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Publicado em 31/01/2024

Fiocruz promove aula aberta sobre o uso da saúde digital para prevenção do HIV

Autor(a): 
Alexandre Magno | INI/Fiocruz

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promove nesta quarta-feira, 31 de janeiro, às 14h, aula aberta com o título 'Tem um aplicativo para isso - Alavancando Intervenções de Saúde Digital para Apoiar o diagnóstico para HIV e a Implementação da PrEP', com o professor da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), Albert Liu. O evento é organizado pelo Laboratório de Pesquisa Clínica em IST e HIV/Aids (LapClin Aids) do INI e contará com a apresentação da chefe do Laboratório, Beatriz Grinsztejn e mediação do pesquisador Thiago Torres.

A aula será em conjunto com o canal teórico do Programa de Residência Médica do INI/Fiocruz e também contará com transmissão pelo canal oficial do INI no Youtube.

Dr. Albert Liu, ao longo das duas últimas décadas, tem liderado estudos para avaliar novos componentes relacionados à profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), e intervenções para ampliar diagnóstico para o HIV e o uso de PrEP, além de estudos para implementação de modelos inovadores para prevenção e tratamento do HIV. Atualmente, Dr. Liu atua como co-presidente do Comitê de PrEP do Consórcio Getting to Zero de São Francisco (EUA).

Acompanhe ao vivo:

 

 

#ParaTodosVerem Banner com fundo verde, no alto o nome da aula aberta "Saúde Digital e Prevenção do HIV". Abaixo, as fotos e nomes dos participantes, e na parte de baixo, a data e horário: 31 de janeiro, 14h.

Publicado em 18/01/2024

Ministério da Saúde investe em medicamento contra o HIV. Confira curso do Campus Virtual sobre enfrentamento à discriminação nos serviços de saúde

Autor(a): 
Lucas Leal*

Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição das primeiras unidades de um novo medicamento para pacientes com HIV ou aids. Cerca de 5,6 milhões de comprimidos compostos pelos antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg foram entregues aos estados e ao Distrito Federal. A nova combinação possibilita aos pacientes um tratamento com uma única dose diária, garantindo maior qualidade de vida e adesão ao tratamento. A medida faz parte da estratégia prioritária do ministério para eliminar o HIV e a aids como problemas de saúde pública. Apenas em 2023, foi investido o valor de R$ 1,8 bilhão em fármacos contra o vírus. 

O novo medicamento é fruto de uma aliança estratégica entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e as empresas farmacêuticas ViiV Healthcare Company e GlaxoSmithKline. Anteriormente, o tratamento era realizado com a combinação de diferentes medicamentos para combater o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

Entretanto, devido a atual disponibilidade do medicamento, a migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua, obedecendo os seguintes critérios: idade igual ou superior a 50 anos; adesão regular; carga viral menor que 50 cópias no último exame; ter iniciado a terapia dupla até 30 de novembro de 2023. Mais informações sobre o uso da terapia e os critérios para a migração ao novo tratamento estão relatados em nota técnica disponível no site do Ministério da Saúde.

+ Acesse aqui a nota técnica disponível no site do Ministério da Saúde

Outra ação estratégica inclui o lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da infecção pelo HIV em adultos. O documento serve como guia de cuidado e assistência, listando medicamentos e condutas de tratamento, além de esclarecer como funciona o cuidado com uma pessoa infectada pelo HIV. 

Curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

Tendo em vista que grupos ou indivíduos acometidos por determinadas doenças, como o HIV, podem sofrer com a discriminação e o preconceito até mesmo dentro dos sistemas de saúde, a Fiocruz e o Ministério da Saúde lançaram o curso Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde. A formação online, gratuita e autoinstrucional, visa qualificar e instrumentalizar trabalhadores da saúde para uma atenção inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória aos usuários dos sistemas de saúde. 

A formação é uma realização da Fiocruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS). As inscrições estão abertas!

Inscreva-se já: Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

 

*Com informações do Ministério da Saúde 

*Lucas Leal é estagiário sob supervisão de Isabela Schincariol

Publicado em 01/12/2023

No Dia de Luta contra a Aids, Campus Virtual destaca importância da qualificação profissional para o enfrentamento ao estigma

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Nesta sexta-feira, 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Luta conta a Aids. A data tem como objetivo conscientizar a população e profissionais de saúde sobre os aspectos do HIV/Aids, e outras doenças como Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, especialmente para o enfrentamento ao estigma e a promoção de uma atenção humanizada aos grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A campanha da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) de 2023 fala sobre a importância da sociedade civil organizada para o enfrentamento ao HIV: "Comunidades Liderando". Nesse sentido, relembramos o curso oferecido pelo Campus Virtual: 'Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde'. A formação é gratuita, autoinstrucional e certifica os participantes.

Conheça a formação e inscreva-se!

Na tarde da última quinta-feira, 30 de novembro, o Ministério da Saúde divulgou o boletim epidemiológico sobre HIV/aids de 2023 e destacou que nos últimos 10 anos o Brasil registrou queda de 25,5% na mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 mortes por 100 mil habitantes. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado. Do total, dados do Boletim apontam que 61,7% dos óbitos foram entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos. Para o diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/MS), Draurio Barreira Cravo Neto, a tendência de queda nas mortes ainda vai se acentuar. Ele pondera, contudo, que a maior queda está entre as pessoas brancas. Entre pretos e pardos ainda há uma estabilidade. "Ainda que alguns dados reflitam a diminuição do número de casos e uma significativa queda no número de mortes, há uma desigualdade muito grande no país, segundo Neto. Isso camufla o que é observado na prática, especialmente em relação a pessoas de maior vulnerabilidade. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos.", alertou. 

Em consenso com a campanha da Opas/OMS deste ano, o Ministério da Saúde também ressaltou a importância de incluir movimentos sociais e representantes da sociedade civil organizada na elaboração das políticas públicas. Para tanto, anunciou que, em 2024, lançará um edital para envolver a sociedade civil na ampliação da prevenção e diagnóstico. Poderão participar movimentos sociais, universidades fundações, sociedades científicas e ONGs para trabalhar de forma articulada com o SUS. A previsão de investimento é de R$ 40 milhões, divididos entre recursos financeiros e insumos. Esta é a primeira vez que a pasta inclui movimentos sociais em um edital. 

Durante o evento, foi salientado ainda que inequidades estão presentes em todos os indicadores, já que minorias e populações vulneráveis representam a maior parte das pessoas infectadas. Os dados indicam que algumas populações-chave apresentam maior prevalência do HIV. Mulheres trans e travestis representam cerca de 17% a 37% dos casos. Foi destacado que um dos maiores desafios da saúde pública é combater o estigma ao redor da doença. Os representantes das populações afetadas pelo vírus estão na linha de frente da resposta ao HIV. Portanto, empoderar essas comunidades é essencial para que possam desenvolver suas próprias estratégias e alcançar aqueles que mais precisam de acesso às inovações disponíveis, como a distribuição de autotestes, a implementação da PrEP no nível primário de atendimento e em centros comunitários, e a ligação imediata ao tratamento para atingir uma carga viral indetectável, pois uma pessoa com carga viral indetectável não transmite a infecção, quebrando assim a cadeia de transmissão.

Acesse aqui o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids completo, que traz um panorama sobre o cenário da doença no país e assista a transmissão do lançamento desse novo Boletim, realizada em 30/11/23:

Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde

O estigma e o preconceito são realidades cotidianas de grupos ou indivíduos que vivenciam determinadas doenças. A discriminação relacionada a condições de saúde acontece inclusive nos serviços de saúde, o que reforça a exclusão, e, sobretudo, causa sofrimento e traz enormes desafios à gestão do cuidado. Para tanto, o curso "Enfrentamento ao estigma e discriminação de populações em situação de vulnerabilidade nos serviços de saúde" foi organizado em 3 macrotemas — Bases conceituais; Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas: normas e legislações; e Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação —, 5 módulos e 17 aulas. Ele é voltado a trabalhadores e trabalhadoras da saúde, estudantes, mas aberto a todos os interessados na temática.

Ele é uma realização da Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Campus Virtual Fiocruz e a Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A elaboração do curso nasceu da necessidade de sensibilizar e instrumentalizar profissionais de saúde que estão na ponta do atendimento, visando atualizar, aprimorar e qualificar suas práticas, construções sócio-históricas que acontecem durante o processo de trabalho e por meio da interação entre tais profissionais e os usuários dos serviços de saúde. É nessa interação que nascem também aspectos relacionados ao estigma e à discriminação, os quais, como já é sabido, promovem a exclusão social e, ao mesmo tempo, podem produzir consequências negativas que resultam em interações sociais desconfortáveis. Tais fatores são limitantes e também podem interferir na adesão ao tratamento das doenças e qualidade de vida, perpetuando, assim, um ciclo de exclusão social, que, ao mesmo tempo, reforça situações de discriminação, bem como a perda do status do indivíduo, aumentando a vulnerabilidade de pessoas e populações.

Conheça a organização do curso e temas tratados:

Bases conceituais:

Módulo 1 - Bases conceituais

  • Aula 1 - Enfrentamento ao estigma e discriminação
  • Aula 2 - Condições individuais, programáticas e sociais da vulnerabilidade
  • Aula 3 - Implicações éticas em saúde

Contexto social, político e histórico das populações vulnerabilizadas - Normas e legislações:

Módulo 2 - Estigmas relacionados a algumas doenças

  • Aula 1 - Pessoas vivendo com HIV/Aids e pessoas com IST
  • Aula 2 - Pessoas acometidas pela hanseníase e seus familiares e pessoas acometidas pelas micoses endêmicas
  • Aula 3 - Pessoas acometidas por tuberculose e pessoas acometidas pelas hepatites virais

Módulo 3 - Estigmas relacionados a práticas ou comportamentos

  • Aula 1 - Pessoas privadas de liberdade
  • Aula 2 - Pessoas em situação de rua
  • Aula 3 - Pessoas que usam álcool e outras drogas
  • Aula 4 - Trabalhadoras(es) do sexo e cuidados em saúde

Módulo 4 - Estigmas relacionados a condições específicas

  • Aula 1 - População negra
  • Aula 2 - Povos indígenas
  • Aula 3 - População LGBTQIA+

Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação

Módulo 5 - Práticas de enfrentamento ao estigma e discriminação nos serviços de saúde

  • Aula 1 - Normas e legislações vigentes relacionadas ao enfrentamento do estigma, da discriminação e das legislações discriminatórias
  • Aula 2 - Condições e estratégias para alcance de um serviço livre de discriminação
  • Aula 3 - Práticas estigmatizantes e discriminatórias dirigidas as/os usuários(as) dos serviços de saúde
  • Aula 4 - Estratégias de melhoria para acesso aos serviços pelos(as) usuários(as)


*com informações do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS)

Publicado em 30/11/2023

Centro de Estudos abordará estratégias educativas para prevenção ao HIV

Autor(a): 
IOC/Fiocruz

A sessão do Centro de Estudos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desta sexta-feira, 1º de dezembro, abordará o tema ‘Uso de estratégias educativas para falar sobre a prevenção ao HIV’.

Na mesa-redonda, Sylvia Teixeira, pesquisadora do Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC, falará sobre a experiência do Laboratório com o jogo PreventHIVo.

Almir Santana, médico sanitarista da Secretaria de Saúde de Sergipe, discutirá a prevenção combinada para jovens escolares de ensino médio e agentes comunitários de saúde.

Na ocasião, Elba Lemos, pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, atuará como mediadora. 

A atividade será transmitida pelo Canal do IOC no Youtube a partir das 10h.

Acompanhe ao vivo:

 

 

 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Publicado em 15/11/2022

Pesquisadora Beatriz Grinsztejn recebe o prêmio James Hakim Internacional Mentor 2022

Autor(a): 
Alexandre Magno | INI/Fiocruz

A pesquisadora do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Beatriz Grinsztejn, recebeu na manhã dessa terça-feira, 15 de novembro, o prêmio James Hakim Internacional Mentor 2022 concedido pelo Aids Clinical Trials Group (ACTG). O prêmio veio em reconhecimento à sua liderança, pela relevância do seu trabalho em estudos avançados para o cuidado com pessoas que vivem com HIV e por sua atuação como mentora de jovens pesquisadores. Beatriz chefia o Laboratório de Pesquisa Clínica em Aids e IST do INI e é a primeira pesquisadora latino-americana a ser eleita para a presidência da International Aids Society (IAS) - seu mandato cobrirá o biênio 2024-2026.

O prêmio foi criado para honrar a memória e legado do Dr James Hakim,M.B.ChB, um destacado professor, pesquisador e médico falecido em 2021, vítima da COVID-19. James Hakim era membro da ACTG e do HPTN e tinha o reconhecimento da comunidade cientifica internacional pela sua atuação como pesquisador e mentor. Ele liderou vários estudos e pesquisas em HIV, tuberculose e outras infecções oportunistas. Além de pesquisador, Hakim dirigiu e fazia parte do corpo docente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Zimbábue. Sua paixão era treinar a próxima geração de cientistas africanos, competentes, independentes e colaborativos. Ele era gentil, sábio e humilde, um mentor e líder humanista.

"Estou extremamente emocionada e honrada em receber hoje o prêmio James Hakim Mentor. Quando entrei para o ACTG há mais de 20 anos, James tornou-se, rapidamente, não apenas um colega e amigo, mas acima de tudo, uma grande fonte de inspiração. Ele nunca deixou de demonstrar a profunda paixão que sentia pelo seu trabalho", disse visivelmente emocionada, Beatriz Grinsztejn.

Em seu discurso, Beatriz ressaltou o significado especial do reconhecimento do seu trabalho como uma pesquisadora latino-americana e dedicou o prêmio a todas as mulheres pesquisadoras da América Latina que enfrentam vários tipos de barreiras. "Quero ressaltar que este prêmio representa uma grande conquista para todas as pesquisadoras desta Região que é muito influenciada por homens brancos que protegem e esbanjam seu poder, resultando em menos oportunidades para prosperarmos. Continuarei a encorajar as jovens pesquisadoras a ingressar e permanecer neste campo e estou feliz em fornecer orientação a elas de todas as maneiras que puder".

Beatriz é médica infectologista e tem atuado e liderado estudos na área do HIV há mais de 30 anos. Ao falar da sua trajetória profissional, a pesquisadora destacou o papel da rede de pesquisadores, ACTG, na sua carreira. "Associar-me a ACTG foi um importante ponto de inflexão em minha carreira, por proporcionar um fórum para eu ajudar pessoas que vivem com HIV e aqueles que são mais vulneráveis a contrair o vírus".

Beatriz endereçou seus agradecimentos a sua equipe no INI/Fiocruz "pelo notável trabalho e dedicação em condições desafiadoras", aos amigos e colegas da ACTG e, "Um agradecimento especial às minhas filhas incríveis e talentosas e à minha esposa Léa, que é uma pesquisadora excepcional".

Em suas palavras finais, a pesquisadora do INI lamentou a ausência do colega e amigo, James Hakim, e se disse mais energizada ainda para continuar no mesmo caminho do amigo "Estou energizada como nunca para cumprir meu objetivo de encorajar a próxima geração de pesquisadores a reduzir significativamente a carga que o HIV impõe aos mais vulneráveis entre nós", finalizou.

Publicado em 24/09/2021

Alunas da Fiocruz são contempladas em Prêmio Capes de Teses 2021

Autor(a): 
Isabela Schincariol*

Por mais um ano consecutivo, estudantes da Fundação Oswaldo Cruz são contempladas no Prêmio Capes de Tese. A 16° edição selecionou 49 trabalhos e indicou outros 92 a menções honrosas, 3 deles são da Fiocruz. Os trabalhos agraciados foram desenvolvidos nas áreas de avaliação: medicina e saúde coletiva; e abordaram a temática da saúde da criança e da mulher, da saúde e saneamento, e das doenças infecciosas. Confira mais detalhes sobre as teses das alunas Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami, Roberta Falcão Tanabe e Anelise Andrade de Souza.

O Prêmio reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com critérios de originalidade, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação, assim como o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.

Análise da interação entre saneamento e um programa brasileiro de transferência condicionada de renda na mortalidade e morbidade por diarreia e desnutrição em crianças menores de cinco anos de idade - Anelise Andrade de Souza

O trabalho de Anelise Andrade de Souza foi desenvolvido no Pós-graduação em Saúde Coletiva, organizado pelo grupo de pesquisa Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento (PPDH), ligado ao Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), sob a orientação de Léo Heller e coorientado por Rômulo Paes de Sousa e Sueli Mingoti.

O objetivo do estudo foi avaliar concomitantemente o acesso da população a condições adequadas de saneamento e ao Programa Bolsa Família, e o efeito dessa interação na morbidade e mortalidade por desnutrição e diarreia em menores de cinco anos de idade.

Segundo a pesquisa, em um país desigual como o Brasil, ainda prevalecem deficiências nos serviços de saneamento, saúde e educação, além de grande parte das famílias brasileiras não terem acesso a uma renda mínima, principalmente aquelas residentes em áreas periurbanas e rurais. Com isso, a vulnerabilidade econômica e social de grande parte da população torna-as mais propensas a manter ciclos de doença e pobreza. Assim, políticas públicas, como intervenções em saneamento e em programas de transferência condicionada de renda potencialmente alteram de forma positiva os principais determinantes sociais da saúde.

O estudo ecológico misto, com municípios como unidade de análise, utilizou dados em painel resultantes da compilação de bases referentes aos anos de 2006 a 2016. Dos 5.560 municípios brasileiros no ano de 2006, foram selecionados para participar, compondo os agregados de análise de dados, todos aqueles que apresentavam, ao mesmo tempo, adequabilidade dos dados de estatística vital; dados anuais de internação e óbito por desnutrição e diarreia para menores de cinco anos de idade; dados de cobertura da população alvo e total municipal pelo Programa Bolsa Família; e dados de cobertura por serviços de saneamento para os anos de 2000 e 2010.

Os resultados indicaram modificação do efeito, com diminuição das taxas de morbidade e mortalidade, quando presentes simultaneamente o acesso da população municipal a serviços de saneamento adequados e alta cobertura da população pelo Programa Bolsa Família. Dessa forma, a pesquisa de Anelise defende que maiores investimentos em saneamento em prol da universalização dos serviços, principalmente onde existem coberturas maiores da população total e alvo pelo Programa Bolsa Família, pode potencializar seus impactos, devendo essas medidas serem prioridades, com vistas a prevenir adoecimento e mortes em menores de cinco anos pelas doenças relacionadas à pobreza indicadas.

Corpos híbridos - a tecnologia incorporada na vida: explorando as relações de cuidado de crianças com condições crônicas complexas em Terapia Intensiva - Roberta Falcão Tanabe

O trabalho de Roberta Falcão Tanabe foi desenvolvido no doutorado acadêmico em Saúde da Criança e da Mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), sob a orientação de Martha Cristina Nunes Moreira. O objetivo da pesquisa foi compreender o cuidado de crianças que ficam longamente internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), explorando as relações das pessoas com as máquinas [presentes na UTI], que se compõem tanto pelos equipamentos médicos que sustentam as vidas como aqueles que apoiam as relações entre as pessoas, como smartphones e tablets. De acordo com a autora, uma das contribuições dadas pelo trabalho é a elaboração de um percurso inovador na forma de conceber e realizar a pesquisa no campo da Saúde Coletiva.

Roberta contou que usou textos literários de sua autoria, inspirados na experiência pessoal de cuidado de crianças na UTI, para a construção de um diálogo que conectasse a racionalidade à sensibilidade. As crônicas apresentam o universo da doença e da UTI a partir de diferentes perspectivas: o olhar da criança, do profissional de saúde e dos familiares. “Os textos literários foram costurados em uma associação temática com a teoria da tese em um exercício de tentar aproximar os leitores da experiência humana ligada a uma realidade dura apresentada a partir de uma proposta lírica. Como o estudo teve como matéria-prima a narrativa do cuidado situada a partir de diferentes perspectivas e lugares na cena clínica, seus resultados alcançam potência reflexiva ao permitirem vocalizar a produção de sentidos de crianças, familiares e profissionais em suas relações com as máquinas e com os demais humanos na UTI”.

A pesquisadora apontou que outra contribuição da tese foi considerar a análise dos distintos tipos de máquinas presentes na UTI na construção da complexidade do cuidado no contexto contemporâneo. Há, além da sofisticação dos equipamentos médicos, a conectividade proporcionada por smartphones que eliminam fronteiras físicas, ligando pessoas e ambientes dentro e fora do hospital”, disse ela.   

Sobre ser contemplada no Prêmio Capes, a aluna salientou que o reconhecimento por um trabalho é sempre uma grande alegria, sobretudo quando ele foi resultado de um aprendizado muito desafiador. No entanto, segundo Roberta, “nenhuma conquista pode ser justamente celebrada sem que a generosidade dos múltiplos apoios recebidos ao longo do caminho possa ser apontada. Portanto, quero destacar a parceria competente e sensível da minha orientadora, que acreditou numa proposta autoral ousada incorporando meus textos literários como instrumento criativo na produção do conhecimento científico. Além disso, gostaria de sublinhar o papel fundamental de Martha, ao lado de todos os professores da pós, no despertamento do interesse e do encanto pela abordagem qualitativa, até então uma absoluta novidade para minha trajetória como pesquisadora”, disse ela agradecida.

Roberta contou ainda que, paralelamente à tese, foi construído o livro “Mosaico: vidas em reinvenção”, publicado em 2019 pela Editora Texto Território. Para ela, nessa versão literária do universo em estudo, “a dimensão humana do cuidado de crianças que têm suas vidas atravessadas por condições crônicas e graves de saúde é apresentada numa perspectiva ficcional, vocalizando de forma caleidoscópica os diferentes olhares desta experiência complexa. Sua divisão interna, contemplando a perspectiva da criança, dos familiares e dos profissionais de saúde, pareceu ser um caminho interessante para apresentar os resultados da tese. Nesse sentido, houve um entrelaçamento coerente e natural entre as duas produções textuais na composição de um corpo híbrido. Essa referência retorna ao título da tese para recuperar o colapso das fronteiras entre humanos e não humanos, e também dos limites da produção de conhecimento científico pelo imbricamento da narrativa acadêmica e literária”.

Efetividade dos tratamentos antituberculose e antirretrovirais em combinação - Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami

O trabalho de Fernanda de Oliveira Demitto Tamogami, foi desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas, ligado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), e orientado por Valeria Cavalcanti Rolla, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Micobacterioses (LAPCLINTB/INI), e Bruno de Bezerril Andrade, pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia).

O estudo teve como objetivo analisar a efetividade dos regimes terapêuticos utilizados, examinar as relações entre anemia e desfechos desfavoráveis (morte e falha de tratamento), além de avaliar a sobrevida em pacientes com coinfecção tuberculose-HIV durante terapia antituberculose.

A pesquisa avaliou os fatores de risco para desfechos desfavoráveis no tratamento de tuberculose em pacientes que já estavam em terapia antirretroviral (Tarv) e outros pacientes que ainda não tinham recebido Tarv. “Usamos uma abordagem inovadora. Bruno Andrade é um estudioso dos processos inflamatórios e calculou uma forma de relacionar os resultados de exames de baixa complexidade e que são feitos na rotina do acompanhamento dos pacientes, como hemograma e bioquímica, com a inflamação provocada pela tuberculose. Tudo indica que existe e já temos alguns artigos sobre o tema”, explicou Valeria sobre o trabalho.

A pesquisa concluiu que os fatores de risco para mortalidade e falha do antirretroviral (ARV) foram diferentes entre virgens de ARV (VT) e previamente expostos a ARV (PE), sendo o último grupo alvo para ensaios com drogas compatíveis com rifampicina para melhorar os desfechos de tratamentos desfavoráveis. E também apontou que a anemia persistente em pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) durante o curso de terapia anti-tuberculose (ATT) está intimamente relacionada com perturbação inflamatória (DIP) crônica.

*com informações da Capes e do INI/Fiocruz

Publicado em 31/05/2021

Unesco disponibiliza repositório de educação integral para Saúde, HIV/Aids e Diversidades

Autor(a): 
Unesco

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) em parceria com o Programa USP Diversidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disponibilizaram o Repositório de Educação Integral em Saúde, HIV/Aids e Diversidade. Nele é possível encontrar artigos científicos, planos de aula e vídeos, pesquisas, materiais didático-pedagógicos, estatísticas além de outros documentos normativos de temas como educação, saúde e diversidade, HIV, Aids, sexualidade, direitos humanos e inclusão. O acesso é realizado de forma aberta, online e para livre consulta, o que favorece a inclusão de pessoas da sociedade civil e acadêmica. O Repositório ainda disponibiliza materiais em inglês e espanhol, além do português, para que os conteúdos tenham o potencial de serem disseminados também por pessoas de outros países. 

O Repositório é um dos produtos do Programa USP Diversidade, que é vinculado ao Programa USP Comunidade da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e tem por objetivo desenvolver ações que estimulem a igualdade, a solidariedade, a inclusão, a promoção e fortalecimento do respeito aos direitos humanos. “A diversidade promove o desenvolvimento de talentos, perspectivas e experiências que constroem uma sociedade mais inovadora, próspera e inclusiva. Neste contexto, a universidade tem o potencial de gerar e de disseminar conhecimentos, ideias e informações corretas e seguras que corroboram o desenvolvimento social”, explica a professora da USP e coordenadora da iniciativa, Ana Paula Morais Fernandes. “Assim, este Repositório tem o papel de reunir, oferecer, disseminar e possibilitar o acesso à informações confiáveis para serem utilizadas em pesquisas, educação e formação cidadã”, finaliza.

Como acessar

Para acessar a plataforma e acompanhar os conteúdos disponíveis, não é necessário criar uma conta. Basta acessar o site do Repositório e navegar pelas categorias Cultura e extensão, Documentos Normativos, Ensino e Pesquisa. Para sugerir materiais ou deixar feedbacks sobre o Repositório, basta entrar em contato pelo e-mail diversidade@usp.br. 

Alinhamento com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Como parte do mandato do Unaids, o apoio ao Repositório auxilia o desenvolvimento de 3 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a agenda 2030: 3. Boa saúde e bem-estar; 4. Educação de Qualidade e 5. Igualdade de gênero. A utilização desses materiais por pessoas da sociedade civil, estudantes, professores e professoras e comunidade acadêmica contribui para que os ODS sejam buscados de forma interconectada e atuem de forma preventiva em relação ao futuro do planeta.

É com muita alegria que participamos dessa iniciativa, com parceiros da importância do Unaids e da USP”, destaca Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil. “O Repositório é um marco para avançarmos em ações que promovam a inclusão, a igualdade, a solidariedade e o fortalecimento do respeito aos direitos humanos. O acesso à educação de qualidade é essencial para a construção da paz, do desenvolvimento socioeconômico sustentável e também do diálogo intercultural”, afirma.

“Promover espaços como o Repositório é essencial para que o HIV seja tratado de forma educativa e que possamos prevenir novas infecções por HIV em pessoas jovens”, comenta Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil. O relatório "Agarrar a oportunidade: enfrentando as desigualdades enraizadas para acabar com epidemias", lançado pelo Unaids, em julho deste 2020, mostra que 21% das novas infecções por HIV na América Latina em 2019 aconteceram em pessoas entre 15 e 24 anos. “Falar sobre HIV na juventude é necessário para que essa porcentagem diminua nos próximos anos e que possamos acabar com a epidemia da Aids como ameaça à saúde pública até 2030”, finaliza Claudia. Já a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, professora Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, ressalta o momento oportuno do lançamento da plataforma: "Apesar de já estar sendo construído há alguns meses, este material chega ao público em um contexto em que é importante lembrar que diversos vírus e epidemias seguem ativos e relevantes. Não podemos relegar nenhum deles a segundo plano, sob riscos não somente sanitários, mas também sociais", comenta.

Publicado em 26/05/2021

Vacinas e profilaxia pré-exposição é tema de Simpósio de prevenção do HIV

Autor(a): 
Antonio Fuchs (INI/Fiocruz)

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em parceria com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/SVS), do Ministério da Saúde, e o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas Brasil), promoverá, nos dias 28, 29 e 31 de maio, o I Simpósio de prevenção do HIV com o tema Vacinas e profilaxia pré-exposição. O ciclo de debates ocorrerá de forma virtual, com conteúdos diversificados, e contará com as participações de Valdiléa Veloso, diretora do INI, e Beatriz Grinsztejn, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids do INI.

A programação terá apresentações de especialistas convidados abordando vacinas, HIV e PrEP: no dia 28 serão abordadas as pesquisas de vacinas e outras profilaxias para prevenção do HIV; no dia 29 as pesquisas de vacinas e prevenção ao HIV: sociedade civil e envolvimento comunitário; e no dia 31 os desafios no desenvolvimento de estudos, regulação e acesso a vacinas e produtos de prevenção em contextos de saúde pública.

A palestra de Beatriz Grinsztejn está programada para o dia 28 de maio, com o tema Profilaxia Pré-Exposição: onde estamos e para onde vamos?. Já Valdiléa Veloso abrirá os três dias do ciclo de debates, acompanhada de Gerson Fernando M. Pereira, diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, além de mediar o painel do dia 31 de maio.

Confira a programação completa abaixo ou nas imagens ao lado. Para participar acesse www.tinyurl.com/seminarioprevencaoHIV.

Publicado em 02/03/2021

Covid-19 continua em alta entre a População Privada de Liberdade: curso sobre o tema segue com inscrições abertas

Autor(a): 
Isabela Schincariol (Campus Virtual Fiocruz)

Somente nos primeiros meses de 2021, foram registrados 7,8 mil novos casos oficiais da Covid-19 entre pessoas em privação de liberdade e trabalhadores desses estabelecimentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  Juntos, os estabelecimentos dos sistemas prisional e socioeducativo já contabilizaram cerca de 69 mil ocorrências da doença desde o início da pandemia. Os dados são preocupantes e apontam ainda grande necessidade de atenção a esse grupo. Para atualizar profissionais e capacitá-los quanto às ações de prevenção e enfrentamento ao coronavírus entre a população privada de liberdade, o curso autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional segue com inscrições abertas. Quase 4 mil pessoas já fizeram o curso. Não perca a oportunidade

Inscreva-se já!

O curso de atualização autoinstrucional para o Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional é oferecido pelo Campus Virtual Fiocruz na modalidade à distância. Ele é composto de duas unidades – Coronavírus e o sistema prisional e Plano de Contingência no ambiente prisional –, com carga horária total de 15h. A formação é voltada a gestores, profissionais de saúde, policiais penais, trabalhadores dos estabelecimentos prisionais, membros dos conselhos penitenciários e demais interessados na área. A iniciativa integra o rol de cursos disponíveis no CVF que tratam das questões relacionadas ao coronavírus.

De acordo com o monitoramento, são 46.901 os registros da doença entre pessoas presas e 15.450 entre servidores desses estabelecimentos, com 253 óbitos. No sistema socioeducativo, 1.541 adolescentes em privação de liberdade foram contaminados, além de 5.104 servidores, com 32 mortes registradas. O acompanhamento sobre a situação da pandemia nessas instituições é feito pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), a partir de dados disponibilizados pelas autoridades locais. O acompanhamento é realizado com o auxílio do programa Fazendo Justiça, parceria do CNJ com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública para a superação de desafios estruturais nos sistemas de privação de liberdade.

Tais dados embasam a demanda por uma formação voltada às especificidades da população privada de liberdade, que historicamente é reconhecida por ser exposta à carga elevada de doenças infecciosas, respiratórias e outras comorbidade, como HIV, vírus da hepatite C e a tuberculose.

Em breve, o Campus Virtual Fiocruz lançará novas formações relacionadas ao coronavírus. A primeiras delas será o curso Vacinação: Protocolos e procedimentos, cujo objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. Acompanhe as nossas notícias! 

Enfrentamento da Covid-19 no Sistema Prisional

Coronavírus e o sistema prisional:

  • Sistema prisional em tempos de pandemia
  • Doenças respiratórias prevalentes e o coronavírus

Plano de Contingência no ambiente prisional:

  • Vigilância de síndromes respiratórias
  • Investigação de surtos
  • Medidas de biossegurança e de mitigação da Covid-19 no ambiente prisional
  • Medidas sanitárias

Conheça outras iniciativas lançadas no contexto da pandemia de Covid-19

Covid-19: manejo da infecção causada pelo novo coronavírus

Enfrentamento da Covid-19 no contexto dos povos indígenas

Mosquitos - Bases da Vigilância e Controle

Planejamento escolar local na transpandemia

Doenças ocasionadas por vírus respiratórios emergentes, incluindo a Covid-19

Caminhos e conexões no ensino remoto

Educação Aberta e Recursos Educacionais Abertos

Saiba mais sobre novos cursos que serão lançados em 2021: 

Vacinação: Protocolos e procedimentos

Seu objetivo é atualizar e capacitar, técnica e operacionalmente, as equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) para procederem à vacinação no atual contexto da pandemia de Covid-19. A formação é direcionada a todos os profissionais de saúde do SUS e outros serviços de saúde, em especial os envolvidos na cadeia de vacinação para covid-19; bem como para jornalistas e profissionais de comunicação em saúde. O curso está dividido em quatro módulos: História e produção de vacinas e as vacinas Covid-19; Produção, transporte, conservação e armazenamento; Sala de Vacina Covid-19: organização e procedimentos; e Vacina e vigilância: questões clínicas e sistemas de registros.

Introdução ao SUS (nome preliminar)

O curso visa apresentar as bases de criação do Sistema Único de Saúde, bem como tratar de suas questões estruturais e a forma de organização da atenção à saúde em seus diferentes níveis e também das vigilâncias em saúde. Ele será aberto a todos os interessados no tema. A formação é dividida em três módulos: Movimento sanitário, criação e configuração do SUS; Condições estruturais para o desenvolvimento do SUS; e Organização da atenção e das vigilâncias em saúde

História da Saúde Pública no Brasil

O curso visa contribuir para a formação de profissionais e estudiosos da saúde pública críticos e reflexivos, cientes dos desafios relativos à formulação e implantação de políticas setoriais e das diferentes questões concernentes às práticas profissionais do campo. Inicialmente, ele será voltado a alunos de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Durante o curso serão discutidas as formas como, em diferentes contextos, a assistência à saúde foi organizada; o modo como se enfrentou epidemias e se organizou serviços de saúde.

Imagem: Luiz Silveira/CNJ

Publicado em 13/07/2020

História das ciências e da saúde é tema de curso de inverno online

Autor(a): 
Comunicação COC/Fiocruz

O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) promove a 5ª edição do seu curso de inverno, que terá como tema A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades. Devido às medidas de isolamento social, o evento será realizado no formato de seminário, portanto não haverá inscrição e nem certificação. As apresentações serão transmitidas pela internet, ao vivo, entre  20 e 24 de julho, das 15h às 16h30. O link da transmissão estará disponível na página da COC nos dias do evento. Acompanhe e participe!

A atual pandemia de Covid-19 impôs transformações abruptas no cotidiano de quase um terço da população mundial. Diante da novidade de um vírus desconhecido, identificado pelos cientistas como SARS-CoV-2, cujas características ainda são objeto de intenso debate entre pesquisadores, a prática do isolamento social emergiu como o único método eficaz para retardar a espantosa velocidade de contágio da doença causada pelo novo patógeno. Trata-se de um desafio sanitário de dimensões inéditas para o último século, cuja escala é somente comparável ao surto de gripe espanhola em 1918.

Contudo, epidemias, assim como seus desdobramentos sociais e econômicos, acompanham a experiência humana em seus mais variados tempos e contextos históricos. Taxas de mortalidade atípicas, quarentenas, estigmas associados aos doentes, promessas de curas milagrosas, resistências a medidas profiláticas, são alguns dos elementos que atravessam a história das epidemias, e que agora ocupam de forma quase integral os nossos dias.

Dividido em cinco módulos — cada um dedicado a uma doença e analisado à luz da atual pandemia —, a 5ª edição do curso de inverno visa encorajar a reflexão acerca das relações entre a atual pandemia e outras crises sanitárias marcantes na história da saúde no Brasil. Coordenado pelos pesquisadores Ricardo Cabral e Carolina Arouca, o curso discutirá temas como a atuação do poder público, o perfil da população mais vulnerável ao contágio, as possibilidades de identificação e combate do patógeno, ou a natureza dos medicamentos, entre outros.

Programação

Aula 1: As epidemias de cólera do século 19 no Brasil: raça, ciência e saúde
Professora: Dra. Kaori Kodama

Aula 2: Epidemias de Varíola e Pandemia de Covid: políticas públicas, conhecimento científico e educação popular - diferenças históricas no século 20
Professora: Dra. Tania Maria Fernandes

Aula 3: Epidemia de HIV/Aids no Brasil: do estigma às respostas públicas
Professora: Dra. Eliza Vianna

Aula 4: As epidemias nas páginas dos jornais: a gripe espanhola e a atuação do Instituto Oswaldo Cruz
Professoras: Dra. Lorenna Ribeiro Zem El-Dine e Dra. Vanessa P. da Silva e Mello

Aula 5: Epidemias de febre amarela no Brasil
Professor: Dr. Jaime Larry Benchimol

Serviço

5º Curso de Inverno do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz 

Tema: A Covid-19 na história das epidemias: rupturas e continuidades
Coordenação: Ricardo Cabral e Carolina Arouca
Data: 20/7 a 24/7
Horário: 15h às 16h30
Informações: ppghistoriasaude@fiocruz.br

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