diante dos desafios do futuro. O webinário Tecnologia, informação e resiliência em saúde pública será realizado em 1º de outubro, às 10h, com transmissão pelo canal da VídeoSaúde Distribuidora da Fiocruz. O público poderá participar com comentários e perguntas enviadas pelo chat.
Estarão reunidos os pesquisadores Alessandro Jatobá, coordenador do Projeto ResiliSUS do CEE/Fiocruz, abordando o coeficiente CoReS, que possibilita medir a resiliência do SUS a partir de sua capacidade de desenvolver habilidades no cotidiano de serviços; Hidelbrando Rodrigues, coordenador do Laboratório de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas de Universidade Federal do Amazonas, que falará sobre as contribuições da Ciência de Dados para a formulação de políticas públicas com foco na resiliência e o papel da Rede Luso-Brasileira de Ciência de Dados em Políticas Públicas; e Luís Velez Lapão, professor em Saúde Digital e coordenador do Laboratório de Sistemas Inteligentes de Apoio a Decisão da Universidade Nova de Lisboa, que apresentará as contribuições da saúde digital para a resiliência dos sistemas de saúde. A mediação do evento será da pesquisadora Paula de Castro Nunes do CEE-Fiocruz, e a abertura, do secretário executivo do CEE, Marco Nascimento.
O conceito de resiliência na área de saúde vem associado à capacidade de resposta das instituições a desastres sanitários. Contudo, como explica Alessandro Jatobá, a resiliência do Sistema Único de Saúde vai além. “O que estamos tentando disseminar sobre o conceito de resiliência é como desenvolver a habilidade para que o nosso SUS seja capaz de sustentar suas funções essenciais, trabalhando em um nível de qualidade de serviço adequado, de acesso e de resolutividade, ao mesmo tempo em que se adapta a um evento extraordinário e inesperado”.
Embora seja importante os sistemas de saúde contarem com estruturas robustas, que lhes sirvam de esteio para lidar com emergências causadas, por exemplo, por instabilidade política, guerras, crises socioeconômicas e desastres ambientais, a experiência da pandemia de Covid-19 provou que é insuficiente manter o foco da resiliência da saúde apenas em respostas a desastres. Como avalia o pesquisador, a pandemia provocou uma mudança no entendimento do conceito de resiliência na saúde. “O paradigma vigente, até a pandemia era o da segurança. Pensava-se que tínhamos sistemas seguros de saúde”, observa. Mas a performance de países como EUA, durante a pandemia, mostrou que a capacidade hospitalar instalada não conseguiu se materializar em uma resposta efetiva, ao longo do tempo.
Sobre a série ‘Transformação digital na saúde pública’
Profundas mudanças na saúde promovidas pelas novas tecnologias digitais já estão acontecendo. Os novos recursos tecnológicos alteram padrões na atenção à saúde e nos aspectos produtivos, tecnológicos e de geração de conhecimento, no contexto da Quarta Revolução Industrial.
Assim, o CEE-Fiocruz abriu espaço para esse debate, com a realização da série Transformação Digital na Saúde Pública, voltando-se à incorporação dessas inovações em prol da garantia de acesso universal à saúde e da sustentabilidade e resiliência do SUS.
Assista à transmissão do webinário Tecnologia, Informação e Resiliência em Saúde Pública: