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Publicado em 20/12/2017

Inscrições para o Curso de Especialização em Saúde Pública terminam no dia 11/1

Reconhecido por acompanhar a trajetória da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) e expressar o compromisso institucional com o sistema público e universal de saúde, o curso de Especialização em Saúde Pública está com inscrições abertas para 2018. Sob coordenação das pesquisadoras Tatiana Wargas de Faria Baptista, Lenice Gnocchi da Costa Reis e Delaine Martins Costa, a especialização dispõe de nova estrutura curricular visando maior inserção no contexto atual das práticas e da organização do sistema de saúde. São oferecidas 33 vagas, sendo 30 para candidatos do Brasil e três para candidatos estrangeiros, e há reserva de 10% das vagas para ações afirmativas. As inscrições para o processo seletivo vão até o dia 11 de janeiro de 2018. Para se inscrever, clique aqui
 
O objetivo do curso é formar profissionais com habilidades que potencializem o olhar crítico, reflexivo e abrangente sobre a situação de saúde e o contexto político-social, a fim de desenvolver os sistemas públicos de saúde. Em 2018, a expectativa é aprofundar a discussão sobre as desigualdades extremas que afetam a vida da população e impactam o Sistema Único de Saúde (SUS). Esta ênfase na programação é uma novidade e foi definida a partir da revisão da estrutura curricular, fruto de um debate de quase dois anos do Colegiado de Docentes que acompanha o curso.

A proposta para 2018 traz quatro Unidades de Aprendizagem: Modos de viver, adoecer e morrer no BrasilPolíticas de saúde e organização de sistemas e serviços de saúdePráticas e cuidados em saúde; e Pesquisa e produção de conhecimento em saúde.

A pesquisadora Tatiana Wargas, do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, ressalta: “Além disso, estamos trabalhando para incorporar em 2018 novas metodologias que possibilitem uma maior participação de nossos alunos, com o intuito de ouvirmos as demandas e experiências de nossos alunos e revisarmos os conteúdos em conjunto. É uma proposta ousada, desafiadora, mas a formação em saúde pública também é um espaço de experimentação e inovação para os professores. O diálogo possibilita a incorporação de novos olhares para os serviços de saúde e para as desigualdades de gênero, raça, renda, acesso e muitas outras que desejamos trabalhar”.

O curso de Especialização em Saúde Pública é destinado a profissionais graduados ligados à área da saúde ou áreas afins. Para o ano que vem, o Colegiado do Curso deseja divulgar e estimular a participação de trabalhadores das Secretarias de Saúde estaduais e municipais e profissionais que atuam na “ponta” do serviço.

Fonte: Ensp/Fiocruz | Foto: Peter Ilicciev (Fiocruz Imagens)

Publicado em 20/07/2018

Michelle Bachelet fará a conferência de abertura do Abrascão 2018

“É preciso calcular o custo de não fazermos o que temos que fazer”, disse recentemente a ex-presidente chilena Michelle Bachelet – que é médica, foi a primeira ministra da Saúde, primeira ministra da Defesa e primeira presidente da história do Chile. Bachelet estará na manhã da quinta-feira, 26 de julho, na abertura do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da Abrasco, com a conferência Direitos e democracia: sistemas universais e públicos de saúde.

A imprensa chilena divulgou a participação de Bachelet: “Ya está confirmado que en fin de julio Bachelet partirá a Brasil. Llegará a Río de Janeiro en compañía de la ex ministra de Salud, Helia Molina. Ahí participará de la conferencia inaugural del Congresso de Brasil de Salud colectiva, en el que están inscritas 10 mil personas. Derechos, libertad, democracia, universidad Pública y el Sistema Único de Salud están sometidos a ataques cerrados. El principal recurso a nuestra disposición para organizar la resistencia e impedir retrocesos a la libertad y a los derechos sociales somos nosotros mismos. El Abrascón 2018 es uno de los medios por los que podemos resonar nuestra voz, dice la convocatoria de la conferencia en Brasil que abrirá la ex presidenta”, publicou o jornal chileno La Tercera.

A ex-presidente do Chile preside atualmente uma comissão de alto nível convocada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para propor soluções que ampliem o acesso e a cobertura de saúde na região das Américas até 2030, sem deixar ninguém para trás. Para que exista saúde universal, para todos e em todos os lugares, “temos que construir consensos nacionais, pois os desafios são de tal magnitude que requerem o compromisso e o esforço de todos”, alertou Bachelet durante a conferência organizada pela Opas em Washington, nos Estados Unidos, em abril passado.

Para a médica chilena, “a desigualdade é um grande inimigo na América Latina e no Caribe”. Bachelet sustenta ainda que o melhor caminho inclui uma ênfase maior para a promoção de saúde e prevenção de doenças, reduzir a segmentação e a fragmentação dos serviços de saúde, resguardar as condições de trabalho dos profissionais, incluir novas tecnologias e inovação e melhorar a regulação do Estado para a construção de sistemas de financiamento que promovam a solidariedade. “Para isso, não há milagres nem atalhos, o que há é um longo caminho de trabalho coletivo que leva a mais justiça para todas e todos”, concluiu Bachelet.

Quatro décadas depois da Declaração de Alma-Ata, que defendia a saúde para todos até o ano 2000, 30% da população da região das Américas não tem acesso ao atendimento de saúde por motivos econômicos e 21% não recebe atendimento devido a barreiras geográficas.  Nos últimos anos, os países da região conseguiram avanços e implementaram diversas transformações em seus sistemas de saúde para que sejam mais inclusivos e cheguem às pessoas que precisam deles. O trabalho da comissão visa a acelerar essas transformações, incluindo a sociedade civil no desenho, implementação e supervisão das políticas e planos de saúde criados para ela. A expectativa é de que isso contribua para alcançar a saúde universal até 2030, como estabelecido pelos países na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

“Devemos dar resposta com urgência aos principais desafios atuais em saúde”, como o envelhecimento acelerado da população e as doenças não transmissíveis, tem dito Bachelet, chamando a atuar com maior decisão e impulsionar políticas que permitam enfrentar as desigualdades em matéria de saúde e incluir os grupos mais vulneráveis, porque, segundo ela, não abordar esse tema significa renunciar como região à possibilidade de alcançar um desenvolvimento sustentável. A comissão produzirá um relatório com recomendações para melhorar o desempenho dos sistemas de saúde, incluir aqueles que ainda estão excluídos, empoderar as comunidades e melhorar a participação social nas decisões que afetam a saúde, com o objetivo de avançar para a saúde universal na região.


Fonte: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)

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